Evolução da população carcerária brasileira de 1990 a 2012
October 16, 2013 23:17 - no comments yetO Brasil é o quarto país do mundo em população carcerária.
Artigos do prof. LFG, Instituto Avante Brasil (iAB)
LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e coeditor do portal atualidades do direito.com.br. Estou no facebook.com/blogdolfg
O Brasil é o quarto país do mundo em população carcerária. Está atrás de EUA, Rússia e China. Ou seja: prende bastante. Mas prende muito erradamente. Cadeia deveria ser para gente violenta, que oferece concreto perigo para a convivência em sociedade. Entre o que deveria ser e o que é há uma grande distância. Lá dentro estão, fundamentalmente, pobres, pretos, pardos, prostitutas e policiais. Mais da metade não praticou crime violento. Muitos violentos, no entanto, estão fora. O Brasil prende muita gente “reputada” perigosa (porque miserável; classe perigosa). Verdadeiros perigosos, que matam pessoas, estão livres nas ruas. Quase 40% não têm sentença definitiva. Raramente um rico é preso preventivamente. A prisão é o retrato fiel do Brasil que não deu certo, ou seja, do Brasil desigual, desajustado e discriminador. No campo penal, por influência do ultraliberalismo norte-americano (Friedman, Hayeck etc.), o Brasil se tornou um Estado policialesco e autoritário (nos movimentos sociais desde junho isso ficou muito claro). Esse modelo de estado foi instaurado no Brasil em 1985, como substituto do estado ditatorial. Com amplo apoio midiático. A mídia expressiva (Globo, Folha, Estadão etc.) apoiou a ditadura e se converteu na espinha dorsal do novo modelo de estado autoritário (implantado em 1985). Fundado no populismo penal. Os presídios brasileiros são o retrato desse estado (injusto, desigual e discriminatório).
Levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, com dados do InfoPen, do Ministério da Justiça, apontou um crescimento de 508,8% na população carcerária brasileira no período de 1990 a 2012, registrando 548.003 presos em 2012, uma taxa de 287,31 para cada 100 mil habitantes, em uma população de 190.732.694 habitantes, de acordo com o IBGE.
Esse crescimento foi muito maior, por exemplo, que a taxa de crescimento da população nacional, que não passou de 30%. Ou seja, enquanto a população cresceu 1/3, a população carcerária mais que sextuplicou.
Muito inferior ao crescimento da população carcerária foi o crescimento no número de vagas no sistema penitenciário no mesmo período. Em 2008 existiam 296.428 vagas, número que em 2012 chegou a 310.687, um crescimento de apenas 4%, resultando em 1,8 presos por vaga.
Outra taxa que continuou em ascensão em 2012 foi o número de presos provisórios. Dos 513.713 detentos custodiados no sistema penitenciário, 195.036 eram presos provisórios, ou seja, 37,9% do total de custodiados. Houve um crescimento de 25,1% no número de presos provisórios entre 2008 e 2012. Em 2012, essa população era de 94,5% de presos do sexo masculino e 5,5% do sexo feminino. No que tange o sistema de vagas a situação é ainda pior. Esses 195 mil presos estão distribuídos em 94.540 vagas, cerca de 2 detentos para cada vaga, um déficit de mais de 100 mil vagas.
A força das palavras
October 16, 2013 23:16 - no comments yet
LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e coeditor do portal atualidades do direito.com.br. Estou no facebook.com/blogdolfg
As palavras fortalecem nosso ânimo, nossa autoestima, ou nos destroem. As palavras contêm poder e, muitas vezes, magia. O mundo hoje é o que é, porque os seres humanos aprenderam a se comunicar, sobretudo por meio das palavras. Por meio delas transmitimos ideias e sentimentos, aprovações ou desaprovações. Elas são os veículos privilegiados das nossas comunicações. Que podem ser poéticas ou pobres, adequadas ou inadequadas, conciliatórias ou agressivas. As palavras existem para o bem ou para o mal. Quem as usa com destreza e pertinência pode fortalecer o ânimo das pessoas e construir um mundo melhor. Mas elas também podem aniquilar nossos projetos, em razão do desânimo, da depressão e do desespero. A palavra é o vento que sopra para o norte ou para sul, pode nos aproximar ou nos afastar. Mais preciosas, no entanto, são as que nos acalentam, nos animam, nos consolam; as que nos estimulam a viver virtuosamente, tirando do nosso caminho os vícios; as que nos permitem conhecer melhor o mundo em que vivemos, as pessoas que o habitam, assim como nós mesmos. Avante!
Fonte de inspiração: Jacinto Faya Viesca, Palavras de poder, v.1.
Delegado acusado de matar namorada é exonerado da Polícia Civil
October 16, 2013 22:55 - no comments yet
A Corregedoria da corporação pediu a demissão de Geraldo do Amaral Toledo Neto por "transgressões disciplinares" cometidas entre 2005 e 2007 no Detran em Betim. Além das fraudes, ele é acusado por homicídio qualificado e fraude processual no caso sobre a morte de Amanda Linhares Santos
Luana Cruz - UAI
Quando Amanda foi baleada, em 14 de abril deste ano, Toledo já respondia a nove sindicâncias, dez inquéritos e dois processos administrativos na Corregedoria (Cristina Horta/EM/D.A Press.)
O delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, acusado de matar a ex-namorada adolescente Amanda Linhares Santos, 17 anos, está expulso da Polícia Civil de Minas Gerais. A demissão foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial do Estado com justificativa de que, conforme inquérito instaurado pela Corregedoria da corporação, ele se comportou com “prática das transgressões disciplinares”. Embora Toledo esteja preso e tenha sido denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado e fraude processual, o pedido de demissão feito pela Corregedoria se baseou em transgressão disciplinar cometida entre 2005 e 2007.
