Hoje, 12/06 é aniversário da decisão dos trabalhadores da Flaskô de tomar a fábrica do patrão e com isso seus destinos em suas mãos. Parece chover no molhado, mas entendo que muito se tem a apreender com a questão. Alguns elementos foram e são fundamentais para se entender o que se passou: primeiro é preciso que exista uma necessidade a ser atendida, também é necessário uma esperança e confiança em si mesmos para ir adiante na busca de solução, e é preciso ousadia para fazer diferente do que sempre se faz, e, por fim, é preciso persistencia para manter-se no caminho que se constrói a si mesmo, mas que tem uma direção.
O ano de 2003 é um ano de grande desemprego. Um ano de fechamento de diversas fábricas pelo Brasil. Por si só era claro a necessdiade de lutar para manter os empregos, era preciso lutar contra o fechamento das fábricas. A necessidade era clara
Ao mesmo tempo era o primeiro ano governo do PT no Brasil. O que significava uma compreensão de que era possível fazer no presente o futuro se tornar diferente. Era possivel vencer.
Resultante das duas primeiras forças a ousadia era o elemento necessário do balanço que se fazia. Era preciso ousar. Sobretudo quando em 11 de junho de 2003 o próprio presidente Lula recebeu simples operários dispostos a lutar por seus empregos e comprometeu-se a soluções. Valeu ousar.
Muito tempo se passou. Muito tempo. E tempo suficiente para termos claro que a luta pela estatização sob o controle dos trabalhadores que pautou o inicio desta batalha e definiu seu desenvolvimento foi a particula insubstituível para não sermos levado pelo vento dos ajustes fiscais e do definhamento próprio das saídas de mercado propostas aos trabalhadores.