Tribunal autoriza alteração para que aposentado obtenha proventos mais vantajosos
June 27, 2012 21:00 - no comments yetA 1.ª Turma do TRF 1.ª Região decidiu manter que assegurou ao cidadão o direito de renunciar à aposentadoria concedida pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) para obter uma nova aposentadoria, com proventos mais vantajosos, no mesmo regime previdenciário ou em regime diverso.
Comentou o relator, desembargador federal Néviton Guedes, que apesar de ter pontos de vista contrários, as duas Turmas que compõe a Primeira Seção deste Tribunal, seguindo jurisprudência predominante do Superior Tribunal de Justiça, nos termos da qual a aposentadoria é considerada um direito patrimonial disponível, firmaram entendimento no sentido de acolher a possibilidade jurídica da chamada desaposentação.
Assim, como a desaposentação não contraria interesse público, pode ser requerida pelo administrado que, por sua vez, poderá transformá-la em proventos mais favoráveis, com a utilização do tempo de serviço trabalhado após a aposentadoria para a obtenção de novo cálculo da renda mensal inicial.
Como a renúncia da aposentadoria já concedida, (desaposentação) gera efeitos a partir do momento da manifestação do interessado, não há necessidade de devolver os valores recebidos a esse título. Além disso, sustentou o relator, não se trata de cumulação de duas aposentadorias, mas da renúncia de uma para a concessão de um novo benefício.
Esses os fundamentos que levaram à 1ª Turma a dar parcial provimento à remessa oficial para determinar que a atualização das parcelas atrasadas observe as disposições do manual de Cálculos da Justiça Federal.
Processo relacionado: 241802220084013400/DF
Fonte: Ascom - TRF da 1ª Região
Novo Código Penal pode liberar aborto e porte de maconha
June 27, 2012 21:00 - no comments yet Juristas entregam anteprojeto do novo Código Penal para Sarney
Texto traz mudanças polêmicas, como ampliação do aborto legal
A Comissão Especial de Juristas que elabora o novo Código Penal entregou na manhã desta quarta-feira (27) o texto do anteprojeto ao presidente do Senado, José Sarney.
O texto, que ficou pronto após oito meses de trabalho da comissão, propõe mudanças polêmicas: transforma o crime de racismo em crime hediondo, amplia as possibilidades do aborto legal, descriminaliza o plantio e o porte de maconha para consumo, transforma a exploração dos jogos de azar em crime e permite a ortotanásia (desligamento de aparelhos e suspensão de medicação para que os pacientes em estado terminal tenham uma morte natural, sem sofrimento).
Com a entrega do documento, o texto elaborado pelos juristas será transformado em ante-projeto, em seguida em lei ordinária e só então seguirá a tramitação no Congresso Nacional. O Código Penal brasileiro é de 1940. Alterações pontuais foram sendo feitas ao longo do tempo. A reforma irá organizar essas alterações e propor novas mudanças.
O ministro Gilson Dipp, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que presidente a comissão de juristas, chegou a dizer em uma das audiências públicas que, em vista de sua desatualização, o atual Código Penal deveria ser “rápida e compulsoriamente aposentado”.
Mais recentemente, manifestou a expectativa de que o anteprojeto seja o ponto de partida para a confecção de um código para o “Brasil de hoje e de amanhã”.
Principais mudanças
O anteprojeto do novo Código Penal reduz as penas de alguns crimes e aumenta de outros. O crime de falsificação de medicamentos, por exemplo, teve a pena reduzida dos atuais dez a 15 anos para quatro a 12 anos. Já a pena do homicídio culposo (quando não há intenção de matar), que hoje tem pena máxima de três anos, foi ampliada para quatro anos. Além disso, esse crime passa a ter a previsão de ‘culpa gravíssima’, o que eleva a culpa de quatro para oito anos.
O crime de racismo foi transformado em crime hediondo. Também viraram crimes hediondos o trabalho análogo à escravidão, o financiamento ao tráfico de drogas e crime contra a humanidade. Por outro lado, deixaram de ser crimes hediondos: o homicídio qualificado privilegiado (assassinato com agravante) e o tráfico de drogas com atenuante.
Questões polêmicas ligadas à vida também foram tratadas no novo Código. A proposta da nova legislação permite a ortotanásia, ou seja, permite que os aparelhos de doentes terminais sejam desligados. A eutanásia continua sendo crime, com pena prevista de prisão de dois a quatro anos. Mas o juiz pode deixar de aplicar a pena avaliando as circunstâncias do caso, bem como a relação de parentesco ou os laços do agente com a vítima.
Já em relação ao aborto, foram ampliadas as possibilidades do aborto legal. Além do aborto ser permitido legalmente quando há risco de vida da gestante, em caso de estupro e no caso de fetos anencéfalos, como ocorre hoje, será permitido o aborto por vontade da gestante até a 12ª semana quando o médico ou psicólogo atestar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade.
R7
Justiça libera fotos nuas e cenas de sexo de Xuxa na internet
June 26, 2012 21:00 - no comments yetPor Papelpop Conteúdo | Notas OMG
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu a favor do Google no processo movido por Xuxa Meneghel, informa o jornal "Folha de S. Paulo" desta quarta-feira (27).
A apresentadora entrou com um processo na Justiça contra a empresa em outubro de 2010, pedindo que as cenas em que ela aparece nua ou em atos sexuais fossem retiradas dos resultados.
O pedido de Xuxa incluía o bloqueio de todos os resultados relacionados à busca feita pelo nome da apresentadora seguido das palavras "pedofilia" e "pornografia". Essas palavras levam ao filme "Amor Estranho Amor", de 1979, no qual ela aparece em cenas de sexo com um menino de 12 anos.
Para o STJ, o Google não é culpado pelo conteúdo contido na internet, sendo somente um buscador online. A liberação se estende também para outras companhias do Google, como o YouTube.
A decisão, no entanto, não é definitiva e a apresentadora ainda pode recorrer.
ESCANDÂLO NA CORREGEDORIA DA POLÍCIA MILITAR
June 26, 2012 21:00 - no comments yet VERGONHA NA POLÍCIA MILITAR - TEN CEL É ACUSADO DE RECEBER DINHEIRO DE EMPRESÁRIOS EM CONTAGEM
U m Major (que foi promovido a Tenente Coronel) foi acusado) juntamente com 04 (quatro) praças, de estar recebendo dinheiro de uma empresa de ônibus em Contagem para combater perueiros na cidade. O CEL Corregedor anterior, que é da mesma turma de CFO "administrou" para o oficial, e pasmem, o transferiu para a corregedoria e mandou abrir o PAD dos praças.
Gravações telefônicas autorizadas pela justiça militar comprovam o fato:
Cabo A.: e ai seu comandante?
Major A:beleza?
Cabo A:ah, o senhor ta onde?
Major A:eu too aqui em Belo Horizonte.
Cabo A:ah , eu digo assim...e trabalhando??
Major A:ah, CORREGEDORIA. Cabo A:Uai, então, tem um negócio bom ai, ó. Eu vou mandar uma mensagem pro senhor.
Major A:tá. Cabo A:negócio bom pelando. Pessoal até adianta.
Major A:tá. Cabo A:beleza?
Major A:então pó mandá. Cabo A:então falou chefe.
Major A:valeu. Praça:e aí, chefe, recebeu?
Oficial:tô, tô recebendo, é porque tô na estrada. Praça:Beleza, A vaca gorda ta mais gorda do que antes, viu.
Oficial:Eu vô lê aqui, ai vô ve que é, e te respondo aí. Praça:Beleza, assim, nó.
Oficial:Falô então. Praça:Dez vezes..
Praça:Cê entendeu? Então, assim. e outra coisa que é, aquele serviço que a gente fazia junto, senhô lembra?
Oficial:certo. Praça:agora ta dez vezes melhor, má muito bom. coisa assim de. uai, eu tô de notebook.
Praça:se o senhô quiser agora dia dez de maio, tá, tá na mão do senhô.
Oficial:cê lembra que eu deposite e, ocê falou que sua conta tava furada? Praça: Lembro, ué, lembro disso.
Oficial:beleza. Praça:É mil reais por semana, assim, senhô veim..
Oficial:Vamos entrar na fita sim, vamos voltá a fazer a parceria. Praça: o JUNINHO, euC to tranquilo, eu agora fiquei feliz sô, o MAJ A..., tinha tempo que não me ligava.
Paisano: hã.
Praça: e ai, me ligo hoje pra saber como é que tá a familia, aquele negócio todo, aí eu perguntei: e o Senhor Comandante o senhor tá onde? Aí ele falô assim: CORREGEDORIA, aí eu falei ah, onde apura coisas irregulares de policia...
Paisano:Aonde que ele tá?
Praça:CORREGEDORIA.
Paisano: Cê me falou nisso aí.
Major A.: Oi?
Cabo A.:Ô chefe, cabei de falar com o JUNINHO, marquei prá terça-feira, duas horas e os mil, o senhô ja vai sentá na sala ganhando mil.
Major A: como é que é?
Cabo A: Marquei pá terça, duas horas, o senhô já vai sentá na sala ganhando mil.
Major A: duas horas aonde?
Cabo A: Na empresa.
Major A: Na empresa né?
Cabo A: isso:
Major A: Tá.
Cabo A: O senhor vai ficar é muito bem.
Major A: tá ok.
Cabo A: JUNIN?
JUNINHO: É ele?
Cabo A: Beleza? só pra te dar conhecimento...
