Oficiais pedem que Ministério Público investigue denúncias feitas pelo coronel Gonçalves contra o Comando Geral da PMES
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
Os oficiais de alta patente – coronéis da ativa, em sua maioria – estão
levando sua preocupação aos representantes do Judiciário, Ministério
Público e Executivo.
Na segunda-feira (18/03), o coronel Gonçalves, que cumpre prisão
domiciliar por ordem da Justiça – ele é acusado de assédio sexual contra
uma cabo –, fez uma série de denúncias contra o Comando Geral da
Polícia Militar em entrevista a este Blog.
Revelou que há casos de “oficiais envolvidos com o tráfico de drogas,
desvio de combustível, irregularidades no pagamento de diárias,
quadrilha de assaltantes, uso de patrimônio e bens públicos para fins
particulares, recebimento e pagamento de escalas especiais indevidas,
entre tantos”.
Gonçalves denunciou ainda que há desvio de dinheiro público na Polícia
Militar e que existem oficiais que praticam relações sexuais com
mulheres dentro de viatura, além da prática de orgias sexuais no Centro
de Formação e Aperfeiçoamento (CFA) envolvendo oficiais-instrutores e
alunas-oficiais e alunas-soldadas, sem que os autores dos crimes sejam
sequer investigados pela PM e pelo Ministério Público Militar.
“A segurança pública no Espírito Santo é uma fábrica de dinheiro para os desonestos”, afirma o coronel Gonçalves.
Procurado pelo Blog do Elimar Côrtes para se posicionar sobre as
denúncias do coronel Gonçalves, o secretário de Estado da Segurança
Pública e Defesa Social, André Garcia, disse, por meio da Assessoria de
Imprensa, que os casos já estão sendo investigados pela Corregedoria
Geral da PM. Segundo a assessoria, a Sesp vai se manifestar somente
quando as investigações terminarem.
Enquanto isso, um grupo de oficiais já começou a se movimentar para
solicitar ao procurador geral de Justiça, Éder Pontes, que determine ao
Ministério Público Estadual a iniciar logo uma investigação:
“Precisamos que a investigação seja feita por um órgão independente. Que
seja, por exemplo, o Ministério Público porque as denúncias do coronel
Gonçalves são gravíssimas. Não consideramos legal e nem moral que a
própria Polícia Militar investigue denúncias que podem ou não atingir
seu próprio comandante geral (coronel Ronalt Willian), se levarmos em
consideração a entrevista do coronel Gonçalves. Sem uma investigação
independente, não se chegará a lugar algum”, ponderou um coronel ao Alto
Escalão da PM.
Os oficiais já fizeram chegar ao governador Renato Casagrande, ao
presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, e
ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a sua preocupação com as
denúncias:
“Na entrevista, o coronel Gonçalves não cita nomes, mas todos dentro da
PM sabem a que pessoas ele está se referindo. Porém, o público externo
pensa que todos nós somos bandidos e apoiamos os oficiais flagrados
praticando ato sexual dentro de viatura ou transando com alunas dentro
do CFA (Centro de Formação e Aperfeiçoamento). Por entendermos que a
maioria absoluta dos homens e mulheres que compõem a Polícia Militar do
Espírito Santo são pessoas de bem, é que estamos pedindo quase que uma
intervenção na corporação, pelo menos no que diz respeito às
investigações das denúncias apresentadas pelo coronel Gonçalves”,
prosseguiu outro coronel.
Fonte: Blog do Elimar Côrtes
Filha maior e formada, fazendo pós-graduação, não tem direito a pensão alimentícia
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) exonerou um pai do pagamento de pensão alimentícia para a filha de 27 anos, formada em direito e com pós-graduação em andamento.
