As três peneiras ...
Settembre 22, 2014 13:30 - no comments yetUm homem, procurou um sábio e disse-lhe: - Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de... Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: - Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? - Peneiras? Que peneiras? - Sim. A primeira é a da verdade.
Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? - Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! - Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? - Não! Absolutamente, não! - Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira.
Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa? - Não... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E o sábio sorrindo concluiu: - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz!
Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: Pessoas sábias falam sobre idéias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas medíocres falam sobre pessoas.
SócratesSgt BARBOSA, declara apoio a candidatos policiais militares.
Settembre 22, 2014 8:40 - no comments yetDecisões importantes para a eleição, e um trabalho incessante em defesa da cidadania na segurança pública e da ética na política!
Em toda eleição temos a difícil missão de escolher os candidatos, que representaram e defenderam os direitos e interesses dos cidadãos de Minas Gerais, bem como da segurança pública e de seus operadores.
E com tantos bons e leais candidatos militares e da segurança pública, a decisão e nossa declaração de apoio, se pautou pela ética, respeito, compromisso, transparência e acima de tudo, na trajetória e história de luta e participação política de cada postulante ao cargo na eleição, seja deputado estadual ou federal.
Descartamos os candidatos já conhecidos e com mandato, pois se queremos renovação, não podemos alimentar o fantasma do medo, vigorosamente disseminado entre os militares, pois temos votos e potencial para eleger muito mais que dois deputados estaduais, e um federal.
Excluímos de nossa avaliação, qualquer candidato militar que já tenha se envolvido com corrupção, pois se criticamos e queremos os corruptos fora da política, esta exigência da cidadania, implica em cortar na carne, e não podemos ficar indiferentes com os males e consequências de atos de corrupção que minam, fragilizam e enfraquecem o poder soberano do cidadão.
Também não entraram na avaliação, nenhum candidato com mandato em entidade de classe, já que há uma crise de representação que poucos conseguem ver, e os que conseguem fingem não querer enxergar, mas seus efeitos já podem ser sentidos e projetados no futuro, e com isto tivemos e teremos perdas e prejuízos que as presentes e futuras gerações ainda não sabem a extensão, mas que certamente contabilizaram ao longo de sua carreira.
Votar é um ato soberano, de convicção, e fé, e a confiança, credibilidade e compromisso são os princípios que nos fizeram chegar até aqui, e esperamos que os policiais, bombeiros militares e cidadãos, exerceram com consciência e ética seu direito de votar, e se exigimos e defendemos mudanças, devemos começar a votar com consciência, ao invés de votar com o umbigo.
Assim, após submeter a discussão, avaliação, pesquisa e analise de perfis e trajetória política dos candidatos militares, decidimos e declaramos publicamente nosso apoio aos candidatos que iremos apoiar, votar e indicar aos amigos e cidadãos de Minas Gerais, e que escolhemos pelo compromisso, história e ética em sua atuação política, cidadã e comunitária.
E o melhor sem vícios, ou amarrados a acordos feitos a portas fechadas, e sem estar comprometidos ou aliados ao Comando e ao Governo.
Fizemos nossa escolha, e votaremos nos candidatos, que até agora demonstraram respeito pelos cidadãos, e não transformaram os policiais e bombeiros militares e suas famílias em um curral eleitoral.
Se você ainda não escolheu ou não decidiu em quem votar, pedimos seu voto para os candidatos, que sabemos e confiamos cuidarão com transparência, responsabilidade, respeito, e seriedade de sua segurança e de sua família, e farão o que muitos prometem e não fazem, enfrentar com rigor e coragem o debate sobre a violência e criminalidade que assola nossa sociedade.
APOIAMOS OS CANDIDATOS:
CONTAMOS COM APOIO DOS AMIGOS E CIDADÃOS DE MINAS GERAIS, PELA SEGURANÇA DE MINAS E PELO RESPEITO A CIDADANIA.
Humildade x Orgulho
Settembre 22, 2014 7:11 - no comments yetVocê já deve ter ouvido muitas vezes a palavra humildade, não é mesmo?
Essa palavra é muito usada, mas nem todas as pessoas conseguem entender o seu verdadeiro significado.
O termo humildade vem de húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente.
Assim, uma pessoa humilde está sempre disposta a aprender e deixar brotar no solo fértil da sua alma, a boa semente.
A verdadeira humildade é firme, segura, sóbria, e jamais compartilha com a hipocrisia ou com a pieguice.
A humildade é a mais nobre de todas as virtudes pois somente ela predispõe o seu portador, à sabedoria real.
O contrário de humildade é orgulho, porque o orgulhoso nega tudo o que a humildade defende.
O orgulhoso é soberbo, julga-se superior e esconde-se por trás da falsa humildade ou da tola vaidade.
Alguns exemplos talvez tornem mais claras as nossas reflexões.
Quando, por exemplo, uma pessoa humilde comete um erro, diz: "eu me equivoquei", pois sua intenção é de aprender, de crescer. Mas quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz: "não foi minha culpa", porque se acha acima de qualquer suspeita.
A pessoa humilde trabalha mais que a orgulhosa e por essa razão tem mais tempo.
Uma pessoa orgulhosa está sempre "muito ocupada" para fazer o que é necessário. A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas.
A pessoa orgulhosa dá desculpas, mas não dá conta das suas obrigações e pendências. Uma pessoa humilde se compromete e realiza.
Uma pessoa orgulhosa se acha perfeita. A pessoa humilde diz: "eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser".
A pessoa humilde respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com todos. A orgulhosa resiste àqueles que lhe são superiores e trata de pôr-lhes defeitos.
O humilde sempre faz algo mais, além da sua obrigação. O orgulhoso não colabora, e sempre diz: "eu faço o meu trabalho".
Uma pessoa humilde diz: "deve haver uma maneira melhor para fazer isto, e eu vou descobrir". A pessoa orgulhosa afirma: "sempre fiz assim e não vou mudar meu estilo".
A pessoa humilde compartilha suas experiências com colegas e amigos, o orgulhoso as guarda para si mesmo, porque teme a concorrência.