JUNINHO: Ah...
Cabo A:....eu já to indo pra empresa, o ...Major A, qué dizer Majó não né, TENENTE CORONEL A, já ta lá.
JUNINHO: Dez minutos eu tô lá.
Resumo:
Esses são apenas uma parte dos grampos que estão na justiça. O Major (depois promovido a Tenente Coronel), segundo a acusação, estaria recebendo dinheiro de donos de empresas de ônibus em Contagem para combater os perueiros na cidade.
O interessante que após o fato ter chegado ao conhecimento do então corregedor da PM, Coronel Romero, este "administrou" o caso, e transferiu o oficial para a CORREGEDORIA. Isso mesmo, para a corregedoria.
O major foi punido com 8 dias de suspensão, isso mesmo, um major envolvido com isso tudo.
O PAD após as apurações concluiu pela demissão de um dos praças e a permanência dos outros.
O mesmo Corregedor discordou da decisão e emitiu parecer pela demissão de todos os praças.
Para piorar a situação do coronel corregedor e major vejam o que aconteceu depois.
Um dos empresários estava achando que a mulher o estava traindo, e pediu ao então major para grampear o telefone dela.
O major usando documento (FALSO) da corregedoria enviou oficio a justiça pedindo a quebra do sigilo dela. O promotor verificou que não havia nenhum inquérito contra a esposa do empresário e deu parecer contra.
sabe o que o corregedor que é da turma do major fez? NADA.
E AGORA COMANDANTE GERAL, CHEM E CORREGEDOR ATUAL?
1 - O corregedor anterior não cometeu crime? Foi aberto IPM contra ele? DUVIDO.
2 - Embora esteja reformado, o fato não aconteceu quando na ativa? Foi aberto PAD contra o corregedor? DUVIDO.
3 - O major foi promovido. A CPO sabia disso tudo e ainda o promoveu?
4 - E agora estão tentando julgar o Tenente Coronel separado dos praças. Sabe pra que? deve ser para "seus pares" o julgarem, uma vez que para julgar um Tenente Coronel, é um conselho especial.
SE A POLÍCIA MILITAR NÃO TOMAR UMA DECISÃO IGUALITÁRIA NA DECISÃO DA PUNICÃO DOS PRAÇAS E DO TENENTE CORONEL A CORREGEDORIA DA PM VAI FICAR DESMORALIZADA.
SE O "ARRANJO" CONTINUAR É MELHOR ACABAR COM A CORREGEDORIA DA PM POIS NÃO TERÁ MAIS MORAL JUNTO A TROPA.
Fotografias de criminosos acusados de serem homicidas de policiais militares
June 26, 2012 21:00 - no comments yetNo link abaixo estão dispostas fotografias de criminosos acusados de serem homicidas de policiais militares. Divulgue essa imagem para prender esses indivíduos.
Se você ou conhecido tiver alguma informação, entre em contato com o 181 (Disque Denúncia), 190 (Polícia Militar) e 0800-0555-190 (Disque-PM). Alguns dos suspeitos da morte de policiais militares:
Clique aqui para ver a lista dos homicidas de policiais militares
Colabore! A sua participação é fundamental!
ROBERVAL FERREIRA FRANÇA
Cel PM Comandante Geral
Clique aqui para ver a lista dos homicidas de policiais militares
Colabore! A sua participação é fundamental!
ROBERVAL FERREIRA FRANÇA
Cel PM Comandante Geral
Comissão defende alternativa a prisão para usuário de droga
June 26, 2012 21:00 - no comments yetA experiência de Portugal, de criar uma alternativa não judicial para o usuário de drogas em conflito com a lei, foi um dos temas discutidos na reunião desta terça-feira (26/6/12) da Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Os parlamentares ouviram a coordenadora de Programas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Nara Santos, que traçou um panorama do problema em nível mundial.
Em Portugal, usuários de drogas vêm sendo submetidos a uma comissão multidisciplinar, que substitui o processo judicial por um acompanhamento compulsório, que evita a prisão dos acusados. A experiência foi elogiada pelo presidente da comissão, deputado Paulo Lamac (PT). Ele lembrou que integrantes da Defensoria Pública já relataram que o sistema prisional brasileiro abriga hoje milhares de presos, condenados por tráfico de drogas, que na verdade são usuários e deveriam estar sob tratamento. Ele ressaltou que cada preso custa ao Estado R$ 2,5 mil mensais e, em geral, deixam a prisão bem piores do que entraram. Lamac disse que a comissão pretende trabalhar para que alternativas como a de Portugal inspirem alguma inovação semelhante em Minas Gerais, mesmo que isso não seja possível imediatamente.
Nara Santos afirmou que os estudos da ONU apoiam o entendimento de que a prisão ou internação prolongada de usuários de droga deve ser evitada. A organização defende a terapia psicossocial como a melhor alternativa, enquanto que a internação deve ser de curta duração e de caráter emergencial, para viabilizar a desintoxicação e enfrentar crises de abstinência.
O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) também afirmou que a coerção deve ser evitada no tratamento ao usuário de droga. Ele concordou com a avaliação da ONU de que o uso de drogas é, em grande parte, fruto da desagregação social e de problemas estruturais de nossa sociedade, tais como desigualdades econômicas, consumismo e individualismo. “É uma questão sistêmica. Sem modificar o sistema em que vivemos é muito difícil encontrar soluções definitivas para esse problema”, afirmou o parlamentar.
A deputada Liza Prado (PSB) elogiou o resultado da Marcha Contra o Crack, promovida pela ALMG e entidades parceiras no último sábado (23). “Foram mais de 15 mil pessoas, e hoje houve uma marcha também em Contagem, onde também se pediu segurança e paz”, afirmou a deputada.
Relatório – De acordo com o relatório da UNODC sobre drogas relativo a 2012, as drogas ilícitas causam hoje 200 mil mortes anuais em todo o mundo. O álcool, por sua vez, é a causa de 2,3 milhões de mortes anuais, enquanto que o tabaco provoca 5,1 milhões de mortes. No Brasil, ela criticou a falta de dados recentes sobre o assunto, mas afirmou que as apreensões federais de drogas mais que triplicaram desde 2004, sendo que, em 2010, foram apreendidas 27 toneladas desse material.
Segundo a coordenadora, não há grandes diferenças entre o programa desenvolvido pela UNODC para capacitação de profissionais especializados no tratamento de dependentes e as políticas adotadas no Brasil. O programa de capacitação da organização já foi aplicado em cinco cidades brasileiras: Campinas e Diadema (SP), Salvador (BA), Tabatinga e Manaus (AM).
Requerimentos – Durante a reunião, foram aprovados pela comissão oito requerimentos parlamentares. A deputada Liza Prado e o deputado Doutor Wilson Batista (PSD) solicitam que seja realizada audiência pública no Colégio Estadual Central Milton Campos, em Belo Horizonte, para debater assuntos relacionados ao consumo de drogas.
O deputado Paulo Lamac solicitou que seja realizada Reunião Especial no Plenário da ALMG, no dia 6 de julho, para homenagear o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), da Polícia Militar de Minas Gerais. Outro requerimento de sua autoria é para que seja encaminhado ofício ao Gabinete da Presidência da República manifestando insatisfação com o não comparecimento de representante da Secretaria Nacional de Políticas sobre as Drogas (Senad) às audiências públicas realizadas pela comissão.
Três requerimentos aprovados são de autoria do deputado Tadeu Martins Leite (PMDB). Um deles solicita o encaminhamento, ao Secretário de Defesa Social, de pedido de providências para a reativação da Delegacia Especializada de Repressão ao Tóxico da Polícia Civil, em Montes Claros. Outro é para que seja analisada com urgência a possibilidade de implantação do Centro de Acolhimento ao Adolescente em Uso de Drogas e à sua Família, na forma do projeto encaminhado ao Estado pelo Conselho Municipal de Política sobre Drogas (Comad) e pelo Conselho Maçônico de Segurança Pública de Montes Claros. O terceiro requerimento é para que seja encaminhado ao secretário de saúde pedido de providências para agilizar a implantação de Caps-AD-III, em Montes Claros.
Os outros dois requerimentos aprovados são de autoria de Carlos Pimenta (PDT). Um deles é uma solicitação de audiência com o ministro da Justiça, para apresentação do Programa Crack: é Possível Vencer, do Governo Federal. Outro é para que seja encaminhado ao governador um pedido de providências para a inclusão, em caráter prioritário, de Montes Claros no Programa Aliança pela Vida.
Coronel Ustra é condenado a indenizar família de jornalista torturado e morto em 1971
June 26, 2012 21:00 - no comments yetDITADURA MILITAR
A Justiça de São Paulo condenou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra a pagar indenização no valor de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino. O militante foi morto sob tortura em julho de 1971 nas dependências do Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), principal centro de repressão da ditadura em SãoPaulo, e comandado por Ustra.
Leia mais:
Em decisão registrada na última segunda-feira (25/6), a 20ª Vara Cível de São Paulo determinou que Ustra indenize em R$ 50 mil a então companheira do jornalista, Ângela Maria Mendes de Almeida, além de ter de arcar com R$ 50 mil para a irmã, Regina Maria Merlino Dias de Almeida. O advogado da família Merlino é o jurista Fábio Konder Comparato.
Como a decisão é de primeira instância, a defesa de Ustra já informou que vai recorrer da sentença. O principal argumento sustenta que o coronel não pode ser condenado em função da vigência da Lei da Anistia.
O jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino era militante do POC (Partido Operário Comunista) e vivia na clandestinidade há alguns anos antes de ser preso, em julho de 1971. Merlino foi levado à sede do Doi-Codi paulista, na Rua Tutoia, onde foi torturado e morto.
A versão oficial divulgada à época pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social) afirmava que Merlino havia se suicidado enquanto era levado ao Rio Grande do Sul. O militante teria se jogado em frente a um carro que trafegava na rodovia.
Audiência das testemunhas
Testemunhas ouvidas pela Justiça — entre elas, o ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi — confirmaram que Merlino esteve nas dependências do Doi-Codi, onde foi torturado pelo Coronel Ustra, conhecido à época, como Major Tibiriça.
De acordo com o advogado Comparato, todas as seis testemunhas ouvidas no processo foram precisas com relação a dois fatos da maior importância: Merlino foi torturado até o surgimento de gangrena nas duas pernas; e o coronel Ustra participava pessoalmente das sessões de tortura.
Uma das testemunhas também afirmou ter ouvido de um policial que o cadáver de Merlino teria sido atropelado por um caminhão diversas vezes até decepar partes de seu corpo.
Torturador conta rotina da Casa da Morte em Petrópolis
June 26, 2012 21:00 - no comments yet![]() |
Na casa na Rua Arthur Barbosa, em Petrópolis, funcionava aparelho clandestino do Centro de Informações do Exército (CIE) |
RIO — Depois de cinco horas de conversa, o velho oficial estava livre de um dos mais bem guardados segredos do regime militar: o propósito e a rotina do aparelho clandestino mantido nos anos 1970 pelo Centro de Informações do Exército (CIE) em Petrópolis, conhecido na literatura dos anos de chumbo como “Casa da Morte”, onde podem ter sido executados pelo menos 22 presos políticos. Passados quase 40 anos, um dos agentes que atuaram na casa, o tenente-coronel reformado Paulo Malhães, de 74 anos, o “Doutor Pablo” dos porões, quebrou o silêncio sobre o assunto.
No jargão do regime, revelou Malhães, a casa era chamada de centro de conveniência e servia para pressionar os presos a mudar de lado e virar informantes infiltrados, ou RX, outra gíria dos agentes. O oficial não usa a palavra tortura, mas deixa clara a crueldade dos métodos usados para convencer os presos:
— Para virar alguém, tinha que destruir convicções sobre comunismo. Em geral no papo, quase todos os meus viraram. Claro que a gente dava sustos, e o susto era sempre a morte. A casa de Petrópolis era para isso. Uma casa de conveniência, como a gente chamava.
As equipes do CIE, afirmou, trabalhavam individualmente, cada qual levando o seu preso, com o objetivo de cooptá-lo. O oficial disse que a libertação de Inês Etienne Romeu, a única presa sobrevivente da casa, foi um erro dos agentes, que teriam sido enganados por ela, acreditando que aceitara a condição de infiltrada.
Malhães só não contou o que era feito com os que resistiram à pressão para trair. Diante da pergunta, ficou em silêncio e, em seguida, lembrou que nada na casa de Petrópolis era feito à revelia dos superiores. As equipes relatavam e esperavam pela voz do comando:
— Se era o fim da linha? Podia ser, mas não era ali que determinava.
Até terça-feira, quando o militar abriu a porteira do sítio na Baixada Fluminense aos repórteres, nenhum dos agentes da casa havia falado sobre ela. O que se sabia era o testemunho de Inês Etienne, colhido em 1971 mas só divulgado em 1979, após o período em que cumpriu pena por envolvimento com a guerrilha da VAR-Palmares. Outras referências ao local apareceram em entrevistas e livros de colaboradores do regime, como o oficial médico Amilcar Lobo, o sargento Marival Chaves (CIE-DF) e o delegado da Polícia capixaba Cláudio Guerra.
Sentado ao lado da mulher no alpendre da casa maltratada pelo tempo, Malhães revelou que já pertencia ao Movimento Anticomunista (MAC) quando ingressou nos quadros da repressão. Sua ascensão, iniciada com um curso de técnicas para abrir cadeados, fazer escuta, aprender a seguir pessoas, foi rápida. Após o golpe militar, passou pela 2 Seção (Informações) e pelo Destacamento de Operações de Informações (DOI) do I Exército (RJ) antes de ingressar no Centro de Informações do Exército (CIE), onde passou a perseguir as organizações da luta armada pelo país.
‘Eu organizei o lugar’
A casa de Petrópolis, na Rua Arthur Barbosa 668, Centro, teria sido um trabalho específico de Malhães já dentro do CIE. Ele afirmou que o imóvel, emprestado à repressão pelo então proprietário, Mario Lodders, não era o único aparelho com esse propósito:
— Tinha outras. Eu organizei o lugar. Quem eram as sentinelas, a rotina e quando se dava festa para disfarçar, por exemplo. Tinha que dar vida a essa casa. Eu era um fazendeiro que vinha para Petrópolis de vez em quando — contou Malhães, que se recusou a revelar o nome das sentinelas e não se deixou fotografar.
Cada oficial, informou, contava com sua própria equipe, que podia incluir cabos, sargentos, policiais federais, delegados ou médicos. De acordo com o coronel, na maioria das vezes, as equipes trabalhavam com um preso de cada vez na casa. Esse seria o motivo alegado por ele para desconhecer o destino de presos citados na lista dos desaparecidos políticos.
— Eu trabalhei uns cinco ou seis. Às vezes, passava de um mês com um — explicou.
O oficial disse que as táticas para cooptar e formar os infiltrados variavam, e cada um deles era detalhadamente estudado antes da abordagem, tanto sua ideologia como a família. Malhães disse que chegou a ficar preso por 30 dias numa cadeia, disfarçado, em tentativa de arregimentar um RX. Depois que os presos mudavam de posição, eles eram filmados delatando os companheiros. No depoimento sobre os cem dias que passou na casa, Inês Etienne relatou que fingiu ser uma infiltrada e foi filmada contando dinheiro e assinando um contrato com seus algozes.
Sobre o destino de alguns nomes de presos, que arquivos ou testemunhas apontam que estiveram na Casa da Morte, ele disse que o ex-deputado federal Rubens Paiva não passou por lá, mas admitiu ter visto Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, comandante da VAR-Palmares desaparecido em fevereiro de 1971.
— O Beto talvez tenha conhecido — informou.
Questionado novamente se os militantes da luta armada eram assassinados, ele respondeu:
— Se ele deu depoimento, mas a estrutura (da organização guerrilheira) não caiu, ele pode ter sofrido as consequências.
O coronel reformado disse que, além da garantia de sigilo, era oferecida ajuda financeira aos infiltrados, embora nem todos aceitassem. Uma reunião do PCdoB em São Paulo, afirmou, teria custado R$ 50 mil. Sem fornecer qualquer prova além das declarações, disse que nem todos os desaparecidos teriam morrido no período.
— Na lista de desaparecidos tem RX. E muita gente morreu em combate. Desaparecido é um termo forçado. Em combate, tudo pode acontecer. E você não vai achar desaparecido nunca — declarou ele, ao negar as formas conhecidas até aqui para desaparecimento dos corpos.
Para o ex-preso político Ivan Seixas, diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, Malhães é fundamental para esclarecer o destino dos desaparecidos:
— Ele foi um dos três coordenadores operacionais da repressão, ao lado de Freddie Perdigão Pereira e de Ênio Pimentel Silveira, que já estão mortos.
FONTE - O GLOBO
Lei de Acesso recebeu dez mil pedidos de informação
June 26, 2012 21:00 - no comments yetPara a Controladoria-Geral da União, números foram surpreendentes e bem superiores ao que se esperava inicialmente e demonstram uma adesão do cidadão à iniciativa de transparência pública. Governo respondeu a 70% das demandas

Interesse particular pela informação pública: após o primeiro mês, o órgão mais demandado pela Lei de Acesso foi a Superintendência de Seguros Privados

Veja que órgãos tiveram maior número de demandas
Veja o número de pedidos feitos a cada dia
Maiores demandas são por informações de interesse particular
As primeiras listas oficiais de salários do governo
Tudo sobre a Lei de Acesso
Veja o número de pedidos feitos a cada dia
Maiores demandas são por informações de interesse particular
As primeiras listas oficiais de salários do governo
Tudo sobre a Lei de Acesso
Dos 10,4 mil pedidos feitos, o governo respondeu a 70% das demandas (7.225). Em 3.055 casos (30%), não houve resposta à solicitação. O governo avalia ter conseguido dar uma resposta satisfatória – que atendeu plenamente ao pedido – em 6.377 casos (88,2% do total). O número pode ser menor porque no caso de algumas das solicitações feitas, o prazo de 20 dias, prorrogável por mais dez, ainda não expirou.
Para o secretário de Prevenção à Corrupção da CGU, Mário Vinícius Spinelli, os números do primeiro mês de vigência da Lei de Acesso são “mais do que satisfatórios”. “Percebemos claramente que a sociedade está utilizando a lei para obter informações de interesse público. Por outro lado, o alto número de pedidos respondidos mostram que os órgãos conseguiram se preparar bem”, avaliou ele, em entrevista ao Congresso em Foco.
