Por Lucas Yan Antunes Santos
agosto 8, 2023 13:05“A rua é um palco grande para quem quiser trabalhar, trabalhar… Emprego não tem, mas trabalho tem… Mas o problema é que quando eu vou trabalhar, eu tenho uma barreira na rua… a Guarda Municipal… que entra pra pegar minhas mercadorias… Aqui eu fico vulnerável, os caras [da Guarda Municipal que me agrediram] foram trocados de lugar. Eu nem sei quem foram os caras, amanhã ou depois pode acontecer uma covardia comigo. Até hoje estou tentando saber quem matou Marielle e eu não sei! Aí, vai saber, eu? Que não sou ninguém? Amanhã ou depois [vai escutar]: ‘sumiu fulano’!”
Ruy Braga: “Hoje o epicentro é o mundo do trabalho nas ruas”
julio 28, 2023 14:51[Por Joselicio Junior/Fundação Lauro Campos] Recebemos na sede da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco o professor Ruy Braga, professor titular do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e vice-diretor do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (Cenedic), que vem se dedicando nos últimos anos a estudar o mundo do trabalho […]
Festival da Comunicação Sindical Popular reúne jornalistas, movimento sindical e movimentos sociais no Rio de Janeiro
julio 28, 2023 8:41“Um dia para refletir, debater e celebrar a comunicação sindical e popular e temas correlatos. O papel desta comunicação e das lutas que a envolvem na transformação da realidade da classe trabalhadora, do país e do mundo”, assim o jornalista Hélcio Duarte descreveu o 4º Festival da Comunicação Sindical e Popular organizado pelo Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, dia 24 de julho. Participaram com barracas de divulgação e materiais, a ABI (Núcleo de Comunicação Popular e Comunitária), Sinpro-RJ, AduniRio, Adufrj, Asduerj, Sinttel-RJ, Sindpetro-NF, Sintufrj, Senge-RJ, Sisejufe-RJ, Sepe-RJ, Sindct, Fundação Dinarco Reis, Ocupação Vito Giannotti, Muca, Coletivo Foto Guerrilha, MCP, Central de Movimentos Populares, Intervozes, Brasil de Fato, CUT-RJ, Mônica Cunha (PSOL), Bem TV, TV Comunitária do Rio de Janeiro e Fundação Rosa Luxemburgo. Acesse aqui e confira a cobertura completa!
Curso de Mídias Digitais em Sergipe
julio 28, 2023 8:08Na última sexta-feira, dia 21 de julho, o pesquisador e professor Arthur William esteve em Sergipe para dar o novo curso de Mídias Digitais do NPC para uma turma de trabalhadores da educação do SINTESE. E que turma bonita! Agradecemos às companheiras e companheiros do sindicato pela parceria! Para saber mais sobre o curso e como contratar, acesse.
Quando a utopia parecia estar ali na esquina
julio 27, 2023 15:35No dia 1º de julho de 2023, aconteceu o Encontro O gigante acordou? A quebrada nunca dormiu: impressões sobre Junho 2013 na unidade Sesc Campo Limpo. O encontro foi precedido de diversas atividades culturais, tais como peça de teatro, fanfarra e mostra de curtas-metragens.
As Jornadas de Junho de 2013 tornaram-se marcantes na história recente brasileira. Movimento deflagrado a partir das mobilizações e protestos contra o aumento das tarifas de ônibus na cidade de São Paulo, em poucos dias, um conjunto de reivindicações ganhou expressão. A mobilidade urbana, mote inicial, foi somente o estopim que fez emergir um cenário político inédito na história do país. As manifestações de massa foram deflagradas em muitas cidades – com maior expressividade nas grandes capitais –, revelando que a aparente estabilidade social não correspondia às lutas sociais que vinham sendo travadas e ao descontentamento latente em diversas classes e grupos sociais. A insatisfação popular e de setores progressistas da classe média tomou conta das ruas e fez brotar a “sensação” de que nada mais seria como antes.
Passada uma década das grandes mobilizações, as Jornadas de Junho ainda suscitam diversas reflexões divergentes, longe de um consenso. Analistas e militantes ainda se desdobram para compreender as múltiplas camadas daquele momento histórico, suas consequências e os rebatimentos nos acontecimentos desta última década. Se as manifestações tiveram início na região central das cidades, a insatisfação decorrente das precárias condições de vida nas periferias já era vivida e denunciada. O sentido ambivalente das manifestações de Junho de 2013 também é expresso no complexo contexto das relações centro x periferia.
O objetivo do Encontro foi, portanto, discutir o legado das Jornadas de Junho e levantar elementos para um balanço histórico-crítico dos seus 10 anos de existência. Com uma curadoria coletiva assinada por Fernanda Almeida, Rodrigo Castelo e a equipe do Sesc Campo Limpo, o Encontro promoveu duas mesas de debate. A primeira foi intitulada 10 anos das Jornadas de Junho: balanço histórico e perspectivas políticas e contou com a presença de Mariana Fix (USP), Paula Nunes (deputada estadual em São Paulo – Psol) e Rodrigo Castelo (Unirio). A segunda mesa, Direito à cidade e resistências populares nas periferias, teve Caio Castor (Agência Pavio), Jaiane Batista (Café Filosófico da Periferia) e Stella Paterniani (Unesp) como palestrantes. Ambas as mesas tiveram a mediação de Daniel Fagundes (Caramuja Pesquisa, Memória e Audiovisual). Segue na íntegra a fala do professor Rodrigo Castelo.