Policial torturada por traficantes comanda pacificação das favelas no Rio
12 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda![]() |
Em março,ela recebeu em Washington o Prêmio Internacional "Mulheres de Coragem" das mãos da secretária de Estado Hillary Clinton e da primeira-dama, Michelle Obama. |
Ela foi capturada e torturada em uma favela há cinco anos, mas hoje Priscilla de Oliveira Azevedo, uma policial de 34 anos, comanda as novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que tentam trazer de volta a paz em dezenas de favelas do Rio de Janeiro.
Foi ela quem estava no comando na primeira ocupação, em novembro de 2008, a do morro Dona Marta, reconquistado pela polícia após trinta anos de domínio por traficantes de drogas. Era a única mulher na operação e comandou 126 homens.
Em 2007, Priscilla foi capturada por um grupo de criminosos e levada para uma favela.
"Eles me bateram muito, agrediam-me constantemente. Eu pensei que nunca sairia daquilo. Eu estava em uma área isolada da favela, com vários homens armados, eu, uma mulher da polícia, sozinha. Eu só saí viva com a graça de Deus", lembra.
Ela conseguiu fugir e a polícia capturou alguns dos criminosos no mesmo dia. No dia seguinte, voltou com seus colegas para perseguir o restante.
Atualmente, ela coordena as 25 UPPs instaladas em 144 favelas, e que contam com 5.500 policiais. Esta estratégia de ocupação foi lançada em 2008 pelo governador do Rio para melhorar a segurança na cidade antes da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
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APOSENTADOS POR INCAPACIDADE FÍSICA DA PMMG GANHAM 1ª BATALHA
12 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda![]() |
CABO JÚLIO, CABO COELHO, Presidente do CSCS, Sgt BM Christian, Ten Alan Kardec, Cabo Maggi e Sgt. Damião visitaram a relatora da PEC 34 Deputada Estadual Maria Teresa Lara (PT) no dia 16/05. |
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 34/12, que garante aposentadoria integral aos militares afastados em caso de invalidez permanente, recebeu parecer de 1º turno favorável na manhã desta quinta-feira (12/07), na Comissão Especial da Assembleia Legislativa criada para analisá-la. A relatora, deputada Maria Tereza Lara (PT), opinou pela aprovação da proposta na forma do substitutivo nº 1, que mantém o conteúdo originalmente proposto, fazendo apenas alguns reparos.
(...) A PEC 34/12 acrescenta parágrafo e incisos ao artigo 39 da Constituição do Estado, de forma a adequar a situação previdenciária do militar estadual ao disposto na Emenda Constitucional 70, de 2012, que assegura ao servidor que tenha ingressado no serviço público até 31/12/2003 o direito à aposentadoria por invalidez com proventos calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria.
A PEC 34 abrange o militar estadual, cuja situação previdenciária possui algumas peculiaridades, derivadas da distinção funcional que guarda com a do servidor civil, motivo pelo qual o substitutivo fez alguns reparos no texto original da proposição(...).
Desta forma, o substitutivo nº 1 acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias definindo que “o militar que tenha ingressado no serviço público até o dia 31 de dezembro de 2003 e que tenha passado à inatividade por invalidez permanente ou incapacidade física tem direito a proventos integrais, calculados com base na remuneração do posto ou graduação, na forma do Estatuto, não aplicando o disposto nos parágrafos 3º, 8º e 17 do artigo 36 desta Constituição. Estabelece ainda que o valor dos proventos e das pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
O substitutivo também determina que o Estado procederá, no prazo de 180 dias contados da data de publicação da emenda à Constituição, a revisão dos proventos e pensões militares concedidos a partir de 1º de janeiro de 2004.
Com a aprovação do parecer, a proposta está pronta para análise do Plenário em 1º turno.
FONTE: AMIGOS DA CASERNA
PRESIDENTE E DIRETORES DO CSCS DECLARAM APOIO A REELEIÇÃO DO CABO JÚLIO
12 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda Durante reunião no Centro Social dos Cabos e Soldados, com cerca de 100 diretores de Belo Horizonte presentes, o Presidente Cabo Coelho agradeceu a todos os apoio em sua reeleição.
Na ocasião os diretores da entidade declaram apoio incondicional a reeleição a Vereador do Cabo Júlio.
Obrigado a todos pelo apoio.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
APOSENTADOS POR INCAPACIDADE FÍSICA DA PMMG GANHAM 1ª BATALHA
![]() |
CABO JÚLIO, CABO COELHO, Presidente do CSCS, Sgt BM Christian, Ten Alan Kardec, Cabo Maggi e Sgt. Damião visitaram a relatora da PEC 34 Deputada Estadual Maria Teresa Lara (PT) no dia 16/05. |
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 34/12, que garante aposentadoria integral aos militares afastados em caso de invalidez permanente, recebeu parecer de 1º turno favorável na manhã desta quinta-feira (12/07), na Comissão Especial da Assembleia Legislativa criada para analisá-la. A relatora, deputada Maria Tereza Lara (PT), opinou pela aprovação da proposta na forma do substitutivo nº 1, que mantém o conteúdo originalmente proposto, fazendo apenas alguns reparos.
(...) A PEC 34/12 acrescenta parágrafo e incisos ao artigo 39 da Constituição do Estado, de forma a adequar a situação previdenciária do militar estadual ao disposto na Emenda Constitucional 70, de 2012, que assegura ao servidor que tenha ingressado no serviço público até 31/12/2003 o direito à aposentadoria por invalidez com proventos calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria.
A PEC 34 abrange o militar estadual, cuja situação previdenciária possui algumas peculiaridades, derivadas da distinção funcional que guarda com a do servidor civil, motivo pelo qual o substitutivo fez alguns reparos no texto original da proposição(...).
Desta forma, o substitutivo nº 1 acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias definindo que “o militar que tenha ingressado no serviço público até o dia 31 de dezembro de 2003 e que tenha passado à inatividade por invalidez permanente ou incapacidade física tem direito a proventos integrais, calculados com base na remuneração do posto ou graduação, na forma do Estatuto, não aplicando o disposto nos parágrafos 3º, 8º e 17 do artigo 36 desta Constituição. Estabelece ainda que o valor dos proventos e das pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
O substitutivo também determina que o Estado procederá, no prazo de 180 dias contados da data de publicação da emenda à Constituição, a revisão dos proventos e pensões militares concedidos a partir de 1º de janeiro de 2004.
Com a aprovação do parecer, a proposta está pronta para análise do Plenário em 1º turno.
FONTE: AMIGOS DA CASERNA
Senadores revelam voto na cassação de Demóstenes
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaVários dos 56 senadores que apoiaram a cassação de Demóstenes declararam sua posição. Alguns, porém, preferiram preservar o sigilo quanto à posição que tomaram na sessão

Antonio Cruz/ABr
No que deve ter sido o último processo de cassação com voto secreto, 56 senadores votaram pela perda do mandato de Demóstenes

Logo após a votação, diversos dos 56 senadores começaram a revelar seus votos sobre a peça legislativa que formalizou a cassação (Projeto de Resolução do Senado 22/2012 – leia a íntegra), como se manifestassem contrariedade com o fato de o voto ser secreto para esse tipo de decisão do Parlamento. Cinco abstenções foram anotadas, uma delas conhecida – Clóvis Fecury (DEM-MA), ex-companheiro de partido de Demóstenes, licenciado desde 6 de julho. Clóvis é suplente de João Alberto Sousa (PMDB-MA), que também se licenciou para assumir secretaria de Estado.
“Eu já falei há muito tempo [como votaria]. Eu falei na hora, logo depois da votação, como tinha votado, nunca foi segredo. Falei diversas vezes”, disse ao Congresso em Foco o membro suplente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Flexa Ribeiro (PSDB-PA), um dos 21 senadores que aprovaram, no último dia 4, o relatório de Pedro Taques (PDT-MT) confirmando os preceitos de constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade de outro parecer, este aprovado uma semana antes no Conselho de Ética da Casa e elaborado pelo petista Humberto Costa (PE).
Tão logo deixou o plenário, instantes após a cassação, Ana Rita Esgário (PT-ES) se preparava para dar entrevista a uma emissora de TV, diante de um repórter que cobrava a revelação do voto, prometida antes do início da sessão. “Votei pela cassação”, garantiu, confirmando o que diria a este site, horas depois, o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE). “A bancada votou fechada [pela cassação]”, disse o senador petista, em sintonia com o que disse ontem [terça, 10] à reportagem a assessoria da liderança do partido no Senado. Caso ambos estejam certos, só aí Demóstenes computou 13 votos contra.
Precursores
De certa forma, o primeiro a “revelar” o voto foi o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), autor da representação, no Conselho de Ética, que levou à cassação de Demóstenes. Mas foi o colega Ricardo Ferraço (PMDB-ES) que, em requerimento feito ao Supremo Tribunal Federal (STF), pediu para poder dizer como votou em plenário. O pedido foi negado pelo ministro Celso de Mello na última sexta-feira (6), e o peemedebista não pôde levar seu plano adiante.
Mas Ferraço não recuou. Na semana passada, recorreu à corte para garantir que a Mesa Diretora do Senado adotasse providências para tornar abertos os votos dos senadores. Celso de Mello voltou a negar liminarmente o pedido. Para o ministro, como a Constituição estabelece o voto secreto em caso de cassação de mandato, essa regra só poderia ser modificada com a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC).
Após a decisão, Ferraço declarou que é direito do parlamentar se manifestar e por isso não há problema algum na declaração dos votos. Mas o fez de forma velada. “Não há o que comemorar. O Senado perde um senador atuante, que foi vítima de seus próprios atos. Cumpri com minha obrigação”, disse o peemedebista por meio do Twitter, depois de ter dito da tribuna que Demóstenes deveria ser “perdoado”, mas não seus pecados.
