Mágico transforma café em moedas e faz mendigo chorar
March 15, 2013 21:00 - no comments yet

O 'Magia Uliczna', canal de mágicas do YouTube, disponibilizou um vídeo no qual um mágico de rua transforma café em moedas e faz um desabrigado chorar ao receber o 'presente'. A cena viralizou e se tornou famosa apenas nesta semana, apesar de ser do começo de março.
Veja a história:
Medida pode agravar a precarização da segurança pública e vulnerar policiais militares
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
ES - Até mil policiais militares devem ser contratados em regime de designação temporária
Projeto de lei será votado na Assembleia em caráter de urgência
Mil policiais militares podem ser contratados em regime de designação temporária pelo governo do Estado se o projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa for aprovado. A proposta – que, segundo o Executivo, visa a acelerar o processo de recomposição do quadro da Polícia Militar – deverá ser votada em caráter de urgência até a próxima quarta-feira. Se a medida for autorizada, os novos PMs começariam a trabalhar no segundo semestre deste ano.
O projeto foi divulgado, com exclusividade, por A GAZETA na última quinta-feira. O secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, explicou que os policiais vão prestar serviço por dois anos, prazo que pode ser prorrogado pelo mesmo período.
Segundo o secretário, ideia é selecionar, inicialmente, de 200 a 300 profissionais para atuar em guardas e plantões internos nas companhias da PM. Assim, os policiais efetivos ficariam liberados para atuar nas ruas.
Qualquer cidadão com ensino médio, idade entre 18 e 28 anos e comprovado serviço nas Forças Armadas poderá candidatar-se. A Secretaria Estado de Segurança Pública não definiu quando ou como será a seleção. Também não informou se os PMs temporários andarão armados.
Reunião
Para viabilizar e agilizar a aprovação do projeto, o secretário de Segurança, André Garcia; o secretário de Governo, Tyago Hoffmann; e o da Casa Civil, Luiz Ciciliotti, reuniram-se ontem com os deputados que integram a Comissão de Segurança da Assembleia. Líder do governo na Casa, o deputado Sérgio Borges esteve presente. “É uma forma de aprimorar o projeto antes de ele ser encaminhado. O secretário André Garcia precisa disso para reforçar o policiamento”, revelou.
O projeto será protocolado na Assembleia nesta sexta e deve ser lido em plenário nesta segunda-feira. “Vou pedir regime de urgência, e a votação pode acontecer na terça ou quarta-feira. A expectativa é pela aprovação”, afirmou Borges.
O deputado diz que a contratação de PMs por designação temporária “é altamente importante para a segurança do povo capixaba”. “Atende ao objetivo do governo de dar cada vez mais segurança à população. A proposta já foi usada em outros Estados, como Rio Grande do Sul e São Paulo”, ponderou.
O presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço, disse que, se preciso, vai convocar uma sessão extraordinária na terça-feira para aprovar a medida.
Para se candidatar
Requisitos
Ser reservista das Forças Armadas (Marinha, Exército ou Aeronáutica), tendo efetivamente prestado o serviço militar; possuir ensino médio completo; ser aprovado em Teste de Avaliação Física (TAF), exames de saúde, médicos e psicossomático; apresentar idoneidade moral, comprovada por certidão de antecedentes criminais; ter altura mínima de 1,65m (homens) e 1,60m (mulheres)
Remuneração
Será a mesma do policial militar efetivo. Atualmente, a remuneração base é de R$ 2.100,98. O soldado que faz as quatro escalas extras especiais recebe R$ 2.530,74
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March 15, 2013 21:00 - no comments yet
Eleição de argentino representa derrota da Cúria Romana e vitória de Bento XVI, diz autor de livro sobre sucessão no Vaticano. Para ele, Francisco não promoverá mudanças em questões morais, mas pode reaproximar a igreja da população
L’Osservatore Romano
Visto como homem extramuros, Bergoglio defende que igreja ande em direção à periferia
Wellington Miareli Mesquita *
Especial para o Congresso em Foco
A eleição de Jorge Mario Bergoglio representa, sem dúvida, uma derrota para a Cúria Romana, encabeçada pelo cardeal decano Angelo Sodano. Vitória do emérito Joseph Ratzinger– que deve ter brindado com suave vinho italiano ao assistir pela televisão, em Castel Gandolfo, a eleição de seu sucessor. Contra a sujeira, a soberba e a autossuficiência, apresenta-se Francisco, embora não franciscano, mas jesuíta.
Por séculos, os jesuítas elegeram o seu papa negro, assim era chamado o líder da poderosa congregação, o Prepósito-geral, que se apresentava numa imponente batina preta. A alcunha fazia referência à influência que a companhia exercia dentro da Igreja Católica. Desta vez, os jesuítas e toda a igreja terão um papa branco, e latino-americano, região onde eles se confundem com o próprio processo de colonização.
A escolha de um papa não europeu vai ao encontro dos planos de Bento XVI. Em seus inúmeros consistórios, o papa emérito alemão promoveu ampla renovação e internacionalização no colégio de eleitores. Dividido, o clero italiano rejeitou a candidatura Angelo Scola. Contra Dom Odilo Scherer, talvez, tenha pesado a idade (ficaria pelo menos 20 anos no cargo) e, principalmente, seu envolvimento na comissão que gerencia o Banco do Vaticano.
Bergoglio entrou cardeal e saiu papa, confirmando a máxima. Em 2005, foi apontado como preferido do reformista Carlo Maria Martini, e ficou em segundo lugar no Conclave. A idade avançada, 76 anos, e seu posicionamento ferrenho contrário ao carreirismo mandaram um recado claro à cúria romana: pontificados longos imobilizam a máquina e a corroem, fato bem compreendido após o extenso pontificado de João Paulo II.
Finda a euforia do Conclave, sucesso de audiência em todo o mundo, Bergoglio precisará de muita força para enfrentar as disputas internas. Os oito anos de Bento XVI não foram fáceis, a oposição de dentro da cúria lhe causou sérios incômodos. Vazamento de informações sigilosas, ataques constantes ao secretário de Estado Tarcisio Bertone, e intrigas, tudo isso manchou o conturbado noticiário vaticano. Apesar de sua experiência em alguns órgãos da Santa Sé, Bergoglio é visto como um homem extramuros.
Em questões morais, papa Francisco não se afastará de seus antecessores. Contrário à pílula, ao aborto e à legalização de uniões de casais homossexuais. Todavia, apesar da timidez inicial, mostra-se um homem de carisma e mais próximo à população, ao diálogo, de gestos simples, contrário à ostentação e próximo aos mais necessitados. Em recente entrevista ao diário La Stampa, disse que a igreja deve andar em direção à periferia.
Conversando com um alto prelado em Brasília, percebi o clima de otimismo e grande expectativa pela eleição do papa portenho. Mudança histórica, que sinaliza uma nova era para o catolicismo. Que o Novo Mundo dê vigor à missão do sucesso de Pedro e o papa argentino transmita mais humanidade à violenta América Latina. A reforma na Igreja Católica, como previsto, não será de esquerda ou direita, mas virá pelo centro.
* É jornalista e autor do livro Sucessão no Vaticano, que narra a morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI.
Deputado do PT homenageia o “maior grileiro do mundo”
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
O deputado federal André Vargas (PT-PR) apresentou em 2009 um projeto de lei (PL 6.167/09) para nomear o trecho da BR-277 entre as cidades de Paranaguá e Curitiba (PR) de Rodovia Cecílio do Rego Almeida.
A reportagem é de Igor Felippe Santos e publicada no sítio Viomundo, 14-03-2013.
Nesta quarta-feira, a homenagem foi aprovada, depois de parecer favorável de outro deputado do PT na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, José Mentor.
Por que uma homenagem dessas para um nome pouco conhecido?
Cecilio do Rego Almeida, que morreu aos 78 anos em 2008, foi presidente do Conselho de Administração do Grupo CR Almeida.
Almeida é paraense, mas mudou para o Paraná com 7 anos de idade.
O grande feito dele foi conquistar o título de “maior grileiro do mundo”, por concentrar fazendas que somadas são maiores que o estado da Paraíba.
Um homem só concentrou 6 milhões de hectares. Não, não é 6 MIL hectares, que já seria um baita latifúndio.
Em 2012, a subseção da justiça federal de Altamira, no Pará, recebeu os autos do processo sobre a grilagem.