Segundo Spinelli, os resultados foram possíveis porque houve um grande empenho do governo para instruir os servidores que atuariam nos Serviços de Informação ao Cidadão, no sentido de organizar fluxos internos de obtenção dos dados. “Agora, quando um órgão é solicitado, ele já tem mapeado quem é o responsável por determinada informação e como poderá fornecê-la. Os órgãos foram obrigados a se organizar e isso é muito importante para a efetividade da lei”, explica.
Número baixo
Apesar dos números considerados exemplares pela CGU, o especialista em transparência pública, Fabiano Angélico, pondera sobre o entusiasmo público. “Nossa expectativa era realmente baixa. Então, esse número de 10 mil pedidos é de fato animador. Mas se pensarmos que somos um país de 190 milhões de cidadãos, veremos que, na verdade, ainda é um número baixo”, disse ao Congresso em Foco. Para Fabiano, falta divulgação e esclarecimento, principalmente nos estados e municípios. “No governo federal, as coisas estão caminhando muito bem, mas quando paramos para analisar os resultados estaduais e municipais vemos que a situação é lamentável”.
De acordo com levantamento feito pelo Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, apenas seis estados regulamentaram a LAI no âmbito do Executivo, conforme determina a legislação. Os governos de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo já têm regras específicas. “Essa situação é preocupante, pois se pensarmos que a quase totalidade dos corruptos deste país saem das administrações estaduais e municipais, uma lei como essa que tem a prerrogativa de ser um instrumento de combate à corrupção também, deve ser mais levada à sério”, disse Fabiano.
Estabilização
Segundo os primeiros registros, a estreia da lei obteve 965 pedidos de informação. No entanto, no transcorrer dos dias, a média de solicitações ficou em 316 solicitações por dia. Para Spinelli, ainda não é possível prever qual será o comportamento dos cidadãos na busca por informações. “Os três primeiros dias tiveram o maior número de solicitações porque existia uma demanda represada e também uma ansiedade da população por testar a lei. Agora, há uma tendência de estabilização. Por outro lado, a sociedade vai conhecer mais a legislação, então é difícil fazer tal previsão. Temos que esperar”, disse.
Porém, Fabiano afirma que é preciso manter a sociedade constantemente alerta sobre as possibilidades da legislação. “Nos outros países que adotaram leis de acesso a informação, a demanda caiu com o passar do tempo e a atenção reduziu. Dessa forma, a administração pública tende a se retrair novamente”, argumentou. Fabiano ressalta que é papel da imprensa manter o assunto em pauta, estimulando o uso da legislação.
Projeto altera lei que trata de processo administrativo
June 26, 2012 21:00 - no comments yet A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais emitiu, nesta terça-feira (26/6/12), parecer favorável ao Projeto de Lei (PL) 3.138/12, do deputado Sargento Rodrigues (PDT). A proposição acrescenta parágrafo ao artigo 48 da Lei 14.184, de 2002, que dispõe sobre o processo administrativo no âmbito da administração pública estadual. O relator, deputado Lafayette de Andrada (PSDB), opinou pela aprovação do projeto na forma apresentada.
De acordo com o autor da matéria, o PL tem por finalidade garantir efetividade ao artigo 73 da Carta mineira, segundo o qual a sociedade tem direito a governo honesto, obediente à lei e eficaz, criando um mecanismo que propicia ao cidadão efetivo controle dos atos do poder público, e não, apenas um controle nominal, como o inscrito no inciso III do parágrafo 1º do mencionado dispositivo. O referido inciso diz que os atos das unidades administrativas dos Poderes do Estado e de entidade da administração indireta se sujeitarão a controle direto, pelo cidadão e associações representativas da comunidade, mediante amplo e irrestrito exercício do direito de petição e representação perante órgão de qualquer Poder e entidade da administração indireta.
Dessa forma, o parlamentar defende ser imprescindível adequar os meios de coerção, aperfeiçoando a redação do artigo 48 para prever que, além daquela sanção institucional, o agente público competente para a decisão vai se sujeitar às sanções estabelecidas nas legislações estadual e federal como, por exemplo, as decorrentes de responsabilidade disciplinar ou de atos de improbidade administrativa, conforme o caso.
De acordo com o autor da matéria, o PL tem por finalidade garantir efetividade ao artigo 73 da Carta mineira, segundo o qual a sociedade tem direito a governo honesto, obediente à lei e eficaz, criando um mecanismo que propicia ao cidadão efetivo controle dos atos do poder público, e não, apenas um controle nominal, como o inscrito no inciso III do parágrafo 1º do mencionado dispositivo. O referido inciso diz que os atos das unidades administrativas dos Poderes do Estado e de entidade da administração indireta se sujeitarão a controle direto, pelo cidadão e associações representativas da comunidade, mediante amplo e irrestrito exercício do direito de petição e representação perante órgão de qualquer Poder e entidade da administração indireta.
Dessa forma, o parlamentar defende ser imprescindível adequar os meios de coerção, aperfeiçoando a redação do artigo 48 para prever que, além daquela sanção institucional, o agente público competente para a decisão vai se sujeitar às sanções estabelecidas nas legislações estadual e federal como, por exemplo, as decorrentes de responsabilidade disciplinar ou de atos de improbidade administrativa, conforme o caso.
Adiada análise de projeto que muda alíquota patronal de servidor
Durante o encontro da comissão nesta terça, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 28/12, do governador, teve análise adiada. O relator da proposição, deputado Gustavo Corrêa (DEM), distribuiu seu parecer em avulso (cópias foram entregues a deputados da comissão antes de haver a votação do relatório apresentado).
A matéria altera o artigo 28 da Lei Complementar 64, de 25 de março de 2002, que institui o Regime Próprio de Previdência e Assistência Social dos servidores públicos do Estado de Minas Gerais. O deputado Gustavo Corrêa (DEM), em seu parecer, opinou pela aprovação da matéria na forma do substitutivo nº 1, apresentado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O projeto tem o objetivo de majorar a alíquota da contribuição do Estado referente aos servidores que ingressaram no serviço público estadual até 31 de dezembro de 2001 de 11% para 22%, com efeitos retroativos a 1º de janeiro de 2012. Além disso, a proposição reproduz disposições já constantes do vigente artigo 28 da mencionada lei complementar. Para suprimir essas reproduções de dispositivos já constantes na lei complementar, a CCJ apresentou o substitutivo nº 1. Assim, ele exclui, do texto da proposição, o caput e os parágrafos 2º e 3º do artigo 28 da Lei Complementar 64, além de fazer outras alterações que adaptam o texto à técnica legislativa. O substitutivo mantém as mudanças da alíquota previstas originalmente no projeto. Ele também mantém determinação, já prevista na lei, que a partir de 1º de janeiro de 2013, a alíquota patronal é de 19%.
Retirado de pauta – Já o PL 1.870/11, de autoria do deputado Ivair Nogueira (PMDB), que altera o artigo 3º da Lei 18.037, de 2009, foi retirado de pauta. A lei dispõe sobre o cadastro de entidades representativas de dependentes.
Requerimentos – Ao final da reunião, foram aprovados requerimentos dos deputados Rogério Correia (PT) e Lafayette de Andrada (PSDB). Eles solicitam que sejam encaminhadas, ao governador e ao diretor da Copasa, as notas taquigráficas da audiência pública, de 14/6/12, que discutiu o processo de contratação de parceria público-privada (PPP) para aumentar a capacidade de produção do sistema Rio Manso. Além disso, os parlamentares pedem à diretoria da Copasa que informe as principais decisões proferidas no processo de licitação referentes à PPP, assim como os procedimentos de cada etapa do planejamento e da execução do processo.
Comissão analisa projeto sobre segurança em bancos 24 horas
June 26, 2012 21:00 - no comments yet A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais emitiu, nesta terça-feira (26/6/12), parecer pela legalidade ao Projeto de Lei (PL) 1.637/11, que pretende tornar obrigatória a manutenção de equipamentos de segurança em bancos 24 horas no Estado. A autoria do projeto, que tramita em 1º turno, é do deputado Anselmo José Domingos (PTC). O relator, deputado André Quintão (PT), opinou pela aprovação da matéria na forma do substitutivo nº 1. A proposição está pronta, agora, para ser analisada na Comissão de Segurança Pública.
De acordo com o projeto, entre os equipamentos previstos, estão câmeras em circuito fechado, vidros indevassáveis e telefone para acesso à segurança. Segundo a proposição, os bancos 24 horas teriam o prazo de 120 dias para adequar-se às exigências. O descumprimento das medidas resultaria na suspensão temporária das atividades da agência, pelo prazo máximo de 30 dias, e a sua suspensão definitiva, caso o banco não atenda às demandas no prazo especificado.
Por já vigorar em Minas a Lei 12.971, de 1998, que dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação de dispositivos de segurança nas agências e nos postos de serviços das instituições bancárias e financeiras, o deputado André Quintão acredita que as medidas propostas pelo PL possam ser acrescentadas à norma. Dessa forma, ele sugeriu o substitutivo nº1, que promove alterações na referida lei e atualiza, ainda, nomenclaturas de termos da norma de 1998. Além disso, como a Lei 12.971 não deixa claro se todos os postos de serviços devam manter vigilância ostensiva, o dispositivo apresentado contém mudanças que, segundo o parecer, conferem mais “clareza e eficácia” ao texto legal.
Penalidades e fiscalização – O substitutivo nº 1 visa, também, a sanar irregularidades do projeto e a adequá-lo à técnica legislativa. Ele exclui, ainda, o que o texto do parecer chamou de “inadequação” com relação a penalidades. “Registre-se que qualquer suspensão sempre possuirá caráter temporário, não sendo possível a suspensão definitiva de funcionamento e, sim, o cancelamento das atividades”, ressaltou. A punição pelo não cumprimento das obrigatoriedades previstas no projeto passaria a ser feita por meio de multas.
André Quintão esclarece que é preciso, também, definir a instância fiscalizadora das ações a serem implementadas. “Caso seja entendido que a matéria é pertinente ao direito do consumidor, a fiscalização caberá aos órgãos de defesa do consumidor. Já no caso de predominância da segurança pública, a competência será dos órgãos ligados a tal área”, afirmou. O parlamentar sugeriu que seja feita uma audiência pública para que os órgãos que atuam nos dois setores e também representantes de bancos se manifestem sobre a proposição, buscando conferir mais “eficácia e aplicabilidade” à norma.
De acordo com o projeto, entre os equipamentos previstos, estão câmeras em circuito fechado, vidros indevassáveis e telefone para acesso à segurança. Segundo a proposição, os bancos 24 horas teriam o prazo de 120 dias para adequar-se às exigências. O descumprimento das medidas resultaria na suspensão temporária das atividades da agência, pelo prazo máximo de 30 dias, e a sua suspensão definitiva, caso o banco não atenda às demandas no prazo especificado.
Por já vigorar em Minas a Lei 12.971, de 1998, que dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação de dispositivos de segurança nas agências e nos postos de serviços das instituições bancárias e financeiras, o deputado André Quintão acredita que as medidas propostas pelo PL possam ser acrescentadas à norma. Dessa forma, ele sugeriu o substitutivo nº1, que promove alterações na referida lei e atualiza, ainda, nomenclaturas de termos da norma de 1998. Além disso, como a Lei 12.971 não deixa claro se todos os postos de serviços devam manter vigilância ostensiva, o dispositivo apresentado contém mudanças que, segundo o parecer, conferem mais “clareza e eficácia” ao texto legal.
Penalidades e fiscalização – O substitutivo nº 1 visa, também, a sanar irregularidades do projeto e a adequá-lo à técnica legislativa. Ele exclui, ainda, o que o texto do parecer chamou de “inadequação” com relação a penalidades. “Registre-se que qualquer suspensão sempre possuirá caráter temporário, não sendo possível a suspensão definitiva de funcionamento e, sim, o cancelamento das atividades”, ressaltou. A punição pelo não cumprimento das obrigatoriedades previstas no projeto passaria a ser feita por meio de multas.
André Quintão esclarece que é preciso, também, definir a instância fiscalizadora das ações a serem implementadas. “Caso seja entendido que a matéria é pertinente ao direito do consumidor, a fiscalização caberá aos órgãos de defesa do consumidor. Já no caso de predominância da segurança pública, a competência será dos órgãos ligados a tal área”, afirmou. O parlamentar sugeriu que seja feita uma audiência pública para que os órgãos que atuam nos dois setores e também representantes de bancos se manifestem sobre a proposição, buscando conferir mais “eficácia e aplicabilidade” à norma.
Uma guerra civil não declarada em que as vítimas são Policiais militares e civis, e o governo mente para o cidadão paulista
June 26, 2012 21:00 - no comments yetNova onda de ataques coloca PM de São Paulo em alerta total
Pelo menos sete policiais já foram executados e outros 50 estariam marcados para morrer
Após nova onda de ataques à polícia - que resultou em ao menos sete PMs executados - agentes que fazem o patrulhamento no Estado trabalham em alerta total. Mais policiais estão nas ruas e a segurança foi reforçada na capital paulista.
“Não sei se é o PCC (Primeiro Comando da Capital), mas é possível que seja. Os boatos dizem que têm 50 policiais para morrer. Não são policiais marcados, é um número", afirma um comandante da PM que pediu para não ser identificado.
Nesta segunda-feira, o iG percorreu diferentes regiões de São Paulo para saber como os agentes estão reagindo e trabalhando após os ataques que mataram pelo menos sete agentes em horário de folga desde o dia 30 de março, data em que policiais da Rota mataram durante uma ação seis suspeitos de integrar o PCC.
A onda de ataques mudou a rotina por patrulhamentos na cidade. Os agentes estão em alerta mesmo em regiões onde não foram registrados atentados. "A orientação é para redobrar a atenção no horário de folga. Os casos aconteceram em horário de folga. Agora, quando há uma ocorrência, vai uma viatura para apoio, as viaturas não saem sozinhas", diz o tenente Costa Lopes, que trabalha na base da PM do Parque Trianon, na região da avenida Paulista.
O tenente-coronel José Luiz Campo, comandante do 7º Batalhão da PM, confirma que o trabalho policial foi reforçado e que os agentes estão trabalhando com armamento pesado. "Estamos em condição operacional de alerta. Pode acontecer dos agentes portarem armamento de calibre maior e também fazemos alguns bloqueios. Mas não estamos como em 2006 (ano do ataque do PCC). É preciso cuidado para não criarmos um monstro, mas não podemos deixar de ver o que está acontecendo", diz.
Segundo o tenente, o aumento no número de bloqueios policiais ocorridos durante o fim de semana ocorreu também por conta dos recente arrastões registrados na cidade. "Aqui estamos em um momento em que essa situação coincidiu com os casos de arrastão, por isso os bloqueios".
Na zona leste, onde ocorreu a maioria dos casos de execução de PMs, o sargento Eduardo, comandante do 8º Batallhão, que fica na região do Tatuapé, informa que recebeu uma base móvel extra. “Recebemos reforço com quatro policiais e armas de grosso calibre para o caso de enfrentamento. Se acontecer alguma coisa, estamos preparados".
Para aumentar o número de policiais nas ruas, agentes que trabalham dentro dos batalhões foram deslocados para o patrulhamento para aumentar a situação de segurança da população. “As pessoas da parte interna estão indo para o operacional para aumentar o efetivo”, diz o sargento.
Os sete executados
Sete mortes aconteceram desde 30 de maio. Seis delas nos últimos 12 dias, sendo que nos últimos quatro dias foram registrados quatro casos, um por dia. Veja abaixo quais foram os sete últimos executados, em uma sucessão de crimes considerada por Jorge Carlos Carrasco, diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), uma “retaliação” dos criminosos ao trabalho da Polícia Militar.
1) Edilson Avelino dos Santos, 37 anos
30 de maio, às 7h30, no Guarujá
Atingido por tiros na escola onde trabalha como zelador
30 de maio, às 7h30, no Guarujá
Atingido por tiros na escola onde trabalha como zelador
2) Valdir Inocêncio dos Santos, 39 anos
12 de junho, em Guaianases
Atingido por 20 tiros na porta de sua casa
12 de junho, em Guaianases
Atingido por 20 tiros na porta de sua casa
3) Domingos Antônio Aparecido Siqueira, 43 anos
17 de junho, às 9h30, no Jardim Iguatemi
Atingido por 6 disparos na porta de sua casa
17 de junho, às 9h30, no Jardim Iguatemi
Atingido por 6 disparos na porta de sua casa
4) Vaner Dias, 44 anos
20 de junho, às 20h45, na Vila Formosa
Atingido por 4 disparos na academia onde era instrutor de artes marciais
20 de junho, às 20h45, na Vila Formosa
Atingido por 4 disparos na academia onde era instrutor de artes marciais
5) Paulo César Lopes Carvalho, 40 anos
21 de junho, às 20h10, no Jardim Comercial
Atingido por 9 disparos no supermercado
21 de junho, às 20h10, no Jardim Comercial
Atingido por 9 disparos no supermercado
6) Osmar Santos Ferreira, 31 anos
22 de junho, 5h19, no Jardim Edda
Atingido por 3 disparos no percurso entre sua casa e o trabalho
22 de junho, 5h19, no Jardim Edda
Atingido por 3 disparos no percurso entre sua casa e o trabalho
7) Joaquim Cabral de Carvalho, 45 anos
23 de junho, 6h15, em Ferraz de Vasconcelos
Atingido por 5 disparos quando voltava para casa
23 de junho, 6h15, em Ferraz de Vasconcelos
Atingido por 5 disparos quando voltava para casa
Tribuna hoje
Despreparo policial aumenta insegurança e deixa maioria dos crimes sem solução
June 26, 2012 21:00 - no comments yetSão Paulo - Aos 30 anos, Humberto Ramos é o que chamam de linha de frente da polícia civil paulista. Escrivão, trabalha no plantão policial com a arma na cintura no 49º Distrito, em São Mateus, o mais movimentado de São Paulo, e quiçá do Brasil. Desde janeiro até maio foram registradas nove mil ocorrências. Ali Humberto passa até mesmo as suas férias.
“Vim para ajudar, tem muito serviço”, explicou. Naquele dia também estava ali para dar uma entrevista sobre o livro que está lançando, “Dê um novo poder ao policial”, o primeiro escrito por um policial brasileiro sobre neurolinguística, neurociências e as técnicas de Reid, processo desenvolvido pelo policial de Nova York, John Reid, que integra entrevista e interrogatório. É aí que o escrivão quer colocar o dedo. “A polícia não precisa usar a força desnecessária, basta usar o poder de persuasão. O verdadeiro poder policial está na habilidade de conquistar e influenciar pessoas”, diz ele, que garante querer ser escritor e palestrante “para melhorar a polícia brasileira”.
Não é uma tarefa fácil. Segundo diagnóstico da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), traçada pelo Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça e Ministério da Justiça com o objetivo de reduzir a impunidade dos crimes de homicídio no país, o treinamento técnico da polícia deve ser prioridade para melhorar a segurança pública. A Enasp realizou um mutirão nacional com as policiais estaduais para levantar os inqúeritos de homicídios não solucionados até 2007 – 135 mil – e conseguiu denunciar suspeitos em 19% dos casos. A porcentagem parece pequena, mas é grande quando comparada à média nacional de elucidação de homicídios: de 5 a 8%. Os mais de 90% restantes ficam sem solução.
São 50 mil homicídios por ano no país, o maior do mundo em termos absolutos, segundo relatório da ONU de 2011, que colocou o Brasil no 3º lugar em violência na América Latina, e 26o do mundo. Desses, apenas 4 mil por ano têm seus autores presos, segundo estimativa de Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa Mapas da Violência.
CSI brasileiro
A fragilidade das investigações policiais é regra do norte ao sul do país. Em Alagoas, o grupo de trabalho do Enasp descobriu o sumiço de mil dos 4.180 inquéritos instaurados entre 1990 e 2007 para apurar homicídios dolosos. No Rio Grande do Sul, o Relatório de Controle Externo da Atividade Policial, encaminhado à cúpula da Secretaria de Segurança Pública, constatou que delitos com “repercussão na imprensa” têm preferência nas delegacias da grande Porto Alegre, enquanto os demais permanecem parados. Em 2008, apenas 16% dos inquéritos tornavam-se processos judiciais em Porto Alegre. O restante era devolvido ou arquivado pelo Ministério Público por insuficiência de provas técnicas para denunciar os réus.
E por que o Ministério Público devolve e arquiva tantos inquéritos? Porque em muitos casos as investigações são insuficientes ou incompletas, diz a promotora de Justiça da área criminal e professora doutora em Ciências Penais, Ana Luiza Almeida Ferro. Ela explica que o Ministério Público só pode apresentar denúncia para o juiz – abrindo assim um processo judicial – se houver suporte “testemunhal, pericial ou documental” que mostre que houve um crime e indícios que apontam para o suspeito. Senão, o processo será rejeitado pelo juiz.
Em sua rotina de promotora, Ana Luiza raramente encontra inquéritos consistentes: “Enfrento esta realidade cotidianamente. Em expressiva parte dos casos, o inquérito chega incompleto, deficiente, sem provas suficientes para a formulação da denúncia e a fundamentação de uma futura condenação. Então o Ministério Público não tem outra escolha que não se manifestar pela devolução do inquérito à polícia para o cumprimento dessas necessárias diligências complementares. O Judiciário, de sua parte, nada pode fazer sem a denúncia. Se os inquéritos fossem mais fundamentados, menos incompletos, haveria maior rapidez”, diz.
O vai-e-vem de inquéritos entre Ministério Público e polícia acaba facilitando a vida dos autores dos assassinatos. “A prescrição lhes favorece. Fica mais difícil localizar testemunhas. Vestígios se apagam. Provas esmaecem. Por outro lado, denunciar sem dispor de provas suficientes para tal e, sobretudo, para alicerçar uma futura condenação também interessa aos criminosos e àqueles que torcem pela impunidade”, reconhece Ana Luiza, para quem “a Justiça tardia e, pior, a impunidade são negações da democracia.”
O sociólogo Michel Misse, coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da Universidade Federal do Rio de Janeiro, acredita que a divisão de funções entre Ministério Público e polícia civil entre investigação (feita pela polícia civil), e a denúncia (a cargo do MP, que é o titular da ação penal) é o principal problema: “É o chamado pingue-pongue, o vai e vem entre o delegado e o MP, um modo de o inquérito não ficar em lugar nenhum até que, passados meses e, em vários casos anos, ele venha a ser arquivado”.
Segundo a Constituição, a investigação também é atribuição do MP. “Apenas no Brasil encontramos uma solução ambivalente na persecução criminal”, diz Misse. Em qualquer outro país, diz, a fase destinada a apurar se houve crime e a identificar o autor pode ser exclusiva da polícia ou do Ministério Público. Ou seja, o Ministério Público pode investigar e apresentar a denúncia e não apenas encampar o inquérito policial ou devolver ao delegado.
A promotora Ana Luiza acredita que reforçar a capacidade de investigação da polícia também ajudaria a reduzir o “pingue-pongue” que favorece a impunidade: “Uma deficiência crônica, por exemplo, está na parte pericial, nos casos em que tal prova é exigida. E há casos complexos, particularmente aqueles que envolvem crimes do colarinho branco e de lavagem de dinheiro, além de atividades do crime organizado”, pondera.
“Não podemos viver numa tragédia e achar normal”
Apesar da ineficiência do sistema, os gastos do país em segurança atingem R$ 60 bilhões por ano. “Em relação ao PIB gastamos mais que a França e estamos no mesmo patamar da Alemanha”, compara Renato Sérgio de Lima, secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.“Só que o serviço é muito pior”, constata.
Renato, como a maioria dos especialistas ouvidos pela Pública, acredita que é preciso pensar em um novo modelo de segurança pública no Brasil. Porque este que está aí “é caro e ineficiente, com altas taxas de violência”, diz. O maior problema, diz, é que “a polícia que temos não está voltada para o cidadão, está preparada para defender os interesses do Estado”.
“Precisamos saber o que a gente quer”, afirma o secretário do Fórum. “O governo, o Estado tem que ter responsabilidade, não é só punir quem está na ponta. Tem que punir quem autoriza, quem delega poderes. Não podemos viver numa tragédia e achar normal, precisamos de política pública”.
O relatório da Enasp enfatiza a necessidade de contratar mais peritos e obter mais equipamentos para os órgãos periciais de algumas regiões do país – a distribuição de recursos e expertising é bastante desigual, já que os Estados têm capacidade financeira e prioridades políticas diferentes. Mas dá maior ênfase à necessidade de treinamento dos que participam da elucidação dos crimes, de estimular a meritocracia na carreira policial e estabelecer o controle externo das investigações nos crimes de homicídio.
Uma conclusão parecida à que chegou em seu dia-a-dia na polícia o escrivão Humberto, que investiu as economias dos nove anos de carreira em cursos de treinamento. Nos últimos dez anos, ele diz, os investimentos que viu na polícia civil paulista ficaram concentrados em armamentos e tecnologias digitais. “Nesse mesmo tempo quase nada foi aplicado em desenvolvimento humano”, lamenta.
63% da população não confia na polícia
A curva ascendente da violência acompanha a da impunidade. Entre 1992 e 2009, a taxa de homicídios cresceu 41% de acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE em junho. Os números de 2009, os mais recentes, mostram uma média de 27,1 mortes para cada 100 mil habitantes. De acordo com parâmetros internacionais, a violência em um país pode ser considerada endêmica a partir de 10 mortes para cada 100 mil.
Números que contribuem para a má imagem da polícia junto à população. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas realizada no primeiro trimestre de 2012 apontou que 63% da população de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal não confia na polícia. Conforme o levantamento, coordenado pela professora Luciana Gross Cunha, a população com renda inferior a dois salários mínimos (R$ 1.244) é a que mais desconfia dos policiais: 77% disseram-se “muito insatisfeitos” ou “um pouco insatisfeitos” com os policiais. “São as pessoas que sofrem mais discriminação e preconceito da polícia”, diz ela.
São as mais frequentes vítimas da violência policial que fez o Conselho de Direitos Humanos da ONU pedir a extinção da PM e a Anistia Internacional denunciar a tortura como “método” de interrogatório nas delegacias paulistas e as execuções extrajudiciais praticadas por forças policiais.
“Precisamos urgentemente discutir que tipo de polícia a gente tem”, diz a professora.
As conclusões do relatório mais recente da Anistia Internacional convergem para a percepção da violência policial entre os mais pobres. A prática da tortura, afirma a entidade só joga mais lenha na fogueira; é usada nas ruas, em delegacias, presídios, centros de recolhimento de adolescentes “como meio de obter confissões, subjugar, humilhar e controlar pessoas sob detenção, ou com frequência cada vez maior, extorquir dinheiro ou servir aos interesses criminosos de policiais”.
Como agravante, relata a Anistia, “a grande maioria das vítimas é composta de suspeitos criminais de baixa renda, com grau de instrução insuficiente, frequentemente de origem afro-brasileira ou indígena, setores da sociedade cujos direitos sempre foram ignorados no Brasil”.
Já o Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu ao Brasil maiores esforços para “combater a atividade dos esquadrões da morte” (compostos por policiais civis e militares) e que trabalhe para “suprimir a Polícia Militar, acusada de numerosas execuções extrajudiciais”.
O relatório também pediu que o Brasil garanta que “todos os crimes cometidos por agentes da ordem sejam investigados de maneira independente”.
Seguir essa recomendação significa mexer em outro ponto crítico do sistema de segurança pública: o corporativismo que substitui a rivalidade entre as polícias e departamentos policiais quando o réu é agente do sistema de segurança. No estado de São Paulo, por exemplo, a Secretaria de Segurança Pública determinou em abril de 2011 que mortes em confrontos com PMs fossem investigadas pelo departamento de homicídios da Polícia Civil. De lá para cá, nenhum policial foi punido. Dos 500 casos analisados, todos na região metropolitana, 40% foram esclarecidos e em nenhum deles constatou-se desvio de conduta, ou seja, em todos os casos os PMs teriam tido motivo para atirar.
