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Política, Cidadania e Dignidade

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April 3, 2011 21:00 , par Inconnu - | No one following this article yet.

Democracia e revolução europeia

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire




A esquerda brasileira deveria se unir em torno de um amplo movimento político e social em defesa de um programa mínimo de resistência democrática ao impasse que a Europa neoliberal está apresentando ao mundo: novos marcos regulatórios para democratizar o acesso à comunicação e garantir o direito à livre circulação da opinião; reforma política e reforma do pacto federativo, principalmente tributário, para reduzir as desigualdades sociais e regionais. Se não avançarmos nesta agenda de resistência, os avanços que tivemos poderão ser revertidos. O artigo é de Tarso Genro.


Tarso Genro (*)
O grande movimento que deverá ser feito pelos oligopólios financeiros globais que tutelam as políticas dos países em crise será, processualmente, transferir os ônus da "recuperação" aos países pobres e aos chamados "emergentes". Não somente através de um desequilíbrio ainda maior, no intercâmbio comercial, mas também desencadeando ondas especulativas sobre as economias que não consigam colocar sob controle sua dívida pública.

Estes oligopólios vão se esmerar - a partir da insegurança generalizada já em curso - em provocar crises de governabilidade instigando, a partir delas, mais uma onda de privatizações, cujos recursos se "esfumarão" rapidamente, como ocorreu aqui no Brasil na era FHC. Ao mesmo tempo irão financiar e incentivar governos tecnocráticos, “choques” de gestão e mais destruição das funções públicas do Estado, como já está ocorrendo em Portugal, na Grécia e na Espanha.

O impasse político gerado pela crise reergueu a Alemanha à condição de potência política de primeira grandeza e ainda não demonstrou todo o seu potencial destrutivo, nem na Europa nem na América Latina. No Brasil, porém, a centro-direita já manifestou que “aceita” o desafio de representar a “saída” desejada pelos credores da dívida pública global. O candidato Aécio Neves colocou na sua agenda a defesa da era FHC, inclusive para sustentar novas privatizações, sinceridade que visa, não só provocar a formação de um bloco neoliberal e conservador, no seu entorno, mas também oferecer o Brasil como território disponível para assimilar aquela transferência da crise.

Trata-se, na Europa, de uma situação aparentemente sem saída, pois as classes trabalhadoras dos países mais atingidos, os setores médios, as empresas endividadas - premidos por uma situação que ameaça ofinanciamento estatal e os direitos sociais e do “Welfare”- nem conseguem maiorias eleitorais para formar governos de oposição à dogmática neoliberal, nem conseguem constituir um bloco social de caráter contestatório, capaz de por em risco o atual regime do capital. Ou seja: no enfrentamento da crise, nem reforma neo-socialdemocrata, nem revolução social novo tipo, até agora.

Como esta situação de bloqueio às conquistas da socialdemocracia europeia vai interferir na democracia política, com consequências em todo o mundo, ainda não se sabe. Proponho-me, aqui, a levantar algumas hipóteses, para contribuir com o debate sobre a nossa questão democrática, no interior da esquerda que defende a necessidade de governar dentro da ordem democrática e que isso, não só é válido, mas é um “front” elementar para bloquear os avanços da pior direita, que pode levar o mundo a uma nova ordem neofascista.

Entendo que o fato político mais marcante deste período é a subjugação da França pela Alemanha, quebrando as esperanças de um vasto contingente popular de esquerda e de centro-esquerda - algo que vai de Hollande a Mélenchon - que esperava por parte do governo Hollande um processo restaurativo dos direitos e benefícios que vinham sendo sucateados pelo governo Sarkozi, que levou este à derrota eleitoral. Algo de bem significativo -em termos político-eleitorais - apresentou-se naquele cenário, com um crescimento eleitoral expressivo, à direita à esquerda da socialdemocracia tradicional, já demonstrando a emergência de inconformismo radicalizado com os partidos da ordem que se renderam à Alemanha.

Entendo que o presidente Hollande pretendia, por convicção e necessidade política, restaurar o pacto socialdemocrata, esquecendo que ele fora erguido sob pilares sem fundo, o que frustrou as expectativas sobre o seu governo. Nem foram encaminhadas medidas alternativas de longo curso, para organizar um novo modelo de bem-estar que, pelo menos, repartisse os sacrifícios necessários para sair da crise. Sair da crise dentro do regime do capital, diga-se de passagem, pois ninguém com força política real na França estava defendendo, por exemplo, uma nova onda de nacionalizações ou a estatização dos bancos, com ocorreu na era Mitterrand.

Aqui reside, na minha opinião, a questão-chave. O que devemos nos perguntar é se, moldada a União Europeia tal qual foi moldada, Hollande poderia fazer reformas “pela esquerda” sem romper com União. Ou, ainda, sem usar “medidas de exceção” no terreno econômico (como aumentar o déficit público, exigir financiamento para os governos e empresas, não para os bancos privados), para proteger especialmente as pequenas e médias empresas, os empregos, bem como distribuir a proteção social mínima, necessária em momentos agudos de desmantelamento social, como está ocorrendo nos principais países do euro.

O que Hollande não fez a União Europeia fez, pois o que se observou nas saídas engendradas para a crise - por parte das autoridades da União Europeia - foi precisamente a declaração de uma emergência política, com um “estado de exceção” não declarado, para a tomada de decisões. E isso foi feito a partir de um “constitucionalismo de urgência”, no qual as regras gerais da União foram subjugadas por decisões intergovernamentais, bancadas pelo Banco Central Europeu.

Em especial estas medidas foram orientadas pela política nacional alemã, pois, de um só golpe, as medidas de austeridade (de caráter “excepcional”) sequestraram a soberania política dos países em crise e interferiram duramente nos seus orçamentos: “os perdedores, até o momento, neste processo, são os parlamentos, tanto os nacionais, como o Parlamento Europeu.” (Carlos Closa, “El Estado da Unión Europea”, El fracaso de la austeridad, Fundación Alternativas, 2012, pg.24). Resultado: o sequestro da política, que esvaziou o sr. Hollande, foi capitalizado na ação política alemã, sob o comando da sra. Merkell.

Em síntese: a “exceção”, com o nome de “intergovernamentalismo” já começou, comandada pela direita alemã, sem que sejam consideradas as consequências para o projeto democrático europeu e os seus efeitos destrutivos sobre a juventude, os idosos, os aposentados, os trabalhadores do setor público, os precários e intermitentes, os imigrantes e os desempregados. O que farão os cidadãos europeus, quando descobrirem que não adianta mudar governos? Eis a pergunta recentemente lançada pelo professor Boaventura Souza Santos, em artigo memorável.

Sugiro, como agenda para debate, que o impasse europeu poderá desdobrar-se em três possibilidades: 1. as reformas de austeridade são implantadas e forma-se a famosa sociedade dos três terços, como vinha sendo encaminhado aqui no Brasil, pela saudosa aliança tucano-pefelista (um terço incluído e feliz, um terço que come mais ou menos e não se educa e o outro terço nos guetos sociais das periferia, tratados predominantemente pela Polícia); 2. ou as reformas de austeridade se desdobrarão por muito tempo, comandadas por governos tecnocráticos semi-fascistas, com sustentação nas mídias e fortes repressões seletivas contra os imigrantes e miseráveis, com o apoio envergonhado das classes médias (nenhum dos blocos em confronto, nesta hipótese, tem força para impor-se); 3. ou processa-se um novo episódio da revolução social europeia, que se arrasta desde a Comuna de Paris, reinventando-se ali algo como um novo pacto “socialista-social-democrata” -um novo contrato social europeu - para enfrentar a direita alemã (com seus tentáculos tecnocráticos e políticos em todos os países europeus) cuja pior face já vem crescendo no interior da própria Alemanha: o neonazismo. Um bloco que suponha que preservação da democracia só ocorrerá com o sequestro, desta feita, da economia pela política.