O documento com 1.500 páginas, distribuídos em seis volumes, demonstra as irregularidades – ou melhor, crimes – de Cecilio do Rego Almeida para chegar ao topo do ranking dos grileiros.
A homenagem de André Vargas deixa uma lição: a grilagem de terras será recompensada.
Organizações cobram posição da Secretaria de Direitos Humanos sobre presidência de Marco Feliciano na CDH
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
Organizações cobram posicionamento público da Secretaria de Direitos Humanos e do Governo Federal com relação à presença de um racista, sexista e homofóbico na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
A nota foi publicada pelo sítio da Plataforma Dhesca, 14-03-2013.
Eis a nota.
As organizações abaixo assinadas vêm, publicamente, requerer um posicionamento da Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR) quanto à eleição do Dep. Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.
Com surpresa, temos acompanhado a falta de empenho político da SDH/PR, quanto a um fato que coloca em risco a garantia dos direitos humanos no país. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara sempre foi uma instituição parceira dos movimentos sociais e da própria SDH/PR na promoção dos direitos humanos. Até o momento, não tomamos conhecimento de nenhum posicionamento oficial da pasta sobre a presidência da Comissão ser ocupada por um deputado declaradamente racista e homofóbico. Além disso, também não há nenhuma manifestação ou ação tomada pela SDH/PR quanto às movimentações da Bancada Evangélica na Câmara, capitaneada pelo Partido Social Cristão (PSC), com o objetivo de monopolizar a CDHM com uma explícita agenda de retrocesso de direitos. Isso nos leva a questionar qual o posicionamento da Presidência da República e do Governo Federal no que diz respeito à questão.
Lamentavelmente, esta atitude, que remete a uma omissão da Secretaria de Direitos Humanos e do Governo Federal, ocorre desde o início da atual gestão, quando foram desmobilizados todos os esforços dos movimentos de direitos humanos para a implementação do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, o PNDH3, publicado por meio do Decreto nº 7037 de 21/12/2009. A atual gestão da Secretaria desconstituiu o Comitê Interministerial de Acompanhamento e Monitoramento do programa, previsto no Decreto, e publicamente afirmou que o PNDH traria uma “imagem negativa” para o governo.
A Secretaria de Direitos Humanos tem como missão institucional a defesa e garantia dos Direitos Humanos, especialmente de grupos historicamente discriminados e em situação de vulnerabilidade. É estarrecedora a falta de posicionamento público do Ministério também quanto a outras ações do Governo Federal, como o retrocesso da política de combate à homofobia nas escolas; à internação compulsória de usuários de crack e outras drogas e ao financiamento de comunidades religiosas terapêuticas. A SDH deveria questionar interna e publicamente medidas do próprio governo que retrocedem na garantia dos direitos humanos e fortalecem o fundamentalismo religioso, em uma clara violação da laicidade do Estado. Essas omissões contradizem os discursos emitidos pela Presidenta da República que, internacionalmente, defende a universalidade dos direitos humanos.
Diante dessas questões e tendo em vista que a SDH é o Ministério responsável por garantir a perspectiva de Direitos Humanos estabelecida pelo Governo Federal, requeremos posicionamento deste Ministério e da presidenta Dilmasobre a recente usurpação da CDHM por interesses privados contrários a efetivação dos direitos e sobre os recentes recuos na agenda dos direitos humanos no Brasil, em razão de alianças e pressões de setores religiosos conservadores.
Atenciosamente,
1. ABECIPSI - Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia
2. ABEP - Associação Brasileira de Ensino de Psicologia
3. ABOP - Associação Brasileira de Orientação Profissional
4. ABPD - Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento
5. ABPJ - Associação Brasileira de Psicologia Jurídica
6. ABPP - Associação Brasileira de Psicologia Política
7. ABPSA - Associação Brasileira de Psicologia da Saúde
8. ABRANEP - Associação Brasileira de Neuropsicologia
9. ABRAP - Associação Brasileira de Psicoterapia
10. ABRAPEDE - Associação Brasileira de Psicologia nas Emergências e Desastres
11. ABRAPEE - Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional
12. ABRAPESP - Associação Brasileira de Psicologia do Esporte
13. ABRAPSO - Associação Brasileira de Psicologia Social
14. ANPEPP - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia
15. AMNB - Articulação das Organizações de Mulheres Negras Brasileiras
16. AMB - Articulação de Mulheres Brasileiras
17. ASBRo - Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos
18. Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT
19. CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria
20. CFP - Conselho Federal de Psicologia
21. Conectas
22. CONEP - Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia
23. Conselho Federal de Psicologia
24. Conselho Indigenista Missionário
25. Crioula
26. FENAPSI - Federação Nacional dos Psicólogos
27. FLAAB – FEDERAÇÃO LATINO AMERICANA DE ANÁLISE BIOENERGÉTICA
28. Fórum Cearense de Mulheres
29. IBAP - Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica
30. Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
31. Instituto Negra do Ceará
32. JusDh - Articulação Justiça e Direitos Humanos
33. Justiça Global
34. MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos
35. Plataforma Dhesca Brasil - Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais
36. Rede Feminista de Saúde
37. Relatoria Nacional do Direito Humano à Educação
38. Relatoria Nacional do Direito Humano à Terra, Território e Alimentação
39. Relatoria Nacional do Direito Humano ao Meio Ambiente
40. Relatoria Nacional do Direito Humano à Saúde Sexual e Reprodutiva
41. SBPH - Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
42. SBPOT - Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho
43. SOBRAPA - Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura
44. Sociedade Maranhense de Direitos Humanos
45. Sociedade Paraense de Direitos Humanos – SDDH
46. Tambores de Safo
47. Terra de Direitos
Entre a dignidade e o desafio do controle de jornada de trabalho
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
A Proposta de Emenda à Constituição que iguala os direitos dos trabalhadores domésticos aos dos demais empregados brasileiros traz novas garantias, mas também gera questionamentos com o aumento do ônus para empregadores e o desafio do registro das horas trabalhadas.
A reportagem é de Joana Neitsch e publicada pelo jornal Gazeta do Povo, 15-03-2013.
A possibilidade de igualar os direitos dos trabalhadores domésticos aos dos demais empregados rurais e urbanos é um avanço para aqueles que trabalham em casas de família em todo o Brasil. Mas as possíveis novas garantias, como a obrigatoriedade do pagamento de FGTS e horas extras, traz preocupação para os empregadores que teriam os custos elevados para contratar uma pessoa. O principal desafio apontado pelos juristas, contudo, é como fazer o controle de jornada e garantir a segurança nos contratos tanto para patrões quanto para empregados.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 478/2010, aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados em dezembro, prevê a revogação do parágrafo único do artigo 7.º da Constituição Federal, que trata dos direitos que são concedidos aos trabalhadores domésticos. O parágrafo estende aos empregados domésticos apenas nove dos 34 incisos que tratam dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. Se a PEC for aprovada pelo Senado, os trabalhadores domésticos passarão a ter todos os direitos que os outros já têm.
O ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, observa que o trabalho doméstico não pode mais ficar marginalizado, sob o estigma de ser realizado por trabalhadores de segunda classe. “Pela sobrecarga de trabalho, pela dedicação às famílias brasileiras não há porque haver tratamento tão diferenciado.”
O ministro rebate o argumento de que as contratações com carteira assinada para esse tipo de trabalho poderiam diminuir devido aos altos custos para os empregadores que, no caso do Paraná, teriam um custo mensal adicional de 7,14%. “É um argumento terrorista. Quando se cogitava abolir a escravidão no Brasil, lançava-se mão desse argumento. Mas houve avanços sociais”, disse Dalazen.
Um dos principais embasamentos para a mudança na legislação é a Convenção sobre o Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos nº 189, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O artigo 10º prevê que todos os países membros devem “garantir a igualdade de tratamento entre os trabalhadores domésticos e os trabalhadores em geral”.
Jornada
Para o presidente da Academia Nacional de Direito do Trabalho (ANDT) e professor titular de direito do trabalho da Universidade de São Paulo (USP), Nelson Mannrich, o Brasil está atrasado por ainda não ter ratificado a convenção da OIT, que é de 2011. Mesmo considerando que a equiparação de direitos é fundamental para dar mais dignidade aos empregados domésticos, ele reconhece que o controle de jornada vai ser um desafio, especialmente no caso dos funcionários que residem na casa dos patrões.
