Economia solidária sai do limbo e mostra a força dos pequenos produtores
29 de Setembro de 2014, 6:04 - sem comentários aindaFonte: Jornal do Brasil - Mônica Francisco*
Há muito as iniciativas de pequenos produtores deixaram de ser apenas "coisa de quem está desempregado" ou precisando "complementar" a renda. Desde 2005, estes empreendimentos entraram de vez no mapa, ou melhor, nos dados oficiais do país, com a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), em 2003, e a solicitação de todo um movimento empenhado em dar visibilidade a esse verdadeiro exército que povoava um verdadeiro limbo.
Em 2005, o primeiro mapeamento dos empreendimentos econômico-solidários, ou seja, que produziam de forma associativa e coletiva, dividindo tarefas e recursos, era retirado do limbo e posto às claras.
De lá pra cá muita coisa mudou, o país mudou e o desejo de uma sociedade mais inclusiva, justa e que se adeque aos anseios reais da população é cada vez mais necessária.
E isso diz também respeito às inciativas de cunho popular e que são por demais exitosas e que têm feito circular um PIB (Produto Interno Bruto) considerável. São diversas áreas : pesca artesanal, comunidades tradicionais, catadores, agricultura familiar, agroecologia, artesanato, clubes de trocas solidárias, fundos solidários que fornecem crédito de forma justa e nem de longe lembrando a sanha predatória dos grandes bancos e seus juros mortais.
São iniciativas que deram certo, que estão no dia-a-dia impactando diversas localidades. A academia está de olho nos conceitos que definem, explicam ou pelo menos tentam dar uma lógica a essa atividade tão pitoresca em meio a uma sociedade onde o capitalismo se mantém como sistema, cada vez mais forte, mas que dá sinais de que em algum momento será bem difícil para nós todos convivermos com ele.
Segundo o economista chinês Ha-Joon Chang (Universidade de Cambridge, Reino Unido), declarou em seu livo "Chutando a escada", os países desenvolvidos estão "chutando a escada" (na memorável frase de List) que eles usaram para se tornar mais ricos e poderosos e, em contrapartida, estão tentando impingir aos países em desenvolvimento um conjunto de políticas totalmente inadequadas para a sua atual condição e interesse econômico.
Estas declarações, segundo ele, continuam atuais e precisamos rever logo muitos conceitos em relação à economia capitalista de livre mercado e suas consequências.
Ora, em um cenário cada vez mais difícil é importante estar atento, ou melhor, que os governos e os governantes estejam atentos a essas importantes e necessárias iniciativas que tiram milhares de cidadãos e cidadãs da miséria e impactam tremendamente várias regiões de nosso país e muitos lugares ao redor do mundo.
Segundo Sérgio Trindade, representante de uma entidade de assessoria a empreendimentos em Mangaratiba e membro do Fórum Estadual de Economia Solidária, a economia solidária será tema de uma série de debates na Fundação Casa de Rui Barbosa, estimuladas e articuladas pelo pesquisador e Cientista Social Júlio Aurélio Vianna Lopes e pelo grupo de pesquisadores do Núcleo de Solidariedade Técnica,o SOLTEC/UFRJ na primeira semana de novembro.
Isso marca a importância do aprofundamento dos estudos e da produção de conhecimento especializado em torno da temática e cada vez mais subsidiar políticas públicas consistentes, para que a Senaes e as secretarias municipais que são "especiais" não sejam facilmente descartadas por qualquer capricho político.
É preciso se manter no caminho, fortalecer as instituições democráticas, nascidas da luta dos movimentos sociais e dos cidadãos e cidadãs comprometidos com um país melhor para todos. Junho não terminou!
"A nossa luta é todo dia. Favela é cidade. Não à GENTRIFICAÇÃO e ao RACISMO, ao RACISMO INSTITUCIONAL, ao VOTO OBRIGATÓRIO e à REMOÇÃO!"
