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Núcleo Piratininga de Comunicação

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Boletim NPC

марта 5, 2014 12:47 , by Eric de Almeida Fenelon Delphim Tavares - | No one following this article yet.

Boletim especial da FISENGE – #VitoVive

июля 30, 2015 16:50, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

Homenagem da Fisenge ao lutador, amigo e companheiro, Vito Giannotti. Ele desbravou o país em defesa da comunicação e foi o impulsionador da criação de diversas mídias em sindicatos. Não poderíamos pensar em melhor maneira para homenageá-lo senão um boletim especial para ele. Vito, presente! #VitoVive

Confira!



Por Chico Canindé

июля 30, 2015 16:44, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

É foda falar de amigos, amigos metas

Amigos moldados em uma metalurgia, temperada a caráter

de amor a ferro em brasa e soldar feridas sociais com solidariedade

temperada na honestidade da amizade.

Vito, vc deixou a gente com um que de que falta algo

com amigos assim fazemos a sarambada sem medo

de que falte crença, sem o enigma do cinismo

Com amigos assim a gente canta cantigas de águas

e peixes brincando como crianças.



Por Celso Campos – O Homem de Lucca 

июля 30, 2015 16:40, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

Certo dia ele resolvera abandonar toda sua comodidade creio que nada mais nada menos que um pouco de roupa na bolsa, alguns livros na mochila e partira para Jerusalém.

Lá encontrou a sua essência no Homem do Peixe que a ele disse para rasgar todo aquele caralho de trás e o que viesse à frente daquele livro de sabe-se lá quantas páginas... 5350, 6000??

Essa página o jovem nascido na cidade de Lucca, Itália guardara em seu coração por toda a vida. O Homem de Lucca a transmitiu a alguns de seus alunos em dezembro de 2014, com as mesmas palavras que o Homem do Peixe o disse algum dia. Leia mais.



Por Nathalia Faria – Meu avô Vito Giannotti

июля 30, 2015 16:36, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

Não lembro a primeira vez que estive com Vito.

Mas sei que naquele dia ele me marcou.

Lembro-me de pensar:

“Que velhinho palavrudo”.

Vito poderia ser meu avô. Aliás, ambos morreram com a mesma idade.

Mas, meu avô, um dos homens mais fantástico que a memória me permite lembrar, não falava palavrões. Nunca.

O Vito falava. E muito.

Aos poucos entendi o porquê.

Vito era diferente. Vito era um trabalhador.

Não que meu avô não o fosse. De fato, era. E daqueles incansáveis. Trabalhava na rua e em casa.

Mas o Vito trabalhava pelos/as trabalhadores/as.

O Vito lutava pelos/as trabalhadores/as.

De tão lutador se fez jornalista.

Para com os/as trabalhadores/as dialogar.

De tão lutador se fez palavrudo.

Porque somente os palavrões podem adjetivar a exploração humana,

A desigualdade,

O preconceito,

A miséria,

O capital.

E de tão palavrudo, inconformado, indignado, se fez terno.

Porque é preciso “Endurecer, sem perder a ternura. Jamais.”

E assim, se fez extremamente radical.

E extremamente amoroso.

Porque a radicalidade e a ternura são complementares, e não antagônicas.

Ontem, Vito foi encontrar o meu avô.

Eu não era próxima a ele.

Por isso, não choro a morte de um amigo. Como fiz com meu avô.

Mas ele era próximo a mim.

Porque a indignação nos faz companheiros.

Por isso, hoje é dia de luto.

Mas, amanhã é dia de luta.

Pelo Vito, pelo meu avô,

Pelos trabalhadores e trabalhadoras,

Desse país tornado injusto.

Pelos trabalhadores e trabalhadoras

que morrem, sofrem, lutam, xingam e sorriem com ternura,

Como o Vito.

Vito Giannotti, presente!

Presente! Presente! Presente!

Sim Nathalia, Vito foi um Presente e Continuará Presente.

* Nathalia Faria é historiadora e professora da FEUC em Campo Grande RJ.



Por Gustavo Barreto – Eu conheci o Vito porque tinha que conhecer

июля 30, 2015 16:34, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação » Boletim NPC

Claudia Santiago é da família, mas até aí família é grande, tem sempre um primo ali, uma parenta ali. E como eu fui trabalhar com a Claudia e o Vito? Em pleno feriadão, quando tava todo mundo curtindo uma praia, uma bebedeira, estava eu militando noconsciencia.net em algum momento do início dos anos 2000.

Isso chamou a atenção dos dois. Como pode? O que tem na cabeça esse garoto que não está “zuando” por aí? E eles me chamaram pro NPC. E eu fui e até hoje não saí, e amanhã tem aula de novo, e vai demorar, como profetizou o Vito, uns 300 anos pra mudar as coisas. Mas a gente tem uns 50, 60 com sorte, então tem que fazer. Então eu vou continuar, cada vez mais e mais, porque a batalha da comunicação popular não tem fim, pelo menos não nessa vida.

E foi com o Vito que eu aprendi essas coisas. O que importa mesmo. Como falar pras massas. Como se comunicar com o trabalhador sem cair na demagogia barata e grotesca da grande mídia. Como chamar o seu Zé, a dona Maria, e trazer eles pro nosso lado – porque a gente tem lado, e isso eu aprendi com o Vito também.

Essas coisas estão nos livros (em alguns, não todos), estão descritos na teoria, mas é com luta que você aprende. Às vezes caindo, se machucando, pra perceber como a disputa da hegemonia ainda é a grande batalha da nossa sociedade, e como é danoso o domínio do capital para os “de baixo”, como dizia o Florestan Fernandes.

Eu perdi um pai hoje. Desses imprescindíveis, como categorizou o Brecht, desses que lutam toda a vida. Talvez por estudar História constantemente, eu tenho muita dificuldade em lidar com a finitude da vida. Mas exatamente por estudar História, eu me sinto honrado de ter feito parte da vida deste ícone da luta pela comunicação popular que foi Vito Giannotti.

Eu prometo, Vito, honrar toda a sua luta. Ela é inglória, parece impossível, mas foram pessoas como você que nos mostraram que a única saída digna é nunca desistir. Eu vou estar sempre ao seu lado, conforme eu prometi.