Se a PEC for aprovada, Mannrich diz que uma alternativa será ter contratos mais detalhados que definam os horários de trabalho e o dia de descanso semanal remunerado. Em caso de litígio é mais difícil ter testemunhas, já que uma residência é um ambiente privado, que, muitas vezes, não tem mais nenhum outro funcionário. Mas o professor da USP aponta como provas que poderiam ser utilizadas câmeras de segurança de prédios e depoimento de porteiros.
Os litígios mais comuns na Justiça do Trabalho são justamente por controle de jornada, segundo o professor de direito do trabalho da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-Rio), Luiz Guilherme Migliora. Ele prevê que com o trabalhador doméstico não será diferente, mas que esta será a parte mais “revolucionária” da emenda constitucional, que vai gerar uma mudança na cultura, especialmente em regiões como o Norte e o Nordeste do Brasil. “A PEC vai acabar com a figura do empregado que dorme no emprego. Isso vai obrigar as pessoas a implementarem um horário de trabalho mais limitado.”
Migliora aposta na aprovação da PEC, já que, além da questão da dignidade do trabalhador, essa seria uma medida popular e, por isso, interessante para o Congresso no momento. Se a aprovação se consolidar, vai caber à jurisprudência indicar como a nova norma vai ser aplicada ou o próprio Ministério do Trabalho pode se antecipar e regulamentar a matéria.

Pnud: Nova classe média é fenômeno mundial. Para especialistas ''o que cresce é classe trabalhadora precarizada''
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
Se o Brasil está se transformando em um país de classe média — como afirmou a presidente Dilma Rousseffrecentemente no Rio —, ele não está sozinho. Dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgados nesta quinta-feira mostram que, neste quesito, estamos ao lado de China, Índia, África do Sul, Turquia, Bangladesh, Chile, Gana, Ilhas Maurício, Ruanda, Tunísia, entre outros.
A reportagem é de Nice de Paula e publicada pelo portal do jornal O Globo, 15-03-2013.
Segundo o Pnud, entre 1990 e 2010, a classe média que vive nos chamados países do Sul (a forma como o Pnud se refere às nações emergentes) passou de 26% a 58% do total desse grupo no mundo. Até 2030, 80% desse segmento social deverão viver nesses países e responder por 70% do consumo do mundo.
O professor Jessé José Freire de Souza, diretor do Centro de Pesquisa sobre Desigualdade da Universidade Federal de Juiz de Fora, diz que é “irresponsável” chamar de classe média esses novos consumidores. Ele, porém, concorda que esse ganho de poder aquisitivo é, sim, um fenômeno que vem ocorrendo em vários países emergentes:
— O que tem surgido é uma nova classe trabalhadora precarizada, que vai ser utilizada nas áreas de serviço, comércio e pequenas indústrias do Brasil e dos países emergentes do mundo inteiro. Por que neles? Porque você não convence um francês ou um alemão que trabalha sete horas por dia de que ele terá que trabalhar 14 horas, como está ocorrendo com essas pessoas que não tinham nada e estão se incluindo no consumo, com dois, três empregos e bicos. Mas isso não tem nada a ver com ser classe média.
Celia Lessa Kerstenetzky, diretora do Centro de Estudos sobre Desigualdade e Desenvolvimento da Universidade Federal Fluminense, identifica um movimento de inclusão por meio do consumo, relacionado ao crescimento econômico mais rápido em vários desses países: — O que se observa com clareza é uma evolução dos rendimentos dos estratos inferiores de renda; um maior acesso a bens de consumo — diz Celia. — Mas em muitos casos o mercado de trabalho é precário, a proteção social é incipiente e o acesso a serviços sociais essenciais é muito limitado. Acho equivocado falarmos em classe média no sentido sociológico do termo. Além disso, tem havido um aumento das desigualdades em muitos desses países.
Falta formação cultural e social
Segundo Celia, a situação é melhor em países onde o padrão de crescimento é redistributivo, como no Brasil, onde a renda das parcelas mais pobres da população cresceu mais rapidamente do que a das camadas com ganhos mais elevados: — Mas, de novo, falar em classe média é um exagero. Pesquisa que fiz revela padrões de consumo muito deficientes entre as famílias consideradas da classe média brasileira: moradias inadequadas, baixa escolaridade dos chefes de família, perspectivas desalentadoras para as crianças e jovens. Mobilidade social e redução das desigualdades não se fazem apenas com ganhos de renda — alerta a pesquisadora.
Para Jessé Souza, no Brasil, além do crescimento, houve impacto positivo do programa Bolsa Família, que acabou criando um ciclo virtuoso, ao injetar dinheiro numa faixa muito pobre da população, e um efeito cascata positivo, a seu ver, inesperado até para os criadores do programa: — Mas, além do capital econômico, é necessária uma formação de capital cultural e social. Então, é uma mentira de fio a pavio dizer que essas pessoas (beneficiadas por programas sociais ou incluídas pelo consumo) são de classe média no Brasil. É mentira do Banco Mundial, do FMI (Fundo Monetário Internacional). E por que essa mentira precisa ser contada? Isso tem a ver com oportunismos políticos: pode trazer vantagens como ocorreu no Brasil nos últimos dez anos.
Especialista em economia internacional, Luiz Carlos Prado, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, chama a atenção para o peso que países como China e Índia têm na classe média dos países do Sul: — É preciso estar atento, porque um crescimento na classe média da China, que tem 1,4 bilhão de habitantes, já provoca um aumento enorme na fatia desse grupo, já que o país tem 20% da população do planeta. O Brasil tem um peso, mas é bem menor — afirma.
O Pnud mostra que até 2030, a região da Ásia-Pacífico acolherá cerca de dois terços da classe média mundial; as Américas Central e do Sul, cerca de 10%; e a África Subsariana, 2%.
A ganância do homem e sua prepotência vão destruir o planeta
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
Apesar dos investimentos de vários países em energias renováveis e sustentabilidade, o mundo pode viver uma "catástrofe ambiental" em 2050, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2013, apresentado nesta quinta-feira (14) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
A reportagem é do portal Globo Natureza, 14-03-2013.
Ao fim dos próximos 37 anos, são estimadas mais de 3 bilhões de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, das quais pelo menos 155 milhões estariam na América Latina e no Caribe. E essa condição demográfica e social seria motivada também pela degradação do meio ambiente e pela redução dos meios de subsistência, como a agricultura e o acesso à água potável.
De acordo com a previsão de desastre apresentada pelo relatório, cerca de 2,7 bilhões de pessoas a mais viveriam em extrema pobreza em 2050 como consequência do problema ambiental. Desse total, 1,9 bilhão seria composto por indivíduos que entraram na miséria, e os outros 800 milhões seriam aqueles impedidos de sair dessa situação por causa das calamidades do meio ambiente.
No cenário mais grave, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global diminuiria 15% em 2050, chegando a uma redução de 22% no Sul da Ásia (Índia, Paquistão, Sri Lanka, Nepal, Bangladesh, Butão e Maldivas) e de 24% na África Subsaariana (todos os países ao sul do Deserto do Saara).
Mudanças climáticas e pressões
As mudanças climáticas e as pressões sobre os recursos naturais e ecossistemas têm aumentado muito, independentemente do estágio de desenvolvimento dos países, segundo o relatório. E o texto também destaca que, a menos que sejam tomadas medidas urgentes, o progresso do desenvolvimento humano no futuro estará ameaçado.
O Pnud aponta, ainda, que os protestos em massa contra a poluição ambiental têm crescido em todo o mundo. Por exemplo, manifestantes em Xangai, na China, lutaram por um duto de águas residuais (provenientes de banhos, cozinhas e uso doméstico em geral) prometido, enquanto na Malásia moradores de um bairro se opuseram à instalação de uma refinaria de metais de terras raras – 17 metais conhecidos como "ouro do século 21", por serem raros, valiosos e de grande utilidade.
O relatório reforça também que as principais vítimas do desmatamento, das mudanças climáticas, dos desastres naturais e da poluição da água e do ar são os países e as comunidades pobres. E, para o Pnud, viver em um ambiente limpo e seguro deve ser um direito, não um privilégio. Além disso, sustentabilidade e igualdade entre os povos estão intimamente ligadas.
Desastres naturais em alta
Além disso, de acordo com o texto divulgado nesta quinta-feira, os desastres naturais estão se intensificando em todo o mundo, tanto em frequência quanto em intensidade, causando grandes danos econômicos e perdas humanas.
Apenas em 2011, terremotos seguidos de tsunamis e deslizamentos de terra causaram mais de 20 mil mortes e prejuízos aos EUA, somando US$ 365 bilhões (R$ 730 bilhões) e 1 milhão de pessoas sem casas.