A pessoa orgulhosa não aceita críticas, a humilde está sempre disposta a ouvir todas as opiniões e a reter as melhores.
Quem é humilde cresce sempre, quem é orgulhoso fica estagnado, iludido na falsa posição de superioridade.
O orgulhoso se diz céptico, por achar que não pode haver nada no universo que ele desconheça, o humilde reverencia ao criador, todos os dias, porque sabe que há muitas verdades que ainda desconhece.
Uma pessoa humilde defende as idéias que julga nobres, sem se importar de quem elas venham. A pessoa orgulhosa defende sempre suas idéias, não porque acredite nelas, mas porque são suas.
Enfim, como se pode perceber, o orgulho é grilhão que impede a evolução das criaturas, a humildade é chave que abre as portas da perfeição.
Você sabe por quê o mar é tão grande? Tão imenso? Tão poderoso?
É porque foi humilde o bastante para colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande. Se quisesse ser o primeiro, se quisesse ficar acima de todos os rios, não seria mar, seria uma ilha. E certamente estaria isolado.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita
Delação premiada é usada até para "esquentar" prova ilícita, acusam advogados
Settembre 22, 2014 6:15 - no comments yetSEM GARANTIAS
O vazamento de depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Justiça trouxe de volta às manchetes o termo “delação premiada”. Também envolvido em escândalos, o doleiro Alberto Youssef, preso na operação lava jato (que desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas), da Polícia Federal, diz estar analisando se deve ou não colaborar com o Ministério Público em troca de benefícios como a redução de pena. A colaboração de outros acusados colocam mais pressão sobre o doleiro, mas seu advogado, Antônio Figueiredo Basto, já disse ser contra a delação premiada.
Previsto em diversas leis brasileiras, o instituto da delação premiada não é nenhuma novidade no ordenamento jurídico, mas sempre que é utilizado levanta questionamentos. Há quem defenda que o MP, ao propor esse tipo de acordo, busca na verdade “esquentar” provas obtidas de forma ilícita. A ideia, acusam, é colocar alguém para falar aquilo que o órgão já sabe, mas não pode afirmar porque obteve de forma ilegal, como por escutas não autorizadas.
O criminalista Pierpaolo Cruz Bottini, do Bottini e Tamasauskas Advogados, explica que há casos em que a delação pode ser uma estratégia relevante. “Não rechaço a delação, mas acho que ela deve ser usada em situações muito específicas, com toda a cautela.” De acordo com Bottini, as declarações do delator não tem grande valor probatório. “O que importa são os documentos que ele traz, ou as pistas que da para a elucidação de questões relevantes”, complementa.

Crítico à acusação entre ex-comparsas, o advogado Paulo Sérgio Leite Fernandes (foto), vê uma inversão de valores, pois quanto pior o crime cometido — e depois delatado — melhor será a recompensa oferecida. “O Ministério Público, o policial e o juiz cooperam com o apóstolo mefistofélico corrompido, numa trama diabólica, sim, porque se irmanam no pecado do facínora, protegem-no, deambulam com o próprio, ouvem-lhe a confissão e o perdoam, como se fora o sinal da cruz de um velho e desavisado Rasputin”, diz Leite Fernandes, em artigo publicado neste sábado, na revista eletrônica Consultor Jurídico.
Eduardo Kuntz, da Kuntz Advocacia e Consultoria Jurídica, afirma que os critérios da delação premiada são extremamente subjetivos. “Muitas vezes me pergunto o que seria melhor: saber muito e poder contribuir ou efetivamente não saber nada e deixar claro que a acusação é uma ilação sem fim?”, questiona. Para Kuntz, a delação mostra uma inversão da Justiça: “Ora, na primeira situação, talvez, alguém que realmente esteja envolvido com o crime pode ser ‘contemplado com a benevolência das autoridades’ e, na segunda situação, um inocente completo terá que ‘provar sua inocência’”.
Para o criminalista, a delação premiada mais parece uma “gambiarra” para corrigir excessos cometidos, principalmente na fase de inquérito. “Sem desrespeitar os bons profissionais, me parece que se os investigadores dos crimes e os fiscais da lei realmente investigassem antes de prender e fizessem um efetivo filtro antes de denunciar, não estaríamos falando de delação”, afirma.

A advogada Heloísa Estellita (foto) também se posiciona contrária ao instituto. “Qualquer que seja o procedimento adotado, um magistrado jamais deveria ‘negociar’ nada com uma pessoa que irá julgar. Tal proceder confronta com a imparcialidade que a Constituição exige do julgador”, explica. Ela, que afirma nunca ter participado de uma delação, questiona também o caráter sigiloso do acordo. “Isso sempre foi assim, mesmo antes da Lei 12.850/2013[a mais recente norma a regular a delação premiada]”, explica.
Sigilo
A questão do sigilo também foi contestada na operação lava jato. Após a imprensa divulgar informações dadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público, em acordo de delação premiada, os parlamentares da CPI da Petrobras solicitaram que Costa fizesse um depoimento também no Congresso.
Antes do encontro — no qual Costa se recusou a responder todas as perguntas — o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que todo acordo de delação premiada “impõe sigilo a todos os envolvidos” e que, por lei, ninguém pode relatar o seu conteúdo. O sigilo, no entanto, parece valer para a CPI e para declarações oficiais, uma vez que os depoimentos continuam vazando na imprensa.

Acordo inseguro
Marcelo Feller (foto), do Feller|Pacífico advogados, observa que a delação premiada é muito insegura para o investigado. Como a legislação não garante os benefícios, falando que o juiz poderá reduzir a pena ou conceder o perdão, a eficácia da delação depende de sua efetividade.
“Se o delator conta tudo que sabe e, mesmo assim, o Estado não consegue fazer o vínculo entre as pessoas indicadas e o cometimento de crime, o delator poderá não ter sua pena reduzida, ou não ter concedido o perdão judicial e, mesmo assim, ficar para sempre com a pecha de delator, dedo-duro”, diz. Além disso, ele aponta que o investigado corre o risco de fazer o acordo com o Ministério Público e o acordo não ser homologado pelo juiz.
