Recortes críticos sobre a situação atual
Em primeiro de julho de 2015 o Jorna Brasil Econômico publicava que em dois anos o aumento na conta de energia realizada pela Eletropaulo acumulou 83,23%, de R$ 238,01 para R$ 436,11 o megawatt/hora. A Eletropaulo possui 6,8 milhões de clientes, mais ou menos 20 milhões de pessoas, a maior distribuidora da América latina. Imaginem o impacto disso na vida real das pessoas. O setor de telecomunicações registrou segundo dados do Serasa um aumento de quase 40% na inadimplência. Essas são os impactos diretos das privatizações. A uma saída. Sempre há uma saída. E no entanto ela tem custos. Quem topa enfrentar?
E sobre a questão do Pré-Sal e do Petróleo, vejamos o que diz o sindicato patronal dos fabricantes de máquinas. A Abimaq é favorável ao fim do regime da partilha afirmou Aberto Machado, diretor da entidade. Aqui é preciso lembrar que o projeto de Lei 131/15 acaba com o regime de partilha. Bem é verdade que este nunca foi o projeto dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, ao contrário do que parcela do PT quer nos convencer. Ao mesmo tempo é preciso dizer que o projeto Serra é o projeto do imperialismo. A luta se faz diante de condições reais e concretas, por isso é preciso derrotar o projeto Serra, em defesa do regime de partilha, como forma de mobilizar e na mobilização explicar a necessidade de um regime 100% estatal no Brasil. E mais do que isso que seja controlado pelos trabalhadores e trabalhadoras.
E o que se passa no mundo? O Congresso Americano, que na última eleição foi tomado pelos Republicanos, aprovou o chamado ‘fast track” para o livre comercio. Agora o presidente norte americano tem carta branca para realizar todos os acordo. Por lá também os “setores progressistas" se opõe ao livre comercio, na linha da defesa dos empregos dentro dos EUA. É a classe trabalhadora mundial contra o livre comércio. Essa aprovação me cheira a uma nova ALCA, é claro que com outro nome e novo formato. Atualmente o imperialismo quer, além do México, o Peru e o Chile... Ao mesmo tempo precisamos notar que o balanço dos membros do Partido Democrata é que o Nafta custou muitos empregos e por isso eles eram contra ... Até ontem. Mas agora o congresso é controlado pelos republicanos. Eles estão em negociação com a União Europeia e agora também com o Brasil
Outra notícia interessante é o fato do governo americano cortar 40 mil soldados de suas fileiras como forma de economizar. Além de mais 17 mil civis que trabalham no setor militar da economia. O que poderá significar isso? É preciso ver mais de perto. A primeira vista pode ser visto sob dupla ótica: de um lado o aumento da produtividade de guerra permite um corte, isto é, uma reestruturação pelo aumento da produtividade trabalho, e de outro uma diminuição da belicosidade do imperialismo dos EUA. Será? Apostaria que a segunda opção é não, diante do fato que congresso norte americano estar dominado hoje pelos republicanos, deve sim, é significar mais terceirização da guerra...
E nem tudo é somente na terra. A Azul brasileira comprou a TAP, portuguesa. Essa que há anos enfrentava uma grande crise e ampla resistência dos trabalhadores contra os ataques aos empregos e direitos. É preciso observar o que se passa mais de perto....
Já aqui no Brasil a Caixa Econômica Federal negociou seus créditos podres no valor de 5,9 bilhões. As expectativas são de 23 bilhões de créditos podres para o ano, diante de 18 bilhões de 2014. Parece que o governo está sanando o banco para vender suas ações ao mercado...
Bastante interessante a entrevista de Aldo Fornazieri no jornal Brasil Economico de 13/07. A principal afirmação foi sua forma de abordar a questão da falta de projeto estratégico por parte do PT. Está é uma questão bastante controversa, pois as vezes o que localizamos commo falta de projeto é na realidade extamente um projeto. Pois não é porque não da certo que não há projeto. Em primeiro lugar dar certo pode significar muita coisa em uma sociedade dividida em classe sociais. Em segundo lugar um projeto pode dar errado para todas as classes. Para ele “a esquerda da América Latina se corrompeu. Faltou uma ideologia republicana da coisa pública, da virtude, da frugalidade, que se expressou unicamente pelo Pepe Mujica, no Uruguai.” Aqui parece que fica claro sua abordagem: exclui o adjetivo necessário em qualquer sociedade cindida em classe sociais. Que republica? A republica dos trabalhadores ou a republica dos burgueses? Acho que houve um republicanismos, talvez quem saiba não o que Aldo quisera. E no entando sem esse elemento analitico, nada se pode compreender. Foi-se se a era em que a burguesia e o proletariado constituiam-se em classe organizadas no mesmo status, o terceiro estado, e elas são as classes fundamentais ainda no mundo, mesmo que com mais frações e subgrupos.
Um elemento importante que ele apresentar é a correta revisão das isenções fiscais aos empresários. Política que parte mínimia da esquerda combateu à época, mas que hoje se cala apenas para atacar o governo, com isso e por isso, estou com Aldo e com Levy, mesmo que por objetivos diferentes. E por fim ele aponto o mais importante: “O autonomismo e o espontaneismo não são uma saída política. Mas voce vÊ que essa nova direita tem uma expressão forte, uma parcela significativa da juventude foi tomada por uma ideologia conservadora. Esse conservadorismo vai dar uma saldo de qualidade se essa juventude se organizar numa expressão partidária e de direita, que até agora não se vislumbrou”