O impacto mais severo foi para os pequenos países insulares em desenvolvimento, alguns dos quais sofreram perdas de até 8% do PIB. Em 1988, Santa Lucía – localizado nas Pequenas Antilhas, no Caribe – perdeu quase quatro vezes seu Produto Interno Bruto (PIB) por causa do furacão Gilbert, enquanto Granada – outro país caribenho – perdeu duas vezes o PIB em decorrência do furacão Iván, em 2004.
Desafios mundiais
O relatório do Pnud ressalta, ainda, que os governos precisam estabelecer acordos multilaterais e formular políticas públicas para melhorar o equilíbrio das condições de vida, permitir a livre expressão e participação das pessoas, administrar as mudanças demográficas e fazer frente às pressões ambientais.
Um dos grandes desafios para o mundo, segundo o texto, é reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa. Apesar de os lançamentos de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera parecerem aumentar com o desenvolvimento humano, essa relação é muito fraca, destaca o Pnud. Isso porque, em todos os níveis de IDH, alguns países equivalentes têm uma maior emissão de CO2 que outros.
Além disso, pode haver diferenças grandes entre as províncias ou estados de um mesmo país, como é o caso da China. Esses resultados, de acordo com o relatório, reforçam o argumento de que o progresso humano não demanda um aumento no uso de CO2, e que políticas ambientais melhores poderiam acompanhar esse desenvolvimento.
Segundo o Pnud, alguns países já têm se aproximado desse nível de desenvolvimento, sem exercer uma pressão insustentável sobre os recursos ecológicos do planeta. Mas responder globalmente a esse desafio exige que todas as nações adaptem suas trajetórias.
Os países desenvolvidos, por exemplo, precisam reduzir a chamada "pegada ambiental", ou seja, quanto cada habitante polui o planeta (como se fosse um PIB do meio ambiente). Já as nações em desenvolvimento devem aumentar o IDH, mas sem elevar essa pegada. Na visão do Pnud, tecnologias limpas e inovadoras podem desempenhar um papel importante nesse processo.
Mas, para reduzir a quantidade necessária de emissões de gases de efeito estufa, os países dos hemisférios Norte e Sul têm que chegar a um acordo justo e aceitável para todos, como compartilhar as responsabilidades, informa o relatório.
Acordos e investimentos
Na Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada no Rio de Janeiro em junho de 2012, foi negociado entre os governos da região da Ásia e do Pacífico um acordo para proteção do maior recife de corais do mundo, o chamado Triângulo de Coral, que se estende desde a Malásia e a Indonésia até as Ilhas Salomão. A área é responsável por fornecer o sustento para mais de 100 milhões de pessoas.
Além disso, alguns países estão trabalhando juntos na bacia do Rio Congo para combater o comércio ilegal de madeira e preservar o segundo maior território florestal do mundo. Bancos regionais de desenvolvimento também apresentaram uma iniciativa que conta com US$ 175 bilhões (R$ 350 bilhões) para promover o transporte público e ciclovias em algumas das principais cidades do mundo.
Outra parceria envolve a China e o Reino Unido, que vão testar tecnologias avançadas de combustão de carvão. Já os EUA e a Índia firmaram um acordo para o desenvolvimento de energia nuclear na Índia.
Alguns países também estão desenvolvendo e compartilhando novas tecnologias verdes. A China, o quarto maior produtor de energia eólica do mundo em 2008, é também a maior fabricante global de painéis solares e turbinas para geração de energia pelo vento. E, na Índia, os investimentos em energia solar aumentaram 62% em 2011, chegando a US$ 12 bilhões (R$ 24 bilhões) – os maiores do planeta. Já o Brasil elevou seus investimentos tecnológicos para energias renováveis em 8%, chegando a US$ 7 milhões (R$ 14 milhões).
Promessas
Até 2020, a China também prometeu cortar suas emissões de dióxido de carbono por unidade de PIB em 40% a 45%. E, em 2010, a Índia anunciou reduções voluntárias de 20% a 25%. Além disso, no ano passado, políticos coreanos aprovaram um programa para reduzir as emissões de fábricas e usinas de energia.
Na Rio+20, Moçambique anunciou ainda uma nova rota de economia verde. E o México promulgou recentemente uma lei para reduzir as emissões de CO2 e apostar em energias renováveis.
No Fórum de Bens de Consumo da Rio+20, as empresas Unilever, Coca-Cola e Wal-Mart – classificadas entre as 20 melhores multinacionais do mundo – também prometeram eliminar o desmatamento de suas cadeias de abastecimento.
Além disso, a Microsoft prometeu que em 2012 se tornaria nula em emissões de carbono. E a companhia Femsa, que engarrafa bebidas – como a Coca-Cola – na América Latina, manifestou que obteria 85% de suas necessidades energéticas no México a partir de recursos renováveis.
Mas, apesar de muitas iniciativas promissoras, ainda existe ainda uma grande diferença entre as reduções de emissões necessárias e essas modestas promessas, destaca o Pnud.
Brasil melhora IDH, mas estaciona na 85ª posição
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
O Brasil melhorou o seu desempenho no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) de 2012, mas manteve a 85ª posição no ranking. Segundo o relatório A Ascensão do Sul: Progresso Humano em um Mundo Diverso (em tradução do inglês), divulgado nesta quinta-feira 13, o Brasil registrou um índice de 0,730, ante os 0,728 do período anterior. Quanto mais próxima do 1, melhor a nota.
A reportagem é da revista Carta Capital, 14-03-2013.
A Noruega se manteve no topo da lista com 0,955, seguida por Austrália (0,938), Estados Unidos (0,937), Holanda (0,921) e Alemanha (0,920). Entre os 186 países analisados, o Brasil aparece no grupo daqueles com IDH elevado, abaixo dos com índice muito elevado. Há ainda dois outros níveis, com os países classificados como de IDH médio e baixo.
O estudo do Pnud, que mede os avanços nacionais em saúde, educação e renda, indica que o mundo está menos desigual devido aos avanços significativos na maioria dos países do Hemisfério Sul nos últimos 20 anos, principalmente em locais de nível médio e baixo de IDH.
Neste quadro, o relatório procura analisar mais de 40 países em desenvolvimento que alcançaram rápidos ganhos em IDH nos últimos anos ao investirem em educação, saúde, serviços sociais e comprometimento estratégico com a economia global. Segundo o estudo, 14 países registraram ganhos de mais de 2% anualmente no IDH desde 2000, entre eles o Afeganistão, Serra Leoa, Angola, Níger e República Democrática do Congo.
Na lanterna do ranking, está o Níger (0,304), afetado por uma intensa seca. Em penúltimo lugar aparece a República Democrática do Congo (0,304), em conflito interno. Ainda assim, esses países tiveram melhoras em seus resultados na comparação com 2011.
O país com a melhor classificação na América do Sul é o Chile (0,819) na 40ª posição, o único do continente no grupo das nações com nível de desenvolvimento humano muito elevado. O Brasil também está bem atrás da Argentina(0,811), em 45º lugar, do Uruguai (0,792), em 51º, da Venezuela (0,748), em 71º, e do Peru (0,741), em 77º.
Desigualdades internas fazem vários países perderem pontos
O Pnud também calculou um ranking com o IDH ajustado pelas desigualdades internas em saúde, educação e renda. Os números mostram que a desigualdade entre os países pode estar caindo, mas dentro deles cresce em diversos lugares.
Levando em contas estes fatores, alguns dos países mais ricos do mundo caem diversas posições. Noruega e Austrália perdem pontos, mas se mantém em 1º e 2º lugares, respectivamente. Já os Estados Unidos despenca do 3º lugar para o 16º, porque, embora tenha um IDH geral de 0,937, a comunidade latina tem um nível de 0,750 e os negros, 0,700. Outros que caem na lista são o Canadá (de 11º para 15º), Coreia do Sul (de 12º para 28º) e Israel (de 16º para 24º).
O Brasil perde 12 posições com os critérios do IDH ajustado, deixando a 85º para 97º. Com isso, o país perde o status de desenvolvimento humano elevado e passa para médio. Entre os países que sobem neste ranking estão a Suécia, que vai do 7º para o 4º lugar, a Islândia (de 13º para 10º) e a Dinamarca (de 15º para 12º).
