Entre os dias 11 e 14 de dezembro, a cidade de Contagem sediou o Encontro de Estações Digitais de Minas Gerais. Participaram do evento gestores e educadores das estações digitas, que durante quatro dias debateram temas como articulação em rede, sustentabilidade das estações digitais, mobilização e participação, importância do conselho gestor para as estações, software livre, inclusão socioprodutiva e economia solidária. O encontro foi uma parceria entre a Fundação Banco do Brasil, a Estação de Metarreclagem Contato – MG e a Fundação Conscienciarte (uma das entidades que faz parte do novo modelo de articulação regional das estações digitais).
O evento teve como objetivo estimular as estações digitais para atuarem de forma articulada com os movimentos sociais em seus territórios, com ênfase na inclusão socioprodutiva. A ideia debatida no encontro foi de “Redes em Rede”: articular parcerias com movimentos sociais e organizações da comunidade para desenvolvimento de projetos nas estações digitais e replicação de tecnologias sociais nas comunidades.
Claiton Melo, da Gerência de Educação e Tecnologia Inclusiva da Fundação Banco do Brasil falou sobre os três pilares trabalhados no projeto das estações digitais. “Os três pontos fundamentais que estamos desenvolvendo nas estações digitais são: articulação em rede, compartilhamento de conhecimento e aperfeiçoamento da infraestrutura. Estamos trabalhando na revitalização de 500 estações digitais em todo Brasil, em parceria com as Estações de Metarreciclagem qiue vão fornecer os computadores recondicionados e compraremos mais 200 servidores. Também vamos melhorar a conexão de internet, pois identificamos que 18% desses espaços de inclusão digital não têm internet ou tem conexão de até 1 MB”.
As atividades do encontro foram conduzidas por Fed Vasquez, agitador cultural que falou sobre temas como cultura digital, economia solidária, cultura livre e articulação em rede. “Nos falamos aqui do fato das estações digitais serem não apenas um espaço para ensino da informática, mas também de aprendizado, criação de projetos e disseminação de ideias que tragam o crescimento da comunidade. As estações hoje estão se propondo a ser um espaço de desenvolvimento de projetos e articulação em rede”, explicou Fed.
Além dos debates, os gestores e educadores participaram da oficina Telinha de Cinema, uma tecnologia social certificada pela Fundação Banco do Brasil, e criada pela Ong Casa da Árvore. A oficina teve o intuito ensinar técnicas de gravação de vídeo, utilizando dispositívos móveis como celulares e câmeras fotográficas, e a edição de vídeos com softwares livres.
“Muito legal a oficina, pois aprendemos técnicas sobre como gravar um vídeo e editar vídeos, e esses conhecimentos podemos utilizar lá na estação digital, seja replicando esse conhecimento para a comunidade, ou fazendo vídeos sobre os trabalhos desenvolvidos na nossa estação”, opinou Cláudio da Silva, gestor da estação digital São Domingos, em Barbacena – MG.
Adão Pereira, gestor da estação digital Tia Lita, localizado no município de Santa Luzia – MG, disse que o mais interessante da oficina foi a edição com software livre. “ Muito bom conhecer um software de edição de vídeo livre. É importante, pois fica mais fácil de replicar essa tecnologia lá na estação digital, já que utilizamos o Linux nos computadores”.
Paulo Nishi, representante da Fundação Banco do Brasil, também compareceu ao encontro para apresentar a plataforma virtual de conhecimento que será implementada pela Fundação Banco do Brasil para a formação de educadores sociais. Serão disponibilizados cursos sobre diversos temas: redes sociais e comunicação, educação financeira, gestão financeira das estações digitais, entre outros temas. Alguns cursos serão elaborados em parceria com instituições como a Ong Fora do Eixo e o Serpro.
Por: Ana Carolina Silva
17/12/2012
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