Mas, sem precisar de autorização judicial, o mais velho senador em atividade não fez segredo em relação ao seu voto. Com dificuldade para andar e ouvir, e amparado por dois assessores, Garibaldi Alves (PMDB-RN) resumiu ao Congresso em Foco em poucas palavras como votara. “Votei segundo o regimento [secretamente, no instante do julgamento]”, disse Garibaldi, 89 anos, acrescentando após a insistência da reportagem: “Votei pela cassação”.
Voto aberto na rede
Apesar da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu a exibição do voto em plenário, alguns parlamentares usaram o Twitter para fazê-lo e afastar quaisquer dúvidas sobre suas condutas durante o julgamento. Dos 56 senadores que apoiaram a cassação do ex-senador, nomes como Marta Suplicy (PT-SP), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Jorge Viana (PT-AC), Roberto Requião (PMDB-PR) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) utilizaram a rede social para manifestar seu posicionamento, no que pode ter sido a última cassação decidida por meio do voto secreto no Senado – no último dia 4, senadores aprovaram uma das “PEC do voto aberto.
Segundo Marta Suplicy, o relatório de Humberto Costa foi “justo e no ponto” e não merecia o questionamento “absurdo” feito por Demóstenes durante os discursos de defesa. A senadora publicou ainda que já havia se manifestado contra a “contínua manifestação de duas personalidades” do ex-parlamentar: “uma defensora da ética, que admirávamos; outra, despachante de contraventor [...] Já havia me manifestado em voto aberto na CCJ sobre Demóstenes. Votei pela cassação”, escreveu. O senador Aloysio Nunes foi mais contido e apenas afirmou ter votado sim pela cassação.
Já o senador Jorge Viana fez uma citação da Bíblia em que alfinetou Demóstenes. “Rei Davi dizia que aquele que guarda a sua língua, livra sua alma de muitas angústias. Vale bem para o Demóstenes e tantos outros”. Logo em seguida, o senador afirmou que o agora ex-colega era o maior líder da oposição, além de referência como parlamentar e defensor da moralidade no Senado. A declaração gerou polêmica entre tuiteiros, que ironizaram a frase do senador.
Em resposta a um dos usuários da rede, o senador Alvaro Dias afirmou apenas que espera que esta tenha sido a última votação secreta de cassação. “Minha emenda aprovada pelo Senado deve ser aprovada na Câmara”, escreveu, referindo-se à Proposta de Emenda à Constituição 86/2007 (leia a íntegra), restrita apenas aos casos de quebra de decoro parlamentar.
Antes do resultado da votação, o senador Cássio Cunha Lima declarou no Twitter que era contra o voto secreto para processo de cassação. “Aliás, esta será a última sessão secreta, o Senado já aprovou o fim”, escreveu. Depois da decisão, o senador anunciou o placar e confirmou: “eu votei sim”. Ou seja, a favor da cassação.
Munição
Apesar dos votos revelados do lado de fora do plenário, houve quem mantivesse a orientação pessoal de não fazê-lo. Alguns alegando os próprios ditames constitucionais, ou razão regimentais, para manter o mistério em relação ao voto. O Congresso em Foco ouviu a recusa de pelo menos quatro senadores em abrir o voto – dois dos quais ex-correligionários de Demóstenes: o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), e os colegas Jayme Campos (DEM-MT), Blairo Maggi (PR-MT) e Sérgio Souza (PMDB-PR) preferiram manter o voto em segredo.
“Ele [Demóstenes] saiu daqui dizendo que recorreria ao STF . Eu não vou dar munição para o ex-senador usar no processo, não vou dar argumento para sua defesa”, justificou Agripino, para quem o fato de ele ser presidente do DEM, legenda pela qual Demóstenes se elegeu, pode ser usado como elemento favorável ao ex-senador junto àquela corte.
Agripino chegou a abrir processo de expulsão contra Demóstenes tão logo surgiram evidências de seu envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Para o senador potiguar, não haveria razão para a abertura do voto.
Opinião semelhante tem o colega de partido Jayme Campos. Para ele, não adianta um parlamentar “revelar” seu voto se este, na verdade, não é o mesmo que o digitado nos terminais eletrônicos individuais. “Imagine a seguinte situação: um senador diz que votou a favor da cassação, mas aqui no plenário votou contra. Isso é uma hipocrisia!”, disse Jayme, membro titular do Conselho de Ética, colegiado em que foi registrado seu voto favorável ao relatório de Humberto Costa. “Eu me reservo ao direito de não revelar meu voto.”
Já Blairo Maggi e Sérgio Souza alegaram os mesmos impeditivos regimentais para omitir suas escolhas – a Constituição Federal e o Regimento Interno do Senado. “Eu sou advogado, conheço o processo. Não é adequado revelar o voto. Há o regimento, há a Constituição… Um voto revelado pode invalidar uma decisão”, ponderou à reportagem Sérgio Souza, suplente do Conselho de Ética e da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
Brasil: uma solução para as drogas!
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCaros amigos do Brasil,
A política de drogas brasileira é um fracasso. Ela nos custa bilhões, um valor muito acima de nossas capacidades, e é incapaz reduzir a violência ou ajudar famílias que não conseguem tratar dependentes. Mas na segunda-feira, uma aliança poderosa lançou uma nova proposta e se nos mobilizarmos por ela agora, poderemos mudar essa estratégia inútil.
A proposta é transformar nossa política falida no modelo de sucesso iniciado em Portugal -- um modelo com foco no tratamento dos dependentes não violentos, liberando assim os recursos policiais para o enfrentamento do crime organizado e para a redução da violência. Dois deputados apresentarão a proposta esta semana, mas os parlamentares só considerarão esta promissora proposta se eles sentirem que têm apoio popular. Cabe a nós abrir o caminho para uma política de drogas eficiente e sã.
Hoje esta proposta está por toda parte na mídia e estamos com a faca e o queijo na mão para fazer essa reforma acontecer -- quando atingirmos 50.000 assinaturas nós entregaremos, junto com parceiros, nossa mensagem de apoio diretamente ao Presidente da Câmara dos Deputados e nos asseguraremos que a proposta será debatida imediatamente. Assine a petição urgente abaixo e compartilhe com todos:
http://www.avaaz.org/po/brazil_drug_solution_final/?bdHQVab&v=15921
A atual lei de drogas não diferencia claramente usuários não violentos de traficantes. Na prática, os pobres são classificados como traficantes e os ricos como consumidores. Ao invés de oferecer tratamento àqueles que sofrem com a dependência, nosso sistema concentra maciçamente seus recursos policiais em réus primários não violentos, deixando espaço para o crescimento do crime organizado. E nós gastamos bilhões de nossos impostos neste modelo perdulário.
Enquanto isso, em 2001, Portugal aprovou uma nova lei que diferencia claramente usuários de traficantes, tratando traficantes como um caso de polícia e usuários como um problema de saúde. Depois dessa mudança, as mortes relacionadas às drogas desabaram, a luta contra o crime organizado ganhou terreno e, diferentemente do previsto por alguns, o consumo de drogas caiu entre os jovens. Se agirmos agora, podemos adotar medidas semelhantes aqui no Brasil.
Muitos políticos sabem que a atual política de drogas é um fracasso total, mas eles têm medo de admitir por medo da reação pública. Se mostrarmos que há apoio público a esta nova proposta, podemos transformar nosso modelo falido e salvar vidas. Assine essa petição e compartilhe com seus amigos para mostrar que queremos mudar:
http://www.avaaz.org/po/brazil_drug_solution_final/?bdHQVab&v=15921
Nosso movimento mostrou inúmeras vezes, no Brasil, que quando as pessoas agem, podemos forçar os políticos a escutá-las. Conseguimos no passado com a Ficha Limpa, com a aprovação da PEC do trabalho escravo e com os vetos ao código florestal. Vamos usar o poder popular para consertar nossa política de drogas com a aprovação de reformas de bom senso.
Com esperança e determinação,
Pedro, Carol, Diego, Ian, Ricken e toda a equipe da Avaaz.
Mais informação:
A Lei de Drogas na prática - Banco de Injustiças
http://www.bancodeinjusticas.org.br/aleinapratica/
Proposta de alteração da lei
http://eprecisomudar.com.br/arq/ProjetoDeLei.pdf
Relatório da Comissão Global sobre drogas
http://www.globalcommissionondrugs.org/reports/
Pesquisa Prisão Provisória e Lei de Drogas - Universidade de São Paulo
http://www.nevusp.org/downloads/down254.pdf
Drogas: Brasil ou Portugal - Jornal o Dia
http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/pedro-abramovay-drogas-brasil-ou-portugal-1.447665
A proposta é transformar nossa política falida no modelo de sucesso iniciado em Portugal -- um modelo com foco no tratamento dos dependentes não violentos, liberando assim os recursos policiais para o enfrentamento do crime organizado e para a redução da violência. Dois deputados apresentarão a proposta esta semana, mas os parlamentares só considerarão esta promissora proposta se eles sentirem que têm apoio popular. Cabe a nós abrir o caminho para uma política de drogas eficiente e sã.