Naquele período, a Corregedoria apurou fraudes praticadas quando Toledo era delegado titular da circunscrição do Detran em Betim. Ele foi preso naquele ano, em São Joaquim de Bicas, acusado de receptação, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Desde 2002, ele já respondia a processo por suspeita de irregularidade no licenciamento de veículos. A comissão confirmou, somente agora, que ele providenciou o registro e licenciamento de duas motocicletas com motores e chassis de procedência irregulares. Um dos veículos tinha chassi com registro de roubo em outro estado.
Quando Amanda foi baleada, em abril deste ano, Toledo já respondia a nove sindicâncias, dez inquéritos e dois processos administrativos na Corregedoria. Ele havia sido indiciado por lesão corporal contra a adolescente com quem mantinha um relacionamento amoroso. Natural de Pouso Alegre, o delegado atuou, além do Detran, na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e na Delegacia de Atendimento à Pessoa Deficiente e ao Idoso.
O crime contra a adolescente aconteceu no dia 14 de abril deste ano. Amanda e Toledo brigaram e a jovem foi baleada na cabeça. Testemunhas disseram que o casal estava no carro do policial, na estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas, na Região Central de Minas. O delegado nega que tenha atirado na adolescente, com quem mantinha um relacionamento marcado por desavenças, que geraram ocorrências policiais. A Justiça chegou a determinar que o policial não poderia se aproximar de Amanda. Porém, a advogada dele informou que seu cliente não chegou a ser notificado da decisão.
Pela versão do delegado, Amanda tentou se matar, mas provas periciais derrubam essa hipótese. Exames residuográficos nas mãos dela não acharam vestígios de pólvora. Segundo as investigações, Toledo buscou a jovem em Conselheiro Lafaiete e depois seguiram para Ouro Preto.
Depois de uma ligação à Polícia Militar avisando que o casal foi visto brigando na estrada, veio a informação de que Amanda havia sido deixada em unidade de pronto atendimento (UPA) da cidade com um tiro na cabeça. Funcionários da unidade de saúde informaram aos militares que o homem que a deixou no local disse que ela tentou o suicídio. O carro do policial, um Peugeot preto, foi apreendido e periciado. Amanda foi transferida para o Hospital João XIII, onde morreu em 3 de junho, após 51 dias internada.
Reconstituição do crime no momento em que o delegado deixa Amanda ferida na unidade de saúde em Ouro Preto (Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Comissão analisará proposta de emenda popular à Constituição
October 16, 2013 22:36 - no comments yetDeputado Inácio Franco foi eleito presidente e deputado Tenente Lúcio foi designado relator da Comissão da PEC 57/13.
A Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que vai emitir parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 57/13 elegeu nesta quarta-feira (16/10/13) seu presidente e vice-presidente. O deputado Inácio Franco (PV) foi eleito e empossado presidente e o deputado Tenente Lúcio foi eleito vice-presidente e designado relator da matéria. Por não estar presente, o parlamentar não foi empossado.
A PEC 57/13, se aprovada, acrescentará ao artigo 64 da Constituição do Estado o inciso IV, que prevê que uma emenda constitucional poderá ter encaminhamento de proposta mediante iniciativa popular, desde que assinada, no mínimo, por 0,5% dos eleitores de Minas Gerais, o que equivale atualmente a 75 mil assinaturas. O texto ressalta ainda que, dos 27 estados brasileiros, 16, ou seja, mais da metade, admitem a iniciativa popular para encaminhamento de proposta de emenda à Constituição.
A proposta é de autoria coletiva de 27 deputados e tem como primeiro signatário o deputado Anselmo José Domingos (PTC). Ela tramita em dois turnos e, para ser aprovada em Plenário, são necessários 48 votos favoráveis.
Atividade Delegada chega a mais quatro cidades
October 16, 2013 22:34 - no comments yet
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Polícia ignora discurso de Black Blocs e busca 'líderes'
October 16, 2013 22:32 - no comments yet
A ideia propagada por manifestantes e ativistas de que o movimento de protestos radicais conhecido como Black Blocs é uma tática de ação adotada de forma espontânea por segmentos da população — ao invés de um grupo organizado — não convenceu a polícia brasileira.
A reportagem é de Luis Kawaguti e publicada pela BBC Brasil, 16-10-2013.
Tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro policiais se esforçam para identificar e prender as lideranças dos mascarados envolvidos na violência da recente onda de protestos.
Para a Polícia Civil dos dois Estados, os black blocs têm grande capacidade de organização e já enviam seus integrantes para outros Estados do país — com o possível objetivo de divulgar sua ideologia e promover protestos violentos.
As suspeitas das duas polícias diferem porém em relação à quantidade de lideranças e sua forma de organização.
Um policial civil paulista envolvido com operações relacionadas ao Black Blocs disse à BBC Brasil que uma das principais linhas de investigação no Estado é a de que haveria um grupo relativamente pequeno de mentores dos black blocs. Eles organizariam os protestos violentos e mobilizariam centenas de simpatizantes usando meios como a internet.
Sua principal estratégia seria difundir a ideia de que o Black Blocs é um movimento espontâneo, sem líderes.
Entre os perfis de suspeitos investigados como prováveis integrantes desse grupo central estão estudantes universitários de classe média, adeptos dos movimentos punk e anarquista e partidários da extrema-esquerda.
Eles exerceriam funções como estudar os procedimentos da polícia para criar táticas que dificultem sua identificação ou facilitem o ataque aos policiais.
A investigação do Black Blocs está sendo realizada em São Paulo por uma força-tarefa criada recentemente e integrada por policiais civis e militares de unidades especiais, delegados, coronéis e promotores.
O comandante da PM, coronel Benedito Roberto Meira, disse à BBC Brasil que uma das atribuições do grupo é identificar líderes do movimento.
"Quando há grupos de 100 pessoas, 150 pessoas se organizando com o mesmo propósito acreditamos que há lideranças, elas só não foram identificadas ainda", disse.