*Membro da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e Consultora na ONG ASPLANDE.(Twitter/@MncaSFrancisco)
Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar divulga carta à sociedade e aos candidatos
29 de Setembro de 2014, 6:00 - sem comentários aindaFonte: FBSSAN
O Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) articula um conjunto amplo de organizações, redes, movimentos sociais, instituições de pesquisa, indivíduos ligados aos campos da saúde, nutrição, direitos humanos, agroecologia, agricultura familiar, economia solidária, educação popular na luta pelo Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e pela Soberania Alimentar. O Fórum busca sensibilizar e mobilizar setores da sociedade para uma visão de sistema de SAN criando interações entre as organizações da sociedade civil e influenciando propostas de políticas públicas.
Em 2014 o FBSSAN completa 15 anos de atuação permanente, com uma avaliação de que foram importantes as vitórias alcançadas na construção do marco legal do DHAA e de políticas públicas voltadas para a erradicação da fome e a promoção da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). A redução da pobreza e da desigualdade possibilitou maior acesso à alimentação pela população mais pobre. O acesso à alimentação adequada e saudável é um direito social previsto na Constituição Federal e na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional.
No entanto, ainda faltam mecanismos de efetivação desses direitos em face da persistência e mesmo agudização de ameaças que comprometem práticas alimentares saudáveis e respeitosas da diversidade cultural, bem como dão pleno curso a modelos de produção causadores de danos sociais e ambientais e que comprometem a sociobiodiversidade.
Assim como o FBSSAN, outros fóruns, coletivos e articulações da sociedade civil nacionais, estaduais e municipais têm participado ativamente do processo de construção da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Há uma atuação consolidada em espaços públicos de participação social como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e os CONSEA Ìs estaduais, apresentando proposições de políticas, monitorando a implementação de programas públicos e apoiando experiências implementadas pelas organizações e movimentos sociais.
As vitórias e conquistas no campo da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil têm a forte marca da atuação da sociedade e dos movimentos sociais. É, portanto, questão inegociável a manutenção e ampliação do apoio efetivo à participação popular e ao controle social em todas as três esferas de governo.
Com a presente carta pública, queremos instar os(as) candidatos(as) a todos os cargos eletivos em disputa neste ano a que se comprometam com a garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável para todos e todas, por meio do enfrentamento das causas estruturais da pobreza, da fome e de todas as formas de alimentação inadequada. Esperamos que seus programas de governo e plataformas políticas contemplem propostas concretas para garantir:
1- o direito à terra e a reforma agrária, com a regularização fundiária das terras e territórios dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais e com o reconhecimento destes como espaços de resistência histórica;
2- alimentos mais sadios, sem contaminação dos agrotóxicos e sem organismos geneticamente modificados, com a intensificação dos processos de transição agroecológica, atendendo aos diferentes eixos do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo);
3- o fortalecimento da agricultura familiar e a continuidade da expansão das compras institucionais por meio do PAA e PNAE, entre outros, bem como a adequação de normas e instrumentos que se configuram como obstáculos à participação dos agricultores/as, povos indígenas, povos e comunidades;
4- a defesa da agrobiodiversidade, requisito indispensável para a soberania e segurança alimentar;
5- a instituição de uma política nacional de abastecimento alimentar que inclua os debates sobre acesso aos alimentos e padrões de consumo;
6- marco legal que garanta ampliação e aperfeiçoamento das ações de agricultura urbana e periurbana, assim como dos equipamentos públicos de SAN;
7- A implementação da Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle do sobrepeso e obesidade, nas três esferas de gestão do Sisan;
8- ações regulatórias que controlem a expansão das monoculturas e a ação das transnacionais, que mantenham a moratória ao uso de sementes "terminator" (à tecnologia Gurt), que garantam a observação do princípio da precaução no controle sobre liberação e comercialização de transgênicos e que assegurem a imediata implantação de um plano de redução de uso de agrotóxicos;
9- ações voltadas a regulação da rotulagem, da publicidade e das demais práticas de mercado dos alimentos, visando em especial a proteção à infância, bem como dos cidadãos que necessitam de uma alimentação adequada às suas necessidades/especificidades orgânicas.
Em qualquer situação permaneceremos lutando por essas e muitas outras bandeiras.
Coordenação do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Assista ao vídeo do III Encontro Nacional de Agroecologia
27 de Setembro de 2014, 7:38 - sem comentários aindaVídeo Reportagem do III ENA from AGROECOLOGIA on Vimeo.
