Indiscutível – e é preciso que a sociedade e a nação tenham consciência disso – que esta autocensura, conveniente apenas à parte da própria mídia que desempenha seu papel de acordo com seus interesses escusos, é o maior perigo que corre a liberdade de imprensa no Brasil.
É esta autocensura que seva e mantém o corporativismo e os interesses políticos e comerciais dos donos da mídia, ao lado do monopólio que eles já detém no setor. É ela que possibilita a continuidade do controle da informação e das notícias em nosso país por algumas famílias e grupos políticos, cujo poder tem raízes em nossa história, e que possibilitou o império de fato do quarto poder exercido pela imprensa.
Basta ver o papel político de jornais e emissoras de TV, particularmente nos golpes de Estado e militar como o de 1964 que rompeu a legalidade e depôs o presidente constitucional João Goulart, o Jango. Sem contar a parte suja que eles têm cumprido nas eleições presidenciais, como a manipulação feita na disputa pelo Planalto em 1989 e o favoritismo concedido aos candidatos tucanos em todas as eleições nacionais desde 1994.
Dai a importância da posição corajosa e republicana, transparente e democrática do jornalista Mino Carta e da Revista – com R maiúsculo – que ele dirige, a Carta Capital; da TV Record; e da própria ombudsman da Folha de São Paulo, Suzana Singer.
do blog do Zé Dirceu
Estão sendo os pioneiros a levantar o véu profano que certos veículo de comunicação e seus interesses estenderam para manter na sombra ou no esquecimento os porões da própria mídia, particularmente da publicação da Editora Abril, chamada Veja.
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