Com o IDH ajustado pela desigualdade em 132 países em 2012, 23% do IDH é perdido pela desigualdade. Entre 1990 e 2005, esse mesmo índice para 66 países mostra que a desigualdade geral caiu apenas de forma marginal, porque a diminuição da desigualdade em saúde e educação foi superada pelo aumento da desigualdade de renda. A América Latina, em contraste com o restante do mundo, tem visto a desigualdade de renda cair desde 2000. Mas ainda tem a mais desigual distribuição do mundo.
Desigualdade de gênero
Segundo o Pnud, a Holanda tomou a ponta da Suécia como o país com a menor desigualdade de gênero, com um índice de 0,045. O estudo considera dados oficiais sobre saúde reprodutiva, poder das mulheres e participação no mercado de trabalho. Quanto mais próximo de zero, melhor. Logo atrás da Holanda vêm a Suécia (0,055) e a Suíça (0,057).
O Brasil aparece na 85ª posição, com 0,447. Um nível quase dez vezes maior que o do primeiro colocado na lista. A situação brasileira, porém, é intermediária entre os 148 países com dados disponíveis sobre o tema. As regiões com maior desigualdade são a África Subsaariana, Sul da Ásia e os Estados árabes. Nas últimas posições estão Iêmen (0,747), em 148º, o Afeganistão (0,712), em 147º, a Índia (0,610), em 132º, e o Egito (0,590), em 126º.
Extrema pobreza
O estudo também apontou que a primeira meta do Milênio da ONU, a redução pela metade da proporção de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólares por dia relativa, foi atingida três anos antes do esperado. Algo que ocorreu em função, principalmente, do sucesso de países populosos em erradicar a pobreza extrema. “Brasil, China e Índia diminuíram dramaticamente a proporção de seus cidadãos pobres. O Brasil foi de 17,2% da população em 1990 para 6,1% em 2009; a China de 60,2% para 13,1% em 2008; a Índia de 49,4% para 32,7% em 2010”, destaca o texto.
O resultado, no entanto, é ofuscado pelo número de pessoas vivendo em pobreza multidimensional: cerca de 1,56 bilhão de pessoas, mais de 30% da população dos 104 países analisados para este índice. Um valor maior que as cerca de 1,14 bilhão de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólares por dia, embora abaixo da proporção daqueles que têm menos de 2 dólares por dia.
A pobreza multidimensional é calculada por meio de fatores a nível familiar, como alfabetização adulta, matriculas escolares infantis, mortalidade infantil, acesso à agua limpa, eletricidade e saneamento básico, assim como bens familiares básicos e construção de casa, que juntos fornecem um retrato mais amplo da pobreza que as medidas por renda.
Os países com maior índice estão todos na África: Etiópia (87%), Libéria (84%) e Moçambique (79%) são os que mais têm pobres multidimensionais. Ainda assim, o maior número absoluto de pobres multidimensionais está no sul da Ásia, sendo 612 milhões deles indianos.
Exército termina reforma de aeroporto e ainda devolve R$ 150 milhões que foi economizado na obra
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
Fábio Barbosa QUI, 03 DE MAIO DE 2012
Notícia velha, mas que demonstra a lisura, transparência, honestidade e competência do Exército Brasileiro, ao contrário do que temos visto das grandes empresas que ganham licitação para obras públicas.
Além de entragar a obra antes do prazo previsto, o Exército ainda devolver R$ 150 milhões proveniente da redução do custo da obra.

Numa cerimônia fechada, o Exército entregou ontem à Infraero a obra de reforma da pista principal do Aeroporto de Guarulhos. Um trecho de 1060 m – de um total de 3.700 m – foi inteiramente reformado pelo Departamento de Engenharia do Exército, com apoio de empreiteiras privadas.
Em quatro meses de trabalho, em turnos que começavam às 6h e terminavam às 22h, inclusive aos sábados, a pista foi recuperada dentro do prazo (com quatro dias de antecedência) e a um custo 30% inferior ao previsto.
Segundo o coronel Carlos Alberto Teixeira, comandante do “Destacamento Guarulhos”, que reúne 137 militares, a pista estará em condições de uso a partir de domingo.
A Infraero vetou a imprensa no evento, que contou com a presença de militares de alta patente, entre eles o general Wagner Oliveira Gonçalves, diretor de Obras de Cooperação do Departamento de Engenharia do Exército.
O superintendente da Infraero Guarulhos, Lucínio Baptista da Silva, recebeu o termo de conclusão da obra. Depois, no refeitório da “vila militar” do Exército, no final da Hélio Smidt, o general Gonçalves e o tenente-coronel Teixeira reuniram em almoço cerca de 100 militares e civis envolvidos na obra.
Num rápido discurso, o coronel Teixeira emocionou-se ao falar do “desafio” que representou para o Exército entregar a obra dentro do prazo. Ele destacou “o excelente entrosamento” entre civis, militares e empresas.
A obra consistiu na construção de duas pistas secundárias de saída rápida, reasfaltamento de 1.060 m, iluminação, sinalização e grooving (ranhuras para facilitar a frenagem). Os demais 2.640 m passarão pela mesma reforma, em datas não fixadas.
PROMORAR – Convocação de militares atendidos pelo programa “Lares Geraes – Segurança Pública”
March 15, 2013 21:00 - no comments yet
Aos convocados, ler atentamente a Resolução Conjunta nº 001/2012 – PMMG CBMMG IPSM, para se inteirar dos documentos necessários para início do processo.
Projeto piloto disponibiliza íntegra de sentenças do TJMG na internet
March 14, 2013 21:00 - no comments yet
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) vai implantar, em algumas
varas da Primeira Instância, uma tecnologia adotada inicialmente na 34ª
Vara Cível do Fórum Lafayette, para disponibilizar a íntegra de
sentenças pela internet. O projeto, denominado Sistema de Publicação de
Sentenças e Despachos na Internet (Web), permite também às secretarias a
publicação de expedientes como atas de audiência e perícia técnica.
Para a responsável pela Secretaria da Padronização da 1ª Instância,
Suporte ao Planejamento e à Ação Correicional (Sepac), Maria Cecília
Belo, ao publicar na internet a íntegra de decisões, despachos e outras
peças processuais, o sistema pode contribuir para minimizar a demanda
aos setores das secretarias encarregados do atendimento ao público
externo. Desse modo, mais servidores poderão se dedicar, durante mais
tempo, às outras tarefas de competência da secretaria.
Sobre o cronograma de expansão do projeto, Cecília Belo informou que
está prevista para 19 de março a reunião que vai tratar de sua
implantação em outras varas de Belo Horizonte. Nessa primeira fase,
serão contempladas as sete varas da fazenda pública e autarquias, as
seis da fazenda pública municipal, as quatro de sucessões e ausência e
as quatro de feitos tributários do estado. Em abril, o sistema será
expandido para as outras 34 varas cíveis de Belo Horizonte, a Vara de
Registros Públicos e a Vara de Precatórias Cíveis, bem como para outras
varas da capital que demonstrarem interesse.
Também serão contempladas comarcas do interior do Estado interessadas em
adotar o sistema. A previsão é de que, em abril, os ajustes necessários
sejam efetivados e o sistema seja regulamentado pelo TJMG para adoção
obrigatória por todos os juízos.
Facilidades do sistema
O sistema possui um editor de texto integrado, com o qual as peças processuais podem ser publicadas em formato de texto, mantendo formatações e hiperlinks sem, contudo, ocupar muito espaço em disco, como ocorria com documentos digitalizados. As funcionalidades do sistema são intuitivas e rápidas de serem utilizadas, ressaltou.
O sistema possui um editor de texto integrado, com o qual as peças processuais podem ser publicadas em formato de texto, mantendo formatações e hiperlinks sem, contudo, ocupar muito espaço em disco, como ocorria com documentos digitalizados. As funcionalidades do sistema são intuitivas e rápidas de serem utilizadas, ressaltou.
Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom
Máscaras de carne e osso
March 14, 2013 21:00 - no comments yet
O país vive dias buliçosos.
Como se não houvesse amanhã, nem ontem, Aécio cogita a necessidade de reestatizar a Petrobrás. Vai além: promete fazê-lo.
Serra ressurge das cinzas.
E reacende seu fogo ‘desenvolvimentista’ – ‘de boca’, entrecortou, um dia, Maria da Conceição Tavares, em aparte rápido, definitivo.
Aguarda-se a chegada de Alckmin. Especula-se um figurino chão de fábrica, na defesa carbonara do salário mínimo do Dieese. Ou isso, ou greve geral.