Começa amanhã o VII Encontro Nacional de Estudos do Consumo
23 de Setembro de 2014, 11:43 - sem comentários aindaFonte: http://estudosdoconsumo.com.br
Começa amanhã (24) no Rio de Janeiro o VII Encontro Nacional de Estudos do Consumo, com o tema "Mercados Contestados - As novas fronteiras da moral, da ética, da religião e da lei", que ocorre até sexta-feira.
Acesse os artigos dos Grupos de Trabalho e demais informações em: http://estudosdoconsumo.com.br/setimoenec/grupos-de-trabalho/
A formação de novos mercados e a expansão daqueles já existentes não acontece sem pressões, contestações e negociações entre diferentes atores acerca dos limites de mercantilização admitidos por uma sociedade. Atualmente, um novo tipo de mercado se constitui no âmbito da sociedade contemporânea. Sua principal característica é "esticar" os limites morais, éticos, ambientais, religiosos e legais de mercados já institucionalizados e, simultaneamente, investir na mercantilização de um conjunto de atividades sociais até então não submetidas a tal processo. Esse movimento suscita reações e ações diversas, exigindo novas negociações, convenções e instituições. É justamente sobre esse processo - o de mercantilização de áreas onde antes não predominavam critérios de mercado e as contestações e novas regulações daí decorrentes - que gostaríamos de dedicar nossa atenção no VII ENEC.
Chama nossa atenção, nesse contexto, a transformação de um diversificado conjunto de práticas sociais, tradicionalmente sujeitas a lógicas e padrões não-mercadológicos de comportamento e de controle moral - tais como presentes, doações, amizade e amor - associadas ao âmbito da família, do parentesco e da sociabilidade, que tem sido transformadas em serviços, em sua maioria, geridos privadamente e oferecidos aos consumidores. Ao mesmo tempo se mercantilizam antigas práticas como a de cuidados com crianças, doentes, idosos e animais de estimação. O mesmo ocorre com bens públicos assentados em cidadania compartilhada - como saúde, educação, energia, água, mobilidade e segurança.
Na área da medicina, avanços científicos estão transformando as opções de práticas reprodutivas, criando novos tipos de laços entre as pessoas e diferentes modalidades de paternidade e maternidade. A expansão do mercado de órgãos humanos impacta tanto a moralidade e a religião como as práticas institucionais e de saúde pública, pressionando os limites legais que o condiciona. A globalização, por seu lado, colocou diferentes culturas, religiões e arranjos legais e institucionais em contato, gerando tensões e dilemas no que concerne à aceitabilidade dessas práticas. Além disso, o consumo está crescentemente imbricado com preocupações socioambientais à medida que as atenções da sociedade ultrapassam as características qualitativas dos produtos e serviços para as condições de produção e distribuição dos mesmos.
Essa dimensão expansionista dos mercados tem levado a mobilizações coletivas, tanto favoráveis quanto contrárias a esses mercados, visando à alteração dos marcos regulatórios em vigor e ao questionamento da superposição entre a esfera pública e a íntima/privada/familiar. Tematizar e discutir tais questões é trabalhar nas fronteiras dos estudos de consumo. Tematizar tais questões é discutir as fronteiras morais, éticas, religiosas e legais do consumo.
Conheça a campanha "Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo"
22 de Setembro de 2014, 10:05 - sem comentários aindaFonte: http://www.clac-comerciojusto.org
"Universidades Latinoamericanas por el Comercio Justo" es una campaña de sensibilización e incidencia en torno a la importancia de establecer vínculos de comercio justo y consumo responsable en nuestras sociedades latinoamericanas y caribeñas.
Su principal objetivo es crear una red de universidades latinoamericanas y caribeñas que apoyan el comercio justo a través de varias actividades académicas, de extensión social y de vinculación directa con las organizaciones de pequeños productores de comercio justo.