Isso tem muito a ver conosco, que a duros custos estamos remando contra a maré: criando empregos, reestruturado o setor público, contratando servidores, investindo incomparavelmente mais em inovação, ciência e tecnologia, fortalecendo o mercado interno ao incluir no consumo milhões de famílias. Mesmo conciliando com o domínio pleno do capital financeiro sobre a economia global - o que inclusive Cuba vem tentando fazer e é impedida pelo bloqueio político e econômico dos Estados Unidos - o Brasil constitui uma ameaça mundial às saídas ofertadas pela dogmática neoliberal, porque mostra que as opções no terreno da política podem fazer frente à visão de que “não existem alternativas.” 

É visível, porém, que um certo tipo de desenvolvimento que desafia e se contrapõe às leis de bronze do capital financeiro pode perdurar, com o mesmo bloco de forças que lhe dão sustentação, pelo tempo do cumprimento das tarefas que impulsionaram a sua formação. E que nos próximos cinco anos, certamente, nosso modelo atingirá o apogeu e a sociedade brasileira não será “inteiramente outra”, mas terá uma estrutura de classes e novos sujeitos sociais e políticos novos.

Milhões de pessoas estarão no mundo da política, dos negócios, dos movimentos sociais, na intelectualidade acadêmica, à frente das técnicas de indústria e da inteligência, indiferentes à memória política do processo de mudanças que o país sofreu. A partir daí os desafios serão outros, mais complexos e difíceis de resolver dentro do sistema político atual, com a fragmentação federativa ainda mais exposta e com um sistema tributário que funcionará de forma mais arcaica do que nos dias de hoje.

O difícil sistema de alianças que trouxe o Brasil até hoje dá sinais de cansaço, não porque os políticos são vilões ou corrompidos, até porque a taxa de vilania e corrupção, em cada época, é mais ou menos a mesma. Ela adquire é tinturas diferentes, desperta interesse ou alimenta indiferença na grande mídia, segundo seus interesses conjunturais (onde estão as cobranças para o julgamento do mensalão mineiro?). Os processos de corrupção no Estado, é elementar, são dependentes das formas pelas quais se realiza a acumulação de capital e como esta reflete inclusive no financiamento das mídias, com as suas regras “morais” mais, ou menos rígidas. Na era do capitalismo financeiro global os multimilionários esquemas de corrupção se transladaram das relações da burguesia industrial com Estado, para as relações diretas da burguesia financeira com o Estado.

O sistema de alianças dá sinais de cansaço, porque as mudanças no sistema tributário, a fragmentação federativa e a necessidade da reforma política, despertam reações diferentes nos distintos grupos de classes e nas diferentes regiões do país. Esta fadiga dos metais imobiliza as bases parlamentares, proporcionando que grupos de parlamentares troquem de posições em cada tema, sem nexo com as suas bancadas e com os seus compromissos de fidelidade ao governo ou à plataforma oposicionista.

Enquanto na Europa o tecido político dominante cumpre o seu papel de transmissor do programa do Banco Central Europeu, no Brasil este mesmo tecido fragmenta-se porque não mais corresponde aos desafios políticos que os partidos devem enfrentar, em nome das suas bases sociais e regionais: enfrentá-los para o país completar seu ciclo de mudanças, capazes de nos integrar no mundo, no polo de resistência a um neoliberalismo agônico, mas, por isso mesmo, mais capaz de radicalizar os ataques à democracia, para destruir as conquistas históricas do conjunto das classes trabalhadoras no século passado.

Creio que a esquerda brasileira - parlamentar ou extra-parlamentar - socialista, comunista, socialdemocrata, ou simplesmente republicano-democrática - deveria se unir em torno de um amplo movimento político e social para preparar um calendário de lutas, com um programa mínimo muito simples, de resistência democrática ao impasse que a Europa neoliberal está apresentando ao mundo: novos marcos regulatórios para democratizar o acesso à comunicação e garantir o direito à livre circulação da opinião; reforma política, no mínimo para acabar com o financiamento privado nas eleições e valorizar os partidos através da votação em lista; reforma do pacto federativo, principalmente tributário, para reduzir drasticamente as desigualdades sociais e regionais.

Estou tentado a pensar que se não conseguirmos avançar, nos anos imediatos, nesta agenda democrática de resistência, os avanços que tivemos até agora poderão ser revertidos, porque sabemos muito bem: o nosso centro do espectro político não é majoritariamente programático, mas vincula-se a um complexo de conveniências, que não raro lhe aproximam da pior direita, tanto neoliberal, como autoritária.

(*) Governador do Estado do Rio Grande do Sul.




Fotos: Claudio Fachel/Palácio Piratini 



É inevitável o suicídio coletivo?

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire


"Em 10 mil anos de história, é a primeira vez que a humanidade tem o poder de cometer suicídio coletivo. Era essa a tese central de Emmanuel Mounier em "O Grande Medo do Século XX". Publicado em 1947, o livro se referia à ameaça de uma catástrofe atômica, angústia constante na fase aguda da Guerra Fria entre EUA e URSS. Passaram-se 66 anos e conseguimos evitar o pior", escreve Rubens Ricupero, ex-secretário-geral da Unctad, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 27-05-2013.
O economista lembra que "em 10 mil anos de história, é a primeira vez que a humanidade tem o poder de cometer suicídio coletivo. Era essa a tese central de Emmanuel Mounier em "O Grande Medo do Século 20". Publicado em 1947, o livro se referia à ameaça de uma catástrofe atômica, angústia constante na fase aguda da Guerra Fria entre EUA e URSS. Passaram-se 66 anos e conseguimos evitar o pior".
"Quinze dias atrás, ultrapassamos o sinal amarelo no rumo da destruição. A atmosfera registrou 400 partículas de dióxido de carbono por um milhão", constata Ricupero.
"A violação da marca simbólica de 400 por milhão - continua - não provocou nenhuma declaração ou alerta de chefes de Estado. Um dia depois, os jornais esqueceram o assunto e voltou-se ao dia a dia como se nada tivesse acontecido. Como explicar tal indiferença diante da morte anunciada que espera o mundo dos homens?
Para o diplomata, "o silêncio é inexplicável numa sociedade na qual a ciência substituiu a religião como crença unificadora. Ora, a ciência climática não permite dúvidas: de 12 mil estudos científicos sobre o tema em 20 anos, 98,4% confirmam as previsões!".
Ricupero contnua:
"Toynbee lembrava num dos seus últimos livros que nisso os homens deveriam invejar insetos como as formigas, condicionados do ponto de vista psicossomático a agir coletivamente por instinto de sobrevivência. Estudo recente comprovou que os peixes já estão migrando para o norte em busca de águas mais frias. Enquanto isso, os seres humanos se deslumbram com o avanço em produzir e queimar mais gás a partir do xisto...".
"A razão talvez esteja com o poeta T.S. Eliot: o mundo acaba não com um estrondo, mas com um gemido", conclui.



