A estação digital Espaço 35, localizada em Brazlândia, no Distrito Federal nasceu da vontade de uma líder comunitária, de 62 anos, que sonhava em ver as mulheres da comunidade de Brazlândia, que não sabiam ler e escrever, serem alfabetizadas e incluídas digitalmente. Desde então, Elza Caetano Soares, coordenadora e educadora social, mantêm a estação digital funcionando em sua casa, desde o final de 2009.
“Na comunidade temos muitas mulheres analfabetas. Comecei a chamar elas para aprender a ler e escrever aqui em casa. Me empolguei e o projeto foi crescendo. Ganhei mesas e cadeiras, ajuda para comprar livros e cadernos, lanche. Procurei o gerente do Banco do Brasil daqui e ele me indicou o projeto de inclusão digital da Fundação Banco do Brasil. Daí consegui implementar a estação digital. Me vejo na responsabilidade de fazer a minha parte para a comunidade, tirando as crianças e jovens do perigo e das más influências das ruas, oferecendo a elas cursos. Temos vontade de conseguir uma sede para ampliar o projeto e fazer uma casa de cultura e oferecer mais atividades”, conta Elza Caetano Soares.
No espaço de inclusão digital são oferecidos cursos de informática básica, que são ministrados por um professor voluntário. Além disso, também existem cursos de dança, percussão, customização de tecidos e roupas e artesanato em palha. Também está disponível para os jovens e crianças reforço escolar e um espaço para leitura onde eles são auxiliados por voluntários.
Elza Caetano revela que a estação digital necessita de parcerias. “Precisamos de parceiros e voluntários que nos ajudem, pois atualmente atuamos com poucos recursos. Em fevereiro nossa estação recebeu os computadores da revitalização da Fundação Banco do Brasil, o que foi uma grande ajuda! Agora precisamos conseguir um espaço maior para nossa estação”.
A coordenadora da estação digital Espaço 35 completa: “A estação trouxe tudo de bom para a nossa comunidade. Se pudéssemos deixar o espaço aberto 24 horas ele ficaria! Pelo pouco tempo que a estação está aqui, percebemos a diferença que ela fez na comunidade. Ela uniu as pessoas. As pessoas vêm à estação contam suas histórias, aprendem, ou seja, é um espaço de troca. A nossa comunidade precisa muito desse espaço”.
Por: Ana Carolina Silva
03/04/2013
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo