Os candidatos que aguardavam o lançamento de editais de concursos públicos federais para cargos de nível médio, que geralmente oferecem salários acima da média para esse nível de escolaridade, terão de escolher entre três grandes seleções que estão com inscrições abertas este mês para a mesma função. O motivo é que, em todas elas, a prova está marcada para o mesmo dia: 21 de outubro. Os concursos federais para o cargo de técnico administrativo são os seguintes: 463 vagas no Ministério da Fazenda, 300 vagas no Ibama e 45 vagas na Agência Nacional de Águas (ANA).
Especialistas ouvidos pelo G1 consideram que marcar a data da prova no mesmo dia é prejudicial não só para os candidatos, que ficam limitados em sua escolha, mas para os órgãos, que perdem de ter bons concorrentes nas seleções, e para as organizadoras dos concursos, que perdem número de inscritos. "A própria administração pública acaba perdendo, visto que a concorrência consequentemente é restringida”, diz Alexandre Lopes, diretor pegagógico do Curso Maxx.
“Nunca aconteceu de ter três concursos para o mesmo cargo no mesmo dia. Mas como há muitos concursos previstos, a tendência é que muitas datas coincidam mesmo”, diz José Wilson Granjeiro, diretor presidente do grupo Gran Cursos. Para ele, com a “enxurrada” de concursos federais previstos para este ano e ano que vem, o fato de as datas das provas coincidirem pode se tornar uma tendência.
Lopes diz que candidatos muito bem preparados acabam perdendo a possibilidade de participar de um concurso em que poderiam ser aprovados.
“Já vi casos de alguns órgãos, como tribunais, por exemplo, acabarem alterando as datas das provas em função disso [coincidência de datas]”, diz Adriana Figueiredo, professora de língua portuguesa do Canal dos Concursos.
Cada um dos concursos é organizado por uma banca: o Ministério da Fazenda, pela Esaf, o Ibama, pelo Cespe/UnB, e a ANA, pelo Instituto Cetro. A maioria das vagas é para Brasília.
“Nunca aconteceu de ter três concursos para o mesmo cargo no mesmo dia. Mas como há muitos concursos previstos, a tendência é que muitas datas coincidam mesmo”, diz José Wilson Granjeiro, diretor presidente do grupo Gran Cursos. Para ele, com a “enxurrada” de concursos federais previstos para este ano e ano que vem, o fato de as datas das provas coincidirem pode se tornar uma tendência.
Lopes diz que candidatos muito bem preparados acabam perdendo a possibilidade de participar de um concurso em que poderiam ser aprovados.
“Já vi casos de alguns órgãos, como tribunais, por exemplo, acabarem alterando as datas das provas em função disso [coincidência de datas]”, diz Adriana Figueiredo, professora de língua portuguesa do Canal dos Concursos.
Cada um dos concursos é organizado por uma banca: o Ministério da Fazenda, pela Esaf, o Ibama, pelo Cespe/UnB, e a ANA, pelo Instituto Cetro. A maioria das vagas é para Brasília.
Como escolher
Para os especialistas, os candidatos devem levar em conta salário, local da vaga, atribuição do cargo, dificuldade da prova, familiaridade com as disciplinas da prova, se estava se preparando com antecedência para um dos concursos, entre outras circunstâncias.
Para Granjeiro, se for por salário, o oferecido pela ANA é o maior. Se for por quantidade de vagas, o com maior número é do Ministério da Fazenda, se for por afinidade de formação, o do Ibama oferece carreiras mais específicas, e se for por localidade, o do Ibama oferece maior variedade de cidades com vagas. O diretor do Gran Cursos diz ainda que o concurso do Ministério da Fazenda tem conteúdo programático mais fácil em comparação com os demais. “Está mais fácil para estudar, é o mais simples, mas tem a disciplina de gestão pública que requer atenção”, diz. Ele ressalta que o concurso da ANA tem ainda prova discursiva, “que não é comum em concurso para nível médio”.
Adriana acha que o candidato deve priorizar as disciplinas que vão cair nas provas; o número de pessoas que foram chamadas no concurso anterior, já que isso revela as possíveis chances de ser aprovado; o número de vagas que foram disponibilizadas em cada edital e a banca organizadora. “Quanto mais complexa a banca, maior o grau de dificuldade da prova”, diz.
Granjeiro considera que o concurso do Ibama deve ter mais concorrência porque oferece vagas em todo o país. “Deve-se dar atenção especial à matéria de legislação em meio ambiente, são muitas leis. O resto é matéria básica que caem em todos os concursos”, diz.
Para ele, os candidatos que estão habituados com concursos de tribunais e de nível médio no nível federal estão acostumados com as disciplinas de direito constitucional e administrativo, comuns nos três concursos.
“O candidato opta pelo seu melhor aproveitamento dentro um concurso que ofereça boa remuneração. Os candidatos com a melhor preparação são aqueles que estudam a médio prazo para concursos e não somente para um único concurso. Isso faz uma enorme diferença nos estudos, possibilitando que, a partir de um certo nível de preparação nas disciplinas mais recorrentes, o candidato possa fazer vários concursos, aprofundando apenas nas disciplinas específicas peculiares a cada cargo”, diz Lopes.
Para Granjeiro, quem já estava estudando para um concurso não pode perder o foco e se direcionar para outra seleção. “Mas se começar agora vai fazer o que gosta, o que tem mais afinidade”, aconselha.
