Gravidade e Terra Firme: a humanidade entre a grandeza e a mesquinharia
17 de Outubro de 2013, 14:00Dois filmes de gêneros muito diferentes estrearam no cinema este mês. Em um, a pouca gravidade coloca seus personagens à deriva no espaço sideral. No outro, o peso de uma globalização racista e excludente arrasta centenas de pessoas para o abismo das águas. “Gravidade” é um filme de Alfonso Cuarón com Sandra Bullock e George Clooney. A bela produção tem efeitos especiais que aproveitam a tecnologia 3D de forma madura. Mas ganha interesse ainda maior se comparada a outro grande filme. Em "Terra Firme", Emanuele Crialese mostra uma comunidade tradicional da Sicília. O modo de vida baseado na pesca está em rápida extinção. Vai dando lugar à indústria do turismo. Complicando as duas atividades, uma legislação que proíbe acolher imigrantes clandestinos vindos, principalmente, da África. | Continue lendo | Por Sérgio Domingues.
La Rue: “A liberdade de expressão é um dos direitos fundamentais para toda a rede de direitos humanos e especialmente para a democracia”
17 de Outubro de 2013, 13:59Em entrevista concedida especialmente para a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação ao Fórum Mundial dos Direitos Humanos (FMDH), Frank de La Rue deu o tom sobre as preocupações relacionadas à comunicação e à liberdade de expressão no Brasil e no mundo. Para ele, sem o direito humano à comunicação - que consiste em ter acesso à informação e o poder de disseminar e difundir ideias, opiniões e informação – não há a democracia. | Confira a entrevista | Por Raquel de Lima, do FNDC.
Independentes, ninjas, alternativos, comunistas. Os jornalistas que não abandonam a notícia
17 de Outubro de 2013, 13:58Nossos herois. As manifestações de rua que vêm ocorrendo no Brasil desde junho do ano passado relevaram dois tipos de herois e heroínas. São os advogados e os jornalistas que se colocaram ao lado dos manifestantes e em defesa do direito de livre organização e manifestação política. No Rio de Janeiro têm sido incansáveis os membros do IDDH (Instituto de Defesa de Direitos Humanos) e coletivos de jornalistas como o Rio na Rua e o Mídia Ninja. Com pouquíssima estrutura, sem remuneração e com muita coragem eles estão onde as manifestações estão. Eles não são os únicos. Chegaram para juntar-se aos jovens das revistas Vírus Planetário e Fazendo Media, que também dedicam-se a contar a história cotidiana a partir do ponto de vista dos que lutam para mudar o mundo. Juntam-se ao jornal Nova Democracia e seu repórter cinematográfico Patrick Granja, que bem antes de junho de 2013 já reportava fatos relacionados com a vida do povo carioca e ocultados pela grande mídia. Veja aqui um vídeo produzido pelo jornal a Nova Democracia sobre os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro.
Fisenge produz livro sobre os 20 anos da entidade
17 de Outubro de 2013, 13:57A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e o NPC vão produzir um livro contando os 20 anos de história da entidade. O objetivo é documentar a história da Federação e a participação da engenharia e dos engenheiros nas principais transformações da sociedade brasileira desde a década de 30 do século passado. Resgatar a história da Fisenge é contar uma parte importante da história de lutas e mobilizações no país no período recenete. Serão produzidos mil exemplares, com distribuição em todo o Brasil entre as principais entidades e organizações ligadas à engenharia, universidades, ministérios, imprensa e outros.
Revista Vírus Planetário pergunta: Precisa comentar alguma coisa sobre a capa do Globo?
17 de Outubro de 2013, 13:56A equipe da revista responde: Temos amigos e amigas presos, temos companheiros de luta presos. Pensem no que sentimos ao ver esta capa. Por isso lutamos!
