Gehe zum Inhalt

redecastorphoto

Zurück zu Blog
Full screen Einen Artikel vorschlagen

O ​P​etróleo ​C​omo ​A​lavanca da ​I​ndustrialização

September 20, 2013 12:58 , von Castor Filho - 0no comments yet | No one following this article yet.
Viewed 29 times

 

 

Coluna Econômica - 20/9/2013

Toda decisão econômica ou política tem prós e contra. E deve ser analisado pelo que se propõe.

Digo isso a propósito das críticas ao chamado conteúdo nacional nas plataformas marítimas e na exploração do pré-sal, especialmente à luz do leilão dos campos de Libra.

Há um dado negativo: até se completar a curva de aprendizado, o custo das plataformas será levemente maior, já que existem parâmetros máximos de preço para a substituição do importado pelo nacional.

Há um positivo: o fortalecimento das empresas, do emprego e da tecnologia nacional.

***

Todas as grandes potencias modernas – da Inglaterra do século 18 à China do século 21 – se formaram trilhando o caminho da industrialização, através de estratégias utilizando o poder de compra do Estado, ou do mercado interno, para atrair tecnologia ganhar autonomia tecnológica e consolidar a estrutura industrial do país.

***

Mais importante que isso, foi a maneira como foi moldada a política industrial em torno da exploração do petróleo.

Em 1997 a ANP (Agência Nacional de Petróleo) fez um estudo sobre experiências internacionais, visando estruturar instituições com foco no desenvolvimento da cadeia local.

Espelhada nas organizações europeias, do estudo nasceu a ONIP (Organização Nacional da Indústria do Petróleo) juntando setor público (Ministério do Desenvolvimento, ANP, Finep) e setor privado (Firjan, federações de indústria etc).

***

Em 2003, em articulação com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) foi criado o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural) visando adensar o contato com os governos estaduais, através dos fóruns regionais.

***

Há um bom histórico de empresas de médio porte que se tornaram “epecistas” (montadoras), atuando na engeharia, no fornecimento de bens e serviços e na construção.

***

Em 2012, amadureceram projetos de arranjos produtivos locais desenvolvidos em parceria com o sistema Sebrae.

O modelo de suprimento é obrigatoriamente descentralizado e, em um país continente, aparecem novos empreendimentos em áreas historicamente sem estrutura, como é o caso das refinarias do Nordestes, a refinaria de produtos de alta qualidade no Ceará e no Maranhão. O desafio consiste em criar a inteligência de suprimento para dar sustentação a esses empreendimentos.

Em Suape, há um estaleiro com grau tecnológico 4 (no mundo, o rating é de 1 a 5), Atlantico Sul, com vocação para chegar a 5. Na Bahia, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu. No Rio, o Comperje, a 40 quilômetros da cidade.  No Rio Grande do Sul, dois estaleiros no meio do nada. Em Ipatinga, Minas Gerais, um polo metal-mecânico candidato a ser base de indústria de transformação.

***

O desafio do Sebrae foi montar APLs (Arranjos Produtivos Locais) de médias empresas. No prazo de um ano – dezembro de 2012 a dezembro próximo – irá colocar no entorno desses empreendimentos 6 empresas âncora de médio porte para serviços industriais – mecânica, caldeiraria, eletricidade, controle, mecânica e serviços auxiliares.

***

Essa será a maior herança deixada pelas reservas de petróleo: a montagem de uma estrutura industrial que forme fornecedores globais e garanta emprego e desenvolvimento.

Email: luisnassif@ig.com.br

Blog: www.luisnassif.com.br

Portal: www.luisnassif.com


"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso"

​ 

 


Quelle: Castor Filho

0no comments yet

    Einen Kommentar schreiben

    The highlighted fields are mandatory.

    Wenn Sie ein registrierter Nutzer sind, dann können Sie sich anmelden und automatisch unter Ihrem Namen arbeiten.

    Abbrechen