Feller explica, ainda, que a Lei 12.850/2013 prevê a retratação da delação e o Ministério Público não pode utilizar aquelas provas contra o delator. As provas poderão ser utilizadas somente contra as pessoas que foram delatadas. “Ou seja, o delator pode acabar não tendo qualquer benefício e, mesmo assim, ter se colocado em risco (físico e moral) por ter feito a delação. Afinal, como disse o ministro Ayres Britto, no julgamento do HC 99.736, ‘o delator assume uma postura sobremodo incomum: afastar-se do próprio instinto de conservação ou autoacobertamento, tanto individual quanto familiar, sujeito que fica a retaliações de toda ordem’”.
Exatamente em razão dessa falta de segurança que Feller justifica nunca ter aconselhado um cliente a fazer delação. O advogado lembra que há diversos casos em que o delator, mesmo quando teve o direito reconhecido, precisou impetrar Habeas Corpus para ver reconhecido o seu direito. Como exemplos cita os Habeas Corpus HC 151.918, HC 90.962, e HC 97.509, julgados no STJ; e o HC 99.736, julgado no STF.
A criminalista Maíra Beauchamp Salomi, do Márcio Thomaz Bastos Advogados, reforça que o problema da delação, no Brasil, é a falta de segurança jurídica para o delator. “A lei não traz critérios claros e quem negocia é o MP. Ele precisa primeiro saber quais são os fatos que você tem para relatar, para depois analisar quais seriam os benefícios que poderia dar. E mesmo assim, quem decide se os benefícios serão mesmo dados é só o juiz, que inclusive pode discordar de tudo e te tratar como um acusado qualquer”, afirma. Maíra conta que além da insegurança, existe um problema ético no instituto, pois ele é baseado na mais pura traição.
Sem efeito
A insegurança no instituto da delação premiada se mostrou evidente no caso do doleiro Alberto Yousseff. Na última quarta-feira (17/9), o doleiro foi condenado a quatro anos de prisão pelo crime de corrupção ativa no caso Banestado. A decisão é do juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, o mesmo que é responsável por julgar a operação lava jato.
A ação penal, que também incluía acusação pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira, foi originariamente proposta em 2003 pelo Ministério Público Federal, mas foi suspensa após acordo firmado entre o doleiro, o MPF e o Ministério Público do Paraná. Porém, após a deflagração da operação lava jato, o acordo foi suspenso a pedido do MPF e o processo foi retomado.
Ao justificar o pedido para suspender a delação premiada feita em 2004, o Ministério Público, com base nas informações da operação lava jato, concluiu que o doleiro não contou tudo que sabia, e que a nova operação mostra que de lá para cá ele expandiu seus negócios.
Na decisão, o juiz Sergio Moro chamou Youssef de “criminoso profissional”. “[O doleiro] teve sua grande chance de abandonar o mundo do crime com o acordo de colaboração premiada, mas a desperdiçou, como indicam os fatos que levaram à rescisão do acordo”, acrescentou o juiz.
Marcos de Vasconcellos é chefe de redação da revista Consultor Jurídico.
Tadeu Rover é repórter da revista Consultor Jurídico.
Revista Consultor Jurídico
Links patrocinados em rede social são propaganda eleitoral paga
Settembre 22, 2014 6:13 - no comments yetNOVOS MEIOS
Links patrocinados no Facebook configuram propaganda eleitoral paga, ferem o princípio da isonomia entre os candidatos e afrontam a legislação eleitoral. Foi o que entendeu o juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin, ao aplicar multa de R$ 5 mil ao candidato a deputado federal Marcos Quadra (PRB) pela contratação dos serviços na rede social.
A legislação eleitoral não permite propaganda paga na internet. Para o magistrado “os anúncios patrocinados têm, inequívoco, conteúdo eleitoral; constam deles o nome de urna do candidato, seu número, partido, cargo almejado e mensagem, nitidamente, eleitoral”.
Ele considerou moderado o valor gasto com o anúncio e aplicou ao candidato a multa prevista no mínimo legal. De acordo com a sentença, o próprio candidato foi o responsável pela contratação, conforme informação prestada pelo Facebook, tirou o referido anúncio do ar.
A representação foi proposta pelo candidato a deputado estadual Luiz Gonzaga Vieira de Camargo (coligação PSDB-DEM-PPS-PRB). Da decisão monocrática, cabe recurso ao plenário do TRE-SP. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRE-SP.
Revista Consultor Jurídico
Questionar os poderes de uma autoridade pública não é uma afronta
Settembre 22, 2014 6:11 - no comments yetBARBOSA VS. NOBLAT
“Questionar os poderes de uma autoridade pública não deve ser considerada uma afronta, e a crítica à autoridade pública tornou-se algo não somente possível, mas necessário. O exercício do cargo no Poder Judiciário não foge a essa regra”. Com esse entendimento, o juiz federal Elder Fernandes Luciano rejeitou, no último dia 11 de setembro, denúncia do Ministério Público Federal contra o jornalista e colunista Ricardo Noblat, do jornal O Globo.
O MPF, que recebeu representação criminal de Joaquim Barbosa, então ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal, pleiteava a condenação pelos crimes de injúria, difamação e racismo. A representação e a denúncia foram propostas por conta da coluna “Joaquim Barbosa: Fora do Eixo”, publicada em 19 de agosto de 2013, no jornal impresso e na internet. A decisão é de 1ª instância, mas o MPF não vai recorrer, segundo noticiou o próprio O Globo.
O MPF justificou a denúncia contra Noblat argumentando que ao “fazer crítica ao ministro do STF, no exercício de sua função, extrapolou os limites da liberdade de expressão e de manifestação de pensamento, passando à ofensa deliberada do ofendido”. Afirmou ainda que “a crítica foi altamente ofensiva e injuriosa”. E sustentou “que o modo de agir do denunciado não apenas constituiu injúria racial. O texto publicado também estaria envolto à prática de racismo”.
A defesa do jornalista alegou que o texto, “definitivamente, não era ofensivo à honra de quem quer que fosse e tampouco indutivo da prática de racismo”, e sustentou ainda “que se tratava de crítica jornalística, notadamente elaborada a partir de fato ocorrido em sessão do julgamento do processo conhecido como ‘mensalão’”.

Ainda segundo a defesa, “na ocasião da sessão do julgamento do dia 15 de agosto de 2013, o ministro Joaquim Barbosa (foto) havia acusado o ministro Ricardo Lewandowski de ‘fazer chicana no julgamento’. O acusado [Noblat] teria feito crítica sobre a maneira que o ministro Joaquim Barbosa age quando contrariado, bem como reflexão do assunto”.
O juiz destacou que “o texto realmente é ríspido”. “É compreensível que qualquer pessoa que se sujeitasse a ser objeto de artigo também não gostaria da opinião jornalística da forma como foi exposta. Natural também que o ser humano se deleite com o elogio e seja avesso a críticas. Entretanto, entre se aborrecer com comentários que não exaltam qualidades, e a existência da prática de delito, há de se ponderal vários fatores circunscritos à ciência penal”, explicou o magistrado.
Em sua decisão, o juiz destacou que “há simbiose entre acesso à informação e à possibilidade de crítica”. Essa possibilidade, escreveu, “é uma das facetas da liberdade de expressão, prevista no artigo 5º, IX, da Constituição Federal”.
Elder Fernandes Luciano escreveu ainda que o “sr. Joaquim Barbosa despertou paixões com a mesma velocidade com que despertou ódio. Não há problema quanto a isso. Exercia cargo de relevante importância para a República Federativa do Brasil, e decidia, diuturnamente, questões importantes para o país. Não é surpresa que, como juiz, desagradasse alguns e agradasse outros pelas suas decisões. Mas também não há problema de as pessoas, dentre elas as jornalistas, entenderem se a sua compostura na Suprema Corte era adequada ou não. (...) Se casos como este forem reputados como crime, perde a sociedade a oportunidade de formular senso autocrítico. Toda a evolução a respeito da liberdade de pensamento no Estado Democrático de Direito sofrerá grande retrocesso”.
Clique aqui para ler a decisão.
Revista Consultor Jurídico
PM tem vínculo de emprego como segurança reconhecido no TST
Settembre 22, 2014 6:09 - no comments yetBICO FORMAL
Nada impede o reconhecimento do vínculo de emprego de um policial militar que atua como vigilante ou segurança, desde que sejam preenchidos os requisitos do artigo 3º da Consolidação das Leis Trabalhistas. Assim entendeu a 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que, de forma unânime, reconheceu o vínculo de um PM do Rio de Janeiro com a Igreja Universal do Reino de Deus. A decisão foi baseada na Súmula 386 do TST.
A decisão reforma o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro de que o reconhecimento do vínculo do PM em atividade de vigilância ou segurança privada configuraria fraude à lei e ofensa à ordem pública. "Na medida em que este tipo de atividade particular só tem mercado com o aumento da insegurança (leia-se: ineficiência do policiamento ostensivo), reconhecer-se o vínculo de emprego pretendido, será, quando menos, estimular enfaticamente que os policiais militares descumpram suas obrigações básicas", decidiu a corte.
Na primeira instância, embora a igreja alegasse que o policial prestava serviços apenas eventualmente em sua sede, a 32ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro concluiu pela existência do vínculo no período de maio de 2004 a março de 2010, e determinou o pagamento de parte das verbas trabalhistas. De acordo com a sentença, o homem era responsável pela organização do trânsito e a segurança dos frequentadores da área externa da catedral da instituição, no bairro de Del Castilho, no Rio.
Ainda de acordo com a decisão de primeiro grau, a subordinação ficou claramente caracterizada, pois o trabalhador tinha sempre de se reportar ao mesmo pastor que o entrevistou e contratou.
Agora, com o reconhecimento do vínculo, o processo retornará ao TJ-RJ, para o julgamento dos recursos interpostos pela Universal e pelo PM na ação. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
Revista Consultor Jurídico
Polícia Civil vai indiciar seis pessoas pela queda de viaduto que matou dois
Settembre 22, 2014 6:07 - no comments yet
Responsabilidade. Envolvidos ainda podem responder a processo por ferimentos em 23 pessoas
Seis nomes devem aparecer como culpados pelas mortes de Charlys Frederico Moreira do Nascimento, 25, e Hanna Cristina Santos, 25, no inquérito que apura a queda do viaduto Batalha dos Guararapes, no dia 3 de julho. O laudo oficial conclui que todos erraram: quem fez o projeto do viaduto, quem deveria fiscalizar e quem executou a obra. Segundo informações obtidas pela reportagem, a partir da análise da perícia, serão indiciados por homicídio culposo dois engenheiros da Consol (o projetista e o responsável técnico), dois da Cowan (o engenheiro da obra e o que fez as alterações estruturais) e dois fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Em uma série de matérias publicadas entre 22 de agosto e 14 de setembro, O TEMPO detalhou, em primeira mão, as informações do laudo do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil, que começou a circular nesta semana. Conforme a reportagem adiantou, as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que deveriam ser seguidas na obra do viaduto estão descritas no documento.
Entre elas, está a NBR 6.118, que determina que um profissional habilitado faça verificação detalhada do projeto, conhecida como Certificação de Qualidade de Projeto (CQP), justamente para identificar erros. A prefeitura não apresentou essa revisão à polícia, indicando que não a teria feito e que entregou o projeto com as falhas. “A contratante, através da Sudecap, também não teria promovido a referida revisão, por profissionais devidamente habilitados, pois o projeto foi encaminhado para ser executado com os mesmos parâmetros contidos na memória de cálculo efetuada pela Consol” (sic), conclui a polícia.
O laudo confirma que o maior erro do projeto está no bloco de sustentação da estrutura. O projetista fez uma conta considerando que o bloco tinha 7,3 m de comprimento, mas, na verdade, ele tinha 9,3 m. Em outra situação, na hora de transcrever os cálculos para os desenhos, onde era para pôr as ferragens mais grossas foram colocadas as mais finas.