Guru
A polícia do Rio prendeu suspeitos de manter sites usados pelo Black Blocs e hackers ligados ao movimento que foram responsáveis por ataques cibernéticos à Polícia Militar. A linha de investigação no Estado difere parcialmente do entendimento da polícia de São Paulo ao acreditar que o movimento seja composto por diversas lideranças independentes e fragmentadas.
"Não achamos que haja um gerente, um guru, um sacerdote", disse à BBC Brasil o delegado Fernando Reis, o diretor-geral do Departamento de Polícia Especializada do Rio de Janeiro. Segundo ele, porém, a falta de uma liderança única não descarta a existência de "grupos com um certo grau de refinamento" que possuiriam lideranças. Ele disse que integrantes de alguns desses grupos ao serem presos afirmaram que o movimento "fugiu do controle".
Reis afirmou que há black blocs que atuam seguindo ideologias e movimentos políticos, como o anarquismo. Outros seriam influenciados por colegas de estudo ou trabalho e participariam das ações mesmo sem ter grande conhecimento sobre as ideologias.
Porém, uma grande parte dos black blocs seria formada, segundo ele, por "grupos marginais", que participariam dos protestos com os objetivos primários de cometer crimes, tais como roubos, furtos e depredações.
"Precisamos deixar claro que a polícia não é contra as manifestações. Mas o que não podemos admitir são grupos que quebram bens públicos e privados, como pontos de ônibus e lixeiras", disse ele.
O delegado disse ainda que a polícia carioca também se preocupa com o fato de que mais pessoas podem ser atraídas para ações violentas devido a manifestações de apoio por parte de figuras públicas e formadores de opinião.
Partidos
Até agora, um ponto em comum nas investigações nos dois Estados é a possível atuação de black blocs ligados a partidos políticos profissionais de esquerda.
Entre os detidos em manifestações violentas nos dois Estados figuram ex-candidatos a vereador de um partido de esquerda que não faz parte da base de apoio do governo federal. A reportagem não conseguiu entrar em contato com representantes da legenda até o fechamento dessa reportagem.
Porém, a visão da polícia em relação aos jovens vestidos de preto e mascarados que participam de protestos violentos é bem diferente do perfil traçado por pesquisadores. Um dos trabalhos mais recentes e abrangentes sobre o fortalecimento desse movimento no Brasil está sendo realizado pelo pesquisador Rafael Alcadipani, especialista em estudos organizacionais da Fundação Getúlio Vargas.
Ele entrevistou quase uma centena de black blocs durante as manifestações, além de dezenas de policiais encarregados da segurança durante os protestos, e traçou um perfil dos integrantes do movimento.
Alcadipani afirmou que os brasileiros se inspiraram no movimento Black Bloc dos Estados Unidos, que tem um caráter antiglobalização e ataca com violência o que considera símbolos do capitalismo.
O movimento está presente não só nos Estados Unidos, mas em diversos países como Egito, Turquia, Grécia, entre outros. Sua principal característica é não ter líderes definidos ou interlocutores para falar com o governo.
O pesquisador afirmou que no Brasil esse modelo foi adaptado e a agenda crítica da globalização deu lugar à reivindicação de melhorias para o Brasil.
Segundo ele, o nível de organização que a polícia quer atribuir aos Black Blocs — supostamente capazes de criar até táticas de enfrentamento com a PM — não ocorreria. O pesquisador disse acreditar que o Black Blocs é uma tática e não um grupo organizado.
A grande maioria de seus integrantes seriam jovens de classe média baixa que estudam em universidades privadas ou mesmo alunos de universidades públicas, que desejam que seus pontos de vista sejam ouvidos.
Alcadipani disse que não é correto classificá-los como organizações criminosas. Especialmente porque a maioria dos integrantes trabalha, não tem as manifestações como atividade principal e não obtém benefícios financeiros dos protestos.
Para o professor, a melhor forma de lidar com eles é o diálogo político.
A segurança pública nas urnas
October 16, 2013 22:28 - no comments yet
Promessas de melhoria na segurança pública aliadas a garantias de benefícios para categorias policiais são uma fórmula valiosa para angariar votos. De olho nesse nicho, delegados, agentes, policiais militares e bombeiros, além de servidores, já articulam candidaturas para a disputa proporcional do ano que vem.
Mais de 27 mil pessoas trabalham nas forças de segurança pública do Distrito Federal. Se forem somados familiares, amigos e servidores inativos, os potenciais eleitores dos candidatos ligados à área se multiplicam exponencialmente. Além de atrair o voto de pessoas interessadas no combate à violência, esses políticos conquistam o eleitorado principalmente com o discurso de defesa dos interesses corporativos das categorias.
A força dos representantes do setor tem crescido a cada eleição. Na atual legislatura, há quatro deputados ligados à Polícia Civil, um eleito pela Polícia Militar e outro que chegou à Câmara Legislativa com votos de bombeiros.
A principal novidade da área é a entrada do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, no cenário político. Ele filiou-se ao PMDB e já é apontado como pré-candidato a deputado federal pelo partido do vice-governador Tadeu Filippelli. A filiação de Sandro, que é delegado da Polícia Federal, foi decidida em parceria com o governador Agnelo Queiroz. Apesar de a candidatura já ter sido acertada com o partido, ele evita falar sobre eleições agora e garante estar focado na gestão à frente da secretaria. Mas há expectativa no meio político de uma dobradinha com o comandante-geral da Polícia Militar, Jooziel Freire.
O oficial é outro integrante da cúpula da segurança pública cotado para disputar um mandato. Ele deve concorrer a distrital. Militares da ativa têm prazo maior para se filiar a partidos políticos. Enquanto para outras categorias o prazo de filiação acabou em 5 de outubro, os militares podem optar por um partido político somente nas convenções partidárias, marcadas para começar em 10 de junho do ano que vem.
O distrital Patrício (PT), ex-cabo da PM, sonha com um mandato na Câmara dos Deputados. No PMDB, a aposta também é no tenente-coronel Néviton Pereira, ex-administrador de Santa Maria, afastado depois de denúncias relativas a contratação de artistas. Além deles, o major José Ribamar de Sousa Cruz, da Associação dos Policiais Militares do Distrito Federal, participará da disputa concorrendo mais uma vez a uma cadeira na Câmara Legislativa, assim como o tenente Pedro Rodrigues de Carvalho, do Clube Esportivo dos Subtenentes e Sargentos (Cresspom). O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros, João de Deus, atualmente prefeito de Água Fria de Goiás, mudou o domicílio eleitoral para o DF de
olho na Câmara Legislativa. “Muitos filiados da associação me pediram e há pesquisas que apontam para essa demanda”, diz João de Deus, do PRTB, ex-deputado distrital. É uma das apostas políticas do empresário Luiz Estevão, presidente do partido, que planeja montar uma bancada sob sua influência na Câmara Legislativa.
Presidente do Sindicato dos Policiais Civis por 12 anos, Welington Luiz (PMDB) reconhece que 90% de seu eleitorado é formado por colegas. “Com mais de 20 anos de polícia, eu não tinha nenhuma outra base eleitoral. Fui eleito pelos policiais e tento retribuir esses votos atuando em prol da categoria”, afirma o deputado distrital.
O ex-deputado federal Laerte Bessa (PR) vai tentar voltar ao Congresso Nacional no ano que vem. Ele comandou a Polícia Civil do DF durante oito anos e acredita que a defesa dos interesses da categoria é um dos diferenciais. “Os policiais precisam de um parlamentar que lute por eles. Mas também sonho com o voto dos cidadãos que sonham com melhorias na segurança pública”, justifica Bessa.
Experiência
Filiado ao PSD, o delegado aposentado da Polícia Civil Milton Barbosa, que também já dirigiu a corporação, quer retornar à Câmara Legislativa depois de quatro anos longe da Casa. Irmão de Durval Barbosa, também delegado aposentado e pivô do escândalo do Mensalão do DEM, Milton diz que vai se candidatar com a bandeira de defesa da segurança pública. “Tenho mais de 30 anos de experiência na polícia, mas também fui secretário de Solidariedade”, lembra.
Ex-delegado em Sobradinho 2, o distrital Doutor Michel (PP) ganhou eleitorado com a promessa de combater a violência na região. “Por conta do medo crescente no DF, os cidadãos tendem a escolher pessoas ligadas à área de segurança pública para tentar mudar esse cenário”, justifica o parlamentar. No Corpo de Bombeiros, o principal representante é o distrital Aylton Gomes, do PR, que também tentará repetir o desempenho de votos para se manter na Casa, apesar de estar condenado em primeira instância por improbidade administrativa. Ele é acusado de participar do esquema de venda de votos no chamado “Mensalão do DEM”.
O cientista político João Paulo Peixoto, professor da Universidade de Brasília (UnB), diz que o interesse corporativo se sobrepõe à defesa da segurança pública. “Os policiais querem reajustes, garantir plano de cargos e salários e seus benefícios. Isso é inquestionável. Mas é claro que os eleitos dessa área podem contribuir com o debate sobre a segurança pública e contribuir com a aprovação de leis”, explica.
No páreo
Confira alguns integrantes de corporações cotados para a disputa do ano que vem:
POLÍCIA CIVIL
» Laerte Bessa (PR)
» Dr. Michel (PP)
» Cláudio Abrantes (PT)
» Milton Barbosa PSD
» Cleber Monteiro (PHS)
» Alírio Neto (PEN)
» Mauro César (PPL)
» Fernando Fernandes (PRTB)
POLÍCIA MILITAR
» Jooziel Freire
» Patrício (PT)
» Alberto Fraga (DEM)
» Néviton Pereira(PMDB)
» Pedro Rodrigues de Carvalho
» João de Deus (PRTB)
» José Ribamar de Sousa Cruz:
» Ricardo Pato
POLÍCIA FEDERAL
» Sandro Avelar (PMDB)
CORPO DE BOMBEIROS
» Aylton Gomes (PR)
Força eleitoral
7 mil
Total de policiais civis do DF
14 mil
Número de policiais militares na capital
6,3 mil
Efetivo do Corpo de Bombeiros do DF
Fonte: Site do Capitão Assumção
Projeto da Lei Orgânica irá a Plenário com 25 emendas rejeitadas
October 16, 2013 9:07 - no comments yetPOLÍCIA CIVIL
A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária aprovou apenas duas propostas da categoria a serem inclusas no texto da lei, o que desagradou a categoria
JULIANA BAETA
A greve do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG) ainda está longe de acabar. O motivo é que das 27 emendas apresentadas pela categoria para serem contidas no texto da Lei Orgânica, que rege os direitos da Polícia Civil, apenas duas foram aprovadas pela última comissão pela qual passou, na manhã desta terça-feira (15).
VEJA TAMBÉM
Segundo o presidente do Sindpol-MG, Denílson Martins, as únicas emendas aprovadas pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, foram as que já constavam no texto da Lei Orgânica. São elas a que trata da composição do conselho superior da polícia civil e a que prevê a inclusão dos servidores administrativos à estrutura da categoria.
No entanto, ainda faltam 25 emendas que, segundo Denílson, são cruciais para o Sindpol. "As duas principais propostas não foram aprovadas, como o estabelecimento da relação entre a maior e a menor remuneração na polícia civil, o que já está previsto, inclusive, na Lei", diz, se referindo ao parágrafo 6° do artigo 39 da Constituição Federal, que determina que o poder público deverá instituir conselhos de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores, e que diz também que os salários dos cargos e empregos públicos devem ser publicados anualmente.
