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Núcleo Piratininga de Comunicação

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Boletim NPC

5 de Março de 2014, 12:47 , por Eric de Almeida Fenelon Delphim Tavares - | No one following this article yet.

Eu, Daniel Blake

9 de Janeiro de 2017, 11:41, por NPC - Núcleo Piratininga de ComunicaçãoBoletim NPC – NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação

"É uma escolha política nascida das demandas do capital. Se os pobres não aceitassem que a pobreza é sua culpa, poderia haver um movimento para desafiar o sistema econômico. Os meios de comunicação falam de gente folgada, de viciados, de pessoas que têm muitos filhos, que compram televisores grandes… Sempre encontram histórias para culpar os pobres ou os migrantes. É uma forma de demonizar a pobreza. Neste inverno, muitas famílias terão de escolher entre comer e se esquentar. Existe uma determinação da direita para não falar dessas coisas e é assustador tolerarmos isso." [ Trecho de entrevista com Ken Loach, diretor do filme "Eu, Daniel Blake", em cartaz nos cinemas do Brasil.]



IMAGENS DA VIDA

9 de Janeiro de 2017, 11:41, por NPC - Núcleo Piratininga de ComunicaçãoBoletim NPC – NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação



Animação conta a história da criação do universo pela voz de orixás

9 de Janeiro de 2017, 11:36, por NPC - Núcleo Piratininga de ComunicaçãoBoletim NPC – NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação

[Brasil de Fato - Redação] Buscando uma nova forma de militância para o combate aos estereótipos em relação às religiões de matriz africana, nasceu a animação Orun Aiyê: a criação do mundo. Durante os 12 minutos de duração, o filme das diretoras Jamile Coelho e Cintia Maria, conta de forma didática como os orixás do candomblé interagiram para criar a Terra. Em iorubá, idioma de uma das etnias do continente africano, Órum significa o mundo espiritual e Aiyê, o mundo físico. | Saiba mais!



Livro “Lima Barreto: a crônica militante”

9 de Janeiro de 2017, 11:17, por NPC - Núcleo Piratininga de ComunicaçãoBoletim NPC – NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação

O escritor negro Lima Barreto é o homenageado da Festa Literária de Paraty (Flip) de 2017. Conhecido por romances como “O triste fim de Policarpo Quaresma”, em seus textos ele abordou de forma crítica a sociedade brasileira e, em especial, o Rio de Janeiro. Pela importância do autor no cenário literário nacional, a Expressão Popular lançou, em 2016, o livro “Lima Barreto: a crônica militante”, uma seleção de textos não-ficcionais publicados pelo autor nas coletâneas “Bagatelas” e “Feiras e mafuás”. São comentários do escritor tecidos a partir de fatos e acontecimentos do início do século 20 e que muito têm a ver com a nossa realidade atual. Em “Carta aberta”, por exemplo, destinada ao presidente Rodrigues Alves e assinada em 2/12/1918, escreve: “Não são mais os militares que aspiram à ditadura ou a exercem. São os argentários (donos do dinheiro) de todos os matizes, banqueiros, especuladores da bolsa, fabricantes de tecidos etc, que, pouco a pouco, vão exercendo, coagindo, por esta ou aquela forma, os poderes públicos, a satisfazer todos os seus interesses sem consultar os da população e os dos seus operários e empregados”. Essa e outras crônicas podem ser lidas nessa interessante coletânea.



Como brilha o cinema de Ken Loach

9 de Janeiro de 2017, 11:16, por NPC - Núcleo Piratininga de ComunicaçãoBoletim NPC – NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação

[Por Sérgio Domingues] Ken Loach tem 80 anos, 30 filmes e muita coerência política. Suas produções procuram denunciar as contradições e crueldades do capitalismo, sem serem aborrecidas ou apocalípticas. Além disso, ele sabe colocar o dedo em algumas feridas da esquerda socialista, com sua tendência ao autoritarismo e burocratização.

Loach gosta de lembrar um ditado inglês segundo o qual “você não pode ficar neutro entre os bombeiros e o fogo” para dizer que, muitas vezes, é preciso ficar do lado do fogo. É o que mais uma vez ele demonstra com “Eu, Daniel Blake”, filme que recebeu uma Palma de Ouro em Cannes.

A trama mostra o calvário vivido por um marceneiro veterano diante do sistema de seguridade inglês em tempos neoliberais. Impossibilitado de trabalhar por problemas cardíacos, Daniel é jogado num labirinto burocrático que o impede de fazer valer seus direitos. Viúvo e sem descendentes, o que o alivia de seus tormentos é a convivência com uma mãe solteira e seus filhos, para quem se torna pai e avô.

Se o final é triste, não é pessimista. Em meio a tantas dificuldades e injustiças, Daniel e sua família de adoção ainda encontram várias pessoas solidárias na medida de suas possibilidades. São pontos iluminados que abrandam a escuridão que oprime. Alguns povos antigos achavam que as estrelas eram buracos na casca negra da noite. Por eles, a luz diurna continuava a vazar insistentemente. É assim que brilha o cinema de Ken Loach.