[Por Cristian Góes] Volto ao assunto porque ele se tornou público e algumas pessoas acompanham seus passos. Muitos sabem que fui condenado a sete meses e 16 dias de prisão (convertida em prestação de serviço à comunidade e já cumprida) e ao pagamento de R$ 30 mil de indenização, tudo isso por escrever uma crônica ficcional e em primeira pessoa (Eu, o coronel em mim), texto sem nomes de pessoas e, claro, sem fatos reais.
As ações são de 2012 e foram movidas pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe, Edson Ulisses, com apoio e participação decisiva do Ministério Público do Estado. Na verdade, elas são a vontade absoluta de caciques políticos, numa parceria com outros esquemas de poder. Segundo a acusação, quando escrevi “coronel” estaria me referindo comprovadamente ao então governador Marcelo Déda, do PT. Quando escrevi “jagunços das leis” nomeie com nome e CPF o senhor Edson Ulisses, cunhado do governador. Os textos das condenações são absurdos, parecem retirados de Kafka. Condena-se com base em “é possível fazer uma associação”, “para bom entendedor meia palavra basta”, etc. Não se respeitou a lei, fazendo imperar a vontade subjetiva para atender o poder.
Pois bem, depois de um ano da condenação cível e da entrada de nosso recurso ao TJ, o caso deverá será julgado essa semana pelos pares do mesmo desembargador. Leia mais.