O presidente da Sindpol exemplifica: "Ainda faltam as regras padronizadas para promoções e seleções de todos os cargos. De acordo com a lei atual, sem as emendas, o delegado é promovido imediatamente a nível superior depois de três anos do estágio probatório, mas o policial, o investigador e o escrivão, apenas depois de oito anos. Já o médico legista e o perito, nunca serão promovidos". De acordo com ele, o sistema atual de promoções de cargos cria uma desigualdade. "Isso é ruim porque divide a categoria. Por exemplo, de 420 delegados que tomaram posse por meio de concurso público há quatro meses, 67 já desistiram da vaga. Isso prova a insatisfação e falta de perspectiva que temos na categoria", diz.
Segundo o diretor de mobilização do Sindpol-MG, Adilson Bispo, nesta quarta-feira (16) a Lei Orgânica irá a Plenário, com todas as emendas anexadas, para serem analisadas, apesar de a maioria delas já ter sido rejeitada na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
Os policiais pretendem comparecer em peso para fazer pressão nos parlamentares, e terão o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) como representante. Ainda não há previsão do término de greve, que já dura há quase cinco meses.
CUIDADO, CENA MUITO FORTE - Tiro fatal estraçalhou a cabeça do promotor, diz perito.
October 16, 2013 7:02 - no comments yet
Foram quatro e não vinte tiros (como chegaram a divulgar alguns blogs da
região) disparados contra o carro do promotor de Itaíba Thiago Godoy,
de 36 anos, assassinado na manhã de hoje (14/10) na PE 300, entre as
cidades de Itaíba e Águas Belas.
A informação é de um dos peritos que foi até o local investigar o crime.
A perícia revelou também que a arma usada no crime foi uma espingarda
calibre 12 e dois projéteis atingiram a vítima: um no braço esquerdo e outro
fatal na cabeça.
calibre 12 e dois projéteis atingiram a vítima: um no braço esquerdo e outro
fatal na cabeça.
"A cabeça ficou estraçalhada", confirmou o perito.
A noiva do promotor, a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins foi atingida de
raspão.
raspão.
Após a perícia, o corpo foi levado para o Recife onde será embalsamado para
sepultamento no Rio de Janeiro, onde a família da vítima reside.
A mãe do promotor deve chegar na Capital Pernambucana nas hoje a noite.
PM diz ter ouvido tortura na sede da UPP na noite em que Amarildo sumiu
October 16, 2013 5:53 - no comments yet
A Polícia Civil voltou à Rocinha, na Zona Sul do Rio, no fim da tarde desta segunda-feira (14), para uma nova tentativa de encontrar o corpo do ajudante de pedreiro Amarildo, desaparecido desde 14 de julho, e realizar uma nova perícia. Os investigadores querem confirmar detalhes do depoimento de mais um PM sobre o crime.
A reportagem é publicada pelo portal G1, 14-10-2013.
As revelações incriminam mais cinco PMs, além dos dez que foram indiciados e presos, e contam detalhes de tortura realizada na sede da UPP, na noite do desaparecimento de Amarildo.
A informação é de um PM da UPP, que estava de serviço na noite do desaparecimento do pedreiro, em 14 de julho. O depoimento foi realizado durante seis horas até a madrugada desta segunda, no Ministério Público (MP). Os PMs citados devem ser denunciados, segundo o procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira.
Choques e asfixia
A nova testemunha contou que recebeu a ordem do tenente Luís Felipe Medeiros, oficial da UPP, para que todos ficassem dentro do contêiner naquela noite, e de lá não saíssem. Segundo ele, logo que entraram, passaram a ouvir gritos de dor, agressões, barulhos de choques e ruídos de uma pessoa sendo asfixiada. A sessão de tortura teria durado 40 minutos.
Após um silêncio, o policial diz ter ouvido gritos de que algo teria dado errado. Logo depois, foi ouvida uma movimentação na mata atrás do comando da UPP, o que motivou as novas buscas e a nova perícia realizada nesta segunda.
No local, os policias civis usaram uma substância química capaz de identificar vestígios de sangue, atrás dos contêineres onde está a montada a UPP. O policial que fez as novas denúncias não teve a identidade revelada e está sob proteção.
Mais buscas
No sábado (12), a Polícia Civil divulgou neste imagens das buscas realizadas na sexta-feira (11). O vídeo mostra os agentes mergulhando em dois reservatórios de água que ficam no alto da Rocinha. Trinta e cinco policiais da Divisão de Homicídios, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, participaram da operação, que terminou sem sucesso.
Bombeiros chegaram a mergulhar nas represas do Laboriaux e Dioneia, que foram apontadas por moradores como possíveis paradeiros. Foi a terceira busca da Polícia Civil. "Não desistiremos enquanto houver informações sobre o paradeiro", disse a delegada do inquérito Ellen Souto.
Ao todo, 70 pessoas participaram da operação entre policiais e bombeiros. A primeira vistoria aconteceu na represa Laborioux, cujos seis metros de profundidade foram esvaziados. Depois, os agentes foram até o reservatório da Dioneia, que não chegou a ser evacuada. No total, foram cerca de 5 horas de busca.
Detalhes do inquérito
A DH deu detalhes, na sexta-feira (4), sobre o inquérito que indiciou e pediu a prisão de dez PMs no caso do desaparecimento de Amarildo. Segundo uma testemunha, durante a abordagem dos policiais no bar da Rocinha, onde o ajudante de pedreiro foi visto pela última vez antes de entrar no carro rumo à UPP, um dos PMs teria dito: "Boi, perdeu, chegou a sua hora".