Saiba mais em: http://www.clac-comerciojusto.org
Festival de economia solidária na zona oeste do Rio de Janeiro
22 de Setembro de 2014, 8:49 - sem comentários aindaFonte: https://www.facebook.com/events/342282049282769/?fref=ts
11ª Semana da alimentação saudável no Noroeste paraense
22 de Setembro de 2014, 8:36 - sem comentários aindaFonte: http://amazoniaemrede.blogspot.com.br/
A Rede Bragantina de Economia Solidária Artes & Sabores, em diálogo com as instituições parceiras: MUSEU EMÍLIO GOELDI e OSCIP MORADIA E CIDADANIA - Coordenação Pará, estarão realizando no período de 22 a 28 de Setembro a 11a. SEMANA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, com tema Soberania, Segurança Alimentar Sustentável e Nutricional.
Este evento tem objetivos de: Estimular agricultores agricultoras familiares e consumidores, para cultivar e consumir alimentos regionais, plantas medicinais com práticas sustentáveis, para a autonomia alimentar, a segurança nutricional, a saude e o bem viver. Orientar e dialogar sobre bons hábitos alimentares para a saude ensinando e aprendendo a preparar e consumir alimentos saudáveis, com qualidade nutricional. Incentivar a Rede de produtores e consumidores da Economia Solidária, no Território Nordeste Paraense e no Pará.
PARTICIPE: da programação em Santa Luzia do Pará, da 11a. SEMANA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL - Soberania, Segurança Alimentar Sustentável e Nutricional.
ATIVIDADES: Palestra e Vivencias sobre alimentação saudável, saúde e bem viver
PALESTRANTE: Dra Clara Brandão, médica pediatra, nutróloga e pesquisadora.
Seminário reúne mulheres para discutir economia e política no Rio de Janeiro
16 de Setembro de 2014, 10:00 - sem comentários aindaFonte: http://www.pacs.org.br
Quando o sol nasce, a mulher negra desce morro abaixo puxando a carrocinha. Com o corpo curvado, percorre ruas e avenidas do asfalto e retorna quando já não há sol. De volta ao encontro dos/as demais catadores/as de materiais recicláveis, faz uma primeira seleção do que poderá ser reaproveitado e virar fonte de renda e do que não serve a esse propósito. Ao retornar pra casa, a família, a roupa, a louça, ainda exigem atenção. O corpo estafado tem mais uma jornada a vencer.
Maria de Nazaré, moradora de Volta Redonda, catadora de resíduos sólidos, não compreendia de maneira tão clara como as dimensões do capitalismo e do machismo se relacionavam com o cansaço que diariamente lhe oprime corpo e alma. Sentada na mesma roda que Graciete Santos, militante feminista da Casa da Mulher do Nordeste, fez que sim com a cabeça ao ouvir a fala provocadora da companheira que abriu o Seminário Olhares Feministas sobre a economia política e o mundo do trabalho. Graciete falava dos três eixos que sustentam o sistema de desigualdade que atinge a mulher brasileira: o racismo, o patriarcado e o capitalismo. Três faces de uma mesma lógica que, reunidas, explicam a história de negações da ouvinte atenta que lhe observava e de tantas outras marias mundo afora.
"A história de negações a que são submetidas todas as mulheres, é, ainda mais cruel com as mulheres negras", acrescenta Luciene Lacerda, militante negra do Instituto Búzios, destacando a contribuição que o feminismo negro trouxe à visão de mundo que teima em recolocar as mulheres no comando de suas próprias histórias: "As mulheres negras sempre estão nas tarefas e nos espaços de cuidado, mas nunca estão no lugar de merecedoras de cuidado. Isso é importante que seja conhecido ( ) O feminismo negro é absolutamente necessário nesse sentido. É importante fazer essa discussão e dizer que as mulheres não são todas iguais", ressalta.
A manhã de abertura do Seminário que marca trajetória de dez anos da formação de mulheres em economia feminista facilitada pelo PACS, reuniu mulheres de diversos territórios do Estado do Rio e de outros do Brasil que apontaram desafios para a superação do capitalismo e do patriarcalismo. Trazer pra roda as angústias parece, para as mulheres ali reunidas, ter o poder de tirá-las da dimensão individual e coletivizá-las. Não à toa, as falas usam indistintamente o "eu" e o "nós". Num mesmo nível, educandas, educadoras populares, militantes, agricultoras urbanas, catadoras de resíduos sólidos, empregadas domésticas, donas de casa, estudantes e pesquisadoras se encontraram umas nas histórias das outras.
