Teve início hoje, 27/11, em Porto Alegre – RS a 11ª Oficina de Inclusão Digital e Participação Social.O evento é uma iniciativa de sete organizações da sociedade civil, que neste ano retomaram a organização da oficina: Província Marista (RS), Programando o Futuro (DF), Coletivo Digital (SP), Instituto NUPEF (RJ), Cidadania Digital (RS), Projeto Saúde & Alegria (PA) e Sampa.org (SP). Além disso, o evento também têm parceria da Associação Software Livre.Org, da Dataprev, do governo do Estado do RS, através da SECOM – Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital, do SERPRO e do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
A Oficina, que vai até o dia 29 de novembro, já ocorre há 10 anos. O evento tem como eixo fundamental a inclusão social, sendo um espaço de discussão de políticas públicas, estratégicas e diretrizes de ações que promovam a apropriação das tecnologias digitais pela população. A Oficina é aberta para todos os interessados que buscam maiores informações e também àqueles que buscam aprimorar seus conhecimentos práticos na área.
No primeiro dia foram realizadas três plenárias: Garantia de direitos e participação social, Garantia de direitos: direito a memória, direito à comunicação, e Solidariedade, compartilhamento e software livre. Além disso, foram realizadas oficinas em seis salas do Ritter Hotel, onde o evento está sendo realizado.
Nas oficinas temáticas, educadores sociais, representantes de entidades que trabalham com inclusão digital, entusuastas das inclusão, entre outros participantes puderam aprimorar seus conhecimentos, debater ideias e trocar experiências.
Entre as principais oficinas realizadas estão: intervenção social e projetos comunitários; uso de softwares para acessibilidade; novas tecnologias, governo eletrônico e transparência; webcidadania; Telecentros e economia solidária; códigos e ferramentas de uma pedagogia em rede, edição de vídeos com software livre, Metareciclagem, entre outros temas.
“A Oficina é mais uma etapa de conhecimento que adquirimos. A inclusão digital é um tema presente em nossas vidas. Em Campestre uma das nossas principais dificuldades para fazer funcionar a estação digital é a conexão de internet. Já formamos mais de 800 pessoas na estação e muitas saem dos cursos e vão para o mercado de trabalho. A participação da sociedade nesses debates da oficina é de grande importância para definir os rumos da inclusão digital em nosso país”, opinou Betania Buarque, coordenadora da estação digital Campestre, localizada na divisa de Alagoas e Pernambuco.
Para Carlos Alberto Júnior, educador social na Estação Digital Areia Branca, no Rio Grande do Norte a Oficina de Inclusão Digital é uma oportunidade de interação e conhecimento. “É uma oportunidade de conhecer outras pessoas que trabalham com inclusão digital, conhecer projetos de sucesso, interagir e trocar experiências. O espaço de inclusão digital de Areia Branca é de fundamental importância para a população. Vou levar o que aprendi aqui para a minha comunidade”.
Durante a coletiva de impresa da oficina, as organizações da sociedade civil, que organizam o evento foram unânimes sobre a falta de apoio do Governo em relação aos projetos de inclusão digital e o “estagnamento” das políticas públicas para inclusão digital, que foram criadas pelo próprio Governo, mas que não estão sendo levadas à frente.
” Desde do final de 2011 vemos uma falta de interesse do Governo, em especial do Ministério das Comunicações, em debater a inclusão digital com as organizações da sociedade civil. Prova disso, é que o programa Telecentros.BR, por exemplo, que pretendia capacitar 16 mil monitores, só capacitou 3 mil, em virtude dos telecentros não terem sido entregues as comunidades. Sem telecentro, como podemos capacitar monitores e como a população pode ser incluída digitalmente?”, questionou Silvana Lemos, coordenadora pedagógica do Polo Centro-Oeste do Programa Telecentros.BR (programa de inclusão digital do Ministério das Comunicações).
Silvana Lemos ainda completa: “Nas Oficinas de Inclusão Digital, que acontecem há 10 anos, é que a maioria dos programas e políticas públicas de inclusão digital foram criados. São nas oficinas e palestras que ocorrem aqui que as comunidades trazem suas histórias, as dificuldades de levar a inclusão digital aos lugares mais remotos e que construímos um debate para fazer com que as políticas públicas sejam efetivas e eficazes”.
Confira ao vivo como está sendo a 11º Oficina de Inclusão Digital: http://blogoosfero.cc/conexoesdigitais/blog/transmissoes-ao-vivo-pelo-blogoosfero.
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