Hoje esta proposta está por toda parte na mídia e estamos com a faca e o queijo na mão para fazer essa reforma acontecer -- quando atingirmos 50.000 assinaturas nós entregaremos, junto com parceiros, nossa mensagem de apoio diretamente ao Presidente da Câmara dos Deputados e nos asseguraremos que a proposta será debatida imediatamente. Assine a petição urgente abaixo e compartilhe com todos:
http://www.avaaz.org/po/brazil_drug_solution_final/?bdHQVab&v=15921
A atual lei de drogas não diferencia claramente usuários não violentos de traficantes. Na prática, os pobres são classificados como traficantes e os ricos como consumidores. Ao invés de oferecer tratamento àqueles que sofrem com a dependência, nosso sistema concentra maciçamente seus recursos policiais em réus primários não violentos, deixando espaço para o crescimento do crime organizado. E nós gastamos bilhões de nossos impostos neste modelo perdulário.
Enquanto isso, em 2001, Portugal aprovou uma nova lei que diferencia claramente usuários de traficantes, tratando traficantes como um caso de polícia e usuários como um problema de saúde. Depois dessa mudança, as mortes relacionadas às drogas desabaram, a luta contra o crime organizado ganhou terreno e, diferentemente do previsto por alguns, o consumo de drogas caiu entre os jovens. Se agirmos agora, podemos adotar medidas semelhantes aqui no Brasil.
Muitos políticos sabem que a atual política de drogas é um fracasso total, mas eles têm medo de admitir por medo da reação pública. Se mostrarmos que há apoio público a esta nova proposta, podemos transformar nosso modelo falido e salvar vidas. Assine essa petição e compartilhe com seus amigos para mostrar que queremos mudar:
http://www.avaaz.org/po/brazil_drug_solution_final/?bdHQVab&v=15921
Nosso movimento mostrou inúmeras vezes, no Brasil, que quando as pessoas agem, podemos forçar os políticos a escutá-las. Conseguimos no passado com a Ficha Limpa, com a aprovação da PEC do trabalho escravo e com os vetos ao código florestal. Vamos usar o poder popular para consertar nossa política de drogas com a aprovação de reformas de bom senso.
Com esperança e determinação,
Pedro, Carol, Diego, Ian, Ricken e toda a equipe da Avaaz.
Mais informação:
A Lei de Drogas na prática - Banco de Injustiças
http://www.bancodeinjusticas.org.br/aleinapratica/
Proposta de alteração da lei
http://eprecisomudar.com.br/arq/ProjetoDeLei.pdf
Relatório da Comissão Global sobre drogas
http://www.globalcommissionondrugs.org/reports/
Pesquisa Prisão Provisória e Lei de Drogas - Universidade de São Paulo
http://www.nevusp.org/downloads/down254.pdf
Drogas: Brasil ou Portugal - Jornal o Dia
http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/pedro-abramovay-drogas-brasil-ou-portugal-1.447665
A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 14 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 19 países de 6 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.
Desembargadora discute com PMs em blitz da lei seca
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda São Paulo, 12 - A desembargadora Yara Ramires da Silva de Castro, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), de São Paulo, e a filha dela, Roberta Sanches de Castro, foram encaminhadas, no final da noite de quarta-feira, para a sede da Corregedoria da Polícia Militar, na região central da capital paulista, ao se envolverem em uma discussão com policiais militares da Companhia Tática do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) na Avenida Paulista.
A magistrada, de acordo com a PM, então desceu do carro, pegou o documento de identificação dele e jogou contra a policial. Após pegar o documento de volta, a desembargadora tentou deixar o local com a filha, mas os documentos de Roberta já estavam com os policiais.
A filha da magistrada, segundo os policiais, na tentativa de recuperar o documento, tentou agredir a policial, mas acabou atingindo o 3º sargento Edmilson, que se posicionou na frente da soldado. Os policiais afirmaram que as duas passageiras que estavam no banco traseiro, ao testemunharam o incidente, deram razão aos policiais. "Eles estão realizando o serviço deles, foram educados. Parem vocês com essa palhaçada", disse uma delas.
Segundo ainda um dos policiais, as duas passageiras então resolveram desistir da carona e pegaram um táxi. Mãe e filha foram encaminhadas para a Corregedoria da PM para prestar depoimento e de lá seriam levadas para o plantão do 78º Distrito Policial, dos Jardins.
Segundo os policiais, Roberta e Iara responderão por desacato. Contra Roberta também será feito um auto de infração de averiguação de embriaguez, pois ela se recusou a passar pelo bafômetro. Neste caso, a condutora é multada em R$ 957,70, mas não fica impedida de dirigir até a conclusão do inquérito. A motorista, segundo os policiais, após deixar a Corregedoria, seria encaminhada para o IML para realizar teste clínico de embriaguez ou, então, teste por meio de coleta de sangue, caso concorde e retirá-lo.
fonte: Diário do Grande ABC
"A questão ambiental é uma preocupação do governo como um todo"
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Em entrevista à Carta Maior, o presidente do Ibama, Volney Zanardy, defende os avanços institucionais, políticos e técnicos da política ambiental brasileira. "A gente vê que nesses 10 anos o Ibama evoluiu muito no aspecto de infraestrutura, pessoal, concurso. Mas, a questão ambiental já começou a ser uma preocupação não só da área ambiental, mas da gestão do governo como um todo. Um exemplo disso está na luta contra o desmatamento", defende.
Vinicius Mansur - Brasília
Brasília - Empossado há pouco menos de dois meses no cargo de presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Volney Zanardi apresentou, em entrevista à Carta Maior, os principais desafios que enxerga para a área ambiental no Brasil.
Discreto em suas opiniões políticas – postura comum em diversos quadros do alto escalão do governo Dilma - Volney Zanardi fez questão de ressaltar que o Ibama é um órgão operador e não formulador de políticas.
O presidente do Ibama apontou algumas tarefas que serão impostas pelo novo Código Florestal, trouxe elementos para ilustrar o que considera como clara evolução da política ambiental brasileira e também considerou que a Rio+20 deixou um saldo fantástico para o Brasil.
Zanardi é doutor em Ciências Ambientais, mestre em Ecologia, engenheiro químico e funcionário de carreira da Agência Nacional de Águas (ANA). Antes de assumir a presidência do Ibama ocupava o cargo de diretor do Departamento de Gestão Estratégica da Secretaria Executiva e de Secretário-Executivo substituto, ambos do Ministério do Meio Ambiente.
Como o senhor avalia o Código Florestal a partir dos vetos da presidente e da medida provisória enviada ao Congresso?
Na verdade, essa discussão está sendo desenvolvida no espaço mais político, quem coordena todo esse processo de discussão é o MMA com o governo como um todo e nós temos visto um aprimoramento da discussão do Código Florestal. O papel do Ibama vai ser implementar o Código e nós estamos nos preparando para isso, aprimorando nosso sistema, atualizando o nosso pessoal nas novas questões. Temos um papel importante no cadastramento ambiental rural, estamos estruturando esse sistema. Como o Ibama é um órgão fundamentalmente de controle, fiscalização, a gente se preparar para executar bem esse processo sendo uma referência nacional.
Além do Cadastro Ambiental Rural (CAR), quais são as outras demandas que vão se impor para o Ibama a partir das mudanças do Código?
Há questões de procedimento, de normativas, de sistemas, de gestão que nós temos que nos qualificar cada vez mais. Eu passei pelo Ibama há 10 anos, era coordenador geral de licenciamento e todo o licenciamento naquela época estava dentro da coordenação, hoje nós temos uma diretoria e mais do que isso, a gente vê que nesses 10 anos o Ibama evoluiu muito no aspecto de infraestrutura, pessoal, concurso. Mas, a questão ambiental já começou a ser uma preocupação não só da área ambiental, mas da gestão do governo como um todo. Se você pegar a questão do desmatamento, nós estamos tendo um sucesso reconhecido e isso é fruto de um processo de articulação do governo como um todo, desde as Forças Armadas, Ministério da Justiça, Funai, o próprio Ibama.
A gente vê esse processo avançando. Nós temos um papel muito claro nos licenciamentos, de melhorar os projetos, de fazer as autorizações para acesso aos recursos naturais, mas temos uma agenda que vai se desenvolver muito além da fiscalização e licenciamento e que depende muito da visão de política integrada. Ela envolve a questão da qualidade ambiental, onde temos a questão de agrotóxicos, de resíduos sólidos, controle de baterias, de emissão, de portos.
O novo Código Florestal prevê a compensação de reserva legal em outro lugar que não na propriedade que o desmatou, desde que dentro do mesmo bioma. Como o Ibama vai controlar isso?
Algumas coisas nos preocupam porque as vezes a legislação muda, mas não prevê regra de transição. Algumas questões nós já estamos adiantando, criando os nossos sistemas, interfaces de informação geográfica, agora, seria importante que modificações mais profundas no Código Florestal prevejam uma regra de transição para a gente poder se preparar. Não cai do céu um fiscal capacitado na nova norma, um sistema de informação. Mas, pra você ter uma idéia, nós estamos investindo hoje cerca de 40 milhões por ano em tecnologia de informação.
Quais são estes sistemas em desenvolvimento?
Temos vários, desde os sistemas meio, onde estamos trabalhando as questões relacionadas a arrecadação, cobrança de multas, taxa de controle de fiscalização ambiental. Para você ter uma idéia, as despesas correntes, institucionais, aquelas com o nosso investimento, relativas a gasolina, hospedagem, avião, etc, o Ibama hoje já paga. Hoje temos uma arrecadação de 260, 270 milhões reais para um orçamento na ordem de 250 milhões. Outros sistemas são temáticos, como o CAR, o DOF [Documento de Origem Florestal], a parte de autorização de supressão de vegetação, entre outros. É todo um esforço de integrar uma série de sistemas. Além disso, é preciso trabalhar uma articulação federativa muito mais forte. A Lei Complementar 140 tem uma coisa muito importante que é o empoderamento dos municípios, deixando aos estados e ao governo federal a oportunidade de trabalhar com as questões mais estratégicas.
