É pacabá! Você abre o Youtube para ouvir Benny Goodman e Etta James, mas é obrigado a topar com a loura cara de banana da Empiricus.
É a insuportável Bettina Rudolph, mangando da cara da audiência virtual.
"Oi. Meu nome é Bettina, eu tenho 22 anos e 1 milhão e 42 mil reais de patrimônio acumulado", diz numa jactância azeda.
Depois, tenta fisgar incautos para sua proposta de ganhar dinheiro fácil. Segundo ela, qualquer um pode se tornar milionário.
Não é a única na pescaria. Outros jovens do marketing da mesma Empiricus tomam outros espaços da Internet prometendo gerar fortunas instantâneas para seus parceiros investidores.
Um deles diz que para ganhar R$ 12 mil por mês seus parceiros não precisam fazer nada, não precisam trabalhar ou se preocupar com a gestão dos ativos financeiros.
A consultoria de investimentos trabalha com projetos no estilo pirâmide. Ou seja, para quem domina as operações aritméticas básicas, é algo que não funciona.
Alguém ganha muito. Os otários perdem tudo. Supercapitalismo predatório.
A Empiricus é aquela mesma empresa que, durante meses, fez terrorismo sobre a presença de Dilma Rousseff na presidência. Na Internet, fez propaganda pesada para derrubá-la e golpear a democracia brasileira.
Marcos Elias, um dos fundadores da empresa, diz ter recomeçado a vida em carreira solo. Nessa aventura, foi preso nos EUA e confessou o crime de conspiração contra instituições financeiras americanas para cometer fraude eletrônica e roubo agravado de identidade.
Acabou detido na Suíça e extraditado para os EUA no ano passado. O fundador da consultoria estava envolvido em um esquema que desviou mais de US$ 750 mil (cerca de R$ 2,7 milhões) de um banco de Nova York. Ele é acusado de usar documentos falsificados de clientes brasileiros.
O ministério público norte-americano acusou Elias de estabelecer um esquema de fraude “sofisticado”. Ele teria utilizado uma empresa de fachada no Panamá e uma conta bancária em Luxemburgo.
As fraudes envolveriam contas de um dos integrantes da família Zaffari, controladora do grupo varejista Zaffari. Elias teria usado na operação documentos falsos, assinatura forjada e email falsificado.
Wall Street não acabou.