Livro apresenta 1.200 casos de camponeses mortos e desaparecidos na ditadura militar

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire


Cerca de 90 trabalhadores rurais sem terra acompanharam, nesta sexta-feira (24), o  lançamento do livroCamponeses Mortos e Desaparecidos: Excluídos da Justiça de Transição. A obra pretende auxiliar a Comissão Nacional da Verdade (CNV) no reconhecimento oficial de 1.196 casos de camponeses mortos e desaparecidos no campo em função das diversas formas de repressão política e social entre setembro de 1961 e outubro de 1988, período indicado pela Lei 9.140/1995 – a primeira a reconhecer que pessoas foram assassinadas pela ditadura militar (1964-1985).
A reportagem é de Luciano Nascimento e publicada pela Agência Brasil, 24-05-2013.
Apesar do número expressivo (3,5 vezes acima do total de reconhecidos oficialmente como mortos por perseguição política), apenas 51 casos foram analisados pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) e, desses, 29 tiveram a causa da morte relacionada à questão política.
“É importante para os trabalhadores rurais, para os camponeses brasileiros recuperar essa história, porque muito dessa história ainda é atual e o estado tem a responsabilidade de apurar os crimes e, com a Comissão da Verdade, fazer com que isso seja colocado a limpo”, disse o coordenador do projeto Direito à Memória e à VerdadeGilney Viana, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), que elaborou o estudo que resultou no livro em parceria com a Comissão Camponesa da Verdade.
De acordo com o livro, há mortes durante o regime militar e também durante o regime civil. Quatro pessoas foram assassinadas antes do golpe de abril de 1964; 756 foram mortas durante a ditadura (sendo 432 na abertura política após 1979); e 436 após março de 1985, na transição civil (governo Sarney). Segundo o documento, o aumento da violência no campo a partir da distensão e ao longo da chamada Nova República tem a ver com a organização política dos trabalhadores rurais.
Os estados que acumulam o maior número de pessoas assassinadas (lideranças ou não) são o Pará (342 mortes); o Maranhão (149 mortes); a Bahia (126 mortes); Pernambuco (86 mortes) e Mato Grosso (82 mortes). Mais de 96% dos assassinados eram homens.
Grande parte das mortes não ocorreu pelas mãos dos “agentes do Estado” (policiais e militares), 15% do total (177 casos); mas por “agentes privados” (milícias e pistoleiros contratados). Na avaliação de Viana, a participação de agentes do Estado nem sempre é tão clara porque, no campo, a repressão acabava sendo exercida pelos latifundiários. "O poder do Estado lá era delegado a um fazendeiro, a um coronel que atuava às vezes como preposto da ditadura. É uma situação política que exige uma nova interpretação da lei [que criou a Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil]", defendeu.
Sem-terra de Parauapebas no Pará, Francisco Moura, região que permanece campeã em conflitos pela posse da terra, relata que alguns casos permanecem na memória das novas gerações. “Como nós moramos na região que é das mais conflituosas hoje na questão da luta pela terra, nós conhecemos muito a história de alguns desses personagens que estão no livro”, disse.
A obra foi encaminhado à Comissão Nacional da Verdade que, na terça-feira (21), fez o balanço  de seu primeiro ano de atividades.



As aparências e a política

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

"Se, na superfície lisa dos fatos, Dilma e Lula mantêm entre si relações fraternas e solidárias, a cogitada candidatura do governador Eduardo Campos já deixa um rastro de sombras na sua esteira, uma vez que inequivocamente a desconstrução que empreende da imagem de Dilma e do seu governo - por motivos que permanecem difusos - não se faz acompanhar de uma rejeição do seu histórico de firme aliado do seu antecessor", escreve Luiz Werneck Vianna, professor-pesquisador da PUC-Rio, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 26-05-2013.
Eis o artigo.
Dá para sentir que há algo de estranho no ar, embora cada eixo aparentemente gire nos seus gonzos e a marcha das coisas siga caminho previsível, caso da candidatura à próxima sucessão presidencial da presidente Dilma Rousseff, detentora de altos índices de aprovação popular e pretendente legítima à reeleição. A inédita antecedência com que foi anunciada, longe de contrariar esse diagnóstico feliz, deveria ser vista, insistem alguns, como a sua confirmação. Contudo, se aparência e essência coincidissem, um grande pensador costumava dizer, não haveria lugar para a ciência - o sentido das coisas estaria sempre à mão, expondo-se de modo transparente ao observador.
Não são poucos os sinais que, no mundo desencantado da política brasileira, têm escapado à nossa vã filosofia, como as motivações que levariam a uma candidatura presidencial o governador de Pernambuco, Eduardo Campos - fora pretensões dinásticas de herdeiro de um cabedal político regional -, parceiro seguro do PT em três sucessões presidenciais e que, ainda hoje, integra com quadros do seu partido, o PSB, posições relevantes na coalizão governamental.
Se, na superfície lisa dos fatos, Dilma e Lula mantêm entre si relações fraternas e solidárias, a cogitada candidatura do governador Eduardo Campos já deixa um rastro de sombras na sua esteira, uma vez que inequivocamente a desconstrução que empreende da imagem de Dilma e do seu governo - por motivos que permanecem difusos - não se faz acompanhar de uma rejeição do seu histórico de firme aliado do seu antecessor.
De outra parte, a situação de altos dirigentes do partido hegemônico, condenados a pesadas penas pela Justiça, ora na iminência de serem recolhidos à prisão, amarga uma parte da militância partidária, cujas reações fogem à previsão, especialmente diante da neutralidade da postura presidencial quanto à sua sorte.
Noutra ponta, da base congressual do governo, provêm sinais de mudança, como no caso dos emitidos ao longo da tramitação da legislação dos portos, a qual se arrisca em movimentos de autonomia, sem que se saiba ao certo se movida pela pressão de grandes interesses ou pelo legítimo objetivo de ganhar luz própria. De qualquer forma, a aprovação pelo Congresso Nacional dessa regulação reforça a posição da presidente e do seu principal aliado, o PMDB.
Para ressaltar ainda mais a ideia de mistério que ronda a política brasileira, inteiramente distante do prosaísmo da sua sociedade, boa parte dela entretida no consumo e nos apetites desencadeados pelo empreendedorismo, um espectro vagueia pelos palácios do poder nos lugares que já foram seus em tempos idos, assombrando todos com suas aparições.
Na economia e na política, dois temas de complexa administração prometem fazer-se dominantes, ambos tendentes a dramatizar as circunstâncias em que já se desencadeia, precocemente, a sucessão presidencial: a inflação, em meio a uma situação de baixo crescimento do produto interno bruto (PIB), e as relações entre os Poderes da República. A pilotagem da primeira no sentido de evitar uma escalada inflacionária depende de uma feliz e oportuna intervenção da equipe econômica, da qual depende o destino da campanha pela reeleição. A outra, por sua vez, está entregue aos azares da fortuna, inclusive porque se encontra contaminada pelos resultados da Ação Penal 470. No caso, basta lembrar que dois dos condenados por ela ocupam posições na estratégica Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Para além das repercussões desse episódio circunstancial, a questão da separação entre os Poderes, em particular na forma concebida pela Carta de 1988, que reservou papel destacado ao Poder Judiciário, tem sido objeto de controvérsias na esfera pública, no campo acadêmico e no interior do Parlamento, de que é exemplo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n.º 33, de autoria do deputado do PT do Piauí Nazareno Fonteles, que visa, entre outros objetivos, a submeter as emendas vinculantes instituídas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à aprovação do Parlamento, ora paralisada por decisão do presidente da Câmara, deputado Henrique Alves.
Tal tema, com sua carga negativa para a vida institucional, tem data certa para reaparecer, logo que a Suprema Corte venha a confirmar as sentenças condenatórias aos réus da Ação Penal 470, o que deve ocorrer nos inícios da alta estação do processo sucessório, quando o Parlamento tiver de decidir sobre a cassação dos mandatos dos parlamentares apenados, cumprindo a decisão judicial ou reabrindo a questão em seu plenário. Nessa hora, é de esperar que o caso mude de escala, com a discussão sobre a sorte dos mandatos dos envolvidos embaralhada com a denúncia de um governo de juízes e da judicialização da política, em nome de uma alegada defesa do princípio da soberania popular, que a ação dos tribunais estaria pondo sob ameaça.
Se os pequenos abalos e sinais podem apenas significar variações momentâneas, eles merecem ser registrados, ao menos se um autor atilado como Tocqueville deva ser levado na devida consideração. Na entrevista concedida pelo ex-presidente Lula ao sociólogo Emir Sader na coletânea de artigos coligidos em 10 anos de Governos Pós-Liberais no Brasil (Ed. Boitempo, São Paulo, 2013), fica a sugestão da necessidade de um retorno aos valores partidários originários, que teriam sido banalizados por causa das disputas eleitorais. Tarefa difícil para a presidente Dilma, às voltas com a montagem de um largo sistema de alianças a fim de disputar a reeleição, logo ela que não se encontra na galeria dos heróis fundadores. Decerto são apenas palavras, e tanto elas como os sinais podem ser de sentido aleatório, desses a que somente se deve conceder atenção com reservas. Mas, sabe-se lá, pode haver método nessa loucura.



