A quadrilha foi presa em São Paulo por equipes do Draco. Quase meio milhão de dólares foi recuperado e será entregue a família
Os sequestradores do ex-prefeito de Valença, Ramiro José Campelo de Queiroz, foram apresentados à imprensa, nesta segunda-feira (19), depois de confessarem o crime ao delegado Cleandro Pimenta, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). A quadrilha, que havia fugido para São Paulo, foi presa, na quarta-feira (14), e trazida para Salvador no sábado (17).
Márcio Reis dos Santos, o “Bradock”, Geraldo Alves de Carvalho Neto, Carlos Eduardo Rabello e André Luís Maciel Santos, estavam fazendo a divisão do dinheiro recebido da família da vítima, quando foram presos por policiais do Draco, em uma churrascaria na Rodovia Presidente Dutra, na cidade de Caçapava-SP. Dois veículos, modelo Honda Fit e HB20 foram apreendidos com os criminosos.
Quase meio milhão de dólares, em espécie, foi recuperado pelos policiais e será devolvido à família. “Apesar de não termos sido acionados oficialmente, tomamos conhecimento do sequestro e passamos a investigar a quadrilha. Apuramos, inclusive, que todos possuem passagem por roubo a banco”, detalhou Pimenta.
Ainda durante a coletiva, o delegado ressaltou que Bradock havia sido preso por receptação, em outubro de 2017, por equipes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos e Veículos (DRFRV). André passará por exame de identificação criminal, no Departamento de Polícia Técnica (DPT), pois ele já foi preso com 18 diferentes identidades e é preciso confirmar o nome dado por ele desta vez.
Crime
O sequestro ocorreu no dia 18 de janeiro, quando três homens invadiram a casa da vítima, por volta das 6h, e renderam o ex-prefeito, sua esposa e caseiro. Ramiro passou 25 dias entre dois cativeiros, localizados na zona rural de Valença e em Dias D’Ávila, quando, em 12 de fevereiro, foi liberado em Simões Filho, onde pegou um táxi até a sua casa. O resgate foi pago na cidade de Taubaté.
De acordo com as investigações do Draco, André chegou a morar por dois meses em Valença, para observar os hábitos da vítima e a movimentação da cidade. A participação de mais pessoas neste crime está sendo investigada pelo Draco.