O que falta ainda? A mídia. Conhecida pela isenção com que aborda as causas da miséria brasileira, mostra-se indignada. O país ‘estacionou’ na 85ª posição do IDH mundial, denunciam manchetes sulforosas.
Cegas, ignoram que o IDH brasileiro de 2012 baseou-se em dados de 2005,no caso da educação, por exemplo. Sete anos desconsiderados.
A própria análise do PNUD relativiza a importância da variação entre um ano e outro (leia a reportagem). O braço da ONU atesta para todos os fins que o Brasil perfila entre os grandes velocistas da luta contra a pobreza e a desigualdade no século 21.
A informação é irrelevante para o jornalismo isento. Há lógica na indignação seletiva.
Os dados defasados lubrificam de alguma forma a narrativa construída meticulosamente neste início de 2013, mas que ainda carecia de uma ‘evidência’ de apelo popular.
‘O Brasil estagnou’
Ou não é isso que sugere com diuturna disciplina o jogral de vozes que nunca desafinam? São elas que ajudam os fatos com a força das ideias.
E não lhes faltam espaços, manchetes, nem publicidade federal, generosamente aspergida pela Secom.
Desse conjunto endogâmico, em que as coisas são como são, e como são, assim ficarão, estala agora um frenesi no ar.
O IDH corrobora a bandeira em fraldas da oposição para 2014: ‘o Brasil de Dilma estagnou’.
Tucanos rodopiam no divertido baile das máscaras, onde ninguém é de ninguém, o passado fica na porta e o futuro é uma jura de salão.
Cabe ao coletivo dos professores banqueiros do PSDB acertar os ponteiros do relógio com quem realmente conta: a engrenagem do dinheiro a juro.
Aqui a conversa é entre costelas do mesmo espinhaço, partes convexas que fazem rodízio articulado dos dois lados do guichê. Das gargantas ecoam a mesma linguagem, as mesmas palavras. Cifradas pela mídia no ensaio-geral de arrumação para 2014.
A saber:
a) o país vive uma pressão inflacionária difusa decorrente do excesso de demanda;
b) o excesso de demanda deriva do abusivo aumento do poder de compra dos trabalhadores, puxado pelo reajuste real de 60% do salário mínimo nos governos Lula/Dilma;
c) a renda das famílias cresce ininterruptamente há mais de 4 anos ;
d) sustenta o insustentável: a expansão da demanda interna sem aumento equivalente da oferta -- atendida, em mais de 20% no caso de manufaturados, pelas importações;
e) a solução para o estresse macroeconômico, somatizado em alta de preços, passa por um tratamento de choque: alta dos juros e achatamento salarial.
f) o IDH, oportunamente, mostra que nem os pobres ganham mais com o quadro vigente. Logo, tanto faz ministrar-lhes um cristel de arrocho, desemprego e paulada no crédito.
A mídia cuida de dar ao ensaio de 2014 um sentido de urgência. O apetite da usura é caramelado com o glacê do interesse social.
Nem tudo é pastelão.
Ingredientes objetivos evocados no confronto político de uma época muitas vezes se equivalem nos dois lados da disputa.
As consequências listadas não raro compartilham alguma similitude.
O que distingue as margens do rio é menos o ingrediente do que o sentido de determinação que se atribui a cada fator.
O conservadorismo identifica no ganho de poder aquisitivo a usina de males do país. Daí deriva a vacina conhecida pelas suas consequências.
Resistir passa por debater politicamente com a sociedade o que há de real no impasse econômico brasileiro.
A saber:
- a inflação reflete pressões passageiros de quebra de safra de alimentos e outras que vieram para ficar; estas, decorrentes de uma mudança estrutural na economia do país;
- o setor de serviços (telefonia, saúde, educação, transportes, bancos etc.) elevou sua participação no PIB, de 63% para 68,5% nos últimos oito anos.
- a inflação dos serviços tem crescido acima de 8% ao mês (dois ou três pontos acima da média por ela puxada).
- combate-se isso com mais oferta, fiscalização, exigência de qualidade, regras de reinvestimento etc.;
- mas a expansão dos serviços na cesta ‘básica’ moderna é algo irreversível: um padrão planetário;
- nenhuma ‘abertura comercial’ do tipo ‘deixai o mercado agir por conta própria’ vai resolver isso; serviços em regra são de difícil importação;
- tampouco a alta dos juros supera o impasse; na verdade, apenas agravará o polo oposto: o enfraquecimento do setor industrial, cuja participação no PIB recuou de 19% para algo como 14% no período citado.
- juro alto e laissez-faire vão desidratar ainda mais a industrialização brasileira;
- são políticas conhecidas pelo efeito de valorizar a moeda local e incentivar importações castradoras da manufatura.
- hoje, mais de 20% da demanda brasileira por bens industrializados é importada.
- importa-se produto barato, exporta-se o emprego industrial que paga salário superior ao padrão call-center das vagas na área de serviços.
- o recuo da industrialização é real, mas vem de longe: em 1985 o setor fabril produzia 27% da riqueza agregada ao PIB brasileiro; em 1996 essa fatia caiu para cerca de 18,5%; agora oscila em torno de 14%.
- a desindustrialização pesada do ciclo tucano desenhou um retrocesso de participação no PIB da ordem de 8 pontos; impulsionada pela gororoba livre mercadista composta de privatizações, câmbio valorizado, juro alto e abertura comercial suicida.
Os governos do PT desmontaram essa lógica parcialmente. E de forma muito lenta.
Manteve-se até 2008 a dupla turbina do juro alto e câmbio valorizado.
A partir do colapso neoliberal, o governo Lula acelerou o desmonte do mecanismo, que Dilma golpeou mais fundo, com o corte nas taxas de juros.
O estrago na estrutura industrial, porém, estava feito.
Linhas de montagem foram desativadas. Empresas desterritorializaram seu leque de fornecedores. Vagas fechadas aqui brotaram na Ásia.
Não só o Brasil.
Mas o erro generalizado dos países em desenvolvimento, com raras exceções, não mitiga o ônus da obra comum.
Síntese caricata: o país tem a maior mina de ferro a céu aberto do mundo; montou um programa de expansão de ferrovias de 10 mil kms nos próximos anos. E importa cada centímetro de trilho que usa.
A política econômica dos últimos anos, no entanto, introduziu um redefinidor potente na equação do desenvolvimento.
Ele dificulta sobremaneira a aplicação mecânica da vacina ortodoxa de juro alto e salário baixo.
O ciclo Lula/Dilma promoveu o mercado de massa à condição de ator principal do enredo econômico brasileiro.
Muda muita coisa.
Em primeiro lugar, a centralidade do novo protagonista dificilmente é reversível nas urnas.
Tampouco cabe na escala da infraestrutura e da logística social, desenhadas originalmente para 30% da pirâmide de renda. É crucial dilatar essas fronteiras com investimento pesado.
A organização política do novo ator persiste aquém do peso que ele exerce na ordenação do desenvolvimento.
Mas sua dimensão histórica ultrapassou o ponto em que poderia ser facilmente descartado.
Mesmo sem se traduzir em uma nova relação de forças efetivamente mobilizada, a presença já condiciona e atemoriza.
Em resumo: máscaras novas, para receitas velhas, é o truque que resta ao conservadorismo para transitar nesse ambiente mutante e adverso.
Talvez sejam necessárias máscaras de carne e osso para reduzir as resistências previsíveis.
Há oferta em espécie.
O resultado do IDH de 2012 será manipulado para lubrificar o simulacro, mas não lhe confere autenticidade.
O que o PNUD mostra na verdade é que uma visita imprevista chegou para jantar.
É importante recepcioná-la com um reforço na bateria dos direitos do consumidor, como se anuncia.
Mas não basta.
O governo tem no problema a solução para injetar coerência política e macroeconômica à continuidade do desenvolvimento.
A visita espera no meio na sala. Em pé.
Cabe-lhe, em verdade, a cabeceira da mesa. E a prerrogativa do cardápio.
A nova lógica econômica se ressente do seu sujeito político.
Capaz de ordená-la na fronteira expandida da democracia.
*Foto de George Gianni/PSDB
Como se não houvesse amanhã, nem ontem, Aécio cogita a necessidade de reestatizar a Petrobrás. Vai além: promete fazê-lo.
Serra ressurge das cinzas.
E reacende seu fogo ‘desenvolvimentista’ – ‘de boca’, entrecortou, um dia, Maria da Conceição Tavares, em aparte rápido, definitivo.