"A anistia de 1979 foi autoanistia sim", afirma jurista

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire


"Os crimes da ditadura civil-militar brasileira enquadram-se no conceito jurídico de crimes contra a humanidade. A imprescritibilidade é inerente à sua definição. A anistia de 1979 foi autoanistia sim, pois trata-se de lei cuja proposta veio da ditadura e que foi votada (em bloco) em um Congresso desfigurado pelo Pacote de Abril de 1977, e no qual nunca passaria uma proposta contrária aos interesses da ditadura. A anistia de 1979 não foi ampla, pois não atingiu os que foram condenados pela participação na resistência armada", afirma José Carlos Moreira da Silva Filho, professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da PUCRS, em texto publicado no jornal Folha de S. Paulo, 27-05-2013.
Segundo ele, "o Supremo Tribunal Federal ainda tem a chance de mudar o seu equivocado entendimento até aqui. Não temos mais que temer as "viúvas" da ditadura. Não se pode olhar para a frente sem acertar as contas do passado. Pôr uma pedra em cima da ferida não a cicatriza, e sim a infecciona".



Gastos com Segurança Pública giram em torno de R$200 Milhões

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire


Info Post
Segundo o IPEA, estima-se que os gastos com segurança e com a violência no Brasil girem em torno de R$ 200 bilhões a cada ano para suprir os custos exigidos ao país pela escalada da criminalidade. Algo em torno de 5% de toda a riqueza gerada internamente.
Segundo cálculo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente o segmento segurança representou quase R$ 50 bilhões em despesas em 2010, enquanto em 2003, significava menos da metade deste valor, R$ 22,6 bilhões.
O prejuízo econômico gerado pela violência vai muito além dos gastos com segurança pública. Atinge diretamente também a saúde, o judiciário, o sistema prisional, o orçamento das famílias das vítimas e, direta ou indiretamente, a economia como um todo.
Só em 2011 e 2012 o investimento aplicado na Segurança Pública no Estado de São Paulo foi de R$ 23,5 bilhões. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram R$ 11,82 bilhões em 2011, ante R$ 10, 49 bilhões em 2010.
De acordo com o Sistema de Gerenciamento Orçamentário do Estado de São Paulo (Sigeo), entre 2001 e 2005 os investimentos realizados na Polícia Militar somaram R$ 285,7 milhões, contra R$ 8,5 milhões para a Polícia Civil e R$ 1,9 milhão para a Superintendência Técnico-Científica.
Considerando-se a dotação orçamentária total neste período, vê-se que, dos cerca de R$ 29 bilhões que o setor acumulou entre 2001 e 2005, cerca de R$ 17 bilhões (58%) foram para a PM e R$ 5,3 bilhões (18,5%) para a Polícia Civil. A polícia técnica ficou com R$ 608 milhões.
Os gastos com segurança pública no estado são altíssimos (se considerarmos o retorno preventivo que eles geram). Apesar disso, como se pôde concluir em outro estudo realizado pelo Instituto (Primeiro trimestre de 2013 é o segundo mais violento em 6 anos), a criminalidade não para de crescer, assim como o medo da população que não se sente segura (Medo da inflação, da infração e da infusão).
As prisões estão superlotadas de presos, sobretudo em situação provisória, e a criminalidade não diminuiu. O estado de São Paulo conta, em 2013, de acordo com a Secretaria de Designação, com um total de 2371 magistrados, entre juízes e desembargadores. E, apesar de esse número ser o maior do Brasil, o setor não consegue solucionar o problema da demora em se julgar um determinado caso.
Os presídios contam com péssimas instalações, quase nenhum incentivo na reinserção social, como trabalho e educação, o que resulta, em boa parte das vezes, na reincidência. Enquanto países europeus, como a Holanda, estão fechando prisões (e alugando espaço para detentos estrangeiros) por falta de presos, o Brasil segue na direção contrária, construindo mais presídios em lugar de escolas em período integral, das 8 às 18h, para todas as crianças e adolescentes desde tenra idade até os 18 anos.
A repressão e a apreensão constituem a base da política pública mais irresponsável na América Latina, segundo a ONU. Ela não tem produzido eficácia prática na prevenção. Se continuarmos fazendo o que sempre fizemos, nada evidentemente vai mudar.



LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista, diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do Portal atualidadesdodireito.com.br.





Secretarias de Segurança Pública negam violência policial

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

São Paulo e Rio de Janeiro - As secretarias de Segurança Pública dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro negaram hoje (23) que exista uma situação grave de violência policial como a denunciada pela Anistia Internacional no  relatório O Estado dos Direitos Humanos no Mundo, lançado ontem. Segundo o documento, os assassinatos cometidos por policiais continuam sendo pouco investigados e registrados como auto de resistência ou resistência seguida de morte, o que aumenta a violência policial.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que não admite violência policial. A letalidade policial diminuiu 40% no primeiro quadrimestre deste ano e 40 policiais foram presos. A Polícia Militar esclarece que mantém uma corregedoria forte e atuante na apuração dos desvios de condutas de seus integrantes. Todas as denúncias são rigorosamente apuradas.
No Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) informa que a corregedoria do órgão expulsou mais de 1.300 policiais militares e civis por desvios e má conduta. A Seseg ressalta que há seis anos o combate às milícias é uma das prioridades da secretaria. Segundo nota divulgada pelo órgão, os grupos milicianos surgiram no estado há cerca de 15 anos e 750 pessoas foram presas por esse motivo.
Enquanto em São Paulo o termo “auto de resistência” continua sendo utilizado nos casos de homicídios  cometidos por policiais, no Rio de Janeiro, desde 10 de janeiro, a polícia usa “homicídio decorrente de intervenção policial” ou “lesão corporal decorrente de intervenção policial”  nos registros policiais, boletins de ocorrência, inquéritos policiais e notícias de crime. 
De acordo com o diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, Átila Roque, o registro do homicídio cometido por agentes do governo como auto de resistência é um facilitador de execuções extrajudiciais. Uma recomendação do Conselho Nacional de Defesa da Pessoa Humana, de novembro passado, pediu o fim do auto de resistência, mas poucos estados implementaram.
“(A mudança) é muito importante, porque toca na questão fundamental que é a resistência da investigação de situações em que há mortes causadas pela polícia. Ninguém, nenhuma vítima deve ser suprimida de ter a sua situação investigada”.
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, lembrou em ato no dia 13 de maio, que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o Projeto de Lei 4.471/12, que acaba com a figura do auto de resistência e institui procedimentos de apuração em todos os casos de homicídio, “o que deve fazer com que todas as mortes causadas pelas forças policiais sejam investigadas”, segundo a ministra. A proposta ainda precisa ser analisada pelo plenário da Câmara, antes de seguir para o Senado.
A Seseg foi questionada pela Agência Brasil sobre as investigações dos casos de homicídios cometidos por policiais, mas não respondeu até o fechamento desta matéria. A secretaria informa também que não recebeu oficialmente o relatório da Anistia Internacional.