As aberturas no tabuleiro do elevado, conforme adiantado por O TEMPO, também demonstram a falta de fiscalização. “Consultado o Diário de Obras, não foram encontradas observações referentes à autorização da execução dessas aberturas”, aponta o IC. “Para uma obra como essa somar tantos erros como os apontados no laudo, só pode não ter havido fiscalização nenhuma”, destacou o engenheiro de estruturas Nelson Lima.
Presidente do STF defende diálogo com a sociedade na análise de temas sensíveis
Settembre 22, 2014 6:02 - no comments yet
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, defendeu o maior uso de instrumentos de participação social nas discussões levadas ao Tribunal como uma forma de democratizar as atividades do Poder Judiciário. Isso significa, no STF, intensificar a abertura de audiências públicas para discutir temas sensíveis e ampliar a participação dos chamados “amigos da Corte”.
"O presidente do Supremo Tribunal Federal não pode atuar, exercer seu mister sem dialogar com aqueles que o cercam. Essa é a democracia participativa”, afirmou o ministro na sua apresentação em seminário organizado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB). O seminário “Judiciário e democracia – perpectivas de efetividade” foi realizado nesta sexta-feira (19) em João Pessoa.
Concretização dos direitos humanos
O ministro também destacou que nesse novo modelo de participação popular na atuação da Justiça, o Poder Judiciário passa a ser um ator na concretização dos direitos humanos, considerados fundamentais pela Constituição de 1988, buscando a efetiva aplicação através de políticas públicas. "O Poder Judiciário, de modo geral, assim como o Supremo Tribunal Federal, passa dentro desse cenário, valorizando os direitos fundamentais, a ser um copartícipe na formatação de políticas públicas na área do consumidor, meio ambiente, proteção da família, do idoso. O Poder Judiciário do século XIX ganhou um corpo e uma visibilidade extraordinários”, disse o presidente do STF.
Solução de conflitos
Questionado sobre o seu maior desafio à frente do STF, o presidente destacou a tarefa de ajudar a solucionar os 100 milhões de processos que tramitam no país. Mencionou como medidas a serem adotadas no STF a aprovação de novas súmulas vinculantes e a prioridade ao julgamento dos processos com repercussão geral. Também destacou a necessidade de ampliação da solução extrajudicial de conflitos. “Vamos fazer um esforço com todos os juízes brasileiros e com a sociedade para que grande parte dos conflitos sejam resolvidos fora do Judiciário, com uso dos instrumentos da mediação, da conciliação e da arbitragem”, afirmou.
Carga de trabalho
Ao introduzir a participação do presidente do STF no seminário, a presidente do TJ-PB, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti , destacou a missão que o ministro Ricardo Lewandowski tem à frente do STF, com um acervo de 68 mil processos, e cerca de 5 mil novas ações distribuídas anualmente para cada ministro.
A desembargadora mencionou dados da gestão do presidente do STF, como o julgamento de processos que obstruíam a pauta e a criação de uma força tarefa para zerar o estoque de 2,6 mil processos pendentes de distribuição. Mencionou ainda o esforço do ministro para reduzir o estoque de processos em seu próprio gabinete antes de assumir a Presidência.
Destacou ainda, a necessidade de mudanças no quadro de congestionamento da Justiça, lembrando que a Justiça da Paraíba atingiu as metas 1 e 2 do CNJ. “Sabemos que toda mudança necessita de tempo. Mas fique certo que Vossa Excelência não estará sozinho nesse projeto, pois, sem dúvida, os magistrados de todo o Brasil estarão juntos nessa caminhada, porque confiam e têm muita esperança no seu presidente”.
Treinamento da PM vai até o limite da tolerância
Settembre 22, 2014 5:54 - no comments yetAry Filgueira
ary.filgueira@jornaldebrasilia.com.br
O Curso de Operações Especiais (COEsp) da Polícia Militar tem o objetivo de preparar os participantes para as mais variadas situações. Mas qual o limite entre a capacitação e o desrespeito aos direitos humanos? Em um dos treinamentos, o PM é obrigado a ingerir o vômito do colega de farda. Uma denúncia feita ao JBr. questiona a necessidade das atividades.

Quem responde é a Comunicação Social da PM. De acordo com a corporação, o objetivo é deixar o policial pronto para lidar com situações complexas e extremas, "como salvamento aquático, onde o policial pode se deparar com o socorro de afogados, sendo que o treinamento serve para quebrar qualquer barreira para salvar uma vida”, informa a nota enviada ao JBr..
A PM justifica ainda que “o treinamento é feito de maneira técnica e profissional realizada por especialistas de diversas áreas como psicólogos, médico etc".
Denúncia
Revoltado com o suposto excesso, um policial enviou mais de 20 imagens do curso. O treinamento ocorrido no DF contou com policiais da Colômbia e Argentina.
A atividade ocorre no refeitório da corporação. Ali, aparecem homens vestidos com camiseta preta e bonés - a maioria com a bandeira do DF. Panelas e garrafas de refrigerante são colocadas na boca dos participantes.
Uma das sequências das fotos mostra um militar de boné vermelho vomitando em uma grande panela. Na cena seguinte, o recipiente é derramado em uma jarra de alumínio que passa de boca em boca. Cada um dos aspirantes ingere um pouco do vômito liberado pelo policial de boné vermelho.
Muitos não aguentam e vomitam também. O instrutor sorri. Em seguida, força o mesmo policial a tomar mais uma vez o vômito do colega. Um policial chega a colocar as mãos no joelho, como se não aguentasse mais aquilo.
Como se não bastasse a tarefa anterior, muitos militares são forçados a passar o vômito com a boca para o companheiro. Eles sabem que estão sendo fotografados. Mesmo assim, não esboçam reação, em sinal de obediência.
O curso tem carga horária aproximada de 1.164 horas e já preparou policiais de outros estados.