Aguarda-se a chegada de Alckmin. Especula-se um figurino chão de fábrica, na defesa carbonara do salário mínimo do Dieese. Ou isso, ou greve geral.
O que falta ainda? A mídia. Conhecida pela isenção com que aborda as causas da miséria brasileira, mostra-se indignada. O país ‘estacionou’ na 85ª posição do IDH mundial, denunciam manchetes sulforosas.
Cegas, ignoram que o IDH brasileiro de 2012 baseou-se em dados de 2005,no caso da educação, por exemplo. Sete anos desconsiderados.
A própria análise do PNUD relativiza a importância da variação entre um ano e outro (leia a reportagem). O braço da ONU atesta para todos os fins que o Brasil perfila entre os grandes velocistas da luta contra a pobreza e a desigualdade no século 21.
A informação é irrelevante para o jornalismo isento. Há lógica na indignação seletiva.
Os dados defasados lubrificam de alguma forma a narrativa construída meticulosamente neste início de 2013, mas que ainda carecia de uma ‘evidência’ de apelo popular.
‘O Brasil estagnou’
Ou não é isso que sugere com diuturna disciplina o jogral de vozes que nunca desafinam? São elas que ajudam os fatos com a força das ideias.
E não lhes faltam espaços, manchetes, nem publicidade federal, generosamente aspergida pela Secom.
Desse conjunto endogâmico, em que as coisas são como são, e como são, assim ficarão, estala agora um frenesi no ar.
O IDH corrobora a bandeira em fraldas da oposição para 2014: ‘o Brasil de Dilma estagnou’.
Tucanos rodopiam no divertido baile das máscaras, onde ninguém é de ninguém, o passado fica na porta e o futuro é uma jura de salão.
Cabe ao coletivo dos professores banqueiros do PSDB acertar os ponteiros do relógio com quem realmente conta: a engrenagem do dinheiro a juro.
Aqui a conversa é entre costelas do mesmo espinhaço, partes convexas que fazem rodízio articulado dos dois lados do guichê. Das gargantas ecoam a mesma linguagem, as mesmas palavras. Cifradas pela mídia no ensaio-geral de arrumação para 2014.
A saber:
a) o país vive uma pressão inflacionária difusa decorrente do excesso de demanda;
b) o excesso de demanda deriva do abusivo aumento do poder de compra dos trabalhadores, puxado pelo reajuste real de 60% do salário mínimo nos governos Lula/Dilma;
c) a renda das famílias cresce ininterruptamente há mais de 4 anos ;
d) sustenta o insustentável: a expansão da demanda interna sem aumento equivalente da oferta -- atendida, em mais de 20% no caso de manufaturados, pelas importações;
e) a solução para o estresse macroeconômico, somatizado em alta de preços, passa por um tratamento de choque: alta dos juros e achatamento salarial.
f) o IDH, oportunamente, mostra que nem os pobres ganham mais com o quadro vigente. Logo, tanto faz ministrar-lhes um cristel de arrocho, desemprego e paulada no crédito.
A mídia cuida de dar ao ensaio de 2014 um sentido de urgência. O apetite da usura é caramelado com o glacê do interesse social.
Nem tudo é pastelão.
Ingredientes objetivos evocados no confronto político de uma época muitas vezes se equivalem nos dois lados da disputa.
As consequências listadas não raro compartilham alguma similitude.
O que distingue as margens do rio é menos o ingrediente do que o sentido de determinação que se atribui a cada fator.
O conservadorismo identifica no ganho de poder aquisitivo a usina de males do país. Daí deriva a vacina conhecida pelas suas consequências.
Resistir passa por debater politicamente com a sociedade o que há de real no impasse econômico brasileiro.
A saber:
- a inflação reflete pressões passageiros de quebra de safra de alimentos e outras que vieram para ficar; estas, decorrentes de uma mudança estrutural na economia do país;
- o setor de serviços (telefonia, saúde, educação, transportes, bancos etc.) elevou sua participação no PIB, de 63% para 68,5% nos últimos oito anos.
- a inflação dos serviços tem crescido acima de 8% ao mês (dois ou três pontos acima da média por ela puxada).
- combate-se isso com mais oferta, fiscalização, exigência de qualidade, regras de reinvestimento etc.;
- mas a expansão dos serviços na cesta ‘básica’ moderna é algo irreversível: um padrão planetário;
- nenhuma ‘abertura comercial’ do tipo ‘deixai o mercado agir por conta própria’ vai resolver isso; serviços em regra são de difícil importação;
- tampouco a alta dos juros supera o impasse; na verdade, apenas agravará o polo oposto: o enfraquecimento do setor industrial, cuja participação no PIB recuou de 19% para algo como 14% no período citado.
- juro alto e laissez-faire vão desidratar ainda mais a industrialização brasileira;
- são políticas conhecidas pelo efeito de valorizar a moeda local e incentivar importações castradoras da manufatura.
- hoje, mais de 20% da demanda brasileira por bens industrializados é importada.
- importa-se produto barato, exporta-se o emprego industrial que paga salário superior ao padrão call-center das vagas na área de serviços.
- o recuo da industrialização é real, mas vem de longe: em 1985 o setor fabril produzia 27% da riqueza agregada ao PIB brasileiro; em 1996 essa fatia caiu para cerca de 18,5%; agora oscila em torno de 14%.
- a desindustrialização pesada do ciclo tucano desenhou um retrocesso de participação no PIB da ordem de 8 pontos; impulsionada pela gororoba livre mercadista composta de privatizações, câmbio valorizado, juro alto e abertura comercial suicida.
Os governos do PT desmontaram essa lógica parcialmente. E de forma muito lenta.
Manteve-se até 2008 a dupla turbina do juro alto e câmbio valorizado.
A partir do colapso neoliberal, o governo Lula acelerou o desmonte do mecanismo, que Dilma golpeou mais fundo, com o corte nas taxas de juros.
O estrago na estrutura industrial, porém, estava feito.
Linhas de montagem foram desativadas. Empresas desterritorializaram seu leque de fornecedores. Vagas fechadas aqui brotaram na Ásia.
Não só o Brasil.
Mas o erro generalizado dos países em desenvolvimento, com raras exceções, não mitiga o ônus da obra comum.
Síntese caricata: o país tem a maior mina de ferro a céu aberto do mundo; montou um programa de expansão de ferrovias de 10 mil kms nos próximos anos. E importa cada centímetro de trilho que usa.
A política econômica dos últimos anos, no entanto, introduziu um redefinidor potente na equação do desenvolvimento.
Ele dificulta sobremaneira a aplicação mecânica da vacina ortodoxa de juro alto e salário baixo.
O ciclo Lula/Dilma promoveu o mercado de massa à condição de ator principal do enredo econômico brasileiro.
Muda muita coisa.
Em primeiro lugar, a centralidade do novo protagonista dificilmente é reversível nas urnas.
Tampouco cabe na escala da infraestrutura e da logística social, desenhadas originalmente para 30% da pirâmide de renda. É crucial dilatar essas fronteiras com investimento pesado.
A organização política do novo ator persiste aquém do peso que ele exerce na ordenação do desenvolvimento.
Mas sua dimensão histórica ultrapassou o ponto em que poderia ser facilmente descartado.
Mesmo sem se traduzir em uma nova relação de forças efetivamente mobilizada, a presença já condiciona e atemoriza.
Em resumo: máscaras novas, para receitas velhas, é o truque que resta ao conservadorismo para transitar nesse ambiente mutante e adverso.
Talvez sejam necessárias máscaras de carne e osso para reduzir as resistências previsíveis.
Há oferta em espécie.
O resultado do IDH de 2012 será manipulado para lubrificar o simulacro, mas não lhe confere autenticidade.
O que o PNUD mostra na verdade é que uma visita imprevista chegou para jantar.
É importante recepcioná-la com um reforço na bateria dos direitos do consumidor, como se anuncia.
Mas não basta.
O governo tem no problema a solução para injetar coerência política e macroeconômica à continuidade do desenvolvimento.
A visita espera no meio na sala. Em pé.
Cabe-lhe, em verdade, a cabeceira da mesa. E a prerrogativa do cardápio.
A nova lógica econômica se ressente do seu sujeito político.
Capaz de ordená-la na fronteira expandida da democracia.
*Foto de George Gianni/PSDB
Fonte: Carta maior
DEP. CABO JÚLIO SOLICITA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR ACESSIBILIDADE
March 14, 2013 21:00 - no comments yet
A Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência na
quinta-feira (14/03) audiência pública para discutir a acessibilidade
no transporte público municipal e intermunicipal para os deficientes
físicos.
A
reunião foi motivada pela ausência de elevador em funcionamento em um
ônibus coletivo da grande BH, que resultou na morte de um garoto de nove
anos com paralisia cerebral, segundo reportagem de uma emissora de TV na capital.
Assista ao vídeo:
Abordagem: Uma realidade desconhecida, mas muito criticada pelos que desconhecem a Polícia e os policiais.
March 14, 2013 21:00 - no comments yet
"Quem escreve constrói um castelo, porém quem lê, passa a habita-lo".
* José Luiz Barbosa, Sgt PM - RR
REGRAS PARA UMA ABORDAGEM LEGAL E RÁPIDA.
1. O policial não aborda o cidadão para irritá-lo ou incomodá-lo, mas
por que o serviço exige ações preventivas e, uma delas é a abordagem
prevista na lei. Então, quanto mais houver incompreensão, mais
tempo vai demorar a abordagem.
2. Para quem quer evitar e acabar logo com o incômodo pessoal, mas legal: basta colaborar e atender as ordens legais do policial.
3. É nossa obrigação legal fiscalizar o trânsito. Mas a prioridade da atividade policial, é a prevenção do crime.
3.1. Quem prioriza o trânsito são os agentes de trânsito. Assim, quando for parado numa blitz ou operação policial, espere que o policial lhe esclareça sobre quais procedimentos deverá adotar.
3.2. Pois, primeiro normalmente verifica-se, se você está portando armas ou drogas, após quem você é e sobre seu veículo.
4. Apesar de as infrações de trânsito serem também ações de competência da polícia e, que veículos podem estar sendo conduzidos por criminosos. Quando for parado, não se irrite, pois pode ser que seu veículo esteja sendo recuperado de um roubo/furto, ou estaremos tirando das ruas mais um criminoso.
5. Em se tratando de casal: Quando for determinado ao homem que se poste para abordagem, sua companheira deverá acatar a determinação de permancer no lugar que lhe for indicado, evitando tumulto e conflito durante a abordagem, o que tornará mais rápido sua conclusão.
6. O uso de drogas, ainda que venha sendo defendido sua legalização, ainda é crime, por se tratar de droga ilícita, e usá-la ainda não está permitido. Então não reclame, se vier a ser conduzido pelo uso.
7. Sempre ouve-se: VAI PRENDER BANDIDO. A atividade policial, tem como prioridade a prisão de criminosos, mas afrontar os policiais que estão cumprindo suas funções, não colaborará em nada, e menos ainda com a prevenção, exceto se for denunciado.
8. Os crimes conhecidos por seqüestro relâmpago, pode ocorrer com qualquer um. E As características do crime, normalmente, inclui um maior número de ocupantes no veículo, daí a necessidade de abordagem, com a cooperação e compreensão de todos.
9. Identifique-se quando solicitado pelo policial, e não confunda o ato de identificar com a concessão de privilégios, e de impedimento e restrição ao trabalho que está em curso, e que goza de presunção de legalidade.
10. As ordens emanadas pelo policial durante a abordagem, gozam do princípio da auto-executoriedade, ou seja, pode-se parar quem quer que seja e realizar uma busca pessoal, aplicando o poder discricionário, sem a obrigatoriedade de mandado de busca e apreensão, desde que respeitados os direitos e garantias dos cidadãos.
11. O veículo, somente em casos especificos, é considerado "casa", na acepção jurídica do termo, assim a primeira medida na abordagem será a busca em seu interior, que deve ser acompanhada pelo condutor ou responsável e testemunhas, salvo sua absoluta impossibilidade.
12. Mantenha-se calmo e tranquilo durante a abordagem! Qualquer reclamação ou denuncia, poderá ser feita no momento certo e no órgão competente, pois é um direito do cidadão, e mesmo do policial, quando se sente ofendido ou injustamente agredido na ocorrência, mas agirá sempre respeitando e cumprindo a lei.
13. Outros dados e informações podem ser solicitados pelo policial, para confirmar fatos, ou simplesmente para esclarecer situações ou conferir a identificação dos cidadãos, mas espere que seja solicitado.
14. Para o policial, não interessa a condição social, a cor, o credo religioso, a profissão ou cargo que ocupa o cidadão, salvo para assegurar a aplicação da lei e de garantias inerentes a determinados cidadãos, que usufruem e gozam de prerrogativas legais e funcionais.
A Polícia é o órgão estatal encarregado de aplicação da lei, e seus integrantes são seres humanos como qualquer outro, sujeito a erros e acertos, e cumpre seus deveres com dedicação e empenho, mesmo que para isto tenha que sacrificar sua vida para proteger e servir os cidadãos.
2. Para quem quer evitar e acabar logo com o incômodo pessoal, mas legal: basta colaborar e atender as ordens legais do policial.
3. É nossa obrigação legal fiscalizar o trânsito. Mas a prioridade da atividade policial, é a prevenção do crime.
3.1. Quem prioriza o trânsito são os agentes de trânsito. Assim, quando for parado numa blitz ou operação policial, espere que o policial lhe esclareça sobre quais procedimentos deverá adotar.
3.2. Pois, primeiro normalmente verifica-se, se você está portando armas ou drogas, após quem você é e sobre seu veículo.
4. Apesar de as infrações de trânsito serem também ações de competência da polícia e, que veículos podem estar sendo conduzidos por criminosos. Quando for parado, não se irrite, pois pode ser que seu veículo esteja sendo recuperado de um roubo/furto, ou estaremos tirando das ruas mais um criminoso.
5. Em se tratando de casal: Quando for determinado ao homem que se poste para abordagem, sua companheira deverá acatar a determinação de permancer no lugar que lhe for indicado, evitando tumulto e conflito durante a abordagem, o que tornará mais rápido sua conclusão.
6. O uso de drogas, ainda que venha sendo defendido sua legalização, ainda é crime, por se tratar de droga ilícita, e usá-la ainda não está permitido. Então não reclame, se vier a ser conduzido pelo uso.
7. Sempre ouve-se: VAI PRENDER BANDIDO. A atividade policial, tem como prioridade a prisão de criminosos, mas afrontar os policiais que estão cumprindo suas funções, não colaborará em nada, e menos ainda com a prevenção, exceto se for denunciado.
8. Os crimes conhecidos por seqüestro relâmpago, pode ocorrer com qualquer um. E As características do crime, normalmente, inclui um maior número de ocupantes no veículo, daí a necessidade de abordagem, com a cooperação e compreensão de todos.
9. Identifique-se quando solicitado pelo policial, e não confunda o ato de identificar com a concessão de privilégios, e de impedimento e restrição ao trabalho que está em curso, e que goza de presunção de legalidade.
10. As ordens emanadas pelo policial durante a abordagem, gozam do princípio da auto-executoriedade, ou seja, pode-se parar quem quer que seja e realizar uma busca pessoal, aplicando o poder discricionário, sem a obrigatoriedade de mandado de busca e apreensão, desde que respeitados os direitos e garantias dos cidadãos.
11. O veículo, somente em casos especificos, é considerado "casa", na acepção jurídica do termo, assim a primeira medida na abordagem será a busca em seu interior, que deve ser acompanhada pelo condutor ou responsável e testemunhas, salvo sua absoluta impossibilidade.
12. Mantenha-se calmo e tranquilo durante a abordagem! Qualquer reclamação ou denuncia, poderá ser feita no momento certo e no órgão competente, pois é um direito do cidadão, e mesmo do policial, quando se sente ofendido ou injustamente agredido na ocorrência, mas agirá sempre respeitando e cumprindo a lei.
13. Outros dados e informações podem ser solicitados pelo policial, para confirmar fatos, ou simplesmente para esclarecer situações ou conferir a identificação dos cidadãos, mas espere que seja solicitado.
14. Para o policial, não interessa a condição social, a cor, o credo religioso, a profissão ou cargo que ocupa o cidadão, salvo para assegurar a aplicação da lei e de garantias inerentes a determinados cidadãos, que usufruem e gozam de prerrogativas legais e funcionais.
A Polícia é o órgão estatal encarregado de aplicação da lei, e seus integrantes são seres humanos como qualquer outro, sujeito a erros e acertos, e cumpre seus deveres com dedicação e empenho, mesmo que para isto tenha que sacrificar sua vida para proteger e servir os cidadãos.
*Artigo Adaptado do original.
*Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade, ativista de direitos e garantias fundamentais.