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Núcleo Piratininga de Comunicação

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Boletim NPC

March 5, 2014 12:47 , by Eric de Almeida Fenelon Delphim Tavares - | No one following this article yet.

Por Verena Glass

July 30, 2015 16:52, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

Ontem, dia 24 de julho de 2015, ele foi embora. Sem aviso prévio, Vito Giannotti, aos 72 anos, se foi, silencioso. Um silêncio macio que, bem sabem os que o conheceram, nunca foi sua marca. Nascido em Lucca, na Itália, Vito chegou ao Brasil pouco depois do golpe militar. Tinha 21 anos e vinha de uns tempos de aventura como marítimo em um barco de pesca industrial. Gostou daqui e ficou, muito porque, segundo contou em várias entrevistas, se encontrou como militante político (coisa que não logrou, de forma que satisfizesse, em seu país de origem).



Boletim especial da FISENGE – #VitoVive

July 30, 2015 16:50, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

Homenagem da Fisenge ao lutador, amigo e companheiro, Vito Giannotti. Ele desbravou o país em defesa da comunicação e foi o impulsionador da criação de diversas mídias em sindicatos. Não poderíamos pensar em melhor maneira para homenageá-lo senão um boletim especial para ele. Vito, presente! #VitoVive

Confira!



Por Chico Canindé

July 30, 2015 16:44, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

É foda falar de amigos, amigos metas

Amigos moldados em uma metalurgia, temperada a caráter

de amor a ferro em brasa e soldar feridas sociais com solidariedade

temperada na honestidade da amizade.

Vito, vc deixou a gente com um que de que falta algo

com amigos assim fazemos a sarambada sem medo

de que falte crença, sem o enigma do cinismo

Com amigos assim a gente canta cantigas de águas

e peixes brincando como crianças.



Por Celso Campos – O Homem de Lucca 

July 30, 2015 16:40, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

Certo dia ele resolvera abandonar toda sua comodidade creio que nada mais nada menos que um pouco de roupa na bolsa, alguns livros na mochila e partira para Jerusalém.

Lá encontrou a sua essência no Homem do Peixe que a ele disse para rasgar todo aquele caralho de trás e o que viesse à frente daquele livro de sabe-se lá quantas páginas... 5350, 6000??

Essa página o jovem nascido na cidade de Lucca, Itália guardara em seu coração por toda a vida. O Homem de Lucca a transmitiu a alguns de seus alunos em dezembro de 2014, com as mesmas palavras que o Homem do Peixe o disse algum dia. Leia mais.



Por Nathalia Faria – Meu avô Vito Giannotti

July 30, 2015 16:36, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

Não lembro a primeira vez que estive com Vito.

Mas sei que naquele dia ele me marcou.

Lembro-me de pensar:

“Que velhinho palavrudo”.

Vito poderia ser meu avô. Aliás, ambos morreram com a mesma idade.

Mas, meu avô, um dos homens mais fantástico que a memória me permite lembrar, não falava palavrões. Nunca.

O Vito falava. E muito.

Aos poucos entendi o porquê.

Vito era diferente. Vito era um trabalhador.

Não que meu avô não o fosse. De fato, era. E daqueles incansáveis. Trabalhava na rua e em casa.

Mas o Vito trabalhava pelos/as trabalhadores/as.

O Vito lutava pelos/as trabalhadores/as.

De tão lutador se fez jornalista.

Para com os/as trabalhadores/as dialogar.

De tão lutador se fez palavrudo.

Porque somente os palavrões podem adjetivar a exploração humana,

A desigualdade,

O preconceito,

A miséria,

O capital.

E de tão palavrudo, inconformado, indignado, se fez terno.

Porque é preciso “Endurecer, sem perder a ternura. Jamais.”

E assim, se fez extremamente radical.

E extremamente amoroso.

Porque a radicalidade e a ternura são complementares, e não antagônicas.

Ontem, Vito foi encontrar o meu avô.

Eu não era próxima a ele.

Por isso, não choro a morte de um amigo. Como fiz com meu avô.

Mas ele era próximo a mim.

Porque a indignação nos faz companheiros.

Por isso, hoje é dia de luto.

Mas, amanhã é dia de luta.

Pelo Vito, pelo meu avô,

Pelos trabalhadores e trabalhadoras,

Desse país tornado injusto.

Pelos trabalhadores e trabalhadoras

que morrem, sofrem, lutam, xingam e sorriem com ternura,

Como o Vito.

Vito Giannotti, presente!

Presente! Presente! Presente!

Sim Nathalia, Vito foi um Presente e Continuará Presente.

* Nathalia Faria é historiadora e professora da FEUC em Campo Grande RJ.