Como seria essa articulação?
Um exemplo é a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental cujos recursos poderão ser distribuídos a partir da Lei Complementar 140. Já temos cerca de 10 ou 11 estados que assinaram esse acordo, aonde a gente repassa 60% desse valor recolhido no estado para as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente. Desses 60% o estado ainda pode repassar para os municípios que façam licenciamento ambiental e tenham Conselho Municipal do Meio Ambiente. Assim, a gente conseguiu se aproximar das secretarias estaduais. É papel do Ibama vertebrar o Sistema Nacional de Meio Ambiente. Outro exemplo é o CAR, que precisará das informações federais e estaduais para funcionar bem. Então, esses sistemas nacionais nos possibilitarão ter informações sobre todas as autorizações da supressão de vegetação no país, sobre a fauna, agrotóxicos, etc, que vão subsidiar políticas integradas. Mas tem que ficar claro que o Ibama é um órgão executivo, não é político, não cabe a nós fazer a discussão estratégica de desenvolvimento. Esse é um papel da sociedade e do governo como um todo.
Quanto aos agrotóxicos, o que o Ibama pretende fazer para tirar do Brasil o título de campeão mundial no uso de agrotóxicos?
Essa é uma agenda que nós vamos ter que atuar como governo. Uma discussão que a gente vê aumentar cada vez mais é sobre produtos orgânicos, é uma preocupação da sociedade ter acesso a esses produtos. E nós somos parte desse processo, o Ibama tem clareza disso, estamos preparando, temos uma coordenação que trabalha com as substâncias químicas e é uma área que deve crescer. Precisamos de muita cooperação técnica e vemos como uma área que tende a expandir
Quanto a Rio+20, qual é o balanço que o Ibama faz?
Para o Brasil tem todo um desdobramento internacional que foi favorável, vários pontos foram encaminhados e vão ter um desenvolvimento nos próximos 4 ou 5 anos, assim foi na Rio92, relacionados a oceano, ao fortalecimento do Pnuma [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente], na questão da produção e consumo sustentável, foram 7 ou 8 questões maiores que foram encaminhadas dentro do documento final.
Porém, a questão financeira para a criação dos fundos que poderiam
ajudar nesse processo de transição tecnológica ficou um pouco aquém, isso foi uma discussão que o próprio momento de crise não favoreceu. Por outro lado,para agenda ambiental foi importantíssimo. Um levantamento nosso mostra que mais de 27 mil reportagens foram feitas durante esse período.
Nos EUA e Canadá deu cerca de 200 em cada um. Então, o envolvimento da sociedade brasileira foi muito forte, especialmente a juventude que é fundamental para estruturar as nossas políticas daqui a 15 ou 20 anos. Em segundo lugar, a participação do setor privado. Tivemos discussões principalmente com atores econômicos como o próprio Banco Central, foi importantíssimo. A questão ambiental passa a ser um elemento de consideração no negócio, financeiro, como um elemento de risco e como um elemento que pode qualificar o processo de tomada de decisão no setor financeiro, na economia. Mas, o Ibama é um operador, não um formulador de política. Para nós criou um ambiente muito favorável para o que a gente tem que desenvolver nos próximos anos, foi um saldo fantástico.
O Ibama tem uma concepção de economia verde?
Essa questão é um pouco mais complexa, não é uma questão do Ibama. O que nós temos aqui é exatamente como a gente facilita o processo de implementação da economia verde. As pessoas querem desenvolver alternativas de geração de energia que sejam menos impactantes. Nosso trabalho tem licenciamento, tem o controle da qualidade ambiental. Mas a discussão da economia verde é tão complexa que nem se definiu economia verde no documento final, não houve acordo sobre isso, não vamos ser nós aqui.
O Ibama tem implementado mecanismos como o REDD [Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação], pagamentos de serviços ambientais, metodologias de valoração da biodiversidade?
Isso não é uma coisa que o Ibama vai implementar, são questões gerais da política que vão facilitar o nosso trabalho. A questão do REDD é uma competência do MMA, para o pagamento de serviços ambientais existem políticas de recuperação de áreas degradas que utilizam esse tipo de mecanismo, como o Programa Produtor de Água, da ANA, onde agricultores conservam mata ciliar, fazem manejo adequado do solo impedindo erosão em bacias e micro bacias e já recebem recurso por isso. Isso é ótimo, melhora a qualidade ambiental, sem ser uma política nossa de controle e fiscalização. No final resulta numa qualidade melhor e num custo menor para a sociedade. Porque uma agenda só de fiscalização e controle é muito cara. Então, temos uma noção muito clara da evolução que a política ambiental está tendo no Brasil e o papel que o Ibama tem a cumprir.
O senhor pode resumir no que consiste essa evolução?
Nós temos dois aspectos: temos uma visão de qualificar as políticas de modo que a questão ambiental já faça parte da questão da infraestrutura, da energia, da agricultura, que ela seja identificada como um elemento de melhoria da performance, da competitividade. Quando você fala em economia verde, a questão é usar a questão ambiental como um ativo e identificar as oportunidades no bom uso e nas vantagens competitivas que isso traz para o Brasil, que é um grande detentor de recursos naturais.
A outra perspectiva é no sentido de que a questão ambiental tem uma relação de opções que nós temos que fazer com as questões sociais, o conceito de sustentabilidade é isso em última análise. A visão do social, econômico e ambiental se dá na hora em que você define estratégias de desenvolvimento, que por sua vez é articulação das mais diversas políticas.
Então, hoje temos avanços como a Bolsa Verde, avanços na integração da matriz energética com a questão ambiental, vemos os resíduos sólidos sendo trabalhados tanto na dimensão econômica como social, com geração de renda para catadores.
Os licenciamentos das hidrelétricas seguem gerando muita polêmica, indígenas entraram recentemente com um pedido questionando Belo Monte. Existe uma solução?
Não é uma questão de solução. O que é o licenciamento? Ele procura melhorar a performance ambiental do projeto. Então, tem toda uma legislação que diz que pode acontecer isso, que não pode acontecer aquilo e a gente aplica essa legislação. Mas há impactos que muitas vezes não são no físico-biótico, são no sócio-econômico e isso dialoga com o que você quer de desenvolvimento para aquela região. Muitas vezes você acaba tendo que trazer para dentro do licenciamento uma discussão de política de saneamento numa área que não tem saneamento. E aí, o que a gente faz? Tem que melhorar a vida das pessoas, a gente tenta trazer isso, embora isso muitas vezes gere custos, atraso, pessoas reclamam dos tempos das licenças, mas aí não estamos só trabalhando a melhoria do projeto em si, a gente acaba tendo que criar condição para a inserção do projeto naquela realidade.
Então, nós temos que ter noção desses tensionamentos, os licenciamentos tem sido um importante elemento de melhoria não só dos projetos, mas muitas vezes da qualidade de vida do pessoal da região porque faz uma certa integração de política de educação, saneamento, saúde. Aí que eu digo que é importante uma estrutura tipo o PAC porque ela ajuda a fazer essa coordenação. O desafio é melhorar o planejamento, articulação de políticas públicas.
Discreto em suas opiniões políticas – postura comum em diversos quadros do alto escalão do governo Dilma - Volney Zanardi fez questão de ressaltar que o Ibama é um órgão operador e não formulador de políticas.
O presidente do Ibama apontou algumas tarefas que serão impostas pelo novo Código Florestal, trouxe elementos para ilustrar o que considera como clara evolução da política ambiental brasileira e também considerou que a Rio+20 deixou um saldo fantástico para o Brasil.
Zanardi é doutor em Ciências Ambientais, mestre em Ecologia, engenheiro químico e funcionário de carreira da Agência Nacional de Águas (ANA). Antes de assumir a presidência do Ibama ocupava o cargo de diretor do Departamento de Gestão Estratégica da Secretaria Executiva e de Secretário-Executivo substituto, ambos do Ministério do Meio Ambiente.
Como o senhor avalia o Código Florestal a partir dos vetos da presidente e da medida provisória enviada ao Congresso?
Na verdade, essa discussão está sendo desenvolvida no espaço mais político, quem coordena todo esse processo de discussão é o MMA com o governo como um todo e nós temos visto um aprimoramento da discussão do Código Florestal. O papel do Ibama vai ser implementar o Código e nós estamos nos preparando para isso, aprimorando nosso sistema, atualizando o nosso pessoal nas novas questões. Temos um papel importante no cadastramento ambiental rural, estamos estruturando esse sistema. Como o Ibama é um órgão fundamentalmente de controle, fiscalização, a gente se preparar para executar bem esse processo sendo uma referência nacional.
Além do Cadastro Ambiental Rural (CAR), quais são as outras demandas que vão se impor para o Ibama a partir das mudanças do Código?
Há questões de procedimento, de normativas, de sistemas, de gestão que nós temos que nos qualificar cada vez mais. Eu passei pelo Ibama há 10 anos, era coordenador geral de licenciamento e todo o licenciamento naquela época estava dentro da coordenação, hoje nós temos uma diretoria e mais do que isso, a gente vê que nesses 10 anos o Ibama evoluiu muito no aspecto de infraestrutura, pessoal, concurso. Mas, a questão ambiental já começou a ser uma preocupação não só da área ambiental, mas da gestão do governo como um todo. Se você pegar a questão do desmatamento, nós estamos tendo um sucesso reconhecido e isso é fruto de um processo de articulação do governo como um todo, desde as Forças Armadas, Ministério da Justiça, Funai, o próprio Ibama.
