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Neutralidade da Rede - marco Civil da Internet

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Neutralidade da Rede - Marco Civil da Internet Vou tentar simplificar um pouco a questão da neutralidade da rede e tentar explicar àqueles que adoram reproduzir os discursos de nossa “democrática” mídia que vive da publicidade das teles e dos favores políticos. Por outro lado, nossas teles precisam de um mercado mais “livre” para ganhar mais. Então, junta-se as teles, os “comentaristas” de plantão de nossa mídia e a fome do PMDB e....pronto. O Marco Civil da Internet vira tentativa de censura do PT. Não acham estranho? O Marco está muito além da neutralidade, mas porque a neutralidade é tão combatida? O bravo e valoroso Eduardo Cunha: “Não é que o projeto provoque prejuízo às Teles. O que está em jogo ai é que o projeto provoca uma necessidade de investimento maior para manter o nível de serviço igualitário, que acarretará, ao fim, no aumento do custo para o usuário”. Mentira deslavada. O que está em jogo é a exclusão de uma parcela grande da população, com a melhora do serviço para aqueles 10% que concentram 90% da renda. Isto feito, as teles vão ganhar mais, sem precisar investir, nossos políticos não precisarão se preocupar tanto com as redes sociais e, nossa amada mídia, poderá mentir mais tranquilamente, sem medo das mídias alternativas da rede, que não terão dinheiro para se manter. Este é o viés político da manobra. Ou seja... mudar para deixar tudo como está! O que é a neutralidade.... By eu mesmo...rsrs Minha vizinha maravilhosa tem uma conexão de 10MB. Eu, não tão maravilhoso e com menos dinheiro, tenho uma conexão de 2MB. Ambos querem “baixar” o mesmo filme lá da China para nossos computadores. De acordo com a neutralidade que existe hoje – que querem acabar – nossos filmes chegarão juntos à portaria de nosso prédio. Como nossa conexão possuem velocidades diferentes (chamada de” última milha”), o filme chegará mais rápido no computador de minha maravilhosa vizinha. O meu irá demorar um pouco mais. O que querem as teles... cobrar prioridades na rede. Ou seja... durante o percurso da China até nossa porta, por algum milagre, eu poder pagar por essa prioridade, meu filme chegará primeiro na portaria. Eu paguei mais caro tenho prioridade. Lembram do Eduardo Cunha... “(...)uma necessidade de investimento maior para manter o nível de serviço igualitário”(...). O termo “igualitário” dá urticária neles. Qual a consequência do fim da neutralidade? Os 10% mais ricos, além de uma melhor “última milha”, terão toda a estrada a seu favor. A maioria dos 90% restantes não poderão desfrutar da estrada, pois não possuem “dindim” para tal. As teles vão ganhar mais dinheiro – para apoiarem o PMDB – sem qualquer investimento físico na rede. As teles mais ricas, os ricos mais felizes e que se dane o resto da população. O pior problema é a consequência política. Os donos das mídias voltarão a ser os maiorais e a verdade será mais manipulada do que é hoje. Te abraço.


Votação do Marco Civil da Internet

30 de Março de 2014, 20:02, por Sérgio Luiz de Oliveira Mesquita - 0sem comentários ainda

Marco Civil da Internet... a discussão que não existiu

Por ter trabalhado 30 anos na área de informática, em televisão (TVE-RJ, hoje TV Brasil) acompanhei de perto as discussões, falsa do lado da oposição raivosa e as respostas e os porquês da necessidade da aprovação do Marco.

O que não assisti, nem no Congresso, no dia da votação, foi o que para mim, salvo total equívoco meu, foi a exposição da real intenção da teles com fim da neutralidade; as intenções daqueles que defenderam as teles; e a torcida que a nossa “democrática” mídia, quietinha fazia pelo fim da neutralidade.

Acredito que a discussão do fim da neutralidade começa na fome por mais dinheiros das teles. Venderam o que tinham para vender, cobram o absurdo aqui no Brasil e, chegaram à encruzilhada: para manter o modelo atual, vão ter que investir mais na infraestrutura – está além da capacidade instalada. Para não precisar investir e aumentar os ganhos precisam do fim da neutralidade.

Acabando-se com neutralidade, iriam aumentar os preços dos pacotes, pois ali estaria embutida a prioridade de tráfego. Os mais ricos pagariam mais, sem reclamar e, teriam seus filmes, fotos e mensagens com mais “velocidade”. Os mais pobres ficariam restritos ao tráfego de textos. Com isso, sem gastar um centavo, arrecadariam mais. Fazendo um paralelo com o que acontece no Canal do Panamá: O navio de bananas, que não pagou pela prioridade de tráfego, só poderia atravessar o canal depois do navio de transporte de carros, que pagou. Sem o aumento  da capacidade do Canal, ganharam mais dinheiro. Exatamente a lógica das teles.

Já, políticos como Eduardo Cunha, possivelmente teria uma boa ajuda de custo em sua campanha. Ele e os que defenderam a “democracia” na Rede.

E nossa “democrática” mídia, que foi achincalhada recentemente, devido a exposição de suas mentiras, como aconteceu na questão das manifestações de junho/2013. Qual o interesse em manter as manchetes contra o Marco? Com o aumento dos custos dos serviços na “WEB”, as redes sociais teriam menos influência devido seu esvaziamento, Blogs e organizações como a MÍdia Ninja perderiam poder de penetração, o que reestabeleceria seu poder de influencia – não que o tivessem perdido – por ausência da contraposição.

A exemplo da AP 470, fomos tímidos e nos deixamos pautar pelo discurso “democrático” deles. Nenhum parlamentar levantou qualquer das questões acima. Pelo menos não os vi.

São vários os exemplos que poderíamos usar em contraposição: Freire, o ex-comunista, dizia que queríamos censurar a Internet. Transformá-la na Internet cubana ou do Irã. Ninguém ao defender o contrário, citou os exemplos dos governos inglês, francês e americano, que defenderam abertamente o controle da rede, em especial das redes sociais.

Quando se discutiu a questão dos datacenters no Brasil, ninguém falou que a Alemanha e a França, iniciaram discussão para criação dos datacenters da União Europeia, pois não querem mais seus dados passando pelos EUA.

 

É certo que nosso modelo de fazer política está esgotado, mas se não o querem mudar, que pelo menos não nos deixemos pautar por ele.



Tags deste artigo: rede marco civil da internet neutralidade internet