A Turma, seguindo voto do relator, ministro Luis Felipe Salomão, entendeu que a filha – maior de idade, em perfeita saúde física e mental e com formação superior – deveria ter buscado o seu imediato ingresso no mercado de trabalho, não mais subsistindo para seu pai a obrigação de lhe prover alimentos. Pensão reduzida Em fevereiro de 2010, o pai ajuizou ação de exoneração de alimentos. Alegou que estava sendo obrigado pela Justiça a pagar pensão de 15 salários mínimos a sua filha maior de idade e formada em direito. O juízo de primeira instância julgou procedente o pedido. A filha apelou da sentença. O Tribunal de Justiça proveu parcialmente o recurso para manter a pensão no valor de dez salários mínimos. Sacrifício Inconformado, o pai recorreu ao STJ sustentando que sempre cumpriu a obrigação alimentar, porém sua situação financeira não mais permite o pagamento sem sacrifício do sustento próprio e de seus outros filhos. Alegou que sua filha, naquele momento, já estava formada havia mais de dois anos e deveria prover seu próprio sustento. Contudo, o tribunal estadual manteve a pensão alimentícia no valor de dez salários mínimos. Segundo ele, em nenhum momento a filha demonstrou que ainda necessitava da pensão, tendo a decisão do tribunal presumido essa necessidade. Porém, com a maioridade civil, essa presunção não seria mais possível. Por fim, argumentou que a pensão não pode nem deve se eternizar, já que não é mais uma obrigação alimentar absoluta e compulsória. Estudo em tempo integral A filha, por sua vez, afirmou que a maioridade não extingue totalmente a obrigação alimentar e que não houve alteração do binômio possibilidade-necessidade, pois necessita dos alimentos para manter-se dignamente. Além disso, alegou que o pai tem amplas condições de arcar com a pensão. Argumentou que a exoneração requer prova plena da impossibilidade do alimentante em fornecer alimentos e de sua desnecessidade para a manutenção do alimentando. Disse que, embora tenha atingido a maioridade e concluído curso superior, não possui emprego e permanece estudando, já que frequenta curso de pós-graduação em processo civil. Por fim, afirmou que utiliza seu tempo integralmente para seu aperfeiçoamento profissional e necessita, mais do que nunca, que seu pai continue a pagar a pensão alimentícia. Solidariedade Ao analisar a questão, o ministro Luis Felipe Salomão destacou que os alimentos decorrem da solidariedade que deve haver entre os membros da família ou parentes, visando a garantir a subsistência do alimentando. Para isso, deve ser observada sua necessidade e a possibilidade do alimentante. “Com efeito, durante a menoridade, quando os filhos estão sujeitos ao poder familiar – na verdade, conjunto de deveres dos pais, inclusive o de sustento –, há presunção de dependência dos filhos, que subsiste caso o alimentando, por ocasião da extinção do poder familiar, esteja frequentando regularmente curso superior ou técnico, todavia passa a ter fundamento na relação de parentesco, nos moldes do artigo 1.694 e seguintes do Código Civil”, acrescentou o relator. O ministro citou ainda precedentes do STJ que seguem o mesmo entendimento do seu voto. Em um deles, ficou consignado que “os filhos civilmente capazes e graduados podem e devem gerir suas próprias vidas, inclusive buscando meios de manter sua própria subsistência e limitando seus sonhos – aí incluídos a pós-graduação ou qualquer outro aperfeiçoamento técnico-educacional – à própria capacidade financeira”. A exoneração de alimentos determinada pela Quarta Turma terá efeitos a partir da publicação do acórdão. O número deste processo não é divulgado em razão de sigilo judicial. Fonte: STJ |
No enquadramento de atividade profissional como especial com base na categoria, exposição a agentes nocivos é presumida
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
Na sessão de julgamento realizada no último dia 8 de março, em Belo Horizonte, a Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) reiterou o entendimento de que, nos casos em que se busca enquadrar uma atividade profissional como especial, com base na categoria, a exposição a agentes nocivos é presumida, isto é, basta a demonstração do efetivo exercício da atividade, sendo desnecessária a comprovação de exposição habitual e permanente a esses agentes.