A gente vê esse processo avançando. Nós temos um papel muito claro nos licenciamentos, de melhorar os projetos, de fazer as autorizações para acesso aos recursos naturais, mas temos uma agenda que vai se desenvolver muito além da fiscalização e licenciamento e que depende muito da visão de política integrada. Ela envolve a questão da qualidade ambiental, onde temos a questão de agrotóxicos, de resíduos sólidos, controle de baterias, de emissão, de portos.
O novo Código Florestal prevê a compensação de reserva legal em outro lugar que não na propriedade que o desmatou, desde que dentro do mesmo bioma. Como o Ibama vai controlar isso?
Algumas coisas nos preocupam porque as vezes a legislação muda, mas não prevê regra de transição. Algumas questões nós já estamos adiantando, criando os nossos sistemas, interfaces de informação geográfica, agora, seria importante que modificações mais profundas no Código Florestal prevejam uma regra de transição para a gente poder se preparar. Não cai do céu um fiscal capacitado na nova norma, um sistema de informação. Mas, pra você ter uma idéia, nós estamos investindo hoje cerca de 40 milhões por ano em tecnologia de informação.
Quais são estes sistemas em desenvolvimento?
Temos vários, desde os sistemas meio, onde estamos trabalhando as questões relacionadas a arrecadação, cobrança de multas, taxa de controle de fiscalização ambiental. Para você ter uma idéia, as despesas correntes, institucionais, aquelas com o nosso investimento, relativas a gasolina, hospedagem, avião, etc, o Ibama hoje já paga. Hoje temos uma arrecadação de 260, 270 milhões reais para um orçamento na ordem de 250 milhões. Outros sistemas são temáticos, como o CAR, o DOF [Documento de Origem Florestal], a parte de autorização de supressão de vegetação, entre outros. É todo um esforço de integrar uma série de sistemas. Além disso, é preciso trabalhar uma articulação federativa muito mais forte. A Lei Complementar 140 tem uma coisa muito importante que é o empoderamento dos municípios, deixando aos estados e ao governo federal a oportunidade de trabalhar com as questões mais estratégicas.
Como seria essa articulação?
Um exemplo é a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental cujos recursos poderão ser distribuídos a partir da Lei Complementar 140. Já temos cerca de 10 ou 11 estados que assinaram esse acordo, aonde a gente repassa 60% desse valor recolhido no estado para as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente. Desses 60% o estado ainda pode repassar para os municípios que façam licenciamento ambiental e tenham Conselho Municipal do Meio Ambiente. Assim, a gente conseguiu se aproximar das secretarias estaduais. É papel do Ibama vertebrar o Sistema Nacional de Meio Ambiente. Outro exemplo é o CAR, que precisará das informações federais e estaduais para funcionar bem. Então, esses sistemas nacionais nos possibilitarão ter informações sobre todas as autorizações da supressão de vegetação no país, sobre a fauna, agrotóxicos, etc, que vão subsidiar políticas integradas. Mas tem que ficar claro que o Ibama é um órgão executivo, não é político, não cabe a nós fazer a discussão estratégica de desenvolvimento. Esse é um papel da sociedade e do governo como um todo.
Quanto aos agrotóxicos, o que o Ibama pretende fazer para tirar do Brasil o título de campeão mundial no uso de agrotóxicos?
Essa é uma agenda que nós vamos ter que atuar como governo. Uma discussão que a gente vê aumentar cada vez mais é sobre produtos orgânicos, é uma preocupação da sociedade ter acesso a esses produtos. E nós somos parte desse processo, o Ibama tem clareza disso, estamos preparando, temos uma coordenação que trabalha com as substâncias químicas e é uma área que deve crescer. Precisamos de muita cooperação técnica e vemos como uma área que tende a expandir
Quanto a Rio+20, qual é o balanço que o Ibama faz?
Para o Brasil tem todo um desdobramento internacional que foi favorável, vários pontos foram encaminhados e vão ter um desenvolvimento nos próximos 4 ou 5 anos, assim foi na Rio92, relacionados a oceano, ao fortalecimento do Pnuma [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente], na questão da produção e consumo sustentável, foram 7 ou 8 questões maiores que foram encaminhadas dentro do documento final.
Porém, a questão financeira para a criação dos fundos que poderiam
ajudar nesse processo de transição tecnológica ficou um pouco aquém, isso foi uma discussão que o próprio momento de crise não favoreceu. Por outro lado,para agenda ambiental foi importantíssimo. Um levantamento nosso mostra que mais de 27 mil reportagens foram feitas durante esse período.
Nos EUA e Canadá deu cerca de 200 em cada um. Então, o envolvimento da sociedade brasileira foi muito forte, especialmente a juventude que é fundamental para estruturar as nossas políticas daqui a 15 ou 20 anos. Em segundo lugar, a participação do setor privado. Tivemos discussões principalmente com atores econômicos como o próprio Banco Central, foi importantíssimo. A questão ambiental passa a ser um elemento de consideração no negócio, financeiro, como um elemento de risco e como um elemento que pode qualificar o processo de tomada de decisão no setor financeiro, na economia. Mas, o Ibama é um operador, não um formulador de política. Para nós criou um ambiente muito favorável para o que a gente tem que desenvolver nos próximos anos, foi um saldo fantástico.
O Ibama tem uma concepção de economia verde?
Essa questão é um pouco mais complexa, não é uma questão do Ibama. O que nós temos aqui é exatamente como a gente facilita o processo de implementação da economia verde. As pessoas querem desenvolver alternativas de geração de energia que sejam menos impactantes. Nosso trabalho tem licenciamento, tem o controle da qualidade ambiental. Mas a discussão da economia verde é tão complexa que nem se definiu economia verde no documento final, não houve acordo sobre isso, não vamos ser nós aqui.
O Ibama tem implementado mecanismos como o REDD [Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação], pagamentos de serviços ambientais, metodologias de valoração da biodiversidade?
Isso não é uma coisa que o Ibama vai implementar, são questões gerais da política que vão facilitar o nosso trabalho. A questão do REDD é uma competência do MMA, para o pagamento de serviços ambientais existem políticas de recuperação de áreas degradas que utilizam esse tipo de mecanismo, como o Programa Produtor de Água, da ANA, onde agricultores conservam mata ciliar, fazem manejo adequado do solo impedindo erosão em bacias e micro bacias e já recebem recurso por isso. Isso é ótimo, melhora a qualidade ambiental, sem ser uma política nossa de controle e fiscalização. No final resulta numa qualidade melhor e num custo menor para a sociedade. Porque uma agenda só de fiscalização e controle é muito cara. Então, temos uma noção muito clara da evolução que a política ambiental está tendo no Brasil e o papel que o Ibama tem a cumprir.
O senhor pode resumir no que consiste essa evolução?
Nós temos dois aspectos: temos uma visão de qualificar as políticas de modo que a questão ambiental já faça parte da questão da infraestrutura, da energia, da agricultura, que ela seja identificada como um elemento de melhoria da performance, da competitividade. Quando você fala em economia verde, a questão é usar a questão ambiental como um ativo e identificar as oportunidades no bom uso e nas vantagens competitivas que isso traz para o Brasil, que é um grande detentor de recursos naturais.
A outra perspectiva é no sentido de que a questão ambiental tem uma relação de opções que nós temos que fazer com as questões sociais, o conceito de sustentabilidade é isso em última análise. A visão do social, econômico e ambiental se dá na hora em que você define estratégias de desenvolvimento, que por sua vez é articulação das mais diversas políticas.
Então, hoje temos avanços como a Bolsa Verde, avanços na integração da matriz energética com a questão ambiental, vemos os resíduos sólidos sendo trabalhados tanto na dimensão econômica como social, com geração de renda para catadores.
Os licenciamentos das hidrelétricas seguem gerando muita polêmica, indígenas entraram recentemente com um pedido questionando Belo Monte. Existe uma solução?
Não é uma questão de solução. O que é o licenciamento? Ele procura melhorar a performance ambiental do projeto. Então, tem toda uma legislação que diz que pode acontecer isso, que não pode acontecer aquilo e a gente aplica essa legislação. Mas há impactos que muitas vezes não são no físico-biótico, são no sócio-econômico e isso dialoga com o que você quer de desenvolvimento para aquela região. Muitas vezes você acaba tendo que trazer para dentro do licenciamento uma discussão de política de saneamento numa área que não tem saneamento. E aí, o que a gente faz? Tem que melhorar a vida das pessoas, a gente tenta trazer isso, embora isso muitas vezes gere custos, atraso, pessoas reclamam dos tempos das licenças, mas aí não estamos só trabalhando a melhoria do projeto em si, a gente acaba tendo que criar condição para a inserção do projeto naquela realidade.
Então, nós temos que ter noção desses tensionamentos, os licenciamentos tem sido um importante elemento de melhoria não só dos projetos, mas muitas vezes da qualidade de vida do pessoal da região porque faz uma certa integração de política de educação, saneamento, saúde. Aí que eu digo que é importante uma estrutura tipo o PAC porque ela ajuda a fazer essa coordenação. O desafio é melhorar o planejamento, articulação de políticas públicas.
Segue para Plenário PL que alerta motoristas sobre álcool
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda Já está pronto para apreciação em Plenário o Projeto de Lei 941/11, que determina a afixação de cartazes informativos em postos de combustíveis e restaurantes localizados às margens de rodovias estaduais, alertando motoristas sobre os riscos de dirigirem sob o efeito de álcool, drogas e medicamentos. De autoria do deputado Arlen Santiago (PTB), o projeto teve seu parecer de 2º turno aprovado na noite desta terça-feira (10/7/12), na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O texto foi aprovado na forma do vencido, com a emenda nº 1 do relator da matéria, deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que buscou aperfeiçoar a redação do artigo 1º. O projeto atribui a obrigação legal aos proprietários dos postos e restaurantes, determina que os avisos serão dirigidos a todos os motoristas, e não só aos caminhoneiros, e retira do texto a fixação de prazo para o Poder Executivo regulamentar a futura lei.