Exercício considerado “desumano”
Para a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Indira Quaresma, o tratamento dados aos aspirantes é degradante e fere a Constituição Federal. "O artigo 5º estabelece que ninguém será submetido à tortura ou tratamento desumano ou degradante. É o que ocorreu nesse curso. Na minha opinião, sem necessidade", avalia.
O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF, Manoel Sanção Alves, também criticou o treinamento. "Sou a favor de ministrar matérias humanas, como Direito, para tornar um policial mais qualificado. E não esse treinamento desumano", diz.
O JBr. enviou as imagens à Corregedoria da Polícia Militar, que pediu que a demanda fosse encaminhada à Comunicação. Esta, por sua vez, garante que o conteúdo das imagens será analisado para verificar se há qualquer fato em desacordo aos treinamentos previstos.
Para obter mais detalhes sobre o 6º COEsp, a reportagem procurou o Batalhão de Operações Especiais, em Taguatinga. Ali, foram vistos outros tipos de exercícios, que demonstraram a necessidade do uso da força. Um grupo de soldados a pé, escoltado por motociclistas, deixou o portão correndo. Alguns foram obrigados a carregar os colegas nas costas. Uns foram deitados nos ombros dos aspirantes.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Ministro do TSE esclarece regras de utilização da internet.
Settembre 20, 2014 7:43 - no comments yetOuça: http://goo.gl/LQvvNY.
Coronel José Vicente, defende militarização da segurança pública e diz que problema é a ineficiência da investigação
Settembre 20, 2014 7:37 - no comments yetPara analista, desmilitarização não resolve problemas da polícia
Luis Kawaguti
Da BBC Brasil em São Paulo

Para coronel da reserva da PM, problema da polícia não está no militarismo, mas em modelos ineficientes.
A desmilitarização - defendida por movimentos sociais e políticos como uma das formas de reduzir a letalidade das forças de segurança no Brasil - não é a resposta para os problemas da polícia no país, na opinião de José Vicente da Silva Filho, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da PM de São Paulo e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Para Silva Filho - que é coronel da reserva da Polícia Militar - o maior problema das polícias brasileiras não está no militarismo, mas em modelos ineficientes que muitas vezes são 'propensos' à violência. Ele argumenta que a estrutura militar das polícias brasileiras oferece vantagens como a disciplina e o controle dentro das corporações.
Enquanto acusações de comportamento violento por parte da polícia são comuns - um levantamento da BBC Brasil em 22 Estados do país mostrou que em 2013 mais de 1.250 pessoas foram mortas por policiais - na opinião de Silva Filho, para solucionar esse problema é preciso tomar medidas fortes, como vincular o repasse de recursos federais para Estados a uma redução da letalidade ou mudar a estrutura do modelo policial.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida por ele à BBC Brasil.
BBC Brasil - A letalidade da polícia no Brasil é hoje maior que o aceitável?
José Vicente da Silva Filho - Eu tenho certeza que sim. Realmente o número é excessivo. O que a gente percebe é que falta uma política clara na gestão da polícia. Os políticos, de maneira geral, chegam desde a campanha prometendo resultados. Ou eles entram com medidas espetaculares, com polícias cheias de nomes novos, ou chegam falando que vão colocar a Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, uma unidade de elite da polícia paulista) na rua.
Essa política mais dura vai percorrendo toda a rede da polícia quase como uma ordem por mais violência por parte da polícia.
Outras vezes os governos resolvem dar uma contenção exagerada e a polícia resolve cruzar os braços. Por isso é complicada a questão da governança. Você deve colocar exigências (por menor letalidade) mas não deve dar o recado de "não quero mais polícia em confronto".
SEGURANÇA E ELEIÇÃO

A abordagem dos temas da violência policial e da violência contra os policiais como parte da cobertura especial da BBC Brasil sobre as eleições de 2014 foi sugerida em uma consulta com leitores promovida pelo #salasocial - o projeto da BBC Brasil que usa as redes sociais como fonte de histórias originais.
Na página da BBC Brasil no Facebook (www.facebook.com/bbcbrasil), leitores participam do debate e fazem comentários sobre a questão. Dê você também sua opinião!
BBC Brasil - O senhor concorda com a tese usada por alguns políticos e ativistas de que a desmilitarização poderia reduzir a letalidade da polícia?
Silva Filho - Não concordo. O que nós percebemos é que falta aos governos, de maneira geral, melhor qualidade de governança de suas polícias. Então, a letalidade é variável de Estado para Estado, mas a gente percebe que à medida que se colocam instrumentos adequados, essa letalidade diminui.
BBC Brasil - O senhor pode explicar o que significa desmilitarizar a polícia no Brasil?
Silva Filho - Esse tema tem sido invocado por um grupo, pequeno na realidade, de intelectuais e pessoas ligadas à esquerda, que vê no militarismo de maneira geral, e até nas Forças Armadas, alguma mágoa do passado.
Então é algo muito segmentado, uma pesquisa feita pelo Senado diz que a maioria da população é contra o militarismo, mas tenho certeza que uma boa parte nem sabe o que vem a ser a desmilitarização da polícia.
O problema não está no militarismo ou no fato de as polícias militares terem essa qualificação militarizada, mas sim no fato de que o nosso modelo policial é um modelo ruim em vários sentidos. Ineficiente, muito caro, ele é propenso algumas vezes a uma situação de violência e é ineficaz em termos de investigação. Então, o problema não é desmilitarizar, talvez o nosso problema seja muito mais nas polícias civis, pelo baixíssimo índice de esclarecimento dos crimes, do que nas polícias militares.
No atual estágio que nós estamos de segurança pública, eu vejo que, ao se desmilitarizar, vai se perder uma característica importante dessas polícias fardadas, que é uma forma de hierarquia, de disciplina e de controle.

Controle de munições pode reduzir letalidade
BBC Brasil - O tema está sendo abordado com a profundidade necessária nas campanhas políticas?
Silva Filho - Não está bem colocado. A gente vê todos os candidatos colocarem a questão da segurança de forma muito superficial. Os temas de maneira geral são superficiais e a segurança não foge à regra. A questão da segurança pública tem um alcance muito maior do que o detalhe de ser militar ou não de uma das polícias.
BBC Brasil - O senhor acha que se está confundindo desmilitarizar com melhorar a polícia?
Silva Filho - Essa é uma receita enganosa de que você desmilitarizando você melhora alguma coisa, na verdade piora tudo porque a estrutura de contenção do crime no Brasil se vale muito - devia se valer menos - mas se vale muito das polícias militares.
Muita gente coloca que a polícia por ser militar vê no bandido um inimigo, alguém para ser morto como se fosse um inimigo numa guerra. Isso é uma inverdade absoluta.
BBC Brasil - Que outras medidas podem ser adotadas para diminuir a letalidade?
Silva Filho - A questão da letalidade não é um problema só nosso. A polícia do mundo inteiro lida com dois grandes problemas: letalidade e corrupção. Mas há alguns mecanismos, como o que foi adotado em São Paulo, por exemplo: a polícia evita vítimas de confrontos, (os policiais) têm que solicitar o apoio da viatura de resgate ou UTI móvel.
Outro aspecto é que as unidades que têm atividade operacional de maior capacidade de enfrentamento, como a Rota em São Paulo e o Bope no Rio de Janeiro, precisam ter comando estritamente vigiado, (o gasto de) cada munição precisa ser explicada, todos os confrontos precisam da perícia no local. E todo o policial que tenha (participação em) mais de três mortes em confronto tem que ser afastado do policiamento e passar por uma reciclagem de dois meses.

Silva Filho afirma que maiores problemas de polícias em todo o mundo são letalidade e corrupção.
Então há uma série de mecanismos desse tipo, além evidentemente do rigor das corregedorias nas investigações dos casos de letalidade. Ou seja, isso nada tem a ver com a questão militar, mas com a gestão.
BBC Brasil - Quais são os pontos fracos da polícia?
Silva Filho - O primeiro ponto fraco da instituição no Brasil é o fato de termos duas polícias. Elas nunca vão se integrar, nunca vão se entender, além do mínimo que as autoridades cobram. Esse é um dos aspectos. O problema do militarismo na polícia, no caso da PM, é que ela sofre um problema sério que eu chamo desatualização de gestão organizacional. Isto é, o militarismo antigo, a disciplina excessiva para até problemas de ordem administrativa, como você punir alguém com prisão porque chegou pela segunda vez atrasado ao serviço.
Outro problema também é uma espécie de centralização que existe em algumas polícias. Uma organização militar moderna descentraliza, delega bastante aos comando intermediários. Isso aqui falha na maioria dos Estados.
Na Polícia Civil você tem um problema muito sério primeiro porque você não tem uma hierarquia sólida, o outro é que os delegados que são os chefes da polícia praticamente se distanciaram demais da base (investigadores e escrivães).
BBC Brasil - O senhor falou que existe um desentendimento entre as duas polícias. A solução seria uma polícia de ciclo completo, que patrulha e também investiga?
Silva Filho - Quando houver coragem política para decidir isso teremos duas opções. Uma delas é manter as atuais polícias dando-lhes o ciclo completo e cada um atuando numa região, como faz a França, por exemplo. Então, se não houver coragem para ter uma só polícia, uma das sugestões é dar para a Polícia Civil as capitais e deixar para as polícias militares o resto, todo o interior, incluindo estradas, fronteiras dos Estados e tudo o mais.
A outra opção, que seria mais adequada, é fazer uma progressão institucional para que venhamos a ter uma única polícia, como é a polícia americana ou da Alemanha. Nelas você tem um contingente uniformizado, mas você tem uma parte da polícia que faz a investigação também. São as duas soluções possíveis.
PM preso por matar camelô responde por outro homicídio
Settembre 20, 2014 4:45 - no comments yet
Do Estadão Conteúdo, em São Paulo
O soldado da Polícia Militar Henrique Dias Bueno de Araújo, de 31 anos, preso na quinta-feira (18), após matar o camelô Carlos Augusto Muniz Braga, de 30 anos, na Lapa (zona oeste de São Paulo), responde a processo por outro homicídio cometido seis meses antes do assassinato do camelô, também durante abordagem policial. Na ocasião, Araújo disparou quatro vezes contra um homem que teria reagido a ordem de parada feita pelo soldado e seu companheiro.
Segundo informações prestadas pelos policiais no Inquérito Policial Militar aberto para apurar o fato, o homicídio ocorreu quando, durante ronda, Araújo e outro PM avistaram um homem empurrando um carrinho de carga e ordenaram que ele parasse para averiguação.
O homem teria se negado a parar e sacado um facão. Ele ainda tentou fugir, mas ao ser cercado novamente pelos policiais, foi para cima de Araújo com o facão.
Ainda de acordo com os policiais, Araújo disparou duas vezes contra as pernas do homem, mas o suspeito, mesmo ferido, continuou vindo em direção ao soldado, que efetuou outros quatro disparos.
Dos seis tiros disparados por Araújo, quatro acertaram a vítima: dois na perna, um no tórax e um na mão. O homem, que nunca foi identificado, morreu no local.
Questionada pela reportagem sobre o outro caso de homicídio cometido por Araújo, a Polícia Militar respondeu que todos os policiais que se envolvem em ocorrência com morte ficam afastados temporariamente do trabalho na rua para acompanhamento psicológico. Esse período de afastamento costuma durar, no máximo, três meses.
Como já se passaram seis meses do fato, Araújo foi autorizado a retornar às ruas. O inquérito policial concluiu que não houve conduta irregular do policial na morte de março, já que o soldado teria agido em legítima defesa.
O caso ainda está sendo analisado pela Justiça Comum.
15.set.2014 - Viatura da Polícia Militar é vista em frente ao hospital Sírio-Libanês, no centro de São Paulo, onde o médico urologista Anuar Ibrahim Mitre, 65, foi atingido por três tiros dentro do seu consultório, nesta segunda-feira (15). Segundo a PM, o agressor também era médico. Após atirar contra Mitre, o homem se matou com um tiro na cabeça. O médico ferido foi levado para o pronto-socorro e passa por cirurgia Marcelo Brammer/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo
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Alteração do registro civil sem mudança de sexo será analisada pelo STF
Settembre 20, 2014 4:41 - no comments yetO Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, por maioria, repercussão geral no tema do Recurso Extraordinário (RE 670422), que discute a possibilidade de alteração de gênero no assento de registro civil de transexual, mesmo sem a realização de procedimento cirúrgico de redesignação de sexo. O mérito da matéria será analisado futuramente pelo Plenário da Corte, e a decisão atingirá vários recursos envolvendo o tema.
No RE, interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), a parte recorrente sustenta violação aos artigos 1º, inciso IV, 3º, 5º, inciso X e 6º, caput, da Constituição Federal, e salienta existir repercussão geral tendo em vista a discussão quanto à necessidade de realização de cirurgia de modificação do fenótipo feminino para o masculino como condição para a alteração do assentamento do sexo no registro civil.
Também afirma que a deliberação do Supremo repercutirá não apenas em sua esfera jurídica, mas na de todos os transexuais que buscam adequar sua identidade de sexo à sua identidade de gênero, mesmo sem a realização de todos os procedimentos cirúrgicos de redesignação. Por fim, aduz que “o que se busca é um precedente histórico de enorme significado e repercussão, não só jurídica, mas também de inegável repercussão social”.
Conforme o parecer do Ministério Público Federal (MPF), embora tenha sido julgado procedente em parte a ação para a alteração do nome da parte autora, o juiz de primeiro grau entendeu ser essencial a realização de cirurgia de redesignação sexual para o deferimento da alteração do assentamento civil relativo ao sexo. O TJ-RS manteve a sentença e ponderou que, mesmo com os avanços da cirurgia, transexuais ainda não são capazes de adquirir todas as características do sexo oposto, “sendo, pois, o caso de averbar no registro de nascimento da parte recorrente sua condição de transexual”.
O ministro Dias Toffoli, relator do recurso, observou que os temas em discussão se referem à necessidade ou não de cirurgia de transgenitalização para alteração nos assentos do registro civil, ao conteúdo jurídico do direito à autodeterminação sexual e à possibilidade jurídica ou não de se utilizar o termo transexual no registro civil. Segundo ele, essas matérias apresentam natureza constitucional, uma vez que expõe os limites da convivência entre os direitos fundamentais como os da personalidade, da dignidade da pessoa humana, da intimidade, da saúde, além dos princípios da publicidade e da veracidade dos registros públicos.
Assim, o relator manifestou-se pela existência de repercussão geral da matéria. Para ele, tais questões “apresentam nítida densidade constitucional e extrapolam os interesses subjetivos das partes, pois, além de alcançarem todo o universo das pessoas que buscam adequar sua identidade de sexo à sua identidade de gênero, também repercutem no seio de toda a sociedade, revelando-se de inegável relevância jurídica e social”. Sua manifestação foi seguida por maioria.
O QUE O POLICIAL DISSE A RESPEITO DA PM É A MAIS PURA VERDADE
Settembre 20, 2014 4:40 - no comments yetELE ATÉ AMENIZOU. LOGO NA ESCOLA DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS, O RECRUTA É INFORMADO DE SEUS DIREITOS: “RECRUTA NÃO TEM DIREITOS”!
É UMA INSTITUIÇÃO FEITA PARA QUEM MANDA E ONDE A CORDA SEMPRE ARREBENTA NO LADO MAIS FRACO.
SÃO MUITOS OS DITADOS DE CASERNA: “RECRUTA É A IMAGEM DO CÃO” , “QUEM FALA DEMAIS,DÁ BOM DIA À CAVALO”, “A DISTÂNCIA ENTRE UM PRAÇA E UM OFICIAL É IGUAL A DE UMA RÃ/SAPO PRÁ LUA”, “BUMBO NO PÉ DIREITO E SIM SENHOR E NÃO SENHOR” DENTRE TANTOS.
O INDIVÍDUO ENTRA CHEIO DE IDEAIS E TEM TODOS ELES FRUSTRADOS DURANTE SUA PERMANÊNCIA NA JAULA ONDE SÓ CABE UM ANIMAL (IRRACIONAL) A FARDA! O SUBORDINADO NÃO TEM O DIREITO DE RACIOCINAR E QUANDO UM OFICIAL DESCOBRE QUE O PRAÇA ESTÁ CURSANDO DIREITO, PIOROU PORQUE ELES TEM RECEIO DE QUE ELE PASSE NO CONCURSO PARA DELEGADO/JUIZ/PROMOTOR E UM DIA ACABEM SE ENCONTRANDO EM SITUAÇÃO DIFERENTE E “AZEDE O PÉ DO FRANGO”.
QUANDO ELES DESCOBREM QUE O PRAÇA ESTÁ NA FACULDADE, NA MAIORIA DAS VEZES ELES DIFICULTAM A ESCALA ATÉ UMAS HORAS QUE É PRÁ VER SE O CARA DESISTE DA FACULDADE.
EU PASSEI SETE ANOS DENTRO DA INSTITUIÇÃO E VÍ MUITA COISA…
PRIMEIRO ELES ACUSAM E PUNEM E DEPOIS VOCÊ QUE SE VIRE PRÁ PROVAR O CONTRÁRIO OU DEIXA QUIETO PRÁ NÃO ARRUMAR PERSEGUIÇÃO.
GRAÇAS A DEUS, EU ME MATEI DE ESTUDAR E CONSEGUI PASSAR NO CONCURSO PARA A POLÍCIA CIVIL E SAI DO INFERNO PELA PORTA DA FRENTE!
SÓ DEIXEI AMIGOS LÁ E AINDA TENHO CONTATO E AMIZADE COM VÁRIOS MAS, DA INSTITUIÇÃO EM SÍ, EU NÃO SINTO A MENOR SAUDADE!
BOA SORTE AO POLICIAL QUE SE FORMOU EM DIREITO E ESTÁ PENSANDO EM SAIR DE LÁ. NÃO PENSE DUAS VEZES!
Com Informações do Blog da Renata.