O que fez o relatório da Enasp incluir como medida a ser adotada imediatamente a “definição de parâmetros específicos para o controle externo nas investigações dos crimes de homicídio”.
Armas que vão e voltam
A corrupção também está entre os ingredientes que enfraquecem a segurança pública e multiplicam os homicídios. Armas de criminosos recolhidas pela polícia voltam a circular e o comércio ilegal de armas raramente é investigado, menos ainda punido. Policiais fazem bicos, aceitam propinas e vendem proteção para comerciantes, o que dá origem à formação de esquadrões da morte e à circulação ilegal de armas, como aponta o relatório da Anistia. Mais de 80% das armas apreendidas em situação ilegal é de fabricação brasileira, ou seja, foram comercializadas aqui.
“O debate da segurança pública é frequentemente contaminado por considerações de ordem ideológica, impedindo a implementação de medidas importantes nessa seara. Falta a sensibilidade de entender que deve haver um equilíbrio entre o interesse da garantia dos direitos dos cidadãos (e dos investigados) e o interesse da segurança pública”, defende a promotora Ana Luiza.
Junte-se a isso o apelo à força policial, a ideia de que “bandido não tem direitos humanos”, rotineiramente defendidos por uma parte da sociedade, também são vistos como fatores que enfraquecem a segurança pública de acordo com especialistas e estudiosos do tema.
Em março de 2012, confrontado com os indíces de homícidio haviam aumentado 50% em comparação com o mês anterior, o coronel Josiel Freire, subsecretário de operações da secretaria de segurança de Brasília – cuja polícia é a mais bem paga do país –declarou à imprensa: “Quase 70% das vítimas de homicídios estão envolvidas com crime e tráfico. O transeunte mesmo não está sendo vítima”. É digno de nota que a declaração não tenha causado escândalo – e nem mesmo muitas críticas.
Para o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, que há mais de uma década vem fazendo mapas de violência no Brasil, a situação da violência chegou a um ponto do que ele chama de pandemia. “É um problema estrutural, mais difícil de cuidar. A violência está incorporada”.
“A identificação do brasileiro como ‘homem cordial’ não se sustenta mais”, lamenta ele.
Fonte: Rede Brasil Atual
Segundo pesquisa, indústria do dano moral é um mito
June 26, 2012 21:00 - no comments yetDireito e Jurimetria
"Em Deus confiamos. Quanto aos outros, que tragam dados." A frase, creditada ao estatístico americano Edwards Deming, talvez seja um pouco radical, mas cairia bem ao 2º Seminário de Direito, Estatística e Jurimetria, organizado na última quinta-feira (22/6) em São Paulo. O tom geral foi de que, embora os juristas e advogados do país possuam excelente nível, os números e as estatísticas têm muito a contribuir para suas decisões.
O seminário foi promovido pela Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo investigar e incentivar a aplicação da estatística e da probabilidade no Direito. Compareceram personalidades como os professores Michael Heise, da Universidade de Cornell, dos Estados Unidos; Kazuo Watanabe, da USP; Flávio Luiz Yarshell, também da USP; Fábio Ulhoa Coelho, da PUC-SP; e Ivan Ribeiro, da Fadusp; além de Flávio Caetano, secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça; Arystóbulo Freitas, presidente da Associação de Advogados de São Paulo; Marta Saad, presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais; Walfrido Warde Júnior, coordenador de pesquisas da ABJ; e Clávio Valença Filho, diretor do Centro Brasileiro de Arbitragem.
Por refletir sobre assuntos que transcendem o Direito, embora nunca o perdendo de vista, o evento não deixou de convidar matemáticos e administradores. O estatístico Carlos Eduardo Pereira Filho era um deles, e para mostrar como seu ramo de atividade pode contribuir com outras áreas, lembrou outro aforismo: “informação é aquilo que muda sua opinião”.
O estudo dos professores Bruno Salama e Flávia Püschel, por exemplo, ilustrou bem como a coleta de informações empíricas podem alterar alguns preconceitos. Suas conclusões, a partir da análise de 1.044 acórdãos, invalidam dois mitos: o de que existe uma indústria do dano moral no Brasil e de que falta uniformidade ao julgar casos do tipo.
"Os valores das condenações, pelo mesmo nas hipóteses que observamos, não nos pareceram elevadas", disse Salama, pouco após revelar que 38% das indenizações ficaram em menos de R$ 5 mil e apenas 3% em mais R$ 100 mil. "Quanto aos critérios de cálculo, vedação a enriquecimento sem causa e proporcionalidade com a extensão do dano são bastantes comuns. Isto sugere uma preocupação com a moderação das decisões e prova que a tese da altíssima insegurança jurídica não tem sustentação."
Flávia falou sobre a dificuldade na obtenção de dados, já que os tribunais não estão preparados para atender pesquisadores — sem contar aqueles cujos sites sequer funcionam. O professor Cássio Cavalli disse ter tido o mesmo obstáculo e contou um caso curioso. Em um trabalho para o Ministério da Justiça, sua equipe conseguiu um CD contendo a relação de todos os processos de falência, concordata e recuperação judicial desde 1986. Após a apreciação do conteúdo, no entanto, Cavalli estranhou o resultado e foi checá-los em uma comarca. Lá descobriu que mais de 98% das informações que possuía não tinha nada ver com o tema que desejava. Acontece que o sistema de classificação foi embaralhado na migração para o sistema unificado do Conselho Nacional de Justiça, e grande parte dos dados informatizados estão agora embaralhados.
"Posso afirmar com toda a convicção de que esse evento já é uma conquista, pois representa uma tomada de consciência", afirmou. "Não é possível fazer Direito sem conhecer a realidade social com que ele lida, e a pesquisa empírica é fundamental para mostrá-la."
Um começo feito de exemplos
"O sistema carcerário nacional é caótico, disfuncional e extremamente criminógeno", apontou o conselheiro do CNJ Luciano Losekan. "Ele tem seguido a um único propósito: manter uma classe controlada a partir da prisão."
Preocupado com essa situação, o CNJ editou em 2007 a Resolução 47, que obriga os juízes das varas de execução penal a, no mínimo uma vez por mês, inspecionar as unidades de sua jurisdição. "O magistrado que não visita, não conhece a matéria que está fervilhando no dia a dia dos presídios", argumentou Losekan.
Graças às inspeções, uma série de dados foi obtida e, assim, em 2011, surgiu a ferramenta Geopresídios, disponível ao público em geral no site do Conselho. Ela dispõe das mais variadas informações sobre as penitenciárias: número de presos, taxa de ocupação, quantidade de fugas e de celulares apreendidos, qualidade da equipe técnica e da alimentação. "Tenta-se traçar um quadro completo."
De acordo com Losekan, a população carcerária brasileira é de 515 mil presos — a quarta maior do mundo — dos quais 45% são provisórios. "Muitos também deveriam estar em regime semiaberto, mas não existe 'vaga' e eles têm de esperar meses. Isso é um caldo para revoltas e motins impressionante, que só não ocorrem por causa do controle exercido pelas facções criminosas."
O presidente do Conselho Nacional de Política Penal e Criminal, Herbert Carneiro, embora elogie o esforço do CNJ, fez notar que o dados continuam subutilizados. Mencionou, por exemplo, a questão do monitoramento eletrônico para substituir a prisão preventiva. "Não se sabe quantos seriam os presos nem o perfil dos que poderiam se sujeitar a essa medida", afirmou. "Os juízes sentem dificuldades porque não se construiu uma política pública para isso, e as coisas acabam sendo feitas aleatoriamente."
Maiores litigantes
Por fim, ficou a cargo de Guilherme Werner, também conselheiro do CNJ, traçar um paralelo entre a Jurimetria e a administração da Justiça. "Seu objeto de estudo não precisa se limitar necessariamente às decisões, ela pode sair para o processo com um todo, dos administrativos aos procedimentos arbitrais", defendeu.
Werner listou diversas fontes de dados que já estão disponíveis para análise, como as de agências reguladoras, o cadastro nacional de reclamações fundamentadas ou as tabelas de assuntos unificadas. Destacou, porém, o relatório dos cem maiores litigantes, por meio do qual é possível constatar que grande parte dos problemas que afligem o Judiciário em relação à morosidade pode ser atribuída ao mal funcionamento dos serviços públicos.
Identificamos pelo relatório de 2011 que 38% dos processos em tramitação eram de governos ou de órgãos governamentais, e outros 38% envolviam bancos, informou. "Algumas aplicações básicas se fazem com base nesses dados. A mais óbvia é a organização de mutirões de conciliação voltados a esses grandes litigantes."
Para Werner, pode-se utilizar esses dados formais como subsídio para a atuação. "No Rio de Janeiro, por exemplo, fizemos um esforço nesse sentido (promoção de mutirões de conciliação) e os resultados foram impressionantes: com a Sky, todos os processos foram resolvidos por acordo; com a Ricardo Eletro, 91%, e com o Banco do Brasil, 85%", exclamou. "Esses números, para quem não sabe, são quase inacreditáveis, porque o índice médio de conciliação global no juizado especial da vara cível é de 15% ou menos."
Já o professor de administração José Mazzon começou sua fala solidarizando-se com os juízes por conta de um número revelado durante a palestra de Werner. "Mais de 80 milhões de processo em tramitação para 17 mil magistrados é pra ter pena deles, mesmo." Em seguida, criticou a gestão do Judiciário, que ainda não saiu da cultura do papel e insiste em uma individualidade excessiva.