O autor do PL disse que o objetivo da matéria é conscientizar os motoristas sobre os riscos do uso de álcool ou drogas ao se dirigir veículos. Ele entende que a afixação dos cartazes informativos e ilustrativos, com imagens impressionantes, deverá despertar os motoristas e evitar que eles coloquem sua vida em risco.
O texto foi aprovado na forma do vencido, com a emenda nº 1 do relator da matéria, deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que buscou aperfeiçoar a redação do artigo 1º. O projeto atribui a obrigação legal aos proprietários dos postos e restaurantes, determina que os avisos serão dirigidos a todos os motoristas, e não só aos caminhoneiros, e retira do texto a fixação de prazo para o Poder Executivo regulamentar a futura lei.
O autor do PL disse que o objetivo da matéria é conscientizar os motoristas sobre os riscos do uso de álcool ou drogas ao se dirigir veículos. Ele entende que a afixação dos cartazes informativos e ilustrativos, com imagens impressionantes, deverá despertar os motoristas e evitar que eles coloquem sua vida em risco.
Comissão debate aumento de roubo de carros no Estado
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCom o objetivo de debater o roubo de veículos a a atuação de desmanches ilegais de carros no Estado, a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza audiência pública nesta quinta-feira (12/7/12), às 15h30, no Plenarinho I. Os autores do requerimento para a reunião são os deputados João Leite (PSDB), Sargento Rodrigues (PDT), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e a deputada Maria Tereza Lara (PT).
De acordo com informações do gabinete do deputado João Leite, indicadores da Polícia Civil apontam para um crescimento do crime de furto de carros no Estado. Associado a isso, estaria o aumento do comércio de peças de veículos usadas e sem procedência, especialmente na avenida Pedro II, em Belo Horizonte.
De acordo com informações do gabinete do deputado João Leite, indicadores da Polícia Civil apontam para um crescimento do crime de furto de carros no Estado. Associado a isso, estaria o aumento do comércio de peças de veículos usadas e sem procedência, especialmente na avenida Pedro II, em Belo Horizonte.
Suprema Corte paraguaia acata ação de inconstitucionalidade contra impeachment de Lugo
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaMinistério Público terá 18 dias úteis para decidir se o processo político contra o ex-presidente pode ser anulado
A Suprema Corte do Paraguai acatou a ação dos advogados de defesa do ex-presidente Fernando Lugo que alegam inconstitucionalidade no processo político estabelecido no Senado que determinou a cassação do seu mandato. O presidente da Corte, Victor Núñez, confirmou a informação e afirmou que a ação já se encontra nas mãos do Ministério Público.
O procurador do Estado responsável por analisar a ação será Javier Diaz Verón. Ele terá 18 dias úteis para dar o seu parecer. O procurador irá dar o seu parecer sobre se o processo político que destituiu o poder de Lugo será anulado ou não.
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Núñez explicou que, uma vez recebida a resposta do Ministério Público, a ação deve ser transferida ao Senado, que tem o mesmo prazo para justificar o processo, já que a acusação foi feita contra a entidade.Uma vez que o Senado manifeste usa resposta, a Suprema Corte terá 30 dias para divulgar sua sentença, afirmou o procurador à rádio 650 AM do Paraguai.
Esta é a segunda ação de inconstitucionalidade que apresentam os defensores de Lugo, desta vez, contra a Câmara Alta do Parlamento. O ex-presidente foi destituído do cargo em 22 de junho pelo Congresso através de um julgamento político realizado em tempo recorde. Ele deixou a Presidência 14 meses antes de terminar o seu mandato.
Occupy não tem idade
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Os movimentos “Occupy” trouxeram um novo impulso e um novo estilo aos processos de ocupação, em escala internacionalo, a que a Alemanha e Berlim não ficaram indiferentes. Mas tradicionalmente esses movimentos sempre foram associados a jovens, hippies, punks, militantes de esquerda, ou sem-teto. Agora a cidade de Berlim está às voltas com um novo movimento de ocupação. O artigo é de Flávio Aguiar, direto de Berlim.
Flávio Aguiar – direto de Berlim
Berlim tem uma longa tradição de ocupações. Essa tradição se consolidou depois da queda do muro, em 1989. Já na Berlim Ocidental havia movimentos de ocupação, dirigidos para prédios abandonados – alguns desde a guerra. Com a reunificação, o movimento se estendeu para a antiga parte oriental.
O caso mais famoso dessas ocupações é o do prédio conhecido como Tacheles, em ruínas, tomado por artistas e seus ateliês, além de bares em março de 1990. Retomado em parte por uma empresa que comprou a área, uma parte dele continua ocupada, e o destino do prédio ainda é incerto.
Os movimentos “Occupy” trouxeram um novo impulso e um novo estilo aos processos de ocupação, em escala internacionalo, a que a Alemanha e Berlim não ficaram indiferentes. Mas tradicionalmente esses movimentos sempre foram associados a jovens, hippies, punks, militantes de esquerda, ou sem-teto.
Agora a cidade de Berlim está às voltas com um novo movimento de ocupação.
O objeto da ocupação é um prédio na antiga parte oriental da cidade, no bairro de Pankow, perto de um conjunto de residências onde moravam altas autoridades da Alemanha Oriental, numa rua ovalada conhecida como Majakowskiring.
O prédio em questão também teve ocupantes famosos – embora de sinistra memória: Erich Mielke e sua família, um dos chefes da temida Stasi, a polícia política da RDA. Também foi sede da própria Stasi local.
Mas os ocupantes de agora são de outra estirpe: a esmagadora maioria dos ocupantes têm mais de 70 anos – e são mulheres, em grande parte.
O objetivo da ocupação é preservar um centro de reunião para “seniores”, como se designam os idosos por aqui. Nesse centro eles e elas se reuniam para jogar cartas, dominó, outras formas de lazer, praticar ioga, fazer reuniões de interesse local, ou simplesmente para bater papo.
Acontece que a administração regional considerou cara a manutenção do prédio ( 60 mil euros por ano) e dispendiosa demais uma reforma que julga necessária, orçada em 2 milhões de euros. Então decidiu vender o prédio.
Foi a fagulha: em junho cerca de 300 freqüentadores – o caçula tem 65 anos – decidiram ocupar o prédio e resistir. Lá estão eles, nesse prédio da Stille Strasse – Rua do Sossego, ou do Silêncio – com seus colchões, dormindo no chão, fazendo revezamentos noturnos para que a administração regional não possa retomar o prédio, preparando cafés comunitários, refeições...
E chamando a atenção da cidade. Mais de 50 reportagens já foram feitas na mídia berlinense de todo tipo, além deles receberem moções de solidariedade de todo tipo, inclusive sob a forma de doações, sob a forma de frutas, alimentos, doces, e há até um restaurante local que doa refeições quentes para os “seniores – senhoras e senhores”.
A líder do movimento, Doris Syrbe, de 72 anos, garante que elas e eles vão ficar e resistir, até que uma solução seja encontrada. E sequer passa-lhe pela cabeça, pelo menos por ora, a remoção para algum outro prédio.
A mídia tem destacado que esse movimento assinala mudanças sociais importantes que estão ocorrendo na cidade. Depois de voltar a ser a capital da Alemanha, Berlim passa por um processo geral de encarecimento do custo de vida, tradicionalmente um dos mais baixos dentre as capitais européias, incluindo as do antigo leste. O preço dos aluguéis e da manutenção de imóveis tem aumentado, com a freqüência crescente de turistas, diplomatas, gente de negócios e até de estudantes. Berlim é uma das poucas cidades (com caráter de estado) na Alemanha onde o estudo superior permanece gratuito. Isso atrai estudantes de toda a Alemanha – que vêm morar nos bairros antes reservados predominantemente para imigrantes, trabalhadores e população pobre. Estes vão se deslocando para mais longe, e o preço dos aluguéis naqueles bairros começa a aumentar. Em seguida vêm os novos yuppies com seus ternos e carros caros – e condomínios fechados.
E a oportunidade da existência de prédios como o da Stille Strasse diminui.
Mas os velhinhos e as velhinhas da Stille Strasse anunciam que não vão desistir – no melhor estilo dos movimentos “occupy”, que, como se vê, não têm idade-limite.
O caso mais famoso dessas ocupações é o do prédio conhecido como Tacheles, em ruínas, tomado por artistas e seus ateliês, além de bares em março de 1990. Retomado em parte por uma empresa que comprou a área, uma parte dele continua ocupada, e o destino do prédio ainda é incerto.
Os movimentos “Occupy” trouxeram um novo impulso e um novo estilo aos processos de ocupação, em escala internacionalo, a que a Alemanha e Berlim não ficaram indiferentes. Mas tradicionalmente esses movimentos sempre foram associados a jovens, hippies, punks, militantes de esquerda, ou sem-teto.
Agora a cidade de Berlim está às voltas com um novo movimento de ocupação.
O objeto da ocupação é um prédio na antiga parte oriental da cidade, no bairro de Pankow, perto de um conjunto de residências onde moravam altas autoridades da Alemanha Oriental, numa rua ovalada conhecida como Majakowskiring.
O prédio em questão também teve ocupantes famosos – embora de sinistra memória: Erich Mielke e sua família, um dos chefes da temida Stasi, a polícia política da RDA. Também foi sede da própria Stasi local.