O Globo julga e condena
17 de Outubro de 2013, 13:50O Globo, em sua manchete de capa de hoje, assume ares de tribunal de exceção. Sem que haja qualquer indício ou prova, sem que tenha havido nenhum julgamento (com direito à defesa e a contraditório), o jornal taxa como vândalos os 70 manifestantes detidos nas escadarias da Câmara de Vereadores na noite da última segunda-feira. Vários relatos indicam que a polícia prendeu indiscriminadamente pessoas que estavam sentadas na escadaria, sem que houvesse nenhum flagrante de delito ou ordem judicial para tanto. Estão presas e responderão absurdamente pelo crime de formação de quadrilha, entre outros. Isso é gravíssimo em uma democracia. Mas O Globo não se preocupa com isso. Em exercício de péssimo jornalismo e editorialização moralista e sensacionalista da notícia, decreta que eram todos vândalos. Como decretou em seu editorial de 2 de abril de 1964 que o golpe militar da véspera viera para salvar a democracia. Esta capa de hoje entra para a história do jornalismo pela porta dos fundos. Vira exemplo negativo dos abusos da grande imprensa, como o já clássico caso da Escola Base em São Paulo, na década de 90 (quem não conhece ou não se lembra do caso, é só jogar no Google). | Por Diogo Coelho.
O que é Libra?
17 de Outubro de 2013, 13:48Se uma pesquisa de opinião fosse feita, a nível nacional, com uma única pergunta: “O que o senhor (ou senhora) acha do leilão de Libra que ocorrerá no dia 21 de outubro?”, certamente, uns 95% dos pesquisados responderiam: “O que é Libra?” (...) Libra é um campo de petróleo com cerca de dez bilhões de barris. Pode chegar a 15 bilhões. Fica em alto mar, a cerca de 180 km da costa, na chamada bacia de Santos. (...) Este tesouro vai a leilão no próximo dia 21. A Petrobrás fica com uma parcela obrigatória de 30%. As petrolíferas estrangeiras ficam com a maior parte./ Paulo Metri – Conselheiro da Petrobrás.
Família Marinho tem participação em 12 emissoras de TV, além da Globo
17 de Outubro de 2013, 13:47O Decreto-Lei 236, de 1967, em seu artigo 12, define que “cada entidade” só poderá ter, no máximo, 5 concessões de geradoras de radiodifusão de sons e imagens (TV aberta) em VHF (canais 2 a 13). A empresa Globo Comunicação e Participações S.A., de propriedade dos três filhos de Roberto Marinho, possui suas cinco concessões no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife. Mas vários netos de Roberto Marinho também são acionistas de outras geradoras, todas afiliadas à Globo. | Continue lendo | Por Gustavo Gindre, no Blog do Gindre.
O Rio sob Estado de sítio?
17 de Outubro de 2013, 13:46Está na hora das universidades se posicionarem contra a criminalização de movimentos sociais e de manifestantes. A questão não é apoiar ou não black blocs ou outros movimentos. A questão é se posicionar diante dos ataques à constituição e das suspensões de direitos que essas prisões em massa representam. Semana que vem a cidade estará sitiada por causa do leilão de Libra. Ano que vem a Copa pode ser mais uma desculpa para vivermos um estado de sítio. Até que estejamos todos sitiados e cerceados em nossas liberdades básicas. Ou nos posicionamos agora contra isso ou ficará cada vez mais difícil reagirmos. Por Adriana Facina (professora do Museu Nacional)
Todo mundo falando do pesquisador da Fiocruz, do professor, do jornalista preso…. Quero falar desse menino aí, da foto.
17 de Outubro de 2013, 13:43Até o acampamento que a rede municipal fez na calçada da câmara, eu nunca tinha visto seu rosto. Nunca o vi nas reuniões do meu partido, do meu sindicato, nada. Mas ele apareceu lá no acampamento, ofereceu ajuda, convidou para participar do debate que iria ocorrer no acampamento "vizinho". Chegou a oferecer a sua barraca para os professores que não estavam preparados para passar aquela madrugada fria lá na Cinelândia.
Dias depois eu o reencontrei na Alerj. Foi lá prestar solidariedade aos profissionais da educação da rede estadual. Se apresentou como Bruno e cantou um funk onde criticava o governo estadual.
Seu corpo franzino e a pele negra me faziam lembrar os capitães de areia. Taí, ele poderia ser o Pedro Bala. Ou o Dom Quixote do centro do RJ. A partir daí passei a reconhecê-lo, lado a lado, nas ruas. Bruno poderia ser meu aluno, ou meu parente. E agora eu, a caminho, do trabalho, não consigo parar de pensar nesse companheiro, que está preso, porque ousou estar nas ruas lutando também para me defender. Bruno não me conhece. E por isso talvez não saiba a lição que está me dando. - Lidiane Lobo (professora)
Brasileiro fala sobre black blocs à rádio da Universidade Nacional de Colômbia
17 de Outubro de 2013, 13:38Os nossos black blocs ultrapassam a fronteira do País e já são objeto de interesse em outros países da América Latina. A rádio daUniversidade Nacional de Colômbia entrevistou, nesta semana, Felippe Ramos, diretor doInstituto Surear, sobre o movimento que surgiu no Brasil com as manifestações de rua de junho último. Ele faz uma avaliação sociológica sobre os jovens que estão nas ruas, com os rostos cobertos (ou protegidos), protestando contra a violência policial, segundo Ramos.