O corregedor-geral de Justiça do estado de São Paulo, José Renato Nalini, corroborou com a visão de Mazzon e discursou sobre a necessidade de o Judiciário se abrir. "Estamos coletando junto a todos os setores opiniões, sugestões, propostas que saiam de nossa visão míope, afinal, estamos deste lado do balcão e não podemos manter esse imobilismo". Depois, concluiu com bom humor. "Uma vez, falando no Tribunal de Justiça, disse que alguém que tivesse morrido há 200 anos voltasse, teria um susto tremendo de verificar como as coisas mudaram. Ele só sentiria em casa em nosso salão nobre."
O seminário foi promovido pela Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo investigar e incentivar a aplicação da estatística e da probabilidade no Direito. Compareceram personalidades como os professores Michael Heise, da Universidade de Cornell, dos Estados Unidos; Kazuo Watanabe, da USP; Flávio Luiz Yarshell, também da USP; Fábio Ulhoa Coelho, da PUC-SP; e Ivan Ribeiro, da Fadusp; além de Flávio Caetano, secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça; Arystóbulo Freitas, presidente da Associação de Advogados de São Paulo; Marta Saad, presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais; Walfrido Warde Júnior, coordenador de pesquisas da ABJ; e Clávio Valença Filho, diretor do Centro Brasileiro de Arbitragem.
Por refletir sobre assuntos que transcendem o Direito, embora nunca o perdendo de vista, o evento não deixou de convidar matemáticos e administradores. O estatístico Carlos Eduardo Pereira Filho era um deles, e para mostrar como seu ramo de atividade pode contribuir com outras áreas, lembrou outro aforismo: “informação é aquilo que muda sua opinião”.
O estudo dos professores Bruno Salama e Flávia Püschel, por exemplo, ilustrou bem como a coleta de informações empíricas podem alterar alguns preconceitos. Suas conclusões, a partir da análise de 1.044 acórdãos, invalidam dois mitos: o de que existe uma indústria do dano moral no Brasil e de que falta uniformidade ao julgar casos do tipo.
"Os valores das condenações, pelo mesmo nas hipóteses que observamos, não nos pareceram elevadas", disse Salama, pouco após revelar que 38% das indenizações ficaram em menos de R$ 5 mil e apenas 3% em mais R$ 100 mil. "Quanto aos critérios de cálculo, vedação a enriquecimento sem causa e proporcionalidade com a extensão do dano são bastantes comuns. Isto sugere uma preocupação com a moderação das decisões e prova que a tese da altíssima insegurança jurídica não tem sustentação."
Flávia falou sobre a dificuldade na obtenção de dados, já que os tribunais não estão preparados para atender pesquisadores — sem contar aqueles cujos sites sequer funcionam. O professor Cássio Cavalli disse ter tido o mesmo obstáculo e contou um caso curioso. Em um trabalho para o Ministério da Justiça, sua equipe conseguiu um CD contendo a relação de todos os processos de falência, concordata e recuperação judicial desde 1986. Após a apreciação do conteúdo, no entanto, Cavalli estranhou o resultado e foi checá-los em uma comarca. Lá descobriu que mais de 98% das informações que possuía não tinha nada ver com o tema que desejava. Acontece que o sistema de classificação foi embaralhado na migração para o sistema unificado do Conselho Nacional de Justiça, e grande parte dos dados informatizados estão agora embaralhados.
"Posso afirmar com toda a convicção de que esse evento já é uma conquista, pois representa uma tomada de consciência", afirmou. "Não é possível fazer Direito sem conhecer a realidade social com que ele lida, e a pesquisa empírica é fundamental para mostrá-la."
Um começo feito de exemplos
"O sistema carcerário nacional é caótico, disfuncional e extremamente criminógeno", apontou o conselheiro do CNJ Luciano Losekan. "Ele tem seguido a um único propósito: manter uma classe controlada a partir da prisão."
Preocupado com essa situação, o CNJ editou em 2007 a Resolução 47, que obriga os juízes das varas de execução penal a, no mínimo uma vez por mês, inspecionar as unidades de sua jurisdição. "O magistrado que não visita, não conhece a matéria que está fervilhando no dia a dia dos presídios", argumentou Losekan.
Graças às inspeções, uma série de dados foi obtida e, assim, em 2011, surgiu a ferramenta Geopresídios, disponível ao público em geral no site do Conselho. Ela dispõe das mais variadas informações sobre as penitenciárias: número de presos, taxa de ocupação, quantidade de fugas e de celulares apreendidos, qualidade da equipe técnica e da alimentação. "Tenta-se traçar um quadro completo."
De acordo com Losekan, a população carcerária brasileira é de 515 mil presos — a quarta maior do mundo — dos quais 45% são provisórios. "Muitos também deveriam estar em regime semiaberto, mas não existe 'vaga' e eles têm de esperar meses. Isso é um caldo para revoltas e motins impressionante, que só não ocorrem por causa do controle exercido pelas facções criminosas."
O presidente do Conselho Nacional de Política Penal e Criminal, Herbert Carneiro, embora elogie o esforço do CNJ, fez notar que o dados continuam subutilizados. Mencionou, por exemplo, a questão do monitoramento eletrônico para substituir a prisão preventiva. "Não se sabe quantos seriam os presos nem o perfil dos que poderiam se sujeitar a essa medida", afirmou. "Os juízes sentem dificuldades porque não se construiu uma política pública para isso, e as coisas acabam sendo feitas aleatoriamente."
Maiores litigantes
Por fim, ficou a cargo de Guilherme Werner, também conselheiro do CNJ, traçar um paralelo entre a Jurimetria e a administração da Justiça. "Seu objeto de estudo não precisa se limitar necessariamente às decisões, ela pode sair para o processo com um todo, dos administrativos aos procedimentos arbitrais", defendeu.
Werner listou diversas fontes de dados que já estão disponíveis para análise, como as de agências reguladoras, o cadastro nacional de reclamações fundamentadas ou as tabelas de assuntos unificadas. Destacou, porém, o relatório dos cem maiores litigantes, por meio do qual é possível constatar que grande parte dos problemas que afligem o Judiciário em relação à morosidade pode ser atribuída ao mal funcionamento dos serviços públicos.
Identificamos pelo relatório de 2011 que 38% dos processos em tramitação eram de governos ou de órgãos governamentais, e outros 38% envolviam bancos, informou. "Algumas aplicações básicas se fazem com base nesses dados. A mais óbvia é a organização de mutirões de conciliação voltados a esses grandes litigantes."
Para Werner, pode-se utilizar esses dados formais como subsídio para a atuação. "No Rio de Janeiro, por exemplo, fizemos um esforço nesse sentido (promoção de mutirões de conciliação) e os resultados foram impressionantes: com a Sky, todos os processos foram resolvidos por acordo; com a Ricardo Eletro, 91%, e com o Banco do Brasil, 85%", exclamou. "Esses números, para quem não sabe, são quase inacreditáveis, porque o índice médio de conciliação global no juizado especial da vara cível é de 15% ou menos."
Já o professor de administração José Mazzon começou sua fala solidarizando-se com os juízes por conta de um número revelado durante a palestra de Werner. "Mais de 80 milhões de processo em tramitação para 17 mil magistrados é pra ter pena deles, mesmo." Em seguida, criticou a gestão do Judiciário, que ainda não saiu da cultura do papel e insiste em uma individualidade excessiva.
O corregedor-geral de Justiça do estado de São Paulo, José Renato Nalini, corroborou com a visão de Mazzon e discursou sobre a necessidade de o Judiciário se abrir. "Estamos coletando junto a todos os setores opiniões, sugestões, propostas que saiam de nossa visão míope, afinal, estamos deste lado do balcão e não podemos manter esse imobilismo". Depois, concluiu com bom humor. "Uma vez, falando no Tribunal de Justiça, disse que alguém que tivesse morrido há 200 anos voltasse, teria um susto tremendo de verificar como as coisas mudaram. Ele só sentiria em casa em nosso salão nobre."
Ricardo Zeef Berezin é repórter da revista Consultor Jurídico.
Revista Consultor Jurídico,
Convenção estadual do PSPC-ES, um partido que já nasceu grande
June 26, 2012 21:00 - no comments yetMEUS AMIGOS E MINHAS AMIGAS, ESTA É A HORA DO EMPENHO DE TODOS.
LHES ENVIO ESTE PEDIDO ESPECIAL, PARA QUE VOCÊS COMPAREÇAM NA CONVENÇÃO DO PARTIDO DA SEGURANÇA PÚBLICA E CIDADANIA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, NO PRÓXIMO SÁBADO (30), COMFORME CONVITE QUE SE SEGUE ADIANTE.
AS CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS DE OUTROS PARTIDOS POLÍTICOS, SÃO SEMPRE DISPUTADAS POR SEUS CORRELIGIONÁRIOS.
ESTAMOS INICIANDO, COM MUITAS DIFICULDADES, A CRIAÇÃO DO NOSSO PARTIDO. ENTRETANTO, GARANTIMOS QUE: OS OPERADORES DE SEGURANÇA PÚBLICA, COM APOIO DA SOCIEDADE CIVIL, FARÃO DESTE O MAIOR E O MELHOR PARTIDO POLÍTICO DA NAÇÃO BRASILEIRA.
PEESSEPECISTAS DO BRASIL, UNI-VOS!