"Boi" era o apelido de Amarildo e a frase teria sido dita por Douglas Roberto Vital Machado, um dos 10 PM presos — todos já se apresentaram após a prisão preventiva decretada —, e um telefonema de um informante, segundo a delegada Ellen Souto, responsável pelo inquérito. Depois da abordagem, ele entrou no carro da PM e não foi mais encontrado. Após mais de dois meses, seu corpo também não foi achado. Oito necrópsias já foram realizadas, em todo o estado, para verificar se cadáveres eram dele.
"Nós comprovamos o motivo pelo qual que ele [Amarildo] seria levado à sede da UPP. Seria para fornecer informações sobre drogas e armas, principalmente armas, já que havia a informação de que ele teria a chave do paiol de armas", explicou a delegada Ellen Souto.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Amarildo morreu após ser submetido a uma sessão de tortura. A delegada revela ainda que foram ouvidas 22 vítimas da violência de policiais da UPP Rocinha.
De acordo com Ellen, os depoimentos narram com detalhes a forma de agir da tropa do major Edson Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha. "Eles relatam que as torturas sofridas foram sempre com o objetivo de informações de drogas e armas. Todos contaram que foram submetidos a choques elétricos com o corpo molhado e ingeriram cera líquida."
Prisão decretada
Os policiais militares vão responder judicialmente pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. São eles: Edson dos Santos (ex-comandante da UPP), Luiz Felipe de Medeiros, Jairo da Conceição Ribas, Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinícius Pereira da Silva, Anderson César Soares Maia, Wellington Tavares da Silva e Fábio Brasil da Rocha.
Versão fantasiosa
No texto da denúncia, o Ministério Público indica que PMs criaram uma "versão fantasiosa" para atrapalhar a investigação do sumiço do ajudante de pedreiro. O documento afirma que "previamente ajustados entre si, os denunciados, aproveitando-se do fato de as câmeras localizadas na frente da base estarem providencialmente com defeito, montaram versão fantasiosa da saída do denunciado da sede da UPP e passaram a fazer notícia de que este teria sido sequestrado e morto pelos traficantes daquela comunidade".
PMs negam
Segundo o criminalista Marcos Espínola, advogado de Victor da Silva, Douglas Machado, Jorge Luiz Gonçalves Coelho e Marlon Campos Dias, a conclusão do inquérito não contém provas que incriminem seus clientes e a prisão é um exagero. “Não há necessidade de prender réus primários, com bons antecedentes, residência fixa e emprego, podendo ser encontrados a qualquer momento para colaborar com o processo”, explicou, em nota enviada pela assessoria de imprensa.
Policial se passou por traficante
O documento do Ministério Público descreve que, quatro dias após o desaparecimento, um dos policiais, sabendo o número de um telefone que estava apreendido e que era monitorado pela polícia, usou o celular de um morador da comunidade, se passando pelo traficante Catatau, e afirmou que era um dos autores da morte de Amarildo.
De acordo com a denúncia, o major Edson Santos, na época comandante da UPP da Rocinha, inconformado com o fracasso da Operação Paz Armada, realizada na sua área, determinou aos demais policiais denunciados que localizassem e levassem para a sede da UPP pessoas que fossem ligadas ao tráfico, com a finalidade de extrair informações sobre a localização das armas e drogas.
Uma ligação ao soldado Douglas Roberto Vital Machado acabou fazendo com que os PMs chegassem até Amarildo, que estava em um bar, com a chave de um paiol do tráfico, diz o MP. O documento diz ainda que "no dia 14 de julho de 2013, em horário que não se pode precisar, mas após as 19 horas, no Parque Ecológico da Rocinha, perto da sede da UPP, na região chamada de Portão Vermelho, os PMs torturaram Amarildo com emprego de violência, "causando-lhe sofrimento físico e mental, com fim de obter informações da vítima". As lesões produzidas foram a causa eficiente da morte da vítima, segundo a Promotoria.
Entenda o caso
Amarildo sumiu após ser levado à sede da UPP da Rocinha, onde passou por uma averiguação. Após esse processo, segundo a versão dos PMs que estavam com Amarildo no dia 14 de julho, eles ainda passaram por vários pontos da cidade do Rio antes de voltarem à sede da Unidade de Polícia Pacificadora, onde as câmeras de segurança mostram as últimas imagens de Amarildo, que, segundo os policiais, teria deixado o local sozinho.
No dia 27 de setembro, uma ossada achada em Resende, no Sul Fluminense, passou por uma necrópsia, motivada pelas suspeitas de que poderia ser de Amarildo. O relatório, porém, foi considerado inconclusivo, e a ossada será novamente analisada no Rio de Janeiro.
Fran, vítima da estupidez humana
October 16, 2013 5:52 - no comments yet
“O roteiro é sempre o mesmo: quem é julgada, xingada, maltratada, é a mulher que aparece nos vídeos ou fotos. O homem? É o comedor, o espertão que, além de conquistar uma gatinha, ainda está mostrando seu troféu para o resto do mundo”. O comentário é de Nádia Lapa, blogueira e escritora, em artigo publicado no sítio da Carta Capital, 14-10-2013.
Eis o artigo.
A história é conhecida: casal grava momentos íntimos, eles brigam, e o cara posta as imagens online. Acontece toda hora, e a vítima da vez é a Fran, uma jovem de 19 anos moradora de Goiânia. O ex-parceiro era um cretino de 22 anos com quem ela mantinha um relacionamento. O vídeo viralizou por meio do whatsapp, serviço de mensagens instantâneas.
Muita gente, muita mesmo, fez piada, repetindo um gesto de Fran nas redes sociais. Descobriram a identidade da moça, espalharam o endereço dela, o local de trabalho. Fran, aterrorizada, mudou o visual, se afastou do trabalho, deixou de sair. Mas a coragem de Fran é espetacular: mesmo com a vida sendo devastada por alguém em quem ela confiava, ela se empoderou e procurou a delegacia para registrar ocorrência.
