Cisternas de placas, hortas de cultivo orgânico, banheiro seco, farmácia de plantas medicinais, mapas táteis. Esses são exemplos de iniciativas que estão mudando a vida de inúmeras pessoas em todo o Brasil. Conhecidas como Tecnologias Sociais, as técnicas, produtos ou metodologias estão gerando emprego e contribuindo para solução de problemas e transformação social.
Duas iniciativas – uma delas lançada no mês passado e outra que acontece no fim deste mês – estão ajudando a disseminar o conceito de tecnologia social Brasil afora. O Prêmio Fundação Banco do Brasil inscreve até 31 de maio metodologias bem sucedidas, desenvolvidas na interação com a comunidade e que resultam em transformações efetivas na vida das pessoas. O conceito será, também, tema da III Mostra de Tecnologias Sociais, realizada nos dias 26 e 27 de abril em Porto Alegre, com a participação de pesquisadores, professores, representantes do Governo e de organizações sociais que desenvolvem as técnicas.
O Prêmio FBB de Tecnologia Social tem como objetivo identificar iniciativas bem sucedidas em cinco categorias: Comunidades Tradicionais, Agricultores Familiares e Assentados da Reforma Agrária; Juventude; Mulheres; Gestores Públicos; e Instituições de Ensino, Pesquisa e Universidades. Podem se inscrever instituições sem fins lucrativos de direito público ou privado, que promovam e estimulem essas práticas.
Os projetos vencedores receberão R$ 80 mil. Neste ano, a novidade é a premiação também para o segundo e terceiro colocados, em cada categoria (R$ 50 mil e R$ 30 mil, respectivamente). No total, serão destinados R$ 800 mil para aperfeiçoamento ou reaplicação da tecnologia social premiada. As tecnologias finalistas receberão, ainda, um ultrabook, além de troféu. Em seis edições, a Fundação BB já investiu R$ 2,4 milhões em premiações.
Já a III Mostra vai debater a importância dessas tecnologias para o País. O gerente de Assessoramento Estratégico e Controles Internos da Fundação Banco do Brasil, Jefferson de Oliveira, participa, no dia 27, da mesa sobre gestão das tecnologias sociais e o desafio de reaplicá-las em todo o País.
Políticas públicas
Tecnologias Sociais apresentam respostas efetivas para diferentes demandas sociais. Algumas, inclusive, tornam-se política pública, como é o caso das Cisternas de Placas, que tem ajudado a minimizar os efeitos da seca e melhorado a vida das pessoas em algumas regiões do País. Desde 2012, a Fundação Banco do Brasil e a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) integram o Programa Brasil Sem Miséria, do Governo Federal, para reaplicação da tecnologia. A parceria prevê a implantação de 60 mil cisternas em oito estados do Semiárido (PI, CE, RN, PB, PE, AL, BA, MG).
Cisternas de placa são reservatórios cilíndricos, cobertos e semienterrados. Um encanamento simples recolhe no telhado das casas a água de chuva e a encaminha para cisternas no subsolo ao lado, revestidas com placas para não permitir a infiltração. Cada cisterna pode abastecer com até 20 litros diários cada pessoa de uma família durante a estiagem, evitando caminhadas longas para colher em latas a água de barreiros sujos usados pelo gado.
Inscrições
O manual de inscrição e o regulamento com mais informações sobre o Prêmio estão disponíveis no site www.fbb.org.br/tecnologiasocial. Já as inscrições para a III Mostra de Tecnologias Sociais podem ser feitas por meio do site http://www.fijo.org.br.
Fonte: Fundação Banco do Brasil
http://www.fbb.org.br/reporter-social/noticias/iniciativas-ajudam-a-disseminar-conceito-de-tecnologia-social.htm
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