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Dimas Roque

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Dança das cadeiras no Planalto Central do Brasil

October 23, 2025 7:54 , by Dimas Roque - | No one following this article yet.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu, nesta semana, a 13ª mudança ministerial de seu terceiro mandato, confirmando a entrada do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) na Secretaria-Geral da Presidência, em substituição a Márcio Macêdo. A alteração, sétima apenas em 2025, foi noticiada pelo G1 e pelo portal GP1, e reflete a estratégia do governo de reforçar laços com movimentos sociais e ampliar a base de apoio no Congresso.

As trocas, longe de sinalizarem instabilidade, têm sido apresentadas pelo Planalto como ajustes necessários para manter o governo em sintonia com as demandas políticas e sociais. A Secretaria-Geral, agora sob comando de Boulos, é responsável por articular o Executivo com organizações populares e coordenar ações estratégicas da Presidência. A escolha, portanto, não é apenas simbólica: é um recado de que Lula pretende manter viva a conexão com a base social que sempre sustentou sua trajetória.

Segundo reportagem do G1, Lula já vinha discutindo mudanças desde o fim de 2024, mas optou por realizá-las de forma gradual, evitando choques bruscos na Esplanada. Essa condução fatiada permitiu ao presidente negociar com aliados, contemplar partidos da base e, ao mesmo tempo, preservar a governabilidade. O resultado é um governo que, mesmo diante de pressões, mostra capacidade de adaptação e habilidade política.

A chegada de Boulos, liderança histórica do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, também tem peso eleitoral. Ao abrir espaço para o PSOL, Lula sinaliza que pretende manter a esquerda unida em torno de um projeto comum, mirando não apenas a governabilidade imediata, mas também a sucessão de 2026. O gesto fortalece a narrativa de que o governo não se limita a administrar, mas busca construir pontes para o futuro.

Fontes como o GP1 destacam que, das sete mudanças realizadas em 2025, duas foram motivadas por investigações e outras por ajustes políticos. Em todos os casos, Lula mostrou disposição de agir rapidamente, substituindo nomes sem hesitar e reforçando a ideia de que a cadeira ministerial não é vitalícia, mas instrumento de trabalho a serviço do país.

No balanço, as trocas ministeriais revelam um governo que prefere o movimento à paralisia. Em vez de se prender a nomes, Lula aposta em resultados e na capacidade de manter o diálogo aberto com diferentes setores. Para um presidente que já enfrentou crises de toda ordem, a dança das cadeiras não é sinal de fraqueza, mas de vitalidade política.


Source: http://www.dimasroque.com.br/2025/10/danca-das-cadeiras-no-planalto-central.html

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