Agora, o inquérito policial está correndo; o pai do autor do "vazamento" diz que o filho está cabisbaixo, triste, sem sair de casa. Mas em que momento a vida dele foi exposta? Porque o roteiro é sempre o mesmo: quem é julgada, xingada, maltratada, é a mulher que aparece nos vídeos ou fotos. O homem? É o comedor, o espertão que, além de conquistar uma gatinha, ainda está mostrando seu troféu para o resto do mundo.
Fran fez sexo. Coisa que a maioria de nós já fez, já quis fazer, ou continua querendo e fazendo. Qual o grande pecado dela? Sim, fazer sexo, ter desejo e expressá-lo. Simone de Beauvoir fala sobre como a sociedade encara a sexualidade feminina: "a civilização patriarcal condena a mulher à castidade; reconhece-se mais ou menos abertamente ao homem o direito a satisfazer seus desejos sexuais, ao passo que a mulher é confinada ao casamento: para ela, o ato carnal, em não sendo santificado pelo código, pelo sacramento, é falta, queda, derrota, fraqueza. Ela tem o dever de defender sua virtude, sua honra; se "cede", se "cai", suscita o desprezo; ao passo que até na censura que se inflige ao seu vencedor há admiração".
Eu não consigo decidir o que é pior nessa história toda. Se a traição do ex-parceiro em compartilhar as imagens, ou se as pessoas inflamadíssimas nas redes sociais fazendo julgamento público da vítima. Repassando o vídeo, fazendo piadas, tirando fotos semelhantes às imagens, apenas com o fim de humilhar ainda mais a jovem. Por que as pessoas fazem isso? Por que elas se regozijam com o sofrimento alheio? Por que existe essa vigilância constante da sexualidade da mulher?
Isso só faz com que as mulheres não se sintam confortáveis em se expressarem, em terem prazer, em viverem do jeito que lhes agrada. Ninguém ganha com isso. O já falecido psicanalista José Antonio Gaiarsa consegue resumir em um parágrafo: "A infinita estupidez humana e sua arte suprema de manter a si mesmo e aos próximos eternamente infelizes. Todos vigiando a todos para que ninguém faça o que todos gostariam de fazer - principalmente amar, rir, dançar, cantar. Só na hora certa, só no lugar certo!"
Fran foi vítima da estupidez humana, a do sujeito com quem ela teve relações. Depois, mais ainda, com a cretinice de cada um que compartilhou o vídeo. Em breve, teremos uma nova história parecida. Mais uma mulher será exposta e terá a vida devastada. Como consequência, todas as outras mulheres ficam receosas em confiar nos parceiros. E não temos como culpá-las por isso.
Grandes protestos voltarão em 2014, diz ativista
October 16, 2013 5:52 - no comments yet
O fundador da Mídia Ninja, Bruno Torturra, disse nesta segunda-feira, 14, esperar que, passado o auge dos protestos de junho e julho, as manifestações voltem com força em 2014. "Acho que os grandes protestos voltarão no ano que vem, principalmente por conta da Copa do Mundo e das eleições presidenciais. O cenário social ainda está extremamente sensível", declarou Torturra em palestra na Conferência Global de Jornalismo Investigativo, no Rio.
Segundo ele, a Mídia Ninja vai tentar se estruturar melhor e discutir formas de financiamento. O grupo pretende ampliar seu leque de coberturas, inclusive com reportagens especiais e investigativas, sobre temas diversos. "Ainda não tivemos nenhum aporte de dinheiro depois da cobertura dos protestos. Chegamos a anunciar um crowdfunding, mas concluímos que seria impossível administrar esse dinheiro, pois não somos uma empresa, não temos um CNPJ, não sabíamos em que conta depositar".
A informação é publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 15-10-2013.
Perguntado sobre a atitude de um "ninja" que durante a cobertura de uma manifestação no Rio chegou a identificar ao vivo o fotógrafo Marcos de Paula, do jornal O Estado de S. Paulo, como P-2 (policial infiltrado), Torturra admitiu que alguns dos integrantes cometem "excessos" e pediu desculpas em nome do grupo. "Há algumas transmissões tendenciosas, depende de onde vêm os ninjas e muitos não são jornalistas, mas ativistas. Há uma essência ativista no jornalista que está na rua. O mais importante não é ter um lado, mas ter ética. E isso nós temos, ainda com vacilos."
CCJ analisa projeto sobre doação de cães e equinos do Estado
October 16, 2013 5:50 - no comments yetA proposição pretende assegurar a proteção de animais de propriedade da administração pública considerados inservíveis.
Em reunião nesta terça-feira (15/10/13), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) emitiu parecer pela constitucionalidade do Projeto de Lei (PL) 3.960/13. A proposição, de autoria do deputado Fred Costa (PEN), obriga que cães e equinos de propriedade do Estado considerados inservíveis pela administração pública sejam disponibilizados para adoção. O relator, deputado André Quintão (PT), opinou pela aprovação do projeto, na forma do substitutivo nº 1. O projeto segue, agora, para a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
O texto original estabelece quatro critérios para a adoção: o cadastramento do adotante, a identificação detalhada do animal a ser doado, a assinatura do termo de responsabilidade pelo adotante e a autorização para acompanhamento pós-adoção. O projeto define, ainda, que o animal será mantido sob a tutela jurídica do órgão de seu respectivo registro até a sua adoção.
Em seu parecer, o deputado André Quintão destaca que, embora a doação de um bem móvel para fins e uso de interesse social sem a realização de licitação seja permitida pela legislação federal, não cabe a uma lei obrigar a forma de alienação dos bens da administração pública ou indicar a quem aliená-los.
