Sistema prisional brasileiro: crônica de chacinas anunciadas
10 de Fevereiro de 2014, 11:15No fim de 2013, assistimos a cenas chocantes do Presídio de Pedrinhas no Maranhão. Infelizmente, não foi um caso isolado. O sistema prisional no Brasil coleciona tragédias que ganham as manchetes dos jornais, porém seu cotidiano de violações de direitos humanos parece invisível à sociedade. Cerca de 550 mil pessoas estão presas no Brasil, em meio a superlotação, maus-tratos, doenças, rebeliões e mortes. Tal quadro é agravado pelo aumento expressivo de presos, reflexo do superencarceramento seletivo de jovens pobres e negros. Os locais de privação de liberdade do Brasil são marcados pela prática sistemática da tortura e outras formas de violência. | Por Sandra Carvalho e Isabel Lima - Justiça Global | Continue lendo.
América Latina que defende Cuba é a NOSSA AMÉRICA
10 de Fevereiro de 2014, 11:13Importante entrevista de Juan Manuel Karg, da América Latina em Movimento (Alai), com Kenia Serrano, deputada cubana e presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP). “Eu não acho possível uma mudança nas relações entre os EUA e Cuba sem que o governo estadunidense mude sua política hostil contra a Revolução Cubana e os seus homens e mulheres. O bloqueio não é uma lei da Assembleia Nacional do Poder Popular, é um ato do Congresso dos EUA. Portanto, a correção deve vir do governo americano”, afirma a entrevistada. A seguir, destacamos alguns trechos do texto. | Por Rosângela Ribeiro Gil.
Filme ‘O Lobo de Wall Street’: um chacal em pele de predador
10 de Fevereiro de 2014, 11:10"O Lobo de Wall Street", de Martin Scorcese, é uma adaptação do livro de memórias de Jordan Belfort, corretor de títulos da bolsa norte-americana. Interpretado por Leonardo DiCaprio, logo no início do filme, o protagonista lista as várias drogas que ingere durante todo o dia para manter o ritmo louco do mundo da especulação financeira. Mas ele é categórico: há uma droga que é a mais terrível e poderosa de todas. A cena mostra Belfort aspirando uma carreira de pó branco. Mas não se trata de cocaína. Ele se refere ao canudo que utilizou para cheirar a droga, feito com uma nota de dinheiro enrolada. “Esta é a mais poderosa das drogas”, diz ele. E o filme todo é sobre os efeitos dessa substância que circula pelas veias de praticamente todas as sociedades do mundo atual. Que levou a vida social contemporânea a uma dependência, mais do que química, alquímica. Uma alquimia que não transforma apenas chumbo em ouro, mas converte tanto matéria, como espírito em bens monetizados. Em ativos que podem ser negociados nos mais diversos tipos de mercados em que foram transformadas as várias esferas da vida humana. | Continue lendo | Por Sérgio Domingues.
O jornalismo na era da internet. Entrevista com Natalia Viana, da Agência Pública
10 de Fevereiro de 2014, 11:05Em entrevista concedida por telefone à IHU On-Line, a jornalista Natalia Viana, uma das fundadoras da Agência Pública, compartilha sua visão sobre o mercado e seus profissionais, e as possibilidades midiáticas geradas por experiências de jornalismo independente. “Pública faz parte de uma rede que tem dez outros sites semelhantes, cada um com sua especificidade”, elenca. Em uma época em que a mídia hegemônica reinava absoluta, seja na televisão ou nas bancas de jornais, fazia sentido pensar em uma mídia alternativa. No entanto, em um contexto de perda da audiência, circulação e credibilidade das grandes corporações, tal oposição perdeu o sentido. “Na imprensa estamos passando de um cenário de mídia de massas para um cenário de massa de mídias”, pontua ela. “A tendência agora é reverter a concentração.” Para Natalia não existe uma crise do jornalismo, mas uma crise na indústria. “A internet traz uma possibilidade tecnológica que acaba com aquilo que conformava a indústria da notícia: o fato de que eles tinham os meios de produção e de divulgação em suas mãos”, esclarece. Ao falar sobre A Pública, ela explica: "a nossa missão é produzir e fomentar o jornalismo investigativo independente no Brasil. O jornalismo investigativo leva muito tempo para ser produzido, ele não é lucrativo, ele nem sempre vende. No entanto, é extremamente necessário para a democracia". |Por IHU-Online,
LIVRO # ‘Lobotomia e Comunicação’
10 de Fevereiro de 2014, 11:02Segundo definição da medicina, "lobotomia" é a separação cirúrgica dos lóbulos frontais do cérebro. O objetivo do procedimento é fazer com que os doentes mentais, caracterizados como violentos e bestiais, se tornem mansos e quietos. Partindo da leitura e observação sobre o noticiário dos nossos "grandes" jornais, o autor analisa, neste livro, o sentido que esses veículos querem dar para determinadas informações, A PARTIR DE UMA NARRATIVA PARCIAL NA CONSTRUÇÃO DA NOTÍCIA. Um dos exemplos citados por ele é o das recentes manifestações de 2013, as chamadas Jornadas de Junho. Nesse livro, ele questiona se estaríamos sofrendo um processo coletivo de lobotomização. Ou seja: questiona se nos tornamos meros telespectadores, ouvintes e leitores sem capacidade de análise crítica dos fatos.