Adriana diz que o candidato precisa priorizar a área que ele escolheu previamente. “Mudar de estratégia com o edital já lançado normalmente não gera sucesso. Quando o candidato muda de direção é muito arriscado, porque ele não vai ter tempo necessário para mudar todo o planejamento de estudo. Há pouco espaço de tempo entre o edital e a realização da prova. Por isso, mesmo um concurso sendo mais ‘interessante’ que o outro, no ponto de vista do candidato, ele deve focar e se preparar bem para a sua primeira escolha”, diz.
“O candidato deve avaliar muito bem o conjunto de disciplinas novas à luz da sua base de preparação e do tempo disponível. Não se deve apenas olhar para os atrativos do cargo”, afirma Lopes.
Para os especialistas, os candidatos devem levar em conta salário, local da vaga, atribuição do cargo, dificuldade da prova, familiaridade com as disciplinas da prova, se estava se preparando com antecedência para um dos concursos, entre outras circunstâncias.
Para Granjeiro, se for por salário, o oferecido pela ANA é o maior. Se for por quantidade de vagas, o com maior número é do Ministério da Fazenda, se for por afinidade de formação, o do Ibama oferece carreiras mais específicas, e se for por localidade, o do Ibama oferece maior variedade de cidades com vagas. O diretor do Gran Cursos diz ainda que o concurso do Ministério da Fazenda tem conteúdo programático mais fácil em comparação com os demais. “Está mais fácil para estudar, é o mais simples, mas tem a disciplina de gestão pública que requer atenção”, diz. Ele ressalta que o concurso da ANA tem ainda prova discursiva, “que não é comum em concurso para nível médio”.
Adriana acha que o candidato deve priorizar as disciplinas que vão cair nas provas; o número de pessoas que foram chamadas no concurso anterior, já que isso revela as possíveis chances de ser aprovado; o número de vagas que foram disponibilizadas em cada edital e a banca organizadora. “Quanto mais complexa a banca, maior o grau de dificuldade da prova”, diz.
Granjeiro considera que o concurso do Ibama deve ter mais concorrência porque oferece vagas em todo o país. “Deve-se dar atenção especial à matéria de legislação em meio ambiente, são muitas leis. O resto é matéria básica que caem em todos os concursos”, diz.
Para ele, os candidatos que estão habituados com concursos de tribunais e de nível médio no nível federal estão acostumados com as disciplinas de direito constitucional e administrativo, comuns nos três concursos.
“O candidato opta pelo seu melhor aproveitamento dentro um concurso que ofereça boa remuneração. Os candidatos com a melhor preparação são aqueles que estudam a médio prazo para concursos e não somente para um único concurso. Isso faz uma enorme diferença nos estudos, possibilitando que, a partir de um certo nível de preparação nas disciplinas mais recorrentes, o candidato possa fazer vários concursos, aprofundando apenas nas disciplinas específicas peculiares a cada cargo”, diz Lopes.
Para Granjeiro, quem já estava estudando para um concurso não pode perder o foco e se direcionar para outra seleção. “Mas se começar agora vai fazer o que gosta, o que tem mais afinidade”, aconselha.
Adriana diz que o candidato precisa priorizar a área que ele escolheu previamente. “Mudar de estratégia com o edital já lançado normalmente não gera sucesso. Quando o candidato muda de direção é muito arriscado, porque ele não vai ter tempo necessário para mudar todo o planejamento de estudo. Há pouco espaço de tempo entre o edital e a realização da prova. Por isso, mesmo um concurso sendo mais ‘interessante’ que o outro, no ponto de vista do candidato, ele deve focar e se preparar bem para a sua primeira escolha”, diz.
“O candidato deve avaliar muito bem o conjunto de disciplinas novas à luz da sua base de preparação e do tempo disponível. Não se deve apenas olhar para os atrativos do cargo”, afirma Lopes.
Concorrência de nível superior
E os candidatos com nível médio de escolaridade precisam estar preparados para enfrentar a concorrência de quem tem nível superior. “Os candidatos de nível superior representam entre 30 e 35% da concorrência dos concursos de nível médio. Mas a graduação não é o diferencial nesse caso, o que diferencia o candidato que passa é o treino, a familiaridade com as matérias e a disciplina no estudo”, diz Granjeiro.
"Em turmas específicas do cursinho para esses concursos, mais de 50% dos alunos têm nível superior completo", avalia Lopes.
"Sempre acontece de candidatos de nível superior concorrerem a cargos de nível médio. Porém isso é ruim para o candidato, já que aumenta a disputa nos cargos de nível médio. Os concursos para nível médio são sempre mais concorridos, o ideal é que o candidato que tenha curso superior seja focado em concurso para nível superior", afirma Adriana.
E os candidatos com nível médio de escolaridade precisam estar preparados para enfrentar a concorrência de quem tem nível superior. “Os candidatos de nível superior representam entre 30 e 35% da concorrência dos concursos de nível médio. Mas a graduação não é o diferencial nesse caso, o que diferencia o candidato que passa é o treino, a familiaridade com as matérias e a disciplina no estudo”, diz Granjeiro.
"Em turmas específicas do cursinho para esses concursos, mais de 50% dos alunos têm nível superior completo", avalia Lopes.
"Sempre acontece de candidatos de nível superior concorrerem a cargos de nível médio. Porém isso é ruim para o candidato, já que aumenta a disputa nos cargos de nível médio. Os concursos para nível médio são sempre mais concorridos, o ideal é que o candidato que tenha curso superior seja focado em concurso para nível superior", afirma Adriana.
fonte: G1
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo