Durante os cinco dias de festa, a solução de contagem de público, testada de forma piloto pela pasta, registrou a presença de 715 mil pessoas na Arena Daniela Mercury. Neste período, não foi registrado crime grave contra a vida, como lesão corporal grave, homicídio e feminicídio. Para o subsecretário da SSP, Marcel Oliveira, as ações prévias possibilitaram o resultado. “O planejamento, a estrutura montada e todas as ações feitas previamente garantiram que tudo transcorresse de forma tranquila. A gente conseguiu entregar à sociedade uma festa ordeira, alegre e plural”, afirmou Oliveira.
De acordo com o Coronel Ricardo Passos, comandante do policiamento da região da capital Atlântico, área que cobre a Arena Daniela Mercury, o planejamento da PM para o Festival incluiu três áreas. “Fizemos a cobertura da parte externa do evento com policiamento de duas e quatro rodas nos bairros próximos; a área da praia, onde atuamos com o Esquadrão de Polícia Montada; e a arena propriamente dita, onde foram instalados três portais de abordagem, nos quais as pessoas eram revistadas antes de adentrar o espaço”, afirmou. “O resultado é bom para a Bahia, porque os turistas puderam ver que o Estado garante a segurança”, completou o coronel.
Nos Portais de Abordagem, os policiais apreenderam 217 objetos perfurocortantes e contundentes. As unidades de Polícia Judiciária registraram quatro lesões corporais, 260 furtos (sendo 220 celulares), 10 roubos, 13 desacatos, quatro vias de fato, quatro posses de entorpecentes e uma ameaça. Também foram contabilizados 17 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) por lesão corporal, desacato, vias de fato, consumo e posse de drogas e ameaça.
O trabalho da Polícia Civil focou principalmente na acessibilidade do cidadão aos serviços de segurança. Segundo o delegado Artur Guimarães, coordenador de operações da Polícia Civil, um destaque é a delegacia virtual, que permite o registro de ocorrências do conforto do lar, podendo ser juntadas fotografias, áudios e vídeos, que ajudam a qualificar a ocorrência. “Durante o Festival, alcançamos um tempo médio de 39 minutos entre o registro do boletim de ocorrência (BO), a análise policial e o retorno da ocorrência para o cidadão. O resultado do planejamento da Segurança Pública nos mostra números positivos. A tendência é aprimorar e buscar zerar as ocorrências. É um trabalho em construção”, ressaltou o delegado.
O Corpo de Bombeiros Militar realizou 79 atendimentos nos cinco dias do Festival. Para o bombeiro Romualdo Filho, coordenador de planejamento do 3º Batalhão, chegar ao final do evento com este número, considerando a quantidade de pessoas que passaram pela arena, é bastante positivo. “Tínhamos diversos militares focados no atendimento das pessoas e viaturas exclusivas para o atendimento das ocorrências, que normalmente surgem em festejos de grande aglomeração de público. Trabalhamos fazendo atendimento pré-hospitalar e encaminhamento médico”, explicou o coordenador.
Esquema Especial
A Secretaria da Segurança Pública montou um esquema especial com mais de três mil policiais e bombeiros. Além do emprego da solução de contagem de público pela Superintendência de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO), outra novidade empregada pela pasta foi o posto da Superintendência de Prevenção à Violência (Sprev) para acolhimento do público em situação de vulnerabilidade social.
O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) permaneceu ativado com integrantes da Superintendências de Telecomunicações (Stelecom), de Inteligência (SI), e de Gestão Integrada da Ação Policial (Siap), da Corregedoria-Geral, da SSP, Embasa, CCR Metrô, Coelba, Secretarias Municipais de Mobilidade (Semob), de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), de Ordem Pública (Semop), Transalvador e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.