A discussão do processo girava em torno da necessidade, ou não, de comprovação de habitualidade e permanência da exposição aos agentes nocivos elencados na lei que rege o assunto quando se trata de atividade presumivelmente nociva, por enquadramento por categoria profissional. No caso em julgamento, o pedido de uniformização se insurgiu contra acórdão que manteve sentença que não reconheceu a especialidade da atividade de auxiliar de enfermagem, desenvolvida pela parte autora nos períodos de 11/08/1977 a 13/03/1981 e de 05/04/1981 a 05/11/1984. O acórdão recorrido considerou que, para fins de enquadramento, a função de auxiliar de enfermagem exige contato permanente com doentes ou materiais infecto-contagiantes. Como a autora exercia suas atividades no ambulatório/enfermaria de empresa privada, onde o contato da requerente com agentes biológicos somente se dava nos procedimentos de curativo e coleta de material para exames, e eventualmente em funcionários portando doenças-infecto-contagiosas, a Turma Recursal considerou que a exposição não era permanente e, assim, não reconheceu como condição especial de trabalho. Na TNU, ao dar o voto condutor da decisão, a juíza federal Ana Beatriz Vieira da Luz Palumbo considerou que, como todos os períodos discutidos são anteriores à vigência da Lei 9.032/95, não há a necessidade de comprovação da exposição habitual e permanente da requerente aos agentes biológicos nocivos, sendo bastante o enquadramento da sua atividade de "auxiliar de enfermagem", por equiparação à atividade de "enfermeiro", relacionada como especial no Anexo II do Decreto 83.080/79, código 2.1.3. Em seu voto, a magistrada citou, inclusive, trecho do voto proferido pelo juiz federal João Carlos Costa Mayer Soares, ao apreciar o Pedilef 200672950176317, que tratava de pedido de enquadramento como especial da mesma função: auxiliar de enfermagem. “A necessidade de comprovação de exposição permanente e efetiva aos agentes nocivos foi estabelecida pela Lei 9.032, publicada em 29 de abril de 1995, que alterou a redação do § 3º do artigo 57 da Lei 8.213/91, e não admite aplicação retroativa, bastando o enquadramento da atividade nas relações dos Decretos 53.831/64 ou 83.080/79, quando exercida em período anterior ao advento da referida lei”, transcreveu. A partir desse fundamento, a TNU determinou que a Turma Recursal de origem faça a adequação do acórdão recorrido à tese uniformizada pela TNU, reexaminado a possibilidade de reconhecimento de atividade especial no período anterior a 29/4/1995. Processo relacionado: 2008.71.58.010314-9 Fonte: Justiça Federal - 20/03/2013 |
BH pode sediar alguns dos mais importantes jogos da Copa
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
Segundo secretário municipal, as principais seleções devem passar pela Capital.
Segundo Camillo Reis, no Mineirão serão realizados alguns dos jogos mais importantes do Mundial. Delegações tradicionais, como a da França e da Itália, assim como a própria Seleção Canarinho, devem jogar na cidade. Além disso, o secretário assegurou que um Centro Internacional de Broadcasting (para abrigar transmissões da mídia internacional) também será instalado na Capital. Ele lembrou ainda que a Embratur vai destacar Belo Horizonte numa edição especial, em Montevidéu (Uruguai), do “Goal to Brasil”, evento de promoção dos destinos brasileiros da Copa 2014.
O secretário fez questão de enfatizar que há um forte esforço da PBH para cumprir os cronogramas. Para ele, ao final, as obras deixarão um importante legado para os mineiros. Para exemplificar, citou as reformas no Mineirão e no Arena Independência; as obras do ônibus de transporte rápido (BRT); a instalação de câmaras integradas; além de regiões da cidade que terão internet aberta (wi-fi). Camillo Fraga também enfatizou que, tanto na Copa das Confederações 2013 quanto no Mundial de 2014, Belo Horizonte terá intensa programação, inclusive com atividades culturais, diariamente.
Deputado estende convite para evento no Triângulo
O presidente da Comissão da Copa da ALMG aproveitou a reunião para ressaltar o interesse de Uberlândia (Triângulo) em ser uma das subsedes do Mundial de 2014. Ao abordar a questão, Tenente Lúcio ressaltou que, nesse sentido, seria valioso para a cidade do Triângulo conhecer melhor a experiência da Capital mineira. Com isso, convidou Camillo Fraga para comparecer à audiência que a Comissão Extraordinária da Copa do Mundo e a Comissão de Esporte, Lazer e Juventude realizarão em abril, em Uberlândia.
Ao fazer o convite, informou quais autoridades vão comparecer à atividade. Além dos parlamentares das duas comissões e de vereadores da cidade, assegurou o deputado, já confirmaram presença os secretários de Estado Extraordinário da Copa do Mundo, Tiago Lacerda; de Trabalho e Emprego, José Silva Soares (Zé Silva); e de Esportes e da Juventude, Eros Biondini. O secreário municipal Camillo Fraga também concordou em visitar Uberlândia, participar da audiência e cooperar para que a cidade se efetive como uma das subsedes mineiras.
