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Política, Cidadania e Dignidade

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

“Único condenado pelos protestos de 2013 é morador de rua”

31 de Julho de 2014, 9:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


"A maior prova de que caminhamos para o fascismo é a linguagem dos fascistas, conscientes ou não. Eles exultam com a prisão de pessoas inocentes e se refestelam com o falso discurso contra ricos, classe média e tudo o mais". O comentário é de Lincoln Secco, professor de História Contemporânea da Faculdade de Filosofia, Ciências Humanas e Letras da USP, em artigo publicado por Viomundo, 28-07-2014.
Eis o artigo.
Rafael Braga Vieira, de 25 anos, foi preso no dia 20 de junho de 2013, no Rio de Janeiro, durante os protestos que sacudiram o Brasil naquele ano. Ele não adotava tática black bloc. Ele não pertence a uma organização anarquista. Não possui amigos influentes que o defendam, pois é morador de rua.

Não se ouviu o Ministro da Injustiça dizer que o inquérito foi forjado. É que até para se lembrar de um acusado é preciso que ele seja bem nascido, com nível superior, preferencialmente branco  e com uma rede de amigos solidários. A grande imprensa e seus áulicos preferiram fazer uma novela de baixa qualidade para acusar “pessoas mais interessantes” comoSininhoCamila e seus “seguidores”. Sem esquecer que  aquelas ativistas são igualmente vítimas da desinformação midiática e da mentalidade fascista de muitos policiais.
Aliás, pessoas como o Ministro e outros políticos graúdos não se solidarizaram nem mesmo com os condenados do seu partido. Se não ajudam aos amigos, o que  dizer dos outros? Mas veremos muita gente (de Direita ou não) escrever que Rafael é terrorista ou que não devia estar ali, já que nada tinha a ver com protestos. Como se protestar também  fosse crime. Bem, Rafaelmorava ali… Na rua.
A língua da direita
Uma série de articulistas, tradutores, professores de Filosofia, jornalistas, celebridades (ou candidatos a), disputa um mercado de Direita. Os anos do PT no poder unificaram a linguagem (na verdade, vitupérios) de corruptos reais contra a “corrupção”.
Foi assim que  surgiram pérolas como o livro (sic) “Lula minha Anta”. Achincalhar Lula se tornou um esporte nacional. Mas isso não é uma novidade. O baixo calão imperava na imprensa do I Reinado. E durante o Governo Eleito deGetúlio Vargas bastava ler o jornalista Carlos Lacerda para encontrar as figuras de linguagem do humor negro… Mas só uns poucos eleitos escreviam.
O que a internet trouxe, ao lado de muitos bons poetas e escritores iniciantes, é a exposição sem moderação de indivíduos que antes ficavam esquecidos nos quartos de seus preconceitos. Sua expressão dura alguns segundos, felizmente, mas exala o odor fétido da língua simplificada do fascismo. Tais atitudes fizeram com que os Sites políticos ficassem em guetos sem que o debate democrático florescesse. As pessoas só elogiam seus iguais e falam mal dos diferentes.
A violação da língua pelas massas virtuais
Todavia, órgãos de esquerda também não estão livres disso. Em todos os lugares virtuais em que é possível expressar ódio com a confortável mediação de um computador ou sob o anonimato os argumentos fenecem e sobram os adjetivos. Pessoas ditas de esquerda apoiam com palavras covardes as ações policiais de perseguição política simplesmente porque atingem seus “adversários”. Assim, nomes como Sininho, Fabio Hideki, Celso Lusvarghi, Camila Jourdan e tantas outras são comparadas a terroristas por neopetistas e tucanos recém-casados.
Em desrespeito, diga-se de passagem, à própria posição oficial do PT, que se solidarizou com os presos e as presas.
Algumas pessoas simplesmente desqualificam até quem os defende. Utilizam termos como “idiotice”. Perguntam-se “Quem esse sujeito pensa que é?”. Repetem: “Deixe de dizer bobagem”; “Masturbação sociológica”. E usam o sinal interrogativo e as aspas diante da profissão de um comentarista.
Humor
Recorrem ao humor negro com a desfaçatez dos racistas. O humor negro é o que o nome diz: humor contra os negros. Felizmente, Rafael não acessa a internet e não lerá tais insultos que sempre ouviu cara a cara. Afinal, ele é negro. E alguns de nós sabemos o que isso significa. Recentemente, um dos jornalistas convertidos ao neolulismo, tentou ridicularizar a militante Sininho. Mas do alto de seu poder midiático ele não percebeu o quanto era baixo para seus leitores mais sérios…
Certa vez, no Instituto Goethe, em São Paulo, Sergio Paulo Rouanet fazia uma conferência. De repente foi interrompido asperamente por um ouvinte que reclamava para o humor um caráter libertário universal. Rouanet ouviu, pensou e replicou: não era libertário o riso das massas nazistas diante das piadas de Hitler.
Decerto, há humor libertário. É aquele que ridiculariza a opressão e não os oprimidos. Mas em geral este humor é produzido gratuitamente pela própria Direita. A professora Camila Jourdan disse a um aluno: “Não esqueça os livros”. Na conversa grampeada (!) pela PM a conclusão só pode ser que ela se referia de modo cifrado a bombas. A literatura fantástica de baixa qualidade, como ela mesma disse, impera entre os néscios da repressão.
Receita
Junte uns livros de Bakunin como provas, o nome do delegado que conduz o inquérito contra os ativistas sociais e um ou dois namorados traídos que “denunciaram” seus desafetos. Acrescente canetas, livros e avaliações semestrais da conversa da professora Camila Jourdan e teremos uma bela piada. Tudo bem que não tão engraçada. Em tempo: o delegado tem o nome de Thiers, o carrasco da Comuna de Paris.
Fascismo
A maior prova de que caminhamos para o fascismo é a linguagem dos fascistas, conscientes ou não. Eles exultam com a prisão de pessoas inocentes e se refestelam com o falso discurso contra ricos, classe média e tudo o mais… O fascismo em suas muitas formas históricas tem uma característica imprescindível: ele não se impõe sem o acordo prévio das massas em defesa da Ordem. Mesmo que tal Ordem se volte contra elas próprias.
Alguns (vide reportagem insultuosa da Globo News) já acusam militantes de ter torcido contra a seleção brasileira. Acredito que nem precisarão das velhas tradições da esquerda para chegar ao “nacional-socialismo”. Irão adiante sem o socialismo mesmo.
Diante desses heróis de teclado e alcaguetes virtuais é melhor escolher bem as palavras.