O especialista em Relações Internacionais e mestre em Sociologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), explica que os black blocs surgiram, no mundo, como uma tática de confrontação contra os agentes da ordem, no caso, a Polícia. Eles não são um movimento organizado com objetivos muito claros. No caso do Brasil, nos atos de junho último, a polícia usou de violência contra os manifestantes pacíficos. Em consequência, por meio das redes sociais, grupos juvenis se organizaram para ir às ruas para enfrentar a repressão. “É uma resposta à violência policial que aconteceu no país”, observa.
Ramos fala, ainda, sobre a inclinação política dos integrantes do movimento, dos Ninjas (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) e também do vácuo político deixado por partidos brasileiros que se institucionalizaram e deixaram a organização orgânica dos movimentos sociais e populares.
A entrevista tem pouco mais de 10 minutos e está fácil de ser entendida mesmo que na língua espanhola. Ouça aqui. Por Rosângela Ribeiro Gil.
Mostra de filmes O negro no cinema homenageia Joel Zito Araújo
17 de Outubro de 2013, 13:36De 19 a 23 de novembro, em Cuiabá, será realizada a 3ª edição da Mostra de filmes O NEGRO NO CINEMA. Este ano cineasta homenageado é Joel Zito Araujo. No primeiro dia (19/11) haverá estreia do mais novo filme do diretor, Raça, na sala 3 do Cine Pantanal, a partir das 19h. De 20 a 23 de novembro haverá sessões no Sesc Arsenal a partir das 19h.
Fotos retratam desaparecimento de militantes durante ditaduras latino-americanas
17 de Outubro de 2013, 13:33O fotógrafo argentino Gustavo Germano retrata famílias amputadas pelas ditaduras civil-militares do Brasil e da Argentina. Fotos daquele tempo são confrontadas com registros dos dias atuais, marcados pela dor da perda. O nome da exposição é “Ausências” e já esteve em vários países. Pode ser acessada também pela internet. Confira!
FILME A doutrina do choque
17 de Outubro de 2013, 13:31No seu livro A doutrina do choque, a canadense Naomi Klein sustenta que o capital internacional aproveita, quando não promove, o caos e a catástrofe para implementar políticas de mercado e aprofundar o modelo neoliberal em diversos países. Alguns dos exemplos citados por ela são o golpe contra Allende no Chile; a invasão do Iraque e o ataque ao World Trade Center, que justificou todos os excessos nas políticas interna e externa do Bush. Neste vídeo, de pouco mais de uma hora, são apresentados os argumentos do livro, com materiais de arquivo e entrevistas com várias testemunhas desse processo. Imperdível para quem quer entender o mundo de hoje.
LIVRO Pedrinhas miudinhas
17 de Outubro de 2013, 13:28O historiador Luiz Antonio Simas lançou recentemente o livro Pedrinhas miudinhas, que reúne 41 ensaios do autor. Alguns textos são inéditos, mas o volume contém textos publicados por Simas no jornal O Globo e também em seu blog. O fio condutor da obra está naqueles que o autor identifica como espaços fundamentais para sua formação: a rua, terreiros, botequins e rodas de samba. Os temas dos ensaios passam por esses locais e por diversas questões da cultura brasileira. Já no início do livro, o historiador identifica que o que lhe interessa são foliões anônimos, bêbados líricos, jogadores de futebol de várzea, retirantes, feirantes, devotos, pretos velhos, violeiros etc. As raízes da cultura sacro-africana, mais do que herança, aqui se apresentam como “fonte inesgotável de saber e encantamento”, conforme destaca Nei Lopes no prefácio. Para o jornalista Álvaro da Costa e Silva, que assina a orelha, o livro é “uma aula inesquecível”.
O livro está à venda na Livraria Antonio Gramsci e outras livrarias.