Carta aberta contra o sucateamento do Programa Saúde da Família em São Paulo
15 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCom o objetivo de manter ações de esclarecimento da população sobre prevenção de doenças, recuperação, reabilitação e manutenção da saúde das comunidades, o Programa Saúde da Família (PSF) foi criado como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. Mas não é isso que se está vendo na cidade de São Paulo. O que se observa atualmente é uma crescente preocupação com a quantidade de atendimentos e não com a qualidade, muita rotatividade de profissionais por falta de condições de trabalho, desmandos administrativos etc.
Devido a isso, os trabalhadores das unidades do PSF lançaram uma carta aberta com a premissa básica de dizer NÃO ao desmonte da estratégia do Programa Saúde da Família em São Paulo e exigir a retomada dos preceitos da Portaria nº 1.886, de 18 de dezembro de 1997 do Ministério da Saúde.
CARTA ABERTA
Esta carta aberta tem por finalidade denunciar as arbitrariedades e desmandos que temos presenciado em relação à Estratégia da Saúde da Família na cidade de São Paulo. O Ministério da Saúde criou, em 1994, o Programa Saúde da Família. (PSF), com o principal propósito de reorganizar a prática de atenção à saúde e substituir o modelo tradicional, que, mediante repasse de verbas públicas, transferiu a sua responsabilidade constitucional para “entidades beneficentes”.Segundo o Ministério da Saúde, a estratégia do PSF prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas de forma integral e contínua. As equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes de saúde e a população acompanhada, que abre suas portas para os profissionais, criam vínculos de confiança, de respeito e segurança, o que facilita a identificação e o atendimento aos problemas de saúde integral da comunidade. O modelo PSF está aí para atuar na prevenção e promoção da saúde e não mais no atendimento as pessoas doentes.Contudo, o que temos presenciado?Alta rotatividade de profissionais médicos, equipes sempre desfalcadas, profissionais desmotivados pela falta de suporte, que vão desde a falta de condições da estrutura física (consultórios adaptados que não contam sequer com uma pia, unidades sucateadas etc.) a desmandos administrativos, no qual profissionais são demitidos e/ou transferidos sem critérios, quebrando os vínculos já estabelecidos com a população, cobranças e exigências burocráticas que visam apenas à quantidade de atendimento em detrimento aos grupos educativos e visitas domiciliares eficazes, já que a preocupação maior é de atingir metas, obviamente, numéricas.Profissionais ingressam no PSF sem treinamento adequado, sem educação continuada ou espaço para interação entre os profissionais.E o que se observa atualmente é uma crescente preocupação com a quantidade de atendimentos e não com a qualidade. Agendas lotadas aleatoriamente, sem que se tenha espaço para priorizar os casos detectados pela equipe.Observa-se também a preocupação em aumentar as áreas de abrangência sem que se consiga sequer suprir a cobertura das demandas já existentes, o que nos remete a observância de que se almeja o retorno aos modelos antigos de “queixa/consulta”, uma vez que se torna impossível ter um atendimento do paciente como um todo em apenas 15 minutos.O descrito serve para desmotivar os que ainda acreditam ser possível corrigir as iniquidades e para reforçar a ideia de que não adianta lutar por dias melhores.Muitos de nós vimos e participamos do nascimento deste programa em São Paulo e sempre admiramos a estrutura do PSF, as ações preventivas que comprovadamente auxiliam na promoção de saúde.Contudo, ainda há gente neste país que acredita, mesmo com as coordenações suscetíveis a pressões que seja possível avançar.Tais ingerências podem até nos alimentar para continuarmos a luta para um atendimento digno e a nossa responsabilidade com a saúde integral da população. Luta esta que, antes de ser nossa, deveria ser das instituições que se intitulam gestoras de saúde.Estamos, portanto, dizendo NÃO a este desmonte da estratégia de Saúde da Família e exigindo a retomada dos preceitos da Portaria nº 1.886, de 18 de dezembro de 1997 do Ministério da Saúde.São Paulo, junho de 2012.
La máquina de escribir
15 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaConcierto "Voces para la Paz" (Músicos Solidarios) 2011
Auditorio Nacional de Música de Madrid
Madrid, 12 de junio de 2011
Director: Miguel Roa
Solista: Alfredo Anaya
Proyecto: Pozos en Níger
Clip de una película de Jerry Lewis: "Lío en los grandes almacenes". En inglés: "Who's minding the store?"
Dica do amigo Itárcio José de Sousa FerreiraCollor revela ligação da Veja com Roberto Gurgel
15 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaSegue transcrição
Senador Fernando Collor.
Senhor Presidente, senhor Relator, senhoras e senhores Parlamentares.
Eu tenho ouvido ao longo da sessão de hoje, a utilização da palavra medo. Muito dos senhores Parlamentares aqui, se valeram dela, “medo”, medo disso, medo daquilo. E eu gostaria apenas de prestar contas mais uma vez a esta Comissão.
Que eu não tive medo, e nenhum receio de ir contra o Procurador Geral da República, que vem cometendo reiteradamente crimes. Ele que lá está para representar a sociedade. E eu não encontrei muito eco, junto aqueles que tanto conjugaram a frase: “Esses que tem medo”.
Quando eu levantei, afirmei, e dei nomes de que há uma quadrilha instalada na revista Veja, e em alguns órgãos da Imprensa.
Quando eu digo que o senhor Policarpo Júnior, editor dessa revista é um criminoso.
Quando eu pedi para que ele fosse convocado, eu não encontrei nenhum eco naqueles que tanto conjugaram o medo, medo, medo. Eu não tenho medo de quem quer que seja, e tenho prova e testemunho disso.
Hoje senhor Presidente, dei notícia a essa casa de que pela primeira vez na história, desde que houve a reformatação do Ministério Público. Portanto, desde 1988, o Conselho Nacional do Ministério Público aceitou a representação que fiz contra o Procurador Geral da República e a Subprocuradora, que é a sua esposa.
O Procurador Geral da República ele concentrava nas mãos, ele concentra nas mãos de sua esposa todos os processos que chegam na Procuradoria, e que tenham, que incluam pessoas com prerrogativas de foro para fazer moeda de troca.
Denunciei aqui, os dois Procuradores que passaram a dois repórteres da revista Veja. Os Procuradores, Leia Batista de Oliveira, e o Daniel de Resende Salgado, que repassaram aos jornalistas, Gustavo Ribeiro, e Rodrigo Rangel.
Deste coito de bandidos que é esta revista Veja, o inquérito na íntegra, em sua íntegra que tramitava em segredo de justiça na 11ª Vara Federal de Anápolis em Goiás. Esse senhor Policarpo, ele recebia as informações desde 2005, do senhor Cachoeira de um lado, e recebia o inquérito que corria sobre o segredo de justiça do outro, e fazia disso - o que queira. Para publicar na revista aquilo que achasse mais conveniente para os ganhos peculiares da Editora Abril.
Eu tenho coragem de dizer:
“A Editora Abril se transformou em um coito de bandidos. O senhor Policarpo Júnior é um criminoso. O senhor Procurador Geral da República tem que ser apeado da sua posição, pelos crimes que ele cometeu que estão aqui elencados”.
E que quando aqui eu denunciei, não encontrei ninguém com a coragem de dizer: “Collor eu acho que você está certo, vá em frente”.
Ao contrário, eu recebi muitos comprimentos, mas na surdina. E eu entendo, eu entendo que esses possam ter medo, porque esses possam ter rabo preso em relação a Procuradoria da República.
Esses tem medo dessa Imprensa, esses tem medo, e seguem sempre baixando a cabeça para o que a Imprensa pauta.
Eu não sigo a pauta da Imprensa, e não me deixo pautar. E hoje eu queria terminar essa minha intervenção fazendo apenas uma pergunta ao Relator. Senhor Relator, nós aqui em algum momento, aqueles que votaram com Vossa Excelência a favor do seu relatório.
Nós alijamos de uma vez por todas a possível convocação da oitiva do senhor Cavendish, e do senhor Pagot? Sim ou não, por favor?
“Claro que não, não”.
Muito bem, então nós poderemos em qualquer momento, em qualquer momento no futuro termos aqui o senhor Cavendish, e o senhor Pagot, não é exatamente isso?
“Mesmo que tivesse derrotado o requerimento”.
Mesmo que tivesse, então fica aí a resposta clara que para a sociedade brasileira. De que o senhor Cavendish e o senhor Pagot, eles viram aqui no momento em que vossa excelência, o senhor Relator, que vem conduzindo tão bem os trabalhos em conjunto com o senhor Presidente desta Comissão. Acharem conveniente, e colocarem em pauta, e ouvir do plenário, para que eles possam aqui vir, e dar as explicações a este Plenário e a esta Comissão que deseja.
Fim da transcrição
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