Para o diretor do Instituto de Formação em Arte, Robson Correia, o evento tem uma importância única para a região e para a juventude negra:
“O FESTBAN é um festival que está para além das práticas e mostras das obras artísticas; ele foi pensado para potencializar e mostrar a identidade da juventude, do povo e das comunidades que envolvem a região do Cabula, em especial o bairro do Beiru, tão massacrado pela impressão que muitas vezes mostra apenas o lado da falta de segurança e acontecimentos sob uma perspectiva negativa, o que diz muito sobre a atenção que o poder público dá aos bairros periféricos da nossa cidade. Em 5 anos, o festival já abrangeu 22 comunidades, 88 escolas, 2.300 alunos da rede pública, 530 artistas, 5 espaços culturais e uma universidade, tratando dos mais diversos temas de relevância social por meio da Gira temática.”
Neste ano, o festival mantém sua homenagem a Gbeiru, oriundo de Oiò, Nigéria, que foi escravizado em Salvador no século XIX na fazenda dos Gárcias D’Ávila, área que hoje corresponde ao bairro de Beiru/Tancredo Neves.
A programação de 2024 oferece oficinas de teatro, percussão, dança, poesia, música, audiovisual e capoeira. As atividades serão realizadas nas escolas das 22 comunidades da região do Cabula, com encerramento no Teatro da UNEB, Campus I.
O FESTBAN foi contemplado pelo edital Territórios Criativos, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal e conta com o apoio da UNEB e da UHAA! Gráfica e Design.
Por: Vittor Amorim.