Ativista preso diz ter ter recebido soco e chutes de policial

31 de Julho de 2014, 9:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


GIBA BERGAMIM JR.
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

O funcionário da USP Fábio Hideki Harano, 27, preso acusado de comandar protestos durante a Copa do Mundo, disse que foi agredido e ameaçado por policiais dentro do Deic (Departamento de Investigações Criminais) quando foi preso.
O relato, feito em depoimento ao Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) na Penitenciária de Tremembé, foi anexado ao processo da 10ª Vara Criminal de São Paulo no qual Hideki e o ativista Rafael Lusvarghi são réus por associação criminosa, posse de explosivos, incitação ao crime, e outros delitos.
Ele nega ser black bloc –manifestante que defende a depredação do patrimônio público e privado– e diz que não portava explosivos, como diz a polícia.
Avener Prado - 24.jun.2014/Folhapress
O estudante Fabio Hideki Harano é preso após participar do ato anti-Copa em SP
O estudante Fabio Hideki Harano é preso após participar do ato anti-Copa em SP
Segundo Hideki, as agressões ocorreram no dia 23 de junho, após ambos serem presos numa manifestação.
De acordo com o ativista, ele iniciou uma conversa com Lusvarghi –colocado na mesma sala que ele– e foi repreendido por isso.
"Um dos policiais viu e me desferiu um soco no queixo e machucou minha língua. Logo depois, se aproximou e continuou a me agredir. Tomei uma joelhada e, quando me curvei, tomei outro chute na lateral da barriga", diz o depoimento.
O manifestante afirmou que foi xingado e humilhado no departamento antes e depois das agressões.
De acordo com a declaração, os policiais o xingavam de "japonês de merda e terrorista de merda". "Aqui é o Deic. Você está fodido", teriam dito, segundo Hideki.
O advogado do manifestante, Luiz Eduardo Greenhalgh, disse à Folha que Hideki tem condições de reconhecer quem o agrediu. "Isso será feito no momento oportuno", disse.
Greenhalgh afirmou que, no dia da prisão, Hideki conversou com o diretor do Deic, Wagner Giúdice, e negou atuar como black bloc.
"Ficou claro nessa conversa que o Fábio (Hideki) não oferece nenhum risco à ordem pública e não pode ficar preso provisoriamente", disse Greenhalgh.
O ativista foi submetido a exame de corpo de delito. A Folha não teve acesso ao resultado do exame.
Em nota, a Polícia Civil nega ter havido prática de abusos e agressões no Deic.
"Os fatos estão sub judice e foram objeto de denúncia oferecida pelo Ministério Público ao Poder Judiciário, que manteve a prisão preventiva de Fábio Hideki Harano e converteu a denúncia dos promotores em processo judicial, na qual ele figura como réu", diz o texto.
De acordo com a polícia, não há registro da denúncia nem na Corregedoria da Polícia Civil nem no Deic.
TERROR
Se Hideki acusa os policias de violência, os investigadores do Deic disseram em depoimento terem passado por "momentos de terror" no momento da prisão dos dois manifestantes.
Segundo relato de dois investigadores, no momento da prisão de Lusvarghi, os policiais foram cercados por manifestantes. Para evitar serem atacados, atiraram para cima.
Porém, afirmam ter usado balas de festim. Eles dizem ainda que só conseguiram tirar Hideki do local onde foi preso –estação Consolação do Metrô– para levá-lo à delegacia com a ajuda da PM. "A situação ficou delicada e perigosa, qualquer atitude precipitaria uma ação violenta com consequências graves", disse um dos policiais em depoimento no Deic.

Transcrito da Folha de São Paulo ; nos termos do artigo 46 da Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998



Propostas de edição de súmulas vinculantes incluem textos de súmulas do STF

31 de Julho de 2014, 9:55, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Algumas súmulas do Supremo Tribunal Federal (STF) poderão se tornar súmulas vinculantes. Isso porque tramitam na Corte 20 Propostas de Súmulas Vinculantes (PSVs) que preveem essa possibilidade, apresentadas pelo ministro Gilmar Mendes. As súmulas são uma síntese do entendimento do Tribunal sobre determinada matéria, com base em decisões reiteradas no mesmo sentido, expostas por meio de uma proposição direta e clara, e servem apenas de orientação para futuras decisões. Já as súmulas vinculantes têm força normativa e devem ser aplicadas pelos demais órgãos do Poder Judiciário e pela administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Os temas das PSVs são variados e abordam temas como proibição do Judiciário em aumentar vencimentos de servidores públicos, competência de município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial, instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área, competência da União para legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do Distrito Federal, eficácia de medida provisória e cobrança do ICMS de mercadoria importada, e contribuição confederativa.
As súmulas tratam ainda da constitucionalidade de alíquotas progressivas do IPTU, princípio da anterioridade da obrigação tributária, taxa de iluminação pública, reajuste concedido aos servidores militares pelas Leis 8.622/1993 e 8.627/1993, auxílio-alimentação dos servidores inativos, vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária, exame psicotécnico para candidato a cargo público, e contribuição previdenciária sobre o 13º salário.
Outros assuntos que poderão ser objeto de súmula vinculante são: competência constitucional do Tribunal do Júri, competência legislativa da União para definição dos crimes de responsabilidade, fixação do BTN fiscal como índice de correção monetária aplicável aos depósitos bloqueados pelo Plano Collor I, e a imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos.
Histórico
Desde maio de 2007, o STF aprovou 33 verbetes de súmulas vinculantes, que podem ser consultadas no site do Supremo, no link Súmulas Vinculantes. Entre elas, estão a que trata da ilegalidade do uso de algemas no preso, quando este não representa resistência, risco de fuga ou perigo à integridade física própria ou alheia, e a que proíbe o nepotismo em órgãos da Administração Pública federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal, nos três Poderes.
A última proposta de súmula aprovada pelo Plenário do Supremo, em 9 de abril deste ano, prevê que, até a edição de lei complementar regulamentando norma constitucional sobre a aposentadoria especial de servidor público, deverão ser seguidas as normas vigentes para os trabalhadores sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social. De 2007 até hoje, foram protocoladas 112 PSVs.
Legislação
A adoção da súmula com efeito vinculante no sistema jurídico brasileiro foi permitida a partir da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004 (Reforma do Judiciário), com a criação do artigo 103-A da Constituição Federal. O principal objetivo é a agilidade processual, ao evitar o acúmulo de processos sobre questões idênticas e já pacificadas na Suprema Corte. A regulamentação desse novo instrumento veio com a edição da Lei 11.417/2006, que passou a vigorar em março de 2007, e disciplina a edição, revisão e o cancelamento de enunciado de súmula vinculante pelo STF.
Além de ministros do Supremo, são legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante: o presidente da República; as Mesas do Senado, da Câmara dos Deputados e de assembleia legislativa; o procurador-geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; o defensor público-geral da União; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; governador; e os tribunais superiores, de Justiça, regionais e militares.
A edição de uma nova súmula depende da aprovação da PSV, em Plenário, por pelo menos dois terços dos integrantes do Tribunal, ou seja, oito ministros. A partir da aprovação e publicação no Diário da Justiça Eletrônico do STF, a nova súmula passa a vigorar.
Contra decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-la indevidamente caberá reclamação ao STF. A Corte, julgando procedente o pedido, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.
Tramitação
Resolução 388/2008, do STF, disciplina o processamento de proposta de edição, revisão e cancelamento de súmulas. Ela prevê prazo de cinco dias depois do recebimento da PSV para a publicação do edital na página do Supremo e no Diário da Justiça Eletrônico, encaminhando a seguir os autos à Comissão de Jurisprudência, para apreciação por seus integrantes, no mesmo prazo, quanto à adequação formal da proposta.
Devolvidos os autos, a Secretaria Judiciária encaminha cópias da manifestação e da PSV aos demais ministros e ao procurador-geral da República e fará os autos conclusos ao presidente do STF, que submeterá a proposta à deliberação do Tribunal Pleno, mediante inclusão em pauta.



Pesquisa diz que 77,2% dos policiais são a favor da desmilitarização da PM

31 de Julho de 2014, 9:52, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Pesquisa diz que 77,2% dos policiais são a favor da desmilitarização da PM
Uma pesquisa feita com policiais de todo o país, lançada nesta quarta-feira (30) em São Paulo, revelou que a maioria diz ser a favor da desmilitarização da PM. Ainda segundo o estudo, um terço dos policiais brasileiros pensa em sair da corporação na qual trabalham.
O estudo foi realizado com 21.101 policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, bombeiros e peritos criminais de todos os Estados. Os profissionais foram ouvidos entre os dias 30 de junho e 18 de julho.
A pesquisa “Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública” foi promovida pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, pelo Centro de Pesquisas Jurídicas Aplicadas da Fundação Getúlio Vargas e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Perguntados sobre a hierarquia policial, 77,2% dos entrevistados disseram não concordar que as polícias militares e os corpos de bombeiros militares sejam subordinados ao Exército, como forças auxiliares, demonstrando que são a favor da desmilitarização da PM.
“Se considerarmos apenas os policiais militares, 76,1% defendem o fim do vínculo com o Exército. O que é um sinal claro de que o Brasil precisa avançar na agenda da desmilitarização e reforma das forças de segurança”, afirma Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Conselho de Administração do fórum e pesquisador da FGV.
De acordo com a pesquisa, 53,4% discordam que os policiais militares sejam julgados pela Justiça Militar. Para 80,1% dos policiais, há muito rigor em questões internas e pouco rigor em assuntos que afetam a segurança pública.


Nova polícia

Mais da metade dos policiais (51,2%) afirmaram que as atuais carreiras policiais não são “adequadas” e deveriam mudar.
Eles deram suas opiniões sobre qual deveria ser o modelo da polícia brasileira: 27,1% deles sugeriram a criação de uma nova polícia “de caráter civil, com hierarquia e organizada em carreira única”; outros 21,86% apontaram como solução a unificação das polícias militares com as civis, “formando novas polícias estaduais integradas e civis”.
Dos entrevistados, 83,2% concordaram que os regimentos e códigos disciplinares precisam ser modernizados e adequados à Constituição Federal de 1988.

Insatisfação com a profissão

Os policiais também responderam questões ligadas às condições de trabalho. Segundo a pesquisa, 34,4% dos policiais afirmaram que pretendem sair da corporação “assim que surgir outra oportunidade profissional”. E 55,1% disseram que planejam se aposentar onde trabalham atualmente.
Perguntados se, caso pudessem escolher, optariam novamente pela carreira na sua corporação, 43,7% falaram que sim; 38,8% responderam que não.
Sobre as dificuldades que enfrentam na rotina de trabalho, mais de 80% deles citaram baixos salários, leis penais que consideram “inadequadas”, contingente policial insuficiente, falta de uma política de segurança pública e formação e treinamento insuficientes.

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BRASIL – A polícia brasileira é dividida entre a militar, que é responsável pelo policiamento ostensivo, e a civil, que se encarrega das investigações dos crimes. As duas atuam nos Estados. O país também possui a Polícia Federal, de caráter civil e atuação nacional Ricardo Moraes/ Reuters

Perfil dos entrevistados

Dos policiais que participaram do projeto, mais da metade (52,9%) é da Polícia Militar. Outros 22% são da Polícia Civil. A maioria (63,5%) tem ensino superior completo ou especialização, e grande parte (44,4%) trabalha em média oito horas por dia.
Em relação à formação, 37,5% dos policiais tiveram de seis a 12 meses de aulas durante curso para ingressar na corporação; 34,2% tiveram de três a seis meses.
Sobre a renda mensal, 27,2% deles ganham de R$ 5.000 a R$ 10 mil; 26,2%, de R$ 2.000 a R$ 3.000; e 20,9%, de R$ 3.001 a R$ 4.000. O valor é líquido, incluindo os adicionais.
“Não obstante tecnicamente os dados não se constituírem em um retrato exato das opiniões de todos os policiais brasileiros, eles nos autorizam algumas análises e hipóteses exploratórias sobre reformas das polícias no Brasil e incentivam a participação destes profissionais na definição dos rumos de suas instituições”, diz texto da pesquisa. Fonte UOL





Concubina não tem direito à pensão por morte

31 de Julho de 2014, 9:48, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A 1.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1) manteve sentença de primeira instância que cancelou definitivamente o benefício de pensão por morte concedida à concubina com base na Lei 8.213/91, que dispõe ser indispensável ao reconhecimento do direito à pensão por morte a qualidade de cônjuge ou companheira do ex-segurado. A decisão, unânime, seguiu o voto da relatora, desembargadora federal Ângela Catão.
 
Consta dos autos que a Previdência Social assegurou à concubina cinquenta por cento dos bens adquiridos durante a constância do relacionamento ao fundamento de que foi comprovada a existência de sociedade de fato constituída entre a ré e o falecido no período compreendido entre abril de 1996 e junho de 2002, sem, todavia, reconhecer a existência de união estável.
 
A decisão motivou a esposa a procurar a Justiça Federal solicitando o cancelamento da pensão por morte à concubina. Sustenta a requerente que o fato de não ter sido reconhecida a existência de união estável entre o falecido e a ré faz com que esta não tenha direito de figurar como beneficiária de parte da pensão deixada. Os argumentos foram aceitos pelo juízo de primeiro grau que cancelou o benefício.
 
A concubina, então, apelou da sentença ao TRF1 afirmando que viveu maritalmente com o falecido de 1996 a 29 de junho de 2002, data do óbito. Sustenta que teve uma filha com ele e que a sociedade de fato estabelecida ficou comprovada por meio de sentença proferida pelo Juízo da Vara da Família de Itaquera (SP). Alega que a referida sentença não reconheceu o instituto na união estável entre ela e o falecido porque ele ainda era legalmente casado com a proponente da ação.
 
Mesmo com as provas apresentadas pela recorrente, a 1.ª Turma manteve a sentença que cancelou o benefício de pensão por morte. Isso porque, de acordo com a Lei 8.213/91, “é indispensável ao reconhecimento do direito à pensão por morte a qualidade de cônjuge ou companheira do ex-segurado”. Por essa razão, “não pode ser considerada a relação entre a ré e o falecido como união estável, uma vez que essa união não possui a finalidade de constituição de família, bem como inexistente a dependência econômica”, diz a decisão.
 
Nesse sentido, “é de se manter a sentença que julgou procedente o pedido da autora, esposa do ex-segurado e dele não separada, de cancelamento do rateio deferido pelo INSS à apelante”, finaliza a relatora.
 
Processo relacionado: 0009640-60.2004.4.01.3803
 
Fonte: TRF 1ª Região



73% Dos Policiais São Favoráveis À Desmilitarização Da PM, Aponta Pesquisa

31 de Julho de 2014, 6:30, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas revela, também, que 93% dos servidores acreditam que a corrupção é o principal problema da corporação
73% dos policiais são favoráveis à desmilitarização da PM, aponta pesquisa
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) revelou que 93,6% dos policiais militares acreditam que a corrupção compromete a eficiência do trabalho das corporações.
73,7% defendem a desvinculação da carreira com o exército, e quando o recorte é feito apenas aos policiais militares, este índice sobe para 76%. Fato que, de acordo com o estudo, significa que os servidores da PM são favoráveis à sua desmilitarização e que o Brasil precisa aprofundar o debate sobre o assunto.
Outro dado unânime entre os entrevistados foi a questão salarial: 99% consideram que ganham um salário baixo e 98% declararam que a formação e o treinamento são deficientes. 83% afirmaram que, em caso de morte de suspeitos, os policiais devem ser investigados, e outros 43% disseram que o agente deve ser inocentado. Por fim, 43,2% acreditam que o policial que mata um criminoso deve ser premiado.
A pesquisa foi realizada entre os dias 30 de junho e 18 de julho com integrantes das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal e também do Corpo de Bombeiros. Um questionário foi enviado a 463.790 policiais e foi respondido por 21,1 mil agentes de segurança de todo o país.

revistaforum



Três em dez policiais no Brasil 'já sofreram abusos na própria polícia'

31 de Julho de 2014, 5:56, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Luis Kawaguti

Da BBC Brasil em São Paulo
Policiais militares em São Paulo
Estudo diz que cerca de 60% dos policiais brasileiros diz já ter sido humilhado por superior hierárquico
Um estudo realizado com cerca de 21 mil policiais em todo o Brasil revelou que quase 30% deles já foram vítima de abusos físicos ou morais em suas instituições – parte deles, durante o treinamento policial.
Segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, a violência dentro das instituições policiais colabora para que os agentes da lei reproduzam esses abusos contra setores menos favorecidos da sociedade.
O levantamento, Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública, foi feito por pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública entre junho e julho deste ano por meio de um questionário eletrônico.
Segundo o documento, 28% dos policiais pesquisados disseram ter sido "vítima de tortura em treinamento ou fora dele" e 60% afirmaram ter sido desrespeitados ou humilhados por superiores hierárquicos.
"Se o policial sofre com a violência internamente, ele vai reproduzi-la na sociedade", afirmou Rafael Alcadipani, especialista em estudos organizacionais da FGV.
Ele disse que é preciso entender essa cifra em um contexto policial que muitas vezes preza a violência na formação de seus agentes.
"Você precisa de alguns grupos específicos de policiais mais duros para lidar com conflitos, mas a maior parte do policiamento não vai lidar com essa realidade, eles vão lidar com desentendimentos entre vizinhos e brigas de casais, por exemplo."
Segundo a pesquisadora Camila Nunes Dias, da Universidade Federal do ABC e associada ao Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), as humilhações praticadas por superiores contra policiais podem influenciar a forma com que esses agentes lidam especialmente com as camadas menos favorecidas da sociedade.
"A violência policial não acontece só entre policiais e a sociedade civil, ela é frequente dentro da própria corporação."
"Se policiais são alvo de humilhação espera-se que alguns desses indivíduos queiram reproduzir isso com as pessoas com as quais eles lidam, sobretudo as mais vulneráveis socioeconomicamente e os egressos do sistema prisional."

Treinamento duro

O relato de abusos por todo esse contingente de policiais pode estar relacionado a treinamentos precários, mas também à falta de entendimento da profissão por parte dos policiais.
Esse é o ponto de vista do coronel José Vicente da Silva Filho, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da PM de São Paulo e membro do fórum organizador do estudo.
Segundo ele, as escolas policiais do mundo todo adotam um ritmo intenso e bastante militarizado no processo de treinamento, no qual alguns exercícios podem até ser interpretados como abusos ou tortura.
Entre eles estão especialmente a imposição de exercícios físicos extenuantes e a privação de sono ou alimentação por períodos prolongados.
"Não há outra forma de lidar com tensão senão senti-la. Se o nível de estresse não for trabalhado, pode afetar as decisões do policial", afirmou.
"A polícia não é igual às Forças Armadas, mas as situações de estresse são tão frequentes quanto as das Forças Armadas."
Polícia na final da Copa do Mundo no Rio
Policiais podem receber mensagem de reproduzir tratamento brutal como no treinamento, dizem especialistas

Ressentimento

Para José Vicente da Silva, interpretar certas atividades intensas como abuso por decorrer de um desentendimento, fruto de uma deficiência no processo de ensino ou de compreensão do policial sobre sua própria carreira.
Ele geraria uma série de policiais ressentidos, cujo trabalho com a sociedade também seria comprometido.
Porém, também pode ser resultado de escolas de formação de baixa qualidade, onde instrutores pouco preparados impõem situações de abuso que podem até colocar em risco a integridade dos novos policiais.
Isso tenderia a acontecer principalmente em Estados onde há um volume maior de treinamento de policiais.
José Vicente Silva Filho afirmou que de fato nesses casos os abusos podem ser reproduzidos no tratamento da sociedade. Porém, segundo ele, os abusos policiais não podem ser explicados apenas por problemas de formação.
Eles estão relacionados às condições de trabalho dos policiais, que envolvem baixos salários (o maior problema, segundo 84% dos entrevistados), altas jornadas, falta de recursos e apoio médico e psicológico deficitário.
A pesquisa mostrou que essa realidade está fazendo muitos policiais se arrependerem da carreira. Entre os pesquisados, 34% disseram que sairão da polícia quando tiverem oportunidade e 38% afirmaram que teriam escolhido outra profissão se pudessem voltar no tempo.

Desmilitarização

O estudo também constatou que a maior parte dos agentes da lei entrevistados gostaria que a atividade policial fosse organizada em uma carreira única, integrada e de natureza civil.
Segundo os dados, 27% são favoráveis a uma nova polícia de caráter civil, que faça patrulhamento de ostensivo de rua e investigação. Outros 21% querem a união das polícias militar e civil em uma instituição civil.
Apenas 14% dos pesquisados disseram preferir a manutenção da estrutura atual, na qual a Polícia Militar patrulha e a Civil investiga.
Segundo Alcadipani, essa porcentagem é resultado do fato de que a maior parcela dos entrevistados era composta de policiais de nível hierárquico mais baixo. Eles estariam descontentes com o alto nível de controle de sua atividade por níveis hierárquicos mais altos.
De acordo com Alcadipani, por vezes a questão da desmilitarização é vista pela opinião pública como sinônimo de uma polícia mais aberta e mais comunitária – fatores que são essenciais, mas não estariam relacionados a uma hierarquia militar, necessária, segundo ele.
Para Dias, a discussão sobre a desmilitarização ou não da polícia diz respeito somente à eficácia da instituição. Segundo ela, antes de entrar nesse debate é preciso reduzir os casos de violência, arbitrariedade e corrupção da polícia.
"É difícil debater modelos de eficácia quando ainda temos esquadrões de extermínio integrados por policiais."



Pesquisa da FGV mostra que agentes também defendem a desmilitarização

30 de Julho de 2014, 12:22, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

POR LETICIA FERNANDES




Policiais acreditam que baixos salários e formação e treinamento deficientes tornam mais difícil o trabalho -Fernando Donasci / O Globo


















RIO — Pesquisa realizada com 21.100 policiais de todo o país mostra que 93,6% deles acreditam que a corrupção nas corporações dificulta o trabalho. O levantamento — produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV) e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) — ouviu, entre 30 de junho e 18 deste mês, integrantes das Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros.


Outra questão tratada foi a desvinculação das polícias do Exército, apoiada por 73,7% dos entrevistados. Entre os policiais militares, esse número sobe para 76%. Os policiais também foram quase unânimes quando disseram que baixos salários (99%) e formação e treinamento deficientes (98,2%) tornam mais difícil o trabalho dos profissionais. A maioria dos entrevistados apontou a integração das polícias em carreira única e de natureza civil e a diminuição da burocracia como caminhos para a modernização das corporações.


— Eles querem menos burocracia, uma organização que consiga dar eficiência à máquina pública — diz Renato Sérgio de Lima, pesquisador da FGV.

DIREITOS DOS CIDADÃOS





Apesar de as respostas sinalizarem anseio de Justiça — 83,7% disseram acreditar que o policial que mata um suspeito deve ser investigado e julgado —, 43,3% deles acham que esse mesmo agente deve ser inocentado. Outros 43,2% dos entrevistados acreditam que um policial que mata um criminoso deve ser premiado pela corporação.
— Você tem uma corporação disposta a mudar, mas com a permanência da ideologia de que bandido bom é bandido morto. Quase todos levantam a bandeira da integração e de uma polícia mais próxima da população e menos burocrática, mas é preciso investir na formação de agentes que respeitem os direitos — comenta Lima.





Moradora do Fogueteiro disse, na 5ª DP, que PMs da UPP comemoraram morte de mototaxista

30 de Julho de 2014, 12:17, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Rafael Soares

Em depoimento na 5ª DP (Mem de Sá), uma moradora do Morro do Fogueteiro, no Rio Comprido, desmentiu a versão dos policiais da UPP sobre a morte do mototaxista Vitor Luís Rodrigues, de 38 anos. Segundo a mulher, testemunha ocular do crime, Vitor não estava armado e morreu quando foi acertado por um tiro na cabeça, pelas costas, de um PM. Antes de morrer, o mototaxista, que segurava pela mão duas crianças, uma de 4 e outra de 5 anos, teria gritado: “Não me mata, não. Olha as crianças!”. No sábado, os policiais contaram na delegacia que Vitor foi baleado numa troca de tiros após disparar contra os PMs.

Segundo o relato da testemunha, Vitor levava as crianças — que tinham medo das galinhas que circulam pelo local chamado de beco Zaire — quando foi baleado na perna pelos PMs. Ao ouvir os tiros, a mulher saiu de casa e viu o mototaxista baleado pedir ajuda. Ela pegou as crianças, levou-as para dentro de casa e viu o rapaz começar a correr quando foi atingido na cabeça por um dos seis policiais, que estava em cima de uma escada. Após o disparo, ela afirma que os policiais comemoraram o resultado da ação.
Vitor: morto por PMs no Fogueteiro
Vitor: morto por PMs no Fogueteiro Foto: Álbum de família
— O policial estava tão perto do Vitor que o sangue dele espirrou na cara do PM. Depois do tiro, deu para ver eles baterem as mãos e comemorarem: ‘É assim que se faz!’ — afirmou a mulher ao EXTRA.

O Tribunal de Justiça converteu, ontem, a prisão em flagrante dos soldados Raoni Santos Lima, Cesar Rodrigo Pavão Duarte, Antonio Carlos Roberto, Roberto do Nascimento Barreto, Vinicius Castro Nascimento e Adriano Costa Bastos em prisão preventiva. Segundo o promotor Marcos Kac, responsável pelo caso, o depoimento da testemunha foi fundamental para desmontar a versão dos PMs.

— Esse relato mostra que o que aconteceu foi uma execução — afirmou Kac.





Pesquisa mostra insatisfação dos policiais com o próprio trabalho

30 de Julho de 2014, 12:06, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Pesquisa mostra insatisfação dos policiais com o próprio trabalho
pesquisainsatisfacaoPesquisa da FGV, com policiais de todo o Brasil, concluiu que a categoria está insatisfeita e quer mudanças nas corporações.
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, com policiais de todo o Brasil, concluiu que a categoria está insatisfeita e quer mudanças nas corporações.
A pesquisa sobre segurança pública ouviu 21 mil policiais rodoviários, militares, federais, civis, peritos e bombeiros em todo o país. Quase 40% tem nível superior completo e a maioria têm muitas reclamações: o número insuficiente de policiais, a falta de verba para a compra de armas e equipamentos, a corrupção e a rivalidade entre as diferentes esferas da polícia e os baixos salários são as principais dificuldades apontadas.
Ao todo, 31% dos entrevistados recebem até R$ 3 mil por mês. A relação com o Ministério Público e com o poder judiciário também aparece na pesquisa. Para quase 15% dos entrevistados, a atuação do MP torna mais difícil o trabalho policial. E se a pergunta for com relação à Justiça, este número é ainda maior.
Mais de 40% dos ouvidos acreditam que o policial que mata um criminoso deveria ser premiado e inocentado pela Justiça.
“É um equívoco por parte destes profissionais. O policial, ele recebe um mandato das pessoas. Na verdade o mandato das pessoas, aquilo que realemente para o que ele foi formado, e este mandato lhe dá o direito a usar a força de acordo com a lei. Qualquer coisa que extrapole isso significa crime”, aponta Paulo Storani, especialista em segurança.
No caso da morte de suspeitos mais de 80% acham que os envolvidos devem ser investigados e julgados. Apesar das dificuldades, metade dos entrevistados planeja se aposentar na corporação.
Mas a insatisfação é alta. E 38% disseram que não escolheriam essa profissão novamente. A pesquisa também revelou que a maior parte dos entrevistados já foi discriminada por ser policial ou profissional da área de segurança. Para os especialistas, é um sinal da falta de confiança da população no trabalho da polícia.
“Quando você tem uma polícia desmotivada, tem uma polícia que corre riscos desnecessários, a qualidade do trabalho acaba sendo prejudicada. Faz com que a população não se sinta confiante em relação ao trabalho do Estado. E sem confiança, o que acontece? A gente aumenta a sensação de medo e insegurança”, diz Renato Sérgio de Lima, da Fundação Getúlio Vargas.
Quase todos os policiais querem mudanças e concordam que é preciso modernizar os regimentos e códigos disciplinares das corporações.
“A mudança se faz necessária, é muito mais ampla do que apenas você mexer com salário, ou seja, pensar só mais efetivo, mais pessoas, mais armas e mais viaturas. A questão é bem mais complexa do que isso”, comenta Renato.
Em nota, o Ministério da Justiça declarou que investe em capacitação e aparelhamento na área de segurança pública. E afirmou que a questão salarial é da competência dos governos estaduais. (Jornal Nacional)





Cabo da PM envolvido em homicídio no Sumaré é investigado por outras três mortes. Atenção para o caso: negro, pobre e morador da periferia!

29 de Julho de 2014, 14:26, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Maria da Conceição com a foto do filho, Alessandro
Maria da Conceição com a foto do filho, Alessandro Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
Paolla Serra e Rafael Soares


O cabo Vinícius Lima Vieira — acusado de levar três jovens para o alto o morro do Sumaré e, com o cabo Fábio Magalhães Ferreira, ter matado um deles e baleado outro — é investigado por outras três mortes. Um inquérito da 25ª DP (Engenho Novo) apura a participação de Vinícius e outros três PMs num caso registrado como auto de resistência, no dia 13 de maio de 2008, na Favela do Rato, na Zona Norte.

Na ocasião, Vinícius e outros três PMs afirmaram que, enquanto faziam patrulhamento, de viatura, por volta de 0h30m, se depararam com três indivíduos armados na esquina das ruas Álvares de Azevedo e Lino Teixeira.
Depois de revidarem aos disparos, eles contaram ter visto os três corpos. Bruno de Aquino Marques, Ana Lucia de Jesus Montenegro Silva e Alessandro de Oliveira chegaram a ser levados para o Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, onde já chegaram mortos.

Seis anos depois, a investigação não foi concluída, e a delegacia não conseguiu ouvir testemunhas do crime ou parentes das vítimas. Na semana passada, o Ministério Público enviou o inquérito à Polícia Civil para que sejam realizadas “novas diligências, a fim de que sejam encontrados familiares”.

Apreensões
Os PMs, lotados no Batalhão de Choque na época, apresentaram quatro armas, maconha, crack e cocaína, que teriam sido apreendidos com as vítimas.

Família
Mãe de Alessandro, a dona de casa Maria da Conceição de Oliveira reclama de nunca ter sido chamada na delegacia: “Os policiais são covardes, não tinham que ter matado meu filho. Mas, depois que fizeram, tinham que ter sido investigados e punidos."

Casal
Alessandro era companheiro de Ana Lúcia há pelo menos dez anos. Eles se conheceram quando viviam na rua e catavam latas. Foram viver em um barraco embaixo do viaduto do Túnel Noel Rosa e tiveram quatro filhos.

Morte
Segundo uma amiga da família de Ana, a moça teria ido encontrar o marido quando eles foram mortos: “A filha dela disse para ela não sair que era perigoso. Estava adivinhando”, lembra a dona de casa.

Laudo
Os três morreram por conta dos disparos: Ana Lúcia no abdômen, Alessandro no glúteo e no abdômen e Bruno na coxa e no abdômen. Segundo o laudo cadavérico, a entrada e a saído dos tiros indicam que eles estavam em local mais alto que os PMs.

Antecedentes
Ana Lúcia não tinha passagens pela polícia. Alessandro tem três registros por porte de drogas e dois por receptação. Bruno ficou preso, entre 2005 e 2007, por tráfico.

Resposta
Sobre a viatura que levou os PMs ao Sumaré — flagrada pelo EXTRA descaracterizada no pátio da Divisão de Homicídios — a PM afirmou que a ida do carro para manutenção "foi rotineira, dentro do processo atual de substituição (prevista em contrato) dos veículos".


Promotora
A promotora Carmen Eliza Bastos pediu nova perícia na viatura. "O carro foi devolvido com as peças fora do lugar. Por isso, vamos ter duas perícias diferentes, o que vai prejudicar a investigação. Será que não atentaram para o fato de que o carro era uma prova?", questionou.






Para 93% dos policiais, corrupção dificulta trabalho

29 de Julho de 2014, 14:13, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Pesquisa nacional com 21 mil entrevistados mostra que agentes de segurança desejam reformas
Do R7
Policiais: 73,7% apoiam a desvinculação das polícias do ExércitoAlice Vergueiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
Os policiais brasileiros estão insatisfeitos com as forças de segurança do País, revela a pesquisa Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública.
O estudo, que será divulgado na íntegra nesta quarta-feira (30), foi realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com Escola de Direito da FGV (Fundação Getulio Vargas) e a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).
Segundo a pesquisa, que contou com respostas de 21 mil participantes, 73,7% dos policiais brasileiros apoiam a desvinculação das forças policiais do Exército. O levantamento aponta ainda que para 93,6% dos agentes a corrupção está entre os principais obstáculos para a realização de um trabalho mais eficiente. Além disso, 99,1% dos entrevistados reclamaram dos baixos salários.
Vice-presidente do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pesquisador da FGV, Renato Sérgio de Lima diz que “se considerarmos apenas os policiais militares, 76,1% defendem o fim do vínculo com o Exército”. Para o pesquisador, isso é “um sinal claro de que o Brasil precisa avançar na agenda da desmilitarização e reforma das forças de segurança”.



Cardozo, fora do lugar, foi fazer pressão no TCU para não votar relatório que condena compra de Pasadena

29 de Julho de 2014, 9:47, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Eh José Eduardo Cardozo! Esse não me surpreende nunca! Eu até acho surpreendente que alguém jamais consiga… surpreender! Mas é o caso dele. Reportagem de Dimmi Amora na Folha desta terça informa que esse valente fez pressão no TCU — Tribunal de Contas da União — para adiar a votação do relatório que condenou a operação que resultou na compra da refinaria de Pasadena. Segundo o jornal, “Cardozo acompanhou o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, que tinha audiência previamente agendada com o presidente do órgão, ministro Augusto Nardes. A visita do ministro da Justiça não estava prevista”.
Muito bem! Adams estava lá como parte das suas atribuições. Ele afirma, e tem razão, que o advogado-geral pode, por lei, acompanhar processos que digam respeito a estatais, inclusive no TCU. A assessoria de Cardozo tentou enrolar o jornal, afirmando que cabe ao ministro “acompanhar regularmente todos os casos que dizem respeito a atividades ordinárias da pasta — o que justifica a atuação junto aos órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário por meio do titular da Pasta, secretários e diretores”.
Tá. Agora só resta a Cardozo explicar por que acompanhar e pedir o adiamento de um julgamento no TCU seriam uma “atividade ordinária do ministério”. É evidente que ele sabe que não é. Era o ministro errado no lugar errado.
Aliás, a compra da refinaria de Pasadena está sendo investigada também pela Polícia Federal, que é subordinada ao Ministério da Justiça, cujo titular é Cardozo. O temor óbvio: se o ministro se dispõe a deixar a sua cadeira para fazer o que não lhe compete — pressionar o TCU —, é de se indagar do que é capaz com um órgão pendurado na sua pasta, não é mesmo?
A coisa é feia, muito feia. Já informei aqui, com exclusividade, e relembro: Luiz Inácio Lula da Silva chamou José Múcio, hoje titular do TCU e seu ex-ministro das Relações Institucionais, para uma conversa em São Paulo. Queria interferir no julgamento. Uma cadeira no STF chegou a ser prometida para um membro do tribunal, acreditem! Houve gente que até se viu tentada a cair na conversa. O preço: embolar o meio de campo e impedir a votação do relatório do ministro José Jorge, que condenou 11 diretores da Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena, apontando prejuízo de US$ 792 milhões.
E pensar que Cardozo já chegou a ser apresentado por alguns simplórios como a melhor face do PT. Imaginem do que não é capaz a pior…
Por Reinaldo Azevedo



O homicídio à luz do Espiritismo

29 de Julho de 2014, 8:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O homicídio é um tipo de delito considerado grave em todas as legislações e em todos os tempos, divergindo a sua valorização de acordo com a cultura da época em que vivem os legisladores. O que pensa, porém, a Doutrina Espírita a respeito desse tema?


A questão do homicídio é abordada sob o título de Assassínio, na pergunta 746 de O livro dos Espíritos. Interroga Kardec: "É crime , aos olhos de Deus , o assassinato?" responde o Espírito: "Grande crime, pois que aquele tira a vida de seu semelhante , corta o fio de uma existência de expiação ou de missão . Aí está o mal." 



Aqui se inicia uma diferença entre o homicídio visto por uma ótica Espírita. Para os não espíritas, o homicídio é um crime em si mesmo , é a eliminação de uma vida por um modo traumático e violento , daí, no Código Penal , receber adjetivos como qualificado , premeditado, hediondo, simples e assim por diante.



Do ponto de vista Espírita, entretanto, há uma sensível modificação neste ato. Segundo a Doutrina Espírita, a vida não é eliminada. O homicida acredita, falsamente , que ao matar alguém livrou-se para sempre de um desafeto. O que o homicida elimina é a forma física , o corpo de seu inimigo , mas não o Espírito que , não raro, do outro lado da vida, espera por ele para ajustarem contas. 



Na pergunta seguinte, questiona Kardec:" O homicídio tem sempre o mesmo grau de culpabilidade?" Resposta:" Já o dissemos: Deus é justo e julga  a intenção mais do que o fato." Aqui se abre um espaço para a distinção entre homicídio doloso( com intenção) e o homicídio culposo ( sem intenção). Ambos têm a mesma consequência , interrompe uma encarnação , mas o primeiro é, por certo, jugado com maior severidade . Um fato , entretanto, ressalta-se na Doutrina Espírita : o homicídio é muito pior para o homicida do que para a sua vítima.



Na questão 748 , Kardec traz à baila uma figura jurídica muito conhecida dos juristas e mesmo dos leigos , que é a legítima defesa. Pergunta Kardec: " Em caso de legítima defesa , escusa Deus o assassínio?" Resposta: " Só a necessidade o pode escusar . Mas, desde que o agredido possa preservar sua vida ,sem atentar contra a de seu agressor , deve fazê-lo".



Sem dúvida, o Espírito concorda com o princípio da legítima defesa, entretanto, observa que se deve sempre tentar evitar ao máximo a morte daquele que nos põe em risco a  vida. Por certo , O Espírito não quis ser radical , entretanto, numa visão estritamente cristã nem mesmo em legítima defesa se poderia matar. De um ponto de vista radicalmente Cristão e Espírita, mais vale receber a morte do que impingi-la a alguém. Aquele que mata, mesmo em legítima defesa, vale-se da violência contra o  agressor  e a violência poderia ter atenuantes, porém jamais justificativa. 


Artigo de José Carlos Leal publicado no jornal Correio Espírita em março de 2014. 




"NÃO MATARÁS" (Ex 20,13)

29 de Julho de 2014, 8:52, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



A vida humana é sagrada porque desde sua origem ela teve a ação criadora de Deus. E permanece para sempre ligado a Ele, seu único fim. Só Deus é o dono da Vida, do começo ao fim; ninguém, em hipótese nenhuma, tem o direito de tirar a vida de um ser humano inocente.

I - "Respeito à vida humana" 

Podemos ver em Gênesis o ato maldoso de Caim que matou Abel, cometendo Fraticídio (= assassinar o próprio irmão ou irmã). O homem se torna inimigo de si mesmo por causa da cobiça e da cólera vindas do pecado original. Na Sagrada Escritura vemos claramente a proibição do quinto mandamento: "Não matarás o inocente nem o justo" (Ex 23,7)

E ainda no Sermão da Montanha, Jesus ensina a proibição da cólera, do ódio e da vingança e diz a Pedro para que ofereça a outra face e ame seus inimigos (Mt 5,21)

A LEGÍTMA DEFESA :

A ação de se defender pode trazer duas consequências : uma é a conservação da própria vida e a outra é a morte do agressor. Só a primeira delas é que deve ser desejada porque só devemos partir para a agressão física, se for extremamente necessário, com uma resposta igual a do agressor. Isso porque se alguém, para se defender, usar de violência mais do que é necessário, seu ato será ilícito. Mas, se a violência for repelida com medida, será lícito...

Então quem apenas defende sua própria vida não será culpável de homicídio, mesmo sendo obrigado a matar o agressor. As autoridades têm o dever de impossibilitar os agressores que prejudicam a sociedade dessa forma. O Estado deve conter a difusão de comportamentos nocivos à sociedade. Assim as penas imputadas pelas autoridades, têm o dever de defender a ordem pública e, na medida do possível, promover a correção e recuperação do culpado.

HOMICÍDIO :

O quinto mandamento qualifica como gravemente pecaminoso o homicídio direto e voluntário e o assassino e seus colaboradores que o praticam, estão cometendo um pecado que clama ao céu, por vingança. É proibido também qualquer ato que venha a provocar indiretamente a morte. Não se pode colocar em risco mortal sem razão uma pessoa ou se recusar a ajudar alguém que esteja correndo perigo.
O homicídio involuntário também é uma falta grave porque a pessoa que o praticou, agiu de modo a provocar a morte, ainda que sem a intensão de causá-la. 

ABORTO :

O ser humano deve ser respeitado desde o momento de sua existência, no ventre de sua mãe, e deve ter todos os seus direitos de pessoa humana. "Antes mesmo de Te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei" (Jr 1,5).

A Igreja repudia este ato de maldade moral. O aborto provocado é gravemente contrário ao quinto mandamento e à lei moral e consiste em uma prática monstruosa. Todos os que cooperam com este ato estão cometendo uma falta gravíssima e estão sujeitos à excomunhão pelo próprio fato de cometer o delito contra um inocente.

Desde a sua concepção, o embrião deverá ser defendido em sua integridade, cuidado e curado, na medida do possível, como qualquer ser humano e é imoral usar os embriões como material genético disponível em laboratórios. 

A EUTANÁSIA:

Consiste em pôr fim à vida de pessoas deficientes, gravemente doentes ou moribundas. Assim, toda ação de intenção ou omissão que acarrete o fim da dor, através da morte é gravemente contrária à dignidade do ser humano e ao Deus Vivo, seu criador. Quem prática e colabora com esta prática monstruosa está cometendo um assassinato.

O SUICÍDIO :

Todos somos responsáveis por nossa própria vida diante de Deus, que é o seu único e verdadeiro soberano. Somos meros administradores de nossa vida e não podemos desfazer dela. O suicídio é contrário à perpetuação da própria vida e ao amor do Deus Vivo.

Distúrbios psíquicos graves, a angústia ou o medo grave da provação, do sofrimento ou da tortura podem diminuir a responsabilidade do suicida. A Igreja ora pelas pessoas que atentam contra a própria vida.

II - "Respeito à dignidade das pessoas "

RESPEITO À SAÚDE : 

O cuidado com a saúde precisa da ajuda da sociedade para se obter condições de vida que permitam crescer e atingir a maturidade: alimento, roupa, moradia, cuidado da saúde, ensino básico, emprego e assistência social. A moral a apela para o respeito à vida corporal, mas não faz dela um valor absoluto para não deixar que ninguém se apegue à uma concepção neo-pagã que promove o culto ao corpo. Em razão da escolha que faz entre os fortes e os fracos, essa concepção causa uma perversão nas relações humanas.
A virtude de temperança nos previne dos abusos da comida, álcool (deve-se evitar), fumo (deve-se evitar) e medicamentos que só devem ser sob orientação médica e para fins terapêuticos.

O uso de drogas se constitui em ato de certa forma grave, pois atenta gravemente contra a saúde, podendo provocar a morte dependendo das circunstancias. Sendo assim considerado um ato que tenta de forma grave ao quinto mandamento.

A produção e o tráfico de drogas são práticas escandalosas e colaboram diretamente com o mal.


RESPEITO À PESSOA E À PESQUISA CIENTÍFICA :


Experiências científicas, médicas ou psicológicas só devem ser usadas para promover a cura dos doentes e para melhorar a saúde pública. Experimentos em humanos não podem contrariar a dignidade e a moral. Não atendem a esses princípios quando feitos sem o concentimento do sujeito ou de seus representantes legais. Ex: doação de órgãos.

RESPEITO À INTEGRIDADE CORPORAL :

Os sequestros e a tomada de reféns fazem reinar o terror e exercem pressões intoleráveis sobre as vítimas. O terrorismo fere, ameaça e mata indiscriminadamente e é gravemente contrário à justiça e à caridade.

As várias formas de tortura física e moral que são usadas para amedrontar, castigar, arrancar a confissão dos culpados e satisfazer o ódio também são gravemente contrárias à dignidade da pessoa humana. As amputações e mutilações só poderão ser aceitas se atenderem a fins terapêuticos.

Infelizmente, em épocas passadas, práticas cruéis foram usadas por governos para manter a lei e a ordem e, muitas vezes, sem protesto dos pastores da Igreja, que também adotavam tais práticas em seus próprios tribunais, aprovando o direito romano da tortura. Lamentavelmente, ao lado desses fatos, a Igreja sempre ensinou aos cléricos a clemência e a misericórdia : proibiu-se de derramar sangue.

RESPEITO AOS MORTOS :

Temos que dar cuidados e atenção para que os moribundos tenham condições de viver digninamente seus últimos dias aqui na Terra. Eles deverão receber, em tempo oportuno, os sacramentos para se prepararem para se encontrarem co o Deus Vivo.

Os corpos dos defuntos devem ser respeitados na fé, na caridade e na esperança da ressurreição. A autópsia poderá ser aceita somente para fins de investigação legal ou para pesquisa científica. 

III . "A Salvaguarda da Paz "

A PAZ :

O quinto mandamento nos lembra que devemos evitar a cólera assassina e o ódio. A cólera é o desejo de vingança. É errado desejar o mal àquele que merece punição, ... Mas é correto impor uma correção a ele. Se essa cólera continuar sendo alimentada, pode se tornar um forte desejo de matar ou ferir gravemente alguém e sendo assim, é um pecado mortal.

O ódio voluntário é pecado grave quando o homem quer diretamente o mal do outro. O respeito e o desenvolvimento da vida humana exigem a paz. A paz não é só a ausência da guerra, também é a livre comunicação entre os homens, respeito pela dignidade das pessoas e prática incessante da fraternidade. É a "tranquilidade da ordem", "obra de justiça" (Is 32,17) e efeito da caridade.

EVITAR A GUERRA : 

Cada cidadão e governante deve agir de modo a evitar a guerra, mas em caso de haver o perigo de se entrar em guerra, sem uma autoridade competente internacionalmente dotada de forças suficientes, e os esforços de promover a paz se esgotaram, não se pode negar aso governos o direito da legítima defesa.
Pode-se recorrer a legítima defesa pela força militar se os seguintes requisitos estiverem satisfeitos simultaneamente :

- O dano causado à nação ou nações, seja durável, grave e certo;
- Todos os outros meios de pôr fim ao dano se tenham esgotado;
- Estejam reunidas as condições sérias de êxito;
- Somente o mal causador do dano deve sofrer as graves conseqúências. (Temos aqui a chamada "doutrina da guerra justa")

Os poderes públicos devem fazer o máximo para se evitar os conflitos armados, uma vez iniciada a guerra, nem tudo é permitido entre as partes inimigas.

É preciso tratar com respeito os não-combatentes, feridos e prisioneiros. O extermínio de um povo, Nação ou minoria étnica deve ser considerado um pecado mortal. O maior perigo da guerra é dar chance aos países possuidores de armas atômicas, biológicas e químicas de cometerem esses atos monstruosos.

A acumulação de armas é vista como a maneira mais eficaz de garantir a paz entre as nações. A corrida armamentista também não garante a paz. Ao contrário, pode agrava-la mais ainda. Os gastos faraônicas na fabricação de novas armas mais modernas e mais potentes só impede de socorrer as populações indigentes. Esses fatores só servem para aumentar o risco de os conflitos armados se multiplicarem ainda mais.

Por fim, dizemos que a injustiças, as desigualdades excessivas de ordem econômica ou social, a inveja, a desconfiança e o orgulho que vive entre as nações, ameaçam sem cessar a paz e causam as guerras.