Edição: Fábio Massalli
 Agência Brasil





Cana-de-açúcar na Amazônia: NÃO!

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire




 

Assine a petição
Temos 24 horas para salvar e defender a Amazônia! Assine essa petição urgente e exija que os Senadores e Senadoras revisem essa proposta absurda e rejeitem qualquer autorização que permita a plantação de cana-de-açúcar na Amazônia. 

A Amazônia Legal é uma região importante, que comporta diferentes biomas, como Amazônia, Campos Gerais e Cerrado. Ela é vital para a fauna e flora e para uma parcela significativa da população brasileira e indígena (56% vivem na Amazônia Legal). Entretanto, há em andamento no Senado Federal uma proposta que autoriza o plantio de cana-de-açúcar nesta região,o que pode gerar consequências devastadoras para o meio ambiente, como perda da biodiversidade, e ameaçar a sobrevivência de populações indígenas e tradicionais

É hora de preservar e defender a Amazônia! Assine a petição e exija que Senadores e Senadoras revisem este projeto de lei e rejeitem qualquer menção sobre a autorização de plantio de cana-de-açúcar na Amazônia Legal. 

Clique aqui para assinar a petição e envie para todos


Senadores a favor da floresta estão fazendo todo o possível para garantir que esse projeto de lei não seja levado à Câmara dos Deputados, onde os donos de terra têm a maioria e podem fazer vistas grossas para a lei, aprovando-a sem discussão. Treze senadores já se comprometeram. Porém, eles precisam do maior apoio possível para continuar fortes em sua posição. Se milhares de nós nos unirmos agora em uma só voz assinando a petição criada pela Action Aid Brasil , podemos dar a estes senadores o apoio de que eles precisam, e conseguiremos mais adesão no Senado contra o lobby, impedindo a pressão econômica para a devastação da Amazônia. Temos apenas 24 horas! 




Com esperança e determinação, 

Pedro, Carol, Oliver, Diego e toda a equipe da Avaaz 

PS: Esta petição foi criada no site Petições da Comunidade da Avaaz pela ActionAid Brasil. É rápido e fácil começar uma petição sobre um assunto que você se preocupa, clique aqui: http://avaaz.org/po/petition/start_a_petition/?23752

Mais informações:

Action Aid Brasil

Projeto autoriza plantio de cana-de-açúcar na Amazônia (Carta Capital)

Rumo ao passado (Folha de S. Paulo)


Apoie a comunidade da Avaaz!



Municípios devem divulgar gastos na internet

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

GESTÃO TRANSPARENTE


A partir desta segunda-feira (27/5), todos os municípios brasileiros são obrigados a disponibilizar seus gastos detalhados na Internet, conforme determina a Lei Complementar 131, de 2009. A prefeitura que descumprir a determinação legal não poderá receber transferências voluntárias de recursos do governo federal, podendo os gestores, ainda, serem responsabilizados por ato de improbidade administrativa em virtude de omissão.
Para contribuir com a fiscalização dessas despesas, a OAB criou a Comissão Nacional de Controle Social dos Gastos Públicos, que terá como missão cobrar dos poderes públicos e fiscalizar o efetivo cumprimento do direito de acesso à informação e transparência na gestão pública. Além de ingressar com representações junto ao Ministério Público e Tribunais de Contas, a OAB pode oficiar o gestor e orientá-lo sobre a melhor forma de cumprir as leis da transparência e tem, ainda, legitimidade para ingressar com ações de improbidade administrativa, se for o caso.
Ao destacar que a ferramenta de acesso à informação ainda não é perfeita, o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, defendeu que os governos federais e estaduais divulguem mais suas contas e preencham lacunas que ainda encontram-se abertas. Segundo o presidente da Ordem, há gastos que ainda não vem sendo divulgados pelo governo federal, citando, como exemplo, valores referentes à dívida pública, que hoje consome cerca de 47% dos gastos públicos federais no país.
“Não se sabe ao certo a origem dessa dívida, quem são os credores e, mais importante, quais os critérios de correção e juros nominais incidentes. A sociedade precisa cobrar mais transparência com relação a esse importante gasto”, acrescentou o presidente da OAB, afirmando que a Comissão de Controle dos Gastos Públicos da OAB irá tomar as medidas necessárias para garantir a divulgação desses gastos. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.
Revista Consultor Jurídico



TSE veta vídeo de Aécio Neves por propaganda antecipada

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

CAMPANHA TUCANA


O Tribunal Superior Eleitoral decidiu suspender uma propaganda do PSDB em que o senador mineiro Aécio Neves promove a própria atuação política. O pedido de embargo foi apresentado pelo PT. O partido alegou que a peça publicitária pretendia alavancar a “popularidade eleitoral” do senado, provável candidato tucano à presidência em 2014. Na avaliação da ministra Laurita Vaz, houve “flagrante propaganda eleitoral antecipada”.
Na liminar parcialmente concedida, de sexta-feira (24/5), a relatora autorizou o PSDB a substituir a mídia nas inserções da legenda a serem transmitidas em 28 de maio e 1º de junho. Além da suspensão total da inserção nacional do PSDB, o diretório nacional petista pediu a cassação das inserções nacionais da sigla por 25 minutos, no segundo semestre de 2013, mais multa ao partido e a Aécio. A corte não atendeu a essas pedidos.
O artigo 45 da Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995) prevê que a comunicação partidária no rádio e na TV deve ser usada, exclusivamente, para difundir programas, eventos, atividades e posições da sigla, além de promover a participação feminina. Segundo Laurita Vaz, a análise da transcrição das mídias, protagonizadas por Aécio Neves, “enfatizam temáticas — educação, inflação, gastos públicos, política econômica, saúde, infraestrutura — pretensamente permeadas pela ótica de administração da sigla partidária por ele presidida, às quais não se pode negar, ao menos em princípio, contornos político-comunitários”.
No entanto, para a relatora, em uma das peças, “há uma nítida predominância da linguagem em primeira pessoa, com ênfase na atuação” de Aécio Neves, “além da exortação ao público para conversar, encerrada com a frase: porque juntos podemos cuidar melhor do Brasil". Com informações da Assessoria de Imprensa do TSE.
Revista Consultor Jurídico



ONDE ESTÃO OS DIREITOS HUMANOS DOS POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES DE MINAS GERAIS???

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire


Dois militares do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais são presos na Capital.
O fato aconteceu depois que o CB BM CLEOMAR, e o CB BM UDSON, elogiaram outro militar do Pelotão onde trabalham, e foram presos quando se apresentaram para o Serviço Operacional, nessa segunda-feira 27/Maio de 2013.
Entenda o que aconteceu:
Na passagem de serviço do 3º Pelotão (3º BBM/BH), em 12 de Abril de 2013, por volta de 07h30min h, um Sd BM, preparava uma viatura para atendimento a uma vitima que se encontrava no quartel (vitima retirado do interior de ônibus na porta do quartel). A vitima apresentava sinais vitais preservados, consciente, orientada.
O CB BM DAMAS (motorista categoria E – 29 anos de Serviço, no melhor conceito da Corporação – A 50), alertou o Sd BM também motorista, porém com pouco tempo na Corporação, que a vtr AMA 0338 – placa 4623 – Fiorino, não estava em condições de atendimento de ocorrência, uma vez que o próprio CB BM DAMAS havia baixado a referida vtr por falta de pneu reserva, e problemas no sistema de freios.
Também a vrt não estava com os documentos obrigatórios do órgão de transito, contrariando normas em vigor do CÓDIGO BRASILEIRO DE TRANSITO e do próprio CBMMG.
Diante disso, o CB BM DAMAS procurou o CBU, juntamente com o Sd BM, e argumentaram sobre a situação da vtr. Então o CBU disse que se a vtr precisasse do documento ou de pneu, ele levaria ate o local, e se houvesse qualquer outro problema ele também “segurava”.
No momento dessa conversa com o CBU, um 1º Sgt BM, entrou na vtr AMO 0338, assumindo a direção, sem sequer abrir o SISTEMA SIAD, sem a documentação obrigatória e atendeu a ocorrência.
Tudo isso aconteceu em menos de um minuto, da hora em que foi designado o atendimento da vítima, ate a saída da referida viatura.
Vale ressaltar que em momento algum foi negado a prestação de socorro a vitima. O CB BM DAMAS sempre procura realizar as operações BMs dentro dos preceitos legais.
Nessa ótica lembro ainda que na garagem da Prontidão de Incêndio do 3º Batalhão, encontravam-se varias viaturas, que de acordo com a necessidade da vitima, poderia ser transportada com mais segurança para a vitima e Guarnição BM, não ferindo as normas legais do CBMMG.
Tendo em vista que nesse caso existiam alternativas que poderiam ser adotadas, sem transgredir as normas legais, que não houve omissão de socorro, e que não ficou comprovado a necessidade da utilização de um recurso com uma serie de problemas mecânicos, e que havia outros recursos em melhores condições, e ainda que os motoristas foram orientados pelo Oficial (chefe do transporte) que nenhuma vtr poderia sair do quartel sem movimentação no Sistema SIAD, foi realizado um relatório pelo próprio CB BM DAMAS, à CIA OPERACIONAL, pedindo orientações para que tal fato não ocorra novamente, e qual devera ser a conduta nesses casos, evitando assim problemas futuros e com maior intensidade negativa para o serviço operacional, e para o CBMMG.

No serviço operacional, posterior ao acontecimento (14/Abril) o CBU fez alguns comentários sobre assunto, e deu liberdade para que os militares se manifestassem. Foi quando o CB BM CLEOMAR elogiou o profissionalismo do CB BM DAMAS, devido as orientações que passou ao Sd BM menos experiente, e sobre a conduta dele em orientar ao CBU, das outras alternativas, e melhor uso dos recursos operacionais, e pensando na segurança da vitima e da guarnição BM. Também o CB BM Udson fez alguns comentários nesse sentido, assim como outros militares do Pelotão.
Aconteceu que o CB BM DAMAS, O CB BM CLEOMAR E O CB BM UDSON foram movimentados de Pelotão. Vale dizer que os três militares em questão encontram-se no melhor conceito da Corporação – A 50 .
E como se não bastasse a injustiça, sem a menor “justificação” os CBs BMs: UDSON E CLEOMAR estão sendo transferidos de Batalhão. Agora com a justificação da transferência por “NECESSIDADE DE SERVIÇO” – pasmem! Mais essa é a alegação, necessidade de serviço! E a transferência desses militares que estão no serviço operacional há quase 20 anos, é para o serviço de guarda, num deposito de material de uma Diretoria dos Bombeiros (DTS).
Só pra refrescar a memória de muitos, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, há muito tempo vem sofrendo pelo “câncer” da falta de efetivo, principalmente no trabalho operacional. A recomendação é de 1 Bombeiro Militar pra cada mil habitantes, sendo que deveríamos ter em Minas aproximadamente 19 mil Bombeiros, estamos na míngua de pouco mais de 4 mil Bombeiros, e se falando especificamente no 3º Pelotão (3º BBM), onde deveriam ter 60 militares somente na SEDE, onde aconteceu o fato e onde esses militares trabalham, tem pouco mais de 15 militares trabalhando no plantão de 24 horas.
O Cmt do 3º BBM alega não ter tomado conhecimento da transferência, e nem o Diretor da DTS, fez nenhum pedido de militar para aquela diretoria.
Também não houve nenhum critério para tal transferência, sendo que esses militares são os mais antigos do trabalho operacional. Sendo os mesmos BOMBEIROS OPERACIONAIS – COMBATENTES.
Restando então a única alternativa, para tal injustiça, o motivo da transferência é pelo fato de terem elogiado o colega de trabalho, pelo profissionalismo que demonstrou frente aos seus pares.

VEJA O QUE PRECONIZA AS DIRETRIZES NACIONAIS DE PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PUBLICA - ITEM 34 DO ANEXO / PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 02, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010, SOBRE A DIGNIDADE E SEGURANÇA NO TRABALHO.
“Garantir que todos os atos decisórios de superiores hierárquicos dispondo sobre punições, escalas, lotação e transferências sejam devidamente motivados e fundamentados.”

Fonte: Blog da Renata



Debate mostra que regime semiaberto no Brasil é ficção

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

PENA DE PRISÃO


Se há falta de vagas no sistema penitenciário para que condenados cumpram suas penas em regime semiaberto ou aberto, devem eles ser encarcerados ou recolhidos em prisão domiciliar? O que deve prevalecer nestes casos: o direito coletivo da sociedade de ter segurança pública ou o direito individual do condenado, de não cumprir uma pena mais grave do que prevê a lei?
A questão foi debatida em audiência pública nesta segunda-feira (27/5) no Supremo Tribunal Federal. A audiência foi convocada pelo ministro Gilmar Mendes, relator de um recurso interposto pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Mais de 20 especialistas, entre juízes, gestores, defensores públicos e integrantes do MP se revezaram na tribuna do STF com argumentos contra e a favor da prisão domiciliar.
O debate irá subsidiar o julgamento do Recurso Extraordinário 641.320, no qual o MP gaúcho questiona decisão do Tribunal de Justiça do estado que concedeu prisão domiciliar a um condenado do regime semiaberto. O TJ gaúcho decidiu de forma mais favorável ao réu porque não havia vaga em estabelecimento voltado para o regime semiaberto para que ele cumprisse pena dentro das condições previstas em lei.
Como era de se esperar, o debate foi polarizado. Defensores públicos com o argumento de que o preso não pode ser apenado com mais rigor por conta da falta de organização do Estado em organizar o sistema prisional. Membros do Ministério Público com a justificativa que a “sociedade cordata” não pode arcar com o risco e as consequências de ter criminosos na rua por conta da falta de estrutura estatal.
Em meio ao debate polarizado, houve sugestões interessantes e a apresentação de dados alarmantes. O juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça, Luciano André Losekann, revelou como é complexa e complicada a situação dos presos que cumprem pena em regime semiaberto no Brasil. Coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do CNJ, Losekann mostrou que, na prática, o regime semiaberto no país é uma ficção.
“Na maioria dos estados, os presos aguardam em eternas listas de espera sua progressão do regime fechado para o semiaberto. Mas as listas são absolutamente ilusórias porque quem consegue Habeas Corpus acaba passando na frente de presos que esperam a mais tempo pela progressão”, afirmou Losekann. O juiz disse que em um dos mutirões carcerários feitos pelo CNJ em São Paulo, em 2011, “havia sete mil presos já com progressão deferida aguardando no regime fechado a vaga no semiaberto”.
Sem fiscalização
A maior parte dos debatedores frisou que sem fiscalização qualquer regime de cumprimento de pena fora do fechado não surtirá o efeito desejado: a ressocialização. “De nada adianta fixar prisão domiciliar se não houver parâmetros mínimos de fiscalização. Muitas vezes, os presos voltam a delinquir no livramento condicional porque não há qualquer fiscalização”, observou Luciano Losekann.

Ponto comum também foram as críticas de que a União não repassa as verbas para investimento no sistema carcerário e, por outro lado, os estados não investem no sistema do regime semiaberto e outros que visam à ressocialização de presos. Para Losekann, talvez fosse necessário pensar em um sistema que substituísse o regime semiaberto pelo livramento condicional, mas efetivamente monitorado. Isso porque, na maioria dos casos, o sujeito fica esperando uma proposta de trabalho para poder progredir. Proposta que, por vezes, nunca chega. A espera já fez o regime semiaberto ser apelidado de “regime semifechado”. De acordo com Losekann, há no país 75 mil pessoas cumprindo pena em regime semiaberto e ainda há déficit de 24 mil vagas.
Segundo o ministro Gilmar Mendes, hoje mais de 20 mil presos cumprem pena em regime mais grave do que deveriam por falta de vagas nos regimes aberto e semiaberto. Segundo dados do Ministério da Justiça, a população carcerária no Brasil é de 548 mil pessoas. E os presídios e cadeias dispõem de apenas 310 mil vagas.
Súmula vinculante
O defensor público geral da União, Haman Tabosa Córdova, lembrou que em fevereiro de 2011 a Defensoria Pública apresentou a Proposta de Súmula Vinculante 57, que pede a possibilidade de cumprimento de pena em regime menos severo diante da falta de vagas no regime semiaberto. E defendeu a aprovação da súmula.

De acordo com o defensor, a previsão de investimentos do governo federal da ordem de R$ 1,2 bilhão pode ajudar, mas não resolverão o problema. Haman Tabosa, como outros debatedores, frisou que raramente os recursos financeiros são aplicados na construção de unidades específicas para o regime semiaberto. De forma geral, são construídas unidades apenas para separar condenados definitivos dos presos provisórios. “A ineficiência do Estado não pode permitir a violação do direito à liberdade do cidadão”, defendeu.
Os integrantes do Ministério Público que participaram da audiência atacaram a possibilidade de o Supremo sumular a matéria. Mas não só eles. O juiz Losekann, por exemplo, disse que a aprovação de uma súmula vinculante nesse sentido tem de ser acompanhada de um regramento mínimo, principalmente no que diz respeito à fiscalização do cumprimento de regimes domiciliar, aberto e semiaberto.
Ivory Coelho Neto, procurador de Justiça do MP gaúcho, atacou a proposta de súmula. Segundo ele, na prática, “o benefício judicial é a conversão da condenação imposta pela sociedade brasileira por meio do Judiciário em mera censura moral”. Isso porque não há, segundo ele, uma efetiva fiscalização para aferir se a prisão domiciliar está sendo cumprida. Segundo ele, a determinação judicial se transforma em uma recomendação para que o condenado permaneça em casa.
O procurador, contudo, não é contra a concessão de prisão domiciliar na falta de vagas em regime semiaberto. Coelho Neto ataca a adoção generalizada da medida. Ele sugeriu que o STF, ao julgar o recurso de relatoria de Mendes, dê interpretação conforme a Constituição ao caso para estabelecer condições mínimas para a concessão da prisão domiciliar.
Os procuradores Miguel Tassinari de Oliveira e Paulo José de Palma, que representaram o Ministério Público de São Paulo, também criticaram a possibilidade de conversão da prisão em regime semiaberto em prisão domiciliar automaticamente. “Ao permitir que um indivíduo condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade em regime semiaberto cumpra a pena em regime menos gravoso, o Estado baixa o nível de proteção à segurança pública aquém do desejado”, afirmou Oliveira. Já Paulo de Palma defendeu que os interesses maiores da sociedade possam devem ser resguardados nestes casos.
A audiência pública seguirá nesta terça-feira (28/5), com mais oito expositores. Falarão representantes de secretarias estaduais que tratam da questão da segurança pública e administração penitenciária dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Também está prevista a exposição do presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça, Herbert José Almeida Carneiro.
Rodrigo Haidar é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

Revista Consultor Jurídico



Presidente da ALMG apoia fim do voto secreto no Legislativo

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire


Deputado Dinis Pinheiro defende aprovação da PEC 349/01 no Congresso e da PEC 3/11 na ALMG.




O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Dinis Pinheiro (PSDB), manifestou nesta segunda-feira (27/5/13) seu apoio à Proposta de Emenda à Constituição Federal 349/01, que extingue o voto secreto no Congresso Nacional e, por extensão, nas assembleias legislativas e câmaras municipais. “Quando recebemos os votos de nossos eleitores, estamos recebendo um mandato pelo que somos, pelo que pensamos e pelo que fazemos. Não há qualquer razão, portanto, para que em qualquer momento de nossa atividade legislativa tenhamos que esconder o nosso posicionamento”, disse o presidente.
A exemplo da PEC 349/01, na ALMG também está em tramitação uma Proposta de Emenda à Constituição Estadual, a PEC 3/11, que prevê a extinção do voto secreto em algumas situações. Essa proposta já foi aprovada em Plenário em 1º turno e aguarda parecer de 2º turno da Comissão Especial. O deputado Dinis Pinheiro disse que irá buscar o entendimento com seus colegas parlamentares para sua votação definitiva.
Atualmente, tanto a Constituição Federal quanto a Estadual preveem que o voto seja secreto em diversas situações, como nas autorizações para processar ou cassar parlamentares. Na ALMG, existe a previsão de votação secreta para a escolha dos membros da Mesa; para a perda de mandato de deputado; para a concessão de licença para instauração de processo criminal contra deputados; para decisão sobre prisão de deputado em caso de flagrante por crime inafiançável; para autorização de processo contra o governador e o vice-governador, em caso de crimes de responsabilidade; em pedido de intervenção federal; no julgamento das contas do governador e do Tribunal de Contas; na apreciação de veto a proposição de lei; e na suspensão de imunidades constitucionais dos deputados.
Na forma como foi aprovada em 1º turno, a PEC 3/11 acaba com o voto secreto nas votações em Plenário para escolha de conselheiro do Tribunal de Contas e para aprovação dos indicados pelo governador como membros dos Conselhos de Governo, de Defesa Social e de Educação. O voto secreto também é extinto nas votações de interventor em município e de presidentes e diretores das entidades da administração pública indireta e do sistema financeiro estadual. A proposta mantém a possibilidade de voto secreto na deliberação sobre vetos do governador e na eleição da Mesa da Assembleia.
A PEC 3/11 recebeu assinaturas de outros 28 parlamentares. Para ser aprovada em Plenário, ela precisa dos votos favoráveis de 48 deputados.



Oposição vai travar pauta em resposta a decisão judicial

May 27, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Anúncio é motivado por decisão judicial que impediu novamente delegado de comparecer à Comissão de Direitos Humanos.

Deputados afirmam que não votarão projetos relacionados ao Judiciário
Deputados afirmam que não votarão projetos relacionados ao Judiciário - Foto: Alair Vieira
Na reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta segunda-feira (27/5/13), o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), afirmou que nenhum projeto na pauta do Plenário que tem ligação com o Judiciário será votado. "Nós, do PT e do PMDB, não votaremos nenhum deles e travaremos a pauta até o dia 17 de junho”, declarou. O anúncio foi um protesto contra decisão judicial que impediu a comissão de ouvir o delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto durante audiência pública marcada para esta segunda (27).
O delegado é acusado de ter atirado em uma adolescente com a qual tinha envolvimento amoroso em Ouro Preto. Pela segunda vez, a juíza da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Ouro Preto, Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, impediu que o policial, atualmente sob a guarda da Polícia Civil, comparecesse à Assembleia para prestar esclarecimentos sobre o crime e sobre outras acusações pelas quais ele responde à Corregedoria da Polícia Civil.
Da esquerda para a direita: Cabo Júlio, Durval Ângelo, Sargento Rodrigues e Rômulo Viegas
Da esquerda para a direita: Cabo Júlio, Durval Ângelo, Sargento Rodrigues e Rômulo Viegas -Foto: Alair Vieira
O deputado Durval Ângelo, que requereu a reunião em conjunto com os deputados Sargento Rodrigues (PDT) e Cabo Júlio (PMDB), acusou a juíza de ter tomado tal decisão baseada em motivos pessoais, tendo em vista que ela já teria sido investigada pela Comissão de Direitos Humanos em outras ocasiões. Segundo o parlamentar, uma decisão do Judiciário não pode impedir a apresentação de um preso à comissão. “Travar a pauta é o mínimo que podemos fazer para termos a dignidade e o respeito do Judiciário. Se eles acham que podem interferir no Poder Legislativo, estão enganados. Até o dia 17 de junho, nenhum projeto do Judiciário será votado. Todas as representações que fizemos contra essa juíza em 12 anos foram arquivadas ou prescreveram”, ressaltou.
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) disse que o entendimento manifestado pela juíza sobre a convocação do delegado foi equivocado, tendo em vista que há uma série de crimes pelos quais o delegado é acusado que teriam sido cometidos por ele enquanto autoridade da Polícia Civil. Ele frisou que está entre as atribuições da comissão a investigação desses atos, que configuram improbidade administrativa. “Vou refazer aqui o requerimento, para que ele seja aprovado e evite outras interpretações mal feitas por parte da juíza”.
O requerimento refeito foi aprovado, e uma nova reunião foi marcada para o dia 17 de junho, às 9h30. Sargento Rodrigues afirmou que o delegado também será ouvido por causa do crime. “Se atirar na cabeça de uma adolescente não é uma grave violação aos direitos humanos, então não sei o que é. A comissão tem tudo a ver com isso, sim”, reforçou.
Corregedoria entregará relatório final à comissão
A delegada corregedora Águeda Bueno do Nascimento é a presidente do inquérito
A delegada corregedora Águeda Bueno do Nascimento é a presidente do inquérito -Foto: Alair Vieira
A presidente do inquérito, delegada corregedora Águeda Bueno do Nascimento, afirmou que cópia do relatório final com a conclusão da investigação deverá ser encaminhada à Comissão de Direitos Humanos da ALMG na semana que vem, com a conclusão dos trabalhos.
O deputado Cabo Júlio ressaltou o bom trabalho que tem sido feito pela Corregedoria e o quanto ela tem cooperado com a Comissão de Direitos Humanos. Ele destacou que os processos contra o delegado Geraldo Toledo já demoram dois anos e disse acreditar que não foram concluídos antes por influências externas. “Quando pegamos a quantidade de problemas no histórico do delegado, percebemos que já passou da hora de providências serem tomadas, não só por parte da Corregedoria, mas pelo próprio Governo do Estado.”
O ouvidor de Polícia do Estado, Rodrigo Xavier da Silva, demonstrou preocupação com a demora no processo, tanto no que concerne ao crime contra a adolescente quanto às demais acusações, e lamentou que o delegado não tenha podido comparecer à audiência. “Seria uma oportunidade para nós ouvirmos a versão dele sobre os fatos, algo que ainda não pudemos fazer.” O subcorregedor-geral Antônio Gama Júnior reforçou que a Corregedoria de Polícia tem buscado atender com rapidez às demandas da comissão.
Requerimentos – Durante a audiência, foram aprovados mais dois requerimentos. O primeiro, de autoria do deputado Cabo Júlio, é para a realização de audiência pública com o objetivo de ouvir sete policiais militares que teriam sofrido assédio moral ao serem transferidos de Montes Claros para Mirabela (Norte de Minas).
O segundo, do deputado Sargento Rodrigues, é de audiência pública em Nova Lima para esclarecer constrangimentos que os trabalhadores silicóticos da mina Morro Velho estariam sofrendo. Eles entraram com um pedido de indenização, sendo que o Superior Tribunal de Justiça determinou o seu valor em R$ 100 mil.



COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ALMG APROVA CONVOCAÇÃO DE COMANDANTE E SUBCOMANDANTE DO 10º BPM

May 26, 2013 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire


A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa Minas Gerais (ALMG) aprovou na tarde desta segunda-feira (27/05) requerimento de autoria do Deputado CABO JÚLIO em que convoca para audiência pública o Comandante Tenente Coronel PM Geraldo Brasileiro de Sales Filho e o Subcomandante Major PM Éderson da Cruz Pereira do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) para darem esclarecimentos sobre denúncias de assédio moral, tráfico de influência e ingerência do Prefeito Municipal em desfavor dos policiais militares do Destacamento de Mirabela, região norte do Estado.
Segundo as denúncias, militares do município foram transferidos a pedido do prefeito sob alegação de baixo rendimento e aumento da criminalidade na região. Ainda de acordo com a denúncia, o prefeito de Mirabela dizia, durante a campanha eleitoral de 2012, que se ganhasse as eleições, "mandaria todos os policiais da cidade embora".
Militares que participaram de uma reunião no auditório da prefeitura em maio disseram que o Comandante do 10º BPM afirmou que o prefeito da cidade "é muito forte, além de ser presidente de uma associação regional,  cada militar deveria escolher uma cidade para ser transferido e, que se não escolhessem, seriam enviados para locais mais distantes". Os familiares dos militares tem sido alvo dos correligionários do prefeito que faziam chacotas contra os militares dizendo: "Não falei que o papai (apelido do prefeito) iria mandar todos vocês embora!
"Lamento que nossos policiais militares sejam vítimas de tamanha covardia e que mesmo com toda a falta de estrutura, apreenderam armas e ainda assim são usados como moeda de troca política", disse CABO JÚLIO.



Boletins de ocorrência de apreensão de armas na região:
2011: 09 armas de fogo apreendidas, bo: 356, 525,635,701,758,788,822,831,930
2012:     10 armas de fogo apreendidas, bo: 176, 210, 292, 554, 555, 556, 557, 558, 932, 971.
2013:       04 armas de fogo apreendidas, bo: 204, 347, 410, 445.
Vejamos se a culpa é dos militares:
1 - Moradores de Mirabela pagam combustível para viatura da PM - 30/01/2013 - Portal G1 - segundo moradores, viaturas ficam 10 dias paradas sem combustível. Na cidade de 13 mil habitantes, oito policiais fazem a segurança da cidade.
http://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/2013/01/por-mais-seguranca-moradores-de-mirabela-pagam-o-combustivel-da-pm.html
2 - Viaturas ficam paradas sem gasolina e roubos crescem 300% em cidade de MG - Veículos não rodam por Mirabela pelo menos há 15 dias. 31/01/2013 - Portal record R7
http://noticias.r7.com/minas-gerais/noticias/viaturas-ficam-paradas-sem-gasolina-e-roubos-crescem-300-em-cidade-de-mg-20130131.html
3 - MG – Sem gasolina, viaturas da PM param, e crimes aumentam em Mirabela.
ttp://jornalmontesclaros.com/2013/02/01/mg-sem-gasolina-viaturas-da-pm-param-e-crimes-aumentam-em-mirabela.html#axzz2TYm4m5m5
 
 
Fonte: BLOG OFICIAL DO CABO JÚLIO