[Por Ana Paula Mendes de Miranda e Leonardo Vieira Silva - Outras Palavras] Muito já foi escrito sobre o papel de destaque da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) na luta contra a repressão e defesa dos direitos humanos no enfrentamento à ditadura civil-militar[1], que teve relação direta com as mudanças nas diretrizes pastorais e teológicas internas e o progressivo endurecimento da ordem política e social após 1964. A proeminência do tema está diretamente relacionada ao seu protagonismo nacional à época. Ao contrário do senso comum, que afirma que religião e política não se discutem, gostaríamos de observar que este tema sempre esteve presente no cotidiano e na vida pública. Nossa proposta é tratá-lo a partir de um tema que sempre ficou fora do debate público: a perseguição aos terreiros durante a ditadura civil-militar no Brasil. Nosso objetivo é discutir como se produziu, no eixo Rio-São Paulo, um imaginário do crescimento e do fortalecimento da Umbanda nesse período (Ortiz, 1999; Souza, 2016), em contraste com as narrativas de perseguição aos povos de terreiro do Nordeste. | Leia o texto completo.
Núcleo Piratininga de Comunicação
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