Fonte: MAB (imprensa@mabnacional.org.br)
Começou nesta segunda-feira (2 de setembro) o Encontro Nacional do MAB, que reúne até o momento 2.500 atingidos e atingidas por barragens de 17 estados do Brasil em São Paulo. Com muita música, mística e animação, a abertura da atividade contou com a presença de apoiadores do Movimento, representantes de entidades parceiras brasileiras e internacionais, movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e do poder público.
O primeiro a falar foi o Secretário Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Rogério Sotilli. Ele destacou a importância dos movimentos sociais e em especial do MAB: "Se esses grupos sociais pararem por um mês que seja, o nosso país para; são os movimentos sociais que qualificam a atuação do poder público."
Fernando Matos, representando a Secretaria Geral da Presidência da República, destacou que "precisamos preservar a natureza e fazer nosso povo avançar em sua independência" e reforçou a importância do encontro do MAB para isso.
Luiz Dalla Costa, da coordenação nacional do MAB, falou os motivos que levaram o Movimento a realizar seu encontro em São Paulo: fortalecer a aliança com os trabalhadores urbanos e denunciar as grandes empresas e suas falcatruas. "É aqui que a luta de classes acontece e é aqui que queremos fazer a disputa por um novo Projeto Energético Popular."
Dom Enemésio Ângelo, da CNBB, citou Dom Pedro Casaldáliga: "Quanto mais difícil o tempo, mais forte deve ser a esperança" e lembrou a importância de conhecer as formas de opressão do capital sobre os povos, ouvir o grito dos oprimidos e se unir para fortalecer a luta contra os opressores.
João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, destacou a irmandade do movimento a que pertence com o MAB. Segundo ele, o MAB é referência na origem da luta pela terra e também por ser um dos movimentos mais radicais na luta contra os grandes monopólios do capital. Os dois movimentos também são irmãos na proposição de um novo projeto para o país e na valorização da formação política. "Além disso, esse encontro acontece em um momento importante, em que as massas foram para as ruas para exigir um país diferente", afirmou.
Alexander Quintana Cañete, representante do Consulado de Cuba, expressou seu agradecimento ao apoio do movimento à luta do povo cubano e em especial à vinda dos médicos cubanos para o Brasil. "Cuba vem há mais de 50 anos colaborando internacionalmente com a medicina e se comprometeu a apoiar a todos os povos carentes com saúde de qualidade, gratuita e universal." Ainda na abertura do encontro, o MAB propôs às entidades presentes a assinatura de uma carta de apoio aos médicos cubanos. Participam do encontro representantes de movimentos sociais de 17 países.
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