Aprovação de Lei Geral das Polícias Civis é prioridade para ministro da Justiça
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
Da Agência Câmara Notícias
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pediu nesta terça-feira (19) aos deputados a aprovação de propostas relacionadas à segurança pública. Os projetos destacados como prioritários pelo ministro criam regras uniformes para as polícias civis, indenizam policiais que trabalham em fronteiras, facilitam a identificação de explosivos, criam um sistema de prevenção à tortura, entre outras medidas.
O apelo foi feito durante comissão geral sobre segurança pública e violência no trânsito, que aconteceu hoje na Câmara. Mais de 40 deputados, autoridades de todos os níveis de governo e representantes de movimentos sociais, participaram do encontro, que durou todo o dia.
Segundo o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, algumas das propostas prioritárias poderão ser votadas ainda nesta semana pelos deputados. “Esta Casa tem a obrigação de ser protagonista dos grandes debates nacionais e buscar as suas soluções”, destacou Alves. O autor do requerimento para a realização da comissão geral, deputado Lincoln Portela (PR-MG), complementou: “O debate [de hoje] é o pontapé para darmos um basta à contradição brasileira entre desenvolvimento econômico e social, por um lado, e índices crescentes de violência, por outro”.
Ação conjunta Cardozo pediu a ação conjunta dos deputados, independentemente dos partidos, para a aprovação das propostas. “Às vezes, temos grandes polêmicas, porém algumas questões são maiores que as nossas divergências, tendo em vista o interesse público”, declarou.
O presidente da Comissão da Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), concordou com a aprovação das propostas, mas cobrou do Ministério da Justiça “mais efetividade no combate à violência”. “Em 2012, a dotação orçamentária da pasta foi de R$ 12,4 bilhões e somente cerca de 60% foram executados. O orçamento do órgão para este ano diminuiu para R$ 10,7 bilhões. Isso é falta de priorização?”, questionou.
Propostas A primeira proposta destacada por Cardozo estabelece normas gerais sobre o funcionamento das polícias civis (PL 1949/07 – Lei Geral das Polícias Civis).
PEC 300: militares cobram aprovação em segundo turno
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
Bombeiros, policiais civis e militares fizeram manifestação hoje na Câmara para pressionar pela aprovação do segundo turno da chamada PEC 300.
O evento, no auditório Nereu Ramos, contou com a presença dos principais líderes do movimento em favor da proposta, que cria o piso nacional das três categorias.
A PEC 300/08 foi aprovada em primeiro turno em 2010 e, desde então, aguarda a conclusão da análise dos deputados.
No encontro, lideranças das categorias reclamaram que na época da campanha eleitoral os candidatos prometeram a aprovação da proposta, até mesmo o vice-presidente e a própria presidente.
Principais reivindicações
A criação de uma polícia estadual única e de um plano nacional para as categorias estão entre as principais reivindicações da PEC. Além disso, os oficiais pedem um fundo nacional de segurança pública, com financiamento de municípios, estados e do governo federal. O principal entrave para a aprovação da proposta é a obrigação que caberá à União de contribuir com os salários dos policiais.
O deputado Mendonça Prado (DEM-SE) acredita que é possível aprovar a PEC 300 ainda neste ano, por conta do compromisso firmado pela presidência da Câmara. Confiante, o parlamentar lembrou a aprovação no Senado de proposta semelhante, de autoria de Renan Calheiros. "O presidente do Senado é autor da proposta 446. Na Câmara dos Deputados, o presidente Henrique Eduardo Alves, quando era líder, assinou o requerimento para incluir na pauta. Ele defendeu a PEC 300 e eu tenho certeza que ele será o principal cabo eleitoral da PEC 300, sob pena de ficar em uma situação ruim em termos de imagem, de homem público e de palavra".
Segurança dos oficiais
Para os policiais militares, a questão não é apenas salarial, mas também de segurança dos oficiais. Na PEC 300, um dispositivo prevê criação de lei complementar para aplicação de penas mais duras para os crimes contra trabalhadores da segurança pública.
Segundo o policial militar Edgar Menezes, que representa a Associação dos Militares do Estado de Sergipe, a aprovação em segundo turno demora porque a proposta envolve muitos interesses. "Os governadores dos estados são contra a PEC 300 porque acham que vão arcar com a conta desse possível reajuste, desse possível piso salarial, mas não é bem assim. Existe um projeto para que a União complemente os salários. São três anos, provavelmente vamos levar 2013 todinho nessa mesma luta", completou.
Na agenda dos manifestantes, além da PEC 300, foram discutidos temas como a votação em trânsito, já que os policiais são deslocados para outros municípios; e da reserva nas corporações, quando o oficial é obrigado a se aposentar para assumir mandato político.
Outra reinvindicação é a anistia aos oficiais que perderam os cargos, como os bombeiros demitidos ano passado por articularem movimento grevista no Rio de Janeiro.
Saiba mais sobre a tramitação de PECs
Íntegra da proposta:
PEC-300/2008
Fonte: Rádio Câmara - RCA
BRASIL EM DEBATE
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
A Câmara promoveu uma comissão geral para debater projetos relacionados à segurança pública e ao combate à violência no trânsito. A comissão constatou o aumento dos índices de violência no país. Segundo dados do mapa da violência de 2012, mais de um milhão pessoas morreram nos últimos 30 anos. Quem participa desta edição para falar do assunto são os deputados Fernando Francischini (PEN-PR) e Lincoln Portela (PR-MG). (TV Câmara).
Veja a matéria:
Justiça manda suspender PAD contra policial que escreveu à presidente
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
A Diretoria Jurídica do Sindipol/DF, por meio do Escritório de Advocacia Raul Canal, conquistou mais uma vitória no judiciário. Desta vez, obteve oportuna liminar para paralisar o arbitrário Processo Disciplinar que tentava punir um policial federal que havia escrito à presidente Dilma Rousseff contando as dificuldades dos EPAs e a grave defasagem salarial destes cargos dentre as carreiras exclusivas de Estado.
Tales Krauss Quiroz, Juiz Federal Substituto da 4ª Vara/DF, em exercício na 15ª Vara, manifestou-se na liminar, conferindo razão ao policial federal. ``Penso que o email endereçado à Presidente da República nada mais é do que a expressão do direito constitucional à livre manifestação do pensamento. (...) A instauração de um processo disciplinar, nesse contexto, considerado o princípio constitucional da liberdade de expressão, é desproporcional. Como defende a inicial, em paralelo com o processo penal, não há, no processo disciplinar instaurado, um mínimo de justa causa``.
O vice-presidente Flávio Werneck elogia a decisão judicial e destaca o reconhecimento ao exercício da democrática manifestação de pensamento, especialmente por meio da internet, blogs, sites e fóruns de discussão. ``Há muito o país desvencilhou-se dos regulamentos draconianos, típicos das ditaduras. O país respira liberdade e as manifestações que reclamam por melhores salários e condições de trabalho não devem ser punidas``, afirma Werneck.
Submissão - Segundo a decisão do magistrado, ``Ofende a razoabilidade movimentar toda uma estrutura administrativa e judicial para um caso que, segundo penso, não possui um mínimo de justa causa. No fundo, o que se tem é a desnecessária submissão do acusado a um processo punitivo demorado e indefinido, sem vantagem final de relevo``.
Veja abaixo o teor da liminar:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
Processo N° 0011611-13.2013.4.01.3400 - 15ª VARA FEDERAL
Nº de registro e-CVD 00035.2013.00153400.2.00390/00136
IMPETRADO: CORREGEDOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DECISÃO
Em exame preliminar e provisório, avalio que o impetrante possui razão. Indo direto ao ponto, penso que o email endereçado à Presidente da República nada mais é do que a expressão do direito constitucional à livre manifestação do pensamento (inc. IV do art. 5º da Constituição Federal de 1988). No próprio email o impetrante relata que se trata de um ‘desabafo’ pessoal, uma insatisfação com a questão salarial.
Além disso, o impetrante utilizou-se de email particular para enviar seu ‘desabafo’, fora do horário de serviço. E fez uso de um canal específico de contato, denominado “Fale com a Presidente“. Não houve divulgação externa de seu email. Efetivamente, não detectei um dolo específico de depreciar autoridade ou ato da Administração Pública, mas, antes, o exercício de uma crítica, a exteriorização de uma opinião pessoal a respeito da questão remuneratória, em um contexto de greve.
Quanto à menção ao Ministro da Justiça, o impetrante, em seu interrogatório, esclareceu e justificou os fatos, ficando evidente, da mesma maneira, que não houve a
intenção de depreciar autoridade. O email pode ser interpretado, no máximo, como uma impropriedade de procedimento, não uma transgressão disciplinar.
A instauração de um processo disciplinar, nesse contexto, considerado o princípio constitucional da liberdade de expressão, é desproporcional. Como defende a inicial, em paralelo com o processo penal, não há, no processo disciplinar instaurado, um mínimo de justa causa. O periculum in mora decorre do que alegado na inicial.
A aplicação de uma sanção, como, por exemplo, a de suspensão, tem repercussão na vida funcional do servidor, inclusive para fins de progressão na carreira. Além do mais, a simples instauração de um processo disciplinar acarreta conseqüências imediatas. O documento de fl. 59, por exemplo, diz que o servidor acusado não pode participar de missões que impliquem afastamento de sua lotação por mais de 24 horas ou obter licença de interesse pessoal.
Por fim, é preciso considerar que o processo disciplinar envolve custos diversos. Servidores são designados para atuar no processo administrativo com prejuízo das funções. O processo, por sua vez, é demorado e dispendioso. Isso sem falar nos custos reflexos, como os judiciais, sendo exemplo a presente ação. Ofende a razoabilidade movimentar toda uma estrutura administrativa e judicial para um caso que, segundo penso, não possui um mínimo de justa causa.
No fundo, o que se tem é a desnecessária submissão do acusado a um processo punitivo demorado e indefinido, sem vantagem final de relevo. Tendo em vista a necessidade e a desproporcionalidade da instauração do processo disciplinar, assim como os custos diversos acima sublinhados, concluo que o prejuízo não é apenas do impetrante, mas da própria Administração Pública.
Diante do exposto, defiro o pedido liminar para suspender o processo disciplinar que é objeto desta ação.
Notifique-se. Intime-se para imediato cumprimento.
Comunique-se o órgão jurídico de representação.
Após, ao Ministério Público, para parecer.
Publique-se.
Brasília, 19 de março de 2013.
SP: soldado pode ser expulso após denúncia
Marzo 21, 2013 21:00 - no comments yet
Patifarias sem limites na PM: Praça que denunciou a major Silvia Martinez Brandão
Ferreira de Moraes para a Band de testemunha virou vilão e será expulso
acusado de INTRUJAR REFORMA NA CASA DA OFICIAL
RELEMBRE O CASO:
24/11/2012
PMs presos reformam casa de diretora
Josmar Jozino do Agora
Um PM e um ex-PM presos no Presídio Militar Romão Gomes, na Água Fria (zona norte), deixaram
o local pelo menos três vezes sem autorização judicial para fazer serviços de marcenaria na casa
da major Silvia Martinez Brandão Ferreira de Moraes, que é subcomandante da unidade prisional.
o local pelo menos três vezes sem autorização judicial para fazer serviços de marcenaria na casa
da major Silvia Martinez Brandão Ferreira de Moraes, que é subcomandante da unidade prisional.
A saída dos presos foi flagrada na última terça-feira pela equipe da TV Bandeirantes e exibida anteontem
no “Jornal da Band”.
no “Jornal da Band”.
A Corregedoria da Polícia Militar e a Promotoria de Justiça Militar investigam o caso.
O juiz-corregedor geral do Tribunal de Justiça Militar, Luiz Alberto Moro Cavalcante, e o diretor
do Presídio Romão Gomes, tenente-coronel Daniel Ignácio, não tinham conhecimento da saída ilegal.
do Presídio Romão Gomes, tenente-coronel Daniel Ignácio, não tinham conhecimento da saída ilegal.
Resposta
A Polícia Militar informou ontem que a major Silvia Martinez Brandão Ferreira de Moraes
foi apresentada à Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos.
foi apresentada à Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos.
A polícia informou também que foi aberto um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar os fatos.
A reportagem ligou para o Presídio Romão Gomes e foi informado que a major está de folga e retorna
ao serviço na próxima semana.
ao serviço na próxima semana.
Na casa da oficial, ninguém atendeu ontem às ligações.
A reportagem também não conseguiu localizar os advogados dos dois PMs que estão presos.
SP: soldado pode ser expulso após denúncia
Do Jornal da Band
O soldado que denunciou a saída ilegal de detentos da Cadeia Militar Romão Gomes, em São
Paulo, pode ser expulso da polícia. O Jornal da Band mostrou no ano passado que policiais militares
condenados pela Justiça trabalhavam na casa de uma das diretoras do presídio. Eles iam e voltavam com escolta oficial.
Paulo, pode ser expulso da polícia. O Jornal da Band mostrou no ano passado que policiais militares
condenados pela Justiça trabalhavam na casa de uma das diretoras do presídio. Eles iam e voltavam com escolta oficial.
O flagrante foi exibido pelo Jornal da Band em novembro do ano passado. Um ex-cabo
e um soldado, condenados por crimes graves, foram levados num veículo oficial até a casa da
então subcomandante do presídio, a major Silvia Martinez Brandão. Lá, passaram três horas
fazendo trabalho de marcenaria.
e um soldado, condenados por crimes graves, foram levados num veículo oficial até a casa da
então subcomandante do presídio, a major Silvia Martinez Brandão. Lá, passaram três horas
fazendo trabalho de marcenaria.
O policial que fez a denúncia assumiu em depoimento que passou as informações à nossa
reportagem. Depois disso, teve a escala de trabalho modificada e agora pode até ser expulso
da corporação.
reportagem. Depois disso, teve a escala de trabalho modificada e agora pode até ser expulso
da corporação.
Um conselho de disciplina foi aberto para apurar a conduta do soldado Afonso Tuschi Júnior,
que aparece nas imagens do lado de fora da casa da major.
que aparece nas imagens do lado de fora da casa da major.
Um documento mostra a conclusão do inquérito militar. De acordo com a corregedoria da PM
(Polícia Militar), foi o soldado que armou a saída dos presos e, para isso, teria mentido três vezes. Primeiro para um oficial de plantão, depois para os dois detentos que trabalharam na casa da major
e, por último, para seu parceiro de escolta. As condutas foram consideradas transgressões graves e passíveis de expulsão.
(Polícia Militar), foi o soldado que armou a saída dos presos e, para isso, teria mentido três vezes. Primeiro para um oficial de plantão, depois para os dois detentos que trabalharam na casa da major
e, por último, para seu parceiro de escolta. As condutas foram consideradas transgressões graves e passíveis de expulsão.
A major Silvia, afastada do subcomando do presídio, continua respondendo por crimes contra
a administração pública e também corre o risco de ser excluída da Polícia Militar.
a administração pública e também corre o risco de ser excluída da Polícia Militar.
Veja como o TSE julga casos de abuso de poder
Marzo 20, 2013 21:00 - no comments yet
DESEQUILÍBRIO NAS ELEIÇÕES
Revista Consultor Jurídico
Crimes contra administração têm 230 mil ações
Marzo 20, 2013 21:00 - no comments yet
AGUARDANDO JULGAMENTO
Revista Consultor Jurídico
Denúncia anônima tem limitações para motivar inquérito
Marzo 20, 2013 21:00 - no comments yet
A TODA PROVA
Aldo de Campos Costa exerce o cargo de assessor de ministro do Supremo Tribunal Federal. Foi professor substituto da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.
Revista Consultor Jurídico
Entenda os regimes de responsabilidade para políticos
Marzo 20, 2013 21:00 - no comments yet
A TODA PROVA
Aldo de Campos Costa exerce o cargo de assessor de ministro do Supremo Tribunal Federal. Foi professor substituto da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.
Revista Consultor Jurídico
Presidente da Comissão de Direito Humanos é intimado pelo STF
Marzo 20, 2013 21:00 - no comments yet
PAGAMENTO ADIANTADO
STF intima Feliciano a depor em ação por
estelionato
Revista Consultor Jurídico
Doutrina diverge de jurisprudência sobre redes sociais
Marzo 20, 2013 21:00 - no comments yet
DIREITO COMPARADO
Otavio Luiz Rodrigues Junior é advogado da União, pós-doutor (Universidade de Lisboa) e doutor em Direito Civil (USP); membro da Association Henri Capitant des Amis de la Culture Juridique Française (Paris, França) e da Asociación Iberoamericana de Derecho Romano (Oviedo, Espanha).
Revista Consultor Jurídic