pequenas pedras no caminho entre um ponto e outro: fantasmas de um tempo da partida e um há-de-vir de uma chegada. pequenos cacos pontudas de vidro no caminho e entre os dedos dos pés lascas de pele em um corpo entorpecido, desemparelhado entre a noite e o dia, ou entre a luz e a sombra, ou entre o bem e o mal. ou entre o nada e o nada. pequenos sentimentos no caminho, esfarelados na fala que imita folhas de rosto de trabalhos escolares enquanto a matilha se aprisiona e para manter a prisão alucina-se imperdoavelmente e espera que as correntes tragam perdão. perdão. vai-se o chão em buracos cheios de alucinações todos os dias. um copo de água e uma pílula estragam a alma e repõem viseiras.
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