Para Eleutéria Amora, da Casa da Mulher Trabalhadora, é assim mesmo que as mulheres e suas lutas se constituem. Com uma trajetória de vida entrelaçada desde cedo com os movimentos sociais, ela mesma se apresenta: "sou uma feminista em aprendizado. Nestes anos de luta, uma inquietação a persegue: "o que o feminismo pode impactar no cotidiano de cada uma de nós?", pergunta ao grupo. "Se não for uma perspectiva de produzir mudança na vida das mulheres moradoras de favelas, de comunidades, por exemplo, ele não nos serve", provoca.
Curso Mulheres e Economia: dez anos de educação popular e formação política
"Há dez anos muitas das que se encontram aqui hoje, estavam conosco, iniciando, como educandas ou educadoras o Curso Mulheres e Economia", lembra Sandra Quintela, economista e coordenadora do Pacs. "É muito bom nos reencontrarmos aqui e vermos que estamos melhores", brinca. Com os laços mais estreitos e o acúmulo do caminho já percorrido, as protagonistas dessa história parecem concordar com a observação: "Foi libertador pra mim (participar do curso). Você começa a olhar o mundo de uma outra forma, muda seu ponto de vista. Aí eu fui transformando minha vida, meu dia a dia", lembra Marina Ribeiro, educadora popular do IFHEP, participante do curso em 2006. O caminho não é retilíneo e nem fácil. "A luta é constante. Você briga em casa, briga na faculdade", completa Marina.
Leila Salles foi educanda e depois educadora e coordenadora do curso e lembra da formação como um divisor de águas. "Provocadora", como ela se define, compartilha com as que a cercam o espírito irrequieto que a acompanha desde menina na infância na Baixada Fluminense, em Duque de Caxias. Atualmente integrante do Fórum de atingidos e atingidas pela indústria do petróleo e petroquímica nas cercanias da Baía de Guanabara, Leila ressalta que são as mulheres as mais prejudicadas pelos chamados megaempreedimentos. "Nós questionamos a quem serve esse tal desenvolvimento. Desenvolvimento pra quem? Pra quê?", dispara.
Josinete Pinto, educadora e integrante da Rede de Educadores Populares em Economia Solidária, também se emociona ao falar da sua trajetória e da participação na formação. O envolvimento com as lutas sociais acompanhou toda a vida da mulher migrante nascida na cidade de Vitória de Santantão, interior de Pernambuco. Hoje moradora de Volta Redonda, Nete - como é chamada pelas companheiras -, participou da última turma formada pelo curso e guarda a memória recente das discussões realizadas em Campo Grande. "À convite da Joana (Emmerick, educadora do Pacs, coordenadora da edição 2014 da formação), eu falei na última aula do nosso curso e convidei outras companheiras para contar de suas experiências de economia solidária e pra mim foi muito gratificante. Terminei o nosso encontro dizendo que eu nunca mais seria a mesma", arremata Nete.
Em círculo, em volta das bandeiras, tambores, guias, camisetas, publicações, imagens e dos artesanatos forjados pelas próprias mãos das que ali discutem, todas parecem comungar do sentimento de Nete. Não serão mais as mesmas. Por elas e pelas tantas outras que ali não se encontram.
Entenda
No último fim de semana, de 12 a 14 de setembro, cerca de 80 mulheres participaram do Seminário Olhares feministas sobre a economia e o mundo do trabalho realizado pelo Pacs. O Seminário reuniu educandas, educadoras e demais mulheres que participaram da trajetória de dez anos do Curso Mulheres e Economia.
No sábado, dia 13, a programação contou com discussão em plenária e grupos de trabalhos divididos a partir dos territórios de residência e incidência política das presentes, moradoras da região sul fluminense, Baixada Fluminense, Zona Oeste e zona norte do Rio e centro da capital. No domingo, os grupos mostraram os encaminhamentos da discussão da tarde anterior e depois as mulheres se dividiram para participar das oficinas de alimentação saudável e vídeo popular.