Mas os ocupantes de agora são de outra estirpe: a esmagadora maioria dos ocupantes têm mais de 70 anos – e são mulheres, em grande parte.
O objetivo da ocupação é preservar um centro de reunião para “seniores”, como se designam os idosos por aqui. Nesse centro eles e elas se reuniam para jogar cartas, dominó, outras formas de lazer, praticar ioga, fazer reuniões de interesse local, ou simplesmente para bater papo.
Acontece que a administração regional considerou cara a manutenção do prédio ( 60 mil euros por ano) e dispendiosa demais uma reforma que julga necessária, orçada em 2 milhões de euros. Então decidiu vender o prédio.
Foi a fagulha: em junho cerca de 300 freqüentadores – o caçula tem 65 anos – decidiram ocupar o prédio e resistir. Lá estão eles, nesse prédio da Stille Strasse – Rua do Sossego, ou do Silêncio – com seus colchões, dormindo no chão, fazendo revezamentos noturnos para que a administração regional não possa retomar o prédio, preparando cafés comunitários, refeições...
E chamando a atenção da cidade. Mais de 50 reportagens já foram feitas na mídia berlinense de todo tipo, além deles receberem moções de solidariedade de todo tipo, inclusive sob a forma de doações, sob a forma de frutas, alimentos, doces, e há até um restaurante local que doa refeições quentes para os “seniores – senhoras e senhores”.
A líder do movimento, Doris Syrbe, de 72 anos, garante que elas e eles vão ficar e resistir, até que uma solução seja encontrada. E sequer passa-lhe pela cabeça, pelo menos por ora, a remoção para algum outro prédio.
A mídia tem destacado que esse movimento assinala mudanças sociais importantes que estão ocorrendo na cidade. Depois de voltar a ser a capital da Alemanha, Berlim passa por um processo geral de encarecimento do custo de vida, tradicionalmente um dos mais baixos dentre as capitais européias, incluindo as do antigo leste. O preço dos aluguéis e da manutenção de imóveis tem aumentado, com a freqüência crescente de turistas, diplomatas, gente de negócios e até de estudantes. Berlim é uma das poucas cidades (com caráter de estado) na Alemanha onde o estudo superior permanece gratuito. Isso atrai estudantes de toda a Alemanha – que vêm morar nos bairros antes reservados predominantemente para imigrantes, trabalhadores e população pobre. Estes vão se deslocando para mais longe, e o preço dos aluguéis naqueles bairros começa a aumentar. Em seguida vêm os novos yuppies com seus ternos e carros caros – e condomínios fechados.
E a oportunidade da existência de prédios como o da Stille Strasse diminui.
Mas os velhinhos e as velhinhas da Stille Strasse anunciam que não vão desistir – no melhor estilo dos movimentos “occupy”, que, como se vê, não têm idade-limite.
Capitão Assumção pode voltar à Câmara dos Deputados
11 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda BRASÍLIA AGENCIA CONGRESSO - A deputada federal e pré canditada do PT a prefeitura de Vitória, Iriny Lopes, admitiu ontem que deve se licenciar do mandato para cumprir sua agenda de campanha.
Caso Iriny saia de fato, assumirá sua vaga o ex-deputado capitão Assumção (PSB).
Ele é o segundo suplente da coligação PT/PMDB/PSB, que elegeu cinco dos dez deputados federais do ES nas eleições de 2010.
Ontem o primeiro suplente da coligação, Camilo Cola (PMDB), assumiu a vaga deixada por Adifax Barcelos (PSB), que se licenciou porque concorre a prefeitura da Serra.
Iriny fez a revelação ontem na Câmara, antes de se reunir com a bancada capixaba (foto m.rosetti) no gabinete da vice presidente da Câmara Rose de Freitas (PMDB).
A bancada se reuniu com diretores do hospital das Clínicas e o reitor da Ufes, para discutir a crise no hospital de Vitória que já desativou 40% dos seus leitos devido a falta de pessoal e material.
"Estou discutindo com minha equipe o que é melhor. Eles ( a equipe) estão divididos. Uns acham que devo me licenciar. Outros acham que não. Mas vou decidir logo", disse Iriny.
Pela legislação, os políticos candidatos que vão participar as campanhas eleitorais não são ibrigados a se licenciarem dos cargos.
A licença para tratar de assuntos particulares concedida pela Câmara dos Deputados vale por 120 dias e a Constituição Federal determina que o suplente só assume o cargo quando o titular fica fora por período superior. Mesmo que seja um dia.
Assim, muitos deputados emendam a licença para tratar de assuntos particulares com pelo menos um dia de dispensa médica para que o suplente tenha direito a ser alçado ao posto.
Os suplentes só recebem a ajuda de custo equivalente a um salário extra caso fiquem pelo menos 30 dias no exercício do mandato.
Figuras conhecidas do Parlamento já optaram pela licença porque é inviável conciliar a campanha política com o trabalho em Brasília. Manuela Dávila (PC do B) foi uma das primeiras.
Ela disputa a prefeitura de Porto Alegre. O tucano Zenaldo Coutinho e o socialista Danilo Cabral fizeram o mesmo.
Confira quais são os suplentes que assumem as vagas dos deputados que se licenciaram na Câmara
Vicente Selistre (PSB- RS) Manuela D’Ávila (PcdoB-RS)
João Caldas da Silva (PSDB-AL) Rui Palmeira (PSDB-AL)
Telma Pinheiro (PSDB-MA) Pinto Itamaraty (PSDB-MA)
Paulo Marinho Júnior (PMDB-MA) Alberto Filho (PMDB-MA)
Ricardo Archer (PMDB-MA) Cléber Verde (PRB-MA)
Armando Abílio (PTB-PB)* Benjamin Maranhão (PMDB-PB)
Professor Victorio Galli (PMDB-MT) Carlos Bezerra (PMDB-MT)
Camilo Cola (PMDB-ES)* Audifax (PSB-ES)
Severino Ninho (PSB-PE)* Danilo Cabral (PSB-PE)
Major Fábio (DEM-PB) Romero Rodrigues (PSDB-PB)
Valry Morais (PRP-PA) Zenaldo Coutinho (PSDB-PA)
capitão Assumção (PSB-ES) Iriny Lopes (PT-ES)
*Não receberão a ajuda de custo única de R$ 26,7 mil, pois já assumiram o posto como suplentes no decorrer da atual legislatura
Foto M.Rosetti/Assumção e Iriny, com Camilo e Casagrande
FONTE - AGENCIA CONGRESSO
Senador Demóstenes Torres é cassado e fica inelegível até 2027
10 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaForam 56 votos pela cassação, 19 contra e 5 abstenções. Voto foi secreto.
Ele foi acusado de usar mandato para favorecer bicheiro Carlos Cachoeira.

Demóstenes Torres, durante a sessão que cassou seu mandato (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
O senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO) foi cassado nesta quarta-feira (11) por quebra de decoro parlamentar e ficará inelegível até 2027. Ele é acusado de usar o mandato para favorecer o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em votação secreta, 56 dos 80 senadores presentes votaram pela cassação, 19 foram contra e houve 5 abstenções. Com o resultado, Demóstenes se tornou o segundo senador cassado na história do Brasil; o outro foi Luiz Estevão, em 2000.
Para se confirmar a perda do cargo, aprovada anteriormente por unimidade no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça, seriam necessários, no mínimo, 41 votos de senadores. O único senador ausente na sessão foi Clovis Fecury (DEM-MA), que está de licença desde o dia 6 de julho.
Com a cassação aprovada, Demóstenes Torres tem seus direitos políticos suspensos por oito anos a contar do fim do mandato parlamentar, que se encerraria em 2019. Com isso, Demóstenes só poderá voltar a disputar eleições a partir de 2027, quando tiver 66 anos.
Em tese, ele poderia questionar a cassação no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda nesta terça (10), antes da decisão, o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, descartou uma apelação na Justiça. "Não vamos recorrer. A decisão do plenário é soberana. Não há como fazer qualquer tipo de recursos. Só nos cabe aceitar a decisão", disse o advogado.
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Com a perda do mandato, Demóstenes também perde o foro privilegiado e deixa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, onde é alvo de inquérito. Como é procurador de Justiça do Ministério Público de Goiás licenciado, Demóstenes passa a ter como foro o Tribunal de Justiça de Goiás.
O senador cassado foi acusado de quebra de decoro parlamentar por suspeita de ter utilizado o mandato parlamentar para auxiliar nos negócios do contraventor, preso pela Polícia Federal no fim de fevereiro durante a Operação Monte Carlo sob acusação de explorar jogos ilegais e corrupção.
Poucos dias após a prisão, surgiram notícias do envolvimento de Carlinhos Cachoeira com Demóstenes Torres.
Eu fui perseguido como um cão sarnento. Tudo o que aconteceu na minha vida e o que não aconteceu veio a público. Mandaram jornalistas para todo lugar de Goiás e do Brasil. Por que não apareceu meu nome em desvios? Eu fui investigado como ninguém no Brasil."
Demóstenes Torres, durante discurso no plenário do Senado
'Bode expiatório' e 'cão sarnento'
Demóstenes chegou ao plenário nesta quarta para sessão que votaria sua cassação antes dos colegas e permaneceu sentado durante os discursos. Antes da votação, voltou a negar ter favorecido o bicheiro e disse que foi um "bode expiatório" e "perseguido como um cão sarnento".
Demóstenes chegou ao plenário nesta quarta para sessão que votaria sua cassação antes dos colegas e permaneceu sentado durante os discursos. Antes da votação, voltou a negar ter favorecido o bicheiro e disse que foi um "bode expiatório" e "perseguido como um cão sarnento".