Partindo dessa premissa, o substitutivo do relator tem o intuito de autorizar, e não obrigar, a doação de cães e equinos por parte do poder público. O dispositivo também suprime a exigência de que o órgão público em que se encontra registrado o animal tome uma série de procedimentos veterinários para viabilizar a doação, por considerar que ela aumenta despesas e interfere no Orçamento do Estado, matéria que só pode ser alterada por iniciativa privativa do Governador. Assim, foi inserido no texto que os padrões sanitários para doação serão definidos em normas regulamentares.
Mantida demissão de servidor que informou senha pessoal para fraudar ponto
October 16, 2013 5:48 - no comments yet
Por maioria de votos, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) desproveu, em sessão nesta terça-feira (15), o Recurso Ordinário em Mandado de Segurança (RMS) 28638 e manteve a demissão de técnico de informática do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele havia informado sua senha a outra pessoa para que realizasse registro eletrônico de frequência em seu lugar.
Depois de processo administrativo disciplinar, o servidor foi demitido por quebra de sigilo funcional, com base no artigo 132 da Lei 8.112/1990 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União). Na tentativa de reverter a punição, impetrou mandado de segurança no próprio STJ alegando que a punição era desproporcional à gravidade e à natureza do delito. O STJ, no entanto, rejeitou o pedido formulado no MS e esta decisão foi mantida pelo STF no julgamento da Turma.
Em sustentação oral, o representante da Defensoria Pública da União (DPU) alegou que, apesar de ter havido um ilícito, a punição ao servidor feriu o princípio da proporcionalidade. Segundo ele, a senha específica para registro de ponto não daria acesso a sistemas que comprometeriam a segurança de dados do tribunal e, por este motivo, o delito cometido deveria ser enquadrado no artigo 116 da Lei 8.112/1990, que prevê como punição a suspensão por 30 dias. O parecer do Ministério Público Federal (MPF) também propunha pena de suspensão.
Segundo os autos, o técnico de informática informou sua senha a um ex-servidor do tribunal para que este pudesse efetuar o registro de ponto eletrônico em seu lugar. O objetivo seria o de acumular horas extras, que seriam posteriormente trocadas por folgas. De acordo com a comissão de sindicância do STJ, a revelação da senha configurou falta grave, pois poderia expor a segurança de dados sigilosos do tribunal.
O relator do processo, ministro Dias Toffoli, afirmou que a maior dificuldade para implementar o princípio da proporcionalidade é o fato de que, por ser da área de informática, o computador do servidor poderia facilitar a obtenção de informações sigilosas. Para manter a demissão, o ministro considerou que a pena aplicada tem previsão legal e foi atribuída por meio de processo administrativo regular. Destacou, ainda, que para chegar a conclusão diversa seria necessário o exame e reavaliação de provas do processo administrativo, o que é incompatível com mandado de segurança.
PR/AD
Processos relacionados RMS 28638 |
Europa decide que site responde por comentário de leitor
October 16, 2013 5:44 - no comments yet
MEDIADOR OBRIGATÓRIO
A Corte Europeia de Direitos Humanos decidiu que os sites podem ser responsabilizados por comentários ofensivos deixados por leitores. O tribunal considerou que, ainda que os comentaristas possam ser identificados, motivos práticos podem justificar que quem se sentiu ofendido processe diretamente o dono do domínio. A decisão da corte ainda não é definitiva e pode ser revista pela câmara principal de julgamentos.
Os juízes derrubaram a tese até então mais aceita quando se tratava de comentário de leitores, de que o site só pode ser responsabilizado quando o autor não for identificado ou quando a página for notificada para tirar o texto ofensivo do ar, mas se recusar ou demorar. Para a corte europeia, o site tem obrigação de manter uma forma de mediação dos comentários para evitar que a reputação de alguém seja agredida por seus leitores.
O entendimento firmado pelos juízes foi o de que a liberdade de expressão não é absoluta e pode ser restringida para proteger outros direitos. Essa restrição não viola nenhum direito fundamental e nem regras da União Europeia, desde que esteja expressa em lei e se encontre dentro do limite do razoável, isto é, para impedir violação de outros direitos fundamentais.
Ofensas em massa
O julgamento aconteceu numa reclamação enviada à corte por um dos principais portais de notícia da Eslovênia, de propriedade da empresa Delfi. Em janeiro de 2006, o portal publicou uma notícia contando que a companhia que administrava o serviço de balsa do continente até ilhas eslovenas tinha modificado seu percurso e, por conta disso, rompido o gelo que seria usado em pouco tempo como estrada de ligação até essas ilhas.
A informação divulgada pelo site provocou indignação nos eslovenos, que teriam de pagar pela balsa, em vez de usar o que seria a estrada de gelo. No espaço de comentários, choveram críticas ao dono da empresa de transporte aquático, com agressões, ofensas e ameaças.
O empresário processou a Delfi e ganhou uma indenização de cerca de 320 euros (R$ 940) na Justiça eslovena. A Delfi tentou suspender a indenização nos tribunais superiores do país, com o argumento de que os próprios comentaristas é que tinham de ser responsabilizados. Perdeu em todas as instâncias e levou a briga para a Corte Europeia de Direitos Humanos.
Os juízes europeus consideraram que a responsabilização do site pelos comentários de leitores é razoável, principalmente pela dificuldade de identificar e processar cada um dos comentaristas. O tribunal observou que, em alguns casos, os comentários eram anônimos.
A corte classificou como insuficientes as ferramentas automáticas de censura de comentários que estavam em funcionamento no site. Essas ferramentas apenas impediam o uso de palavras de baixo calão, mas não eram capazes de identificar ofensas à honra de uma pessoa. Também foi descartado o argumento do portal de que bastava uma notificação para que o site retirasse do ar todos os textos ofensivos. Os juízes europeus explicaram que a falta de notificação não justifica que ofensas ficassem tanto tempo disponíveis para qualquer um ler.
Clique aqui para ler a decisão em inglês.
Aline Pinheiro é correspondente da revista Consultor Jurídico na Europa.
Revista Consultor Jurídico,