Após o almoço, em círculo, agradeceram umas às outras pelos saberes trocados e pela luta compartilhada. Nossa gratidão à todas que construíram essa trajetória de dez anos do Curso Mulheres e Economia! Nossa gratidão à todas que construíram com a gente esse Seminário. Voltamos fortalecidas pra continuar a nossa luta diária por uma outra economia, feminista e solidária! Adelante!
O consumo e as nossas escolhas: existem caminhos para a transformação social?
16 de Setembro de 2014, 6:52 - sem comentários aindaPor Thais Mascarenhas e Juliana Gonçalves (Instituto Kairós)
Se não tem água Perrier, eu não vou me aperrear
Se tiver o que comer, não precisa caviar
Se faltar molho rosé, no dendê vou me acabar
Se não tem Moet Chandon, cachaça vai apanhar
Esquece Ilhas Caiman, deposita em Paquetá
Se não posso um Cordon Bleu, cabidela e vatapá
Quem não tem Las Vegas, vai no bingo de Irajá
Quem não tem Beverly Hills, mora no BNH
Quem não pode, quem não pode
Nova York vai de Madureira
("Vai de Madureira", de Zeca Baleiro, 2008)
Perrier, caviar, molho rosé, Moet Chandon, Ilhas Caiman, Cordon Bleu, Las Vegas, Beverly Hills, Nova York... Zeca Baleiro nos traz muitas referências de consumo desejadas nessa listagem de pratos chiques e lugares caros. Tudo de fora do país. Mas a nossa realidade é outra: dendê, cachaça, vatapá, bingo, BNH, Madureira. O que temos aqui para comer e onde temos para ir e morar são outras possibilidades.
Também no filme "Funk Ostentação"(1), na realidade das periferias, o que é "da hora", "classe A", são os tênis importados, as roupas de marca, os carrões e as bebidas caras. Os maiores desejos são ter e exibir esses bens de luxo. Mas de que consumo estamos falando?
O consumo faz parte do dia a dia de todo mundo. Temos que morar, comer, beber, nos locomover, trabalhar, nos divertir, descansar. E pensar na possibilidade de produzirmos tudo o que precisamos para viver parece impossível. Assim, temos que trabalhar para conseguir dinheiro para trocar por aquilo que necessitamos. Mas do que realmente necessitamos para viver? "Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?", já cantavam os Titãs. O que é necessidade? E qual a diferença entre necessidade e desejo?
Tem gente que acha que precisa ir fazer compras em Nova York, tem gente que sempre faz compras em Madureira, bairro popular do Rio de Janeiro. Tem gente também - esses são mais raros - que se cansa de tantas compras e tenta viver sem comprar nada(2) (e produz seu próprio alimento, vestuário e outros itens de primeira necessidade).
Assim, o consumo do que precisamos para viver pode ser maior ou menor. A esse consumo desenfreado (quando compramos muitas coisas que são supérfluas, que não precisamos realmente, que não melhoram a nossa vida de verdade) chamamos "consumismo". E ele está presente tanto na vida dos jovens da periferia como das classes mais altas. Na verdade, ele está presente na sociedade toda, pois faz parte da estratégia do capitalismo, que se fortalece quanto mais consumimos.
Para se ter uma ideia, nessa estratégia, alguns produtos são planejados para pararem de funcionar depois de um tempo, assim ficam obsoletos e temos que comprar outro novamente. É comum que as coisas que compramos sofram desgastes e quebrem. Mas quando isso é proposital, é planejado pela empresa que a produziu, então chamamos de "obsolescência programada". Um exemplo bastante conhecido é a lâmpada, que, quando foi criada, durava muitos anos. Hoje em dia uma lâmpada dura cerca de 1.000 horas(3). Isso acontece bastante com produtos eletroeletrônicos, como celulares, computadores, impressoras, TVs, câmeras fotográficas, baterias, geladeiras e eletrodomésticos em geral. Podemos querer trocar de aparelho porque ele quebrou, ou porque foi lançado outro que funciona melhor ou porque foi lançado outro que tem um estilo mais desejado.
A publicidade também é usada para aumentar o consumo, além de ditar padrões de sucesso e beleza. O jeito como é mostrado um produto, sempre cheio de promessas de felicidade, faz com que a gente passe a desejar coