Com 120 km de extensão planejados, o canal vai assegurar segurança hídrica para consumo humano, agricultura irrigada e atividades produtivas como a piscicultura, setor que movimenta R$ 180 milhões por ano na região. “Essa obra não é só sobre água: é sobre dignidade, emprego e futuro. Vamos transformar o mapa da seca em um polo de oportunidades”, afirmou um representante do Ministério da Integração Regional, que coordena o projeto.
A agenda presidencial reforça o peso político da iniciativa. Lula, que já defendeu publicamente a revitalização do São Francisco, fará o anúncio oficial em um ato simbólico em um dos município beneficiados pelo projeto. A expectativa é que as obras, divididas em três etapas, levem oito anos para serem concluídas e incluam a construção de estações de bombeamento, reservatórios e sistemas de distribuição.
Agricultura familiar: 35 mil hectares de terras irrigadas devem ser incorporados à produção, com prioridade para culturas como manga, goiaba e caju.
Geração de empregos: Estima-se a criação de 12 mil postos diretos e indiretos durante a construção.
Sustentabilidade: O projeto prevê ações de recuperação de nascentes e educação ambiental nas comunidades.
Para o governo federal, o Canal Xingó é mais que uma obra: é um símbolo da reintegração do Nordeste ao centro das políticas de desenvolvimento. “É a materialização de uma dívida histórica”, resumiu Lula em discurso recente.