Nesse texto, nós, do Grupo Urucungos iremos compartilhar um pouco de nossa história e como estamos construindo em parceria com a Casa de Cultura Tainã, Coletivo Moinho, Comunidade Jongo Dito Ribeiro/ Casa de Cultura Fazenda Roseira, Escola Resistência, IBECA, Maracatucá, Mirs, NINA, TelaPreta e tantos outros que irão se agregar à proposta um lugar para chamar de nosso. Afinal, a revitalização da Caixa de Força da Vila Teixeira tem como objetivo construir um espaço que toda a sociedade possa chamar de seu e assim, ser um espaço de convivência colaborativa e coletiva.
Também, ressaltamos que até o presente momento a Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Municipal de Campinas/SP vem sendo parceira dessa construção.
APRESENTANDO O GRUPO URUCUNGOS
Como organização social de caráter cultural, o Urucungos foi fundado em 1988 pela mestra de cultura popular Raquel Trindade, filha do artista popular e folclorista Solano Trindade, que batizou o grupo de Urucungos (Berimbau), Puítas (Cuíca) e Quijengues (Tambor), instrumentos musicais africanos proveniente de Angola e muito difundidos no Brasil.
O grupo tem como missão principal preservar e divulgar a cultura popular brasileira de acordo como as manifestações são vivenciadas nas suas origens. Desta forma, podemos dizer que o grupo Urucungos segue o lema de Solano Trindade: “pesquisar na fonte e devolver ao povo em forma de arte”.
Nesses 25 anos de existência já ensaiamos e nos encontramos em espaços públicos como praças, casas de membros, espaços emprestados e há 7 anos pagamos aluguel de uma casa no bairro Bonfim.
Desde 2003, o Grupo Urucungos foi declarado um Órgão de Utilidade Pública Municipal e dez anos depois, tivemos a oportunidade de revitalizar um espaço para ocuparmos de forma definitiva como sede de nossa organização.
REVITALIZAÇÃO CULTURAL DA CASA DE FORÇA DA VILA TEIXEIRA
O VLT – Veículo Leve sobre Trilhos- foi um projeto de transporte público que ocorreu na cidade de Campinas-SP e funcionou entre os anos de 1990 e 1995. O alto investimento e o insucesso do projeto geraram uma série de desgastes para a cidade campineira. O projeto previa 13 quilômetros de via, entretanto foram construídos apenas 8,5 quilômetros que custaram cerca de US$125 milhões e hoje, formam uma linha do abandono como a Caixa de Força da Vila Teixeira.
Caixa de Força da Vila Teixeira
A Caixa de Força da Vila Teixeira é um desses espaços abandonados e nesse processo de ocupação coletiva estamos propondo que esse lugar seja um equipamento público de cultura e de utilidade pública para a população. Afinal, o Grupo Urucungos é um órgão de utilidade pública municipal declarado pelo Decreto Lei nº11.615 de 14 de julho de 2003.
No dia 18 de janeiro de 2014 iniciamos o processo de ocupação da Caixa de Força da Vila Teixeira através da revitalização do espaço com a ação da limpeza ao redor do prédio.
Espaço antes do Mutirão
Durante o mutirão.
Depois do mutirão.
Depois do mutirão.
Durante o processo de limpeza de uma área que estava esquecida fomos acusados de invasores e assim, a Guarda Municipal, a Defesa Civil, o Gabinete do Prefeito e COHAB estiveram presentes no local, mas todos os representantes do poder público constataram que tratava-se de uma ação coletiva e de caráter público, uma vez que a área estava abandonada.
Entretanto, devemos ressaltar que a Secretaria Municipal de Cultura não se ausentou do debate e fez o reforçamento de que esse é um espaço que está sendo revitalizado e será ocupado por um equipamento público de cultura.
Defesa Civil e GM no local no dia 18/01/2013.
Diretor de Cultura em reunião com os coletivos presentes.
Nossa expectativa é que o diálogo e parceria com o poder público continue sendo em direção da ocupação cultural desse lugar, pois precisamos em caráter de urgência de água, energia elétrica e limpeza do local.
Atualmente, dentro do espaço existe cerca de 5 caminhões de materiais, pois o mesmo está sendo utilizado como depósito por uma pessoa, que não mora dentro do espaço e apenas guarda o material abaixo.
Materiais depositados dentro do espaço.
Materiais depositados dentro do espaço.
No dia 20 janeiro de 2014 verificamos que o espaço foi violado, pois encerramos o mutirão com o plantio de espadas de ogum e “comigo ninguém pode” e hoje verificamos que essas plantas, que estavam no local até o final da tarde do dia anterior, foram retiradas.
Espada de Ogum plantada.
Espaço no dia 20 de janeiro de 2014.
A violação não esmoreceu a vontade de ocupar esse espaço! Assim, a busca da construção de um espaço para chamar de nosso continua… Ao longo dessa semana continuaremos com ações nesse espaço…
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Se você quiser se somar a esse movimento é só “cola”!!
“Quando eu tiver bastante pão
para meus filhos
para minha amada
pros meus amigos
e pros meus vizinhos
quando eu tiver
livros para ler
então eu comprarei
uma gravata colorida
larga
bonita
e darei um laço perfeito
e ficarei mostrando
a minha gravata colorida
a todos os que gostam
de gente engravatada …"
Solano Trindade
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