"Eu fui perseguido como um cão sarnento. Tudo o que aconteceu na minha vida e o que não aconteceu veio a público. Mandaram jornalistas para todo lugar de Goiás e do Brasil. Por que não apareceu meu nome em desvios? Eu fui investigado como ninguém no Brasil. E não apareceu nada, nada, nada. Aí começaram a inventar", disse Demóstenes.
"Eu quero pedir aos senhores. Por favor, me deem a oportunidade de provar que sou inocente. Não acabem com a minha vida. Não me deixem disputar uma eleição só em 2030", completou.
Apesar da votação secreta, a sessão, que começou às 10h11, foi aberta e as galerias do plenário já estavam repletas de pessoas convidadas por partidos, que receberam 100 senhas para assistir de perto.

O senador Demóstenes Torres com seu advogado
no plenário do Senado (Foto: Agência Senado)
no plenário do Senado (Foto: Agência Senado)
Relembre o caso
No começo de março, a primeira denúncia indicava que Demóstenes havia recebido uma cozinha de presente do contraventor. No mesmo mês foram revelados indícios de que o então senador vazava informações do Congresso para Cachoeira. Depois disso, surgiram novas suspeitas de tráfico de influência em diversos órgãos federais. Em abril, Demóstenes deixou seu partido, o DEM, e passou a ser alvo de processo no Conselho de Ética.
No começo de março, a primeira denúncia indicava que Demóstenes havia recebido uma cozinha de presente do contraventor. No mesmo mês foram revelados indícios de que o então senador vazava informações do Congresso para Cachoeira. Depois disso, surgiram novas suspeitas de tráfico de influência em diversos órgãos federais. Em abril, Demóstenes deixou seu partido, o DEM, e passou a ser alvo de processo no Conselho de Ética.
Desde o início das denúncias, ele alegou que sua relação com Cachoeira, revelada em gravações da Polícia Federal, se limitaria à amizade e que não sabia de qualquer atividade ilegal. Em discursos e na defesa escrita, Demóstenes alegou que as inteceptações eram ilegais, por não terem sido autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), questionou a interpretação dada sobre os diálogos com Cachoeira e se disse vítima de perseguição política e da opinião pública.
Demóstenes adotou comportamento incompatível com o decoro mandato. Ele feriu de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe aos parlamentares"
Pedro Taques, senador
Discursos na sessão
A representação que pediu a cassação de Demóstenes por quebra de decoro parlamentar foi de autoria do PSOL. Em nome do partido, o senador Randofe Rodrigues (AP) usou a tribuna por 30 minutos para afirmar que o senador quebrou o decoro e defender a cassação.
A representação que pediu a cassação de Demóstenes por quebra de decoro parlamentar foi de autoria do PSOL. Em nome do partido, o senador Randofe Rodrigues (AP) usou a tribuna por 30 minutos para afirmar que o senador quebrou o decoro e defender a cassação.
Randolfe afirmou que as gravações feitas pela Polícia Federal entre Demóstenes e Cachoeira deixam claro que as relações entre o senador e o contraventor não eram apenas pessoais. "O que está em jogo é um sinal para milhões de brasileiros sobre a credibuliade de uma instituição", afirmou. "O diálogo mostra claramente o nível de relação entre Cachoeira e o representado [...] Muitas são as provas que mostram a conduta incompatível com o decoro parlamentar."
Antes de Randolfe, o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo no Conselho de Ética, afirmou que Demóstenes mentiu aos parlamentares ao negar sua relação com o contraventor.
"Vossa Excelência disse aqui que não sabia dos afazeres ocultos de Carlos Cachoeira. É muito difícil acreditar. Como poderia não saber das atividades criminosas? [...] Que amigo é este que não procura saber por que o amigo havia sido indiciado por seis crimes. Portanto, me perdoe, mas Vossa Excelência faltou com a verdade", disse o relator.
Quem também defendeu a cassação do mandato durante a sessão foi o senador Pedro Taques (PDT-MT), relator de processo contra Demóstenes na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo ele, Demóstenes "feriu de morte a dignidade do cargo".
"Demóstenes adotou comportamento incompatível com o decoro mandato. Ele feriu de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe aos parlamentares", disse no discurso.

O senador Demóstenes Torres com seu advogado no plenário do Senado (Foto: Honório Jacometto / TV Anhanguera)
Histórico de cassações
Antes de Demóstenes, apenas um senador teve o mandato cassado: Luiz Estevão, então no PMDB-DF, perdeu o mandato sob a acusação de ter mentido no Senado ao negar envolvimento no desvio de R$ 169 milhões nas obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.
Antes de Demóstenes, apenas um senador teve o mandato cassado: Luiz Estevão, então no PMDB-DF, perdeu o mandato sob a acusação de ter mentido no Senado ao negar envolvimento no desvio de R$ 169 milhões nas obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.
A cassação ocorreu no dia 28 de junho de 2000, com 52 votos a favor da cassação, 18 contra e dez abstenções. Além do mandato, Luiz Estevão perdeu os direitos políticos até 2014.
No ano seguinte, Antonio Carlos Magalhães, então no PFL-BA, renunciaria ao mandato antes da votação de um processo de cassação, motivado pela revelação de que obteve a relação dos votos da cassação de Luiz Estevão. O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, então no PSDB-DF e líder do governo, também renunciou, sob suspeita de ter fornecido a lista. Ambos foram eleitos novamente em 2002, ACM para o Senado e Arruda para a Câmara.
Ainda em 2001, Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou, também para evitar a perda de direitos políticos. Na época, ele presidia o Senado e era acusado de desvios no Banco do Estado do Pará, fraudes na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e venda de títulos da dívida agrária.
O processo mais recente de ameaça de cassação ocorreu em 2007, quando o então presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) foi acusado de ter as contas pessoais pagas por um lobista. Na época, ele renunciou à presidência do Senado e escapou da cassação.
FH, o prêmio e o imposto
10 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAo receber o prêmio Kluge, concedido pela Biblioteca do Congresso dos EUA, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que os partidos brasileiros perderam a definição ideológica. Questionado sobre o destino do prêmio de US$ 1 milhão, brincou: "Dei 27,5% ao governo, espero que saiba usar."
"Partidos estão crescentemente sendo siglas"
Ao receber prêmio nos EUA, FH critica legendas e ironiza imposto de renda: "Dei ao governo 27,5%, espero que ele saiba usar"
Flávia Barbosa
WASHINGTON . O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem os partidos políticos brasileiros, que, "de maneira preocupante", se converteram em simples siglas, que se abstêm do debate sobre temas fundamentais e dão pouca ênfase a programas de governo. Para ele, que respondia a uma pergunta sobre possível parceria eleitoral nacional entre o PSDB e o PSB, as alianças estabelecidas para os pleitos municipais muitas vezes refletem esta falta de compromisso, pois o interesse dos partidos é pautado por questões provinciais e se resume a "buscar maximizar suas chances eleitorais".
FH recebeu da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, o Prêmio Kluge de contribuição às Ciências Sociais. Concedido pela primeira vez em 2003, o prêmio pretende ser um Nobel da área de humanas e oferece US$ 1 milhão. O ex-presidente é o primeiro brasileiro agraciado, de sete premiados até hoje, e foi reconhecido pelo trabalho como sociólogo e líder político.
Para FH, é prematuro dizer se a aliança nacional entre PSDB e PSB vai vingar. Os tucanos caminham com o PSB em Minas, lembrou, mas as circunstâncias não devem ser extrapoladas, pois "a vocação nacional dos partidos brasileiros na eleição municipal desaparece":
- Não dá para avaliar o que vai acontecer em termos de alianças futuras com base no que está sendo feito agora. Agora cada um vai buscar maximizar suas chances eleitorais, sem se preocupar muito com o que vai acontecer depois. E menos ainda se há choques nas visões dos partidos, inclusive porque essas visões estão se diluindo de maneira, para mim, preocupante. Os partidos estão crescentemente sendo siglas. Qual é a posição que está por trás, o conteúdo programático, a visão real? Vai ter, em certos momentos, mas muitas vezes o partido não expressa isso mais.
Sobre o prêmio, entregue ontem, FH agradeceu e dividiu com o Brasil a honra:
- Acredito que se deve não só a mim, mas à proeminência do Brasil. Obviamente, devo ter algum valor, que não vou julgar, mas este valor isoladamente não daria prêmio.
Perguntando se já tinha decidido o que fazer com o US$ 1 milhão, FH brincou:
- Ainda não. Mas dei 27,5% ao governo, espero que ele saiba usar.
FONTE: O GLOBO
Corregedoria da Polícia Militar cada vez mais perde credibilidade e respeito dos praças
10 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaVERGONHA NA PM - PARTE II
Mais novidades no caso do tratamento diferenciado na hora de punir. Vejam nossas descobertas:
1 - O Coronel corregedor (anterior) foi a autoridade que mandou abrir a sindicância para apurar a denúncia de recebimento indevido para prender pirueiros;
2 - A sindicância ficou a cargo do Coronel Evandro.
3 - Na sindicância o Major (promovido a Tenente Coronel) arrolou como testemunha sabem quem? o Corregedor, que foi ouvido compromissado a dizer a verdade.
4 - O sindicante apurou que havia transgressão do oficial e de um praça somente.
5 - A sindicância foi pra quem? para o mesmo corregedor que puniu o oficial com oito dias de balão e discordou do sindicante e mandou abrir PAD em todos os praças.
O CORREGEDOR ABRIU SINDICÂNCIA, TESTEMUNHOU NA SINDICÂNCIA E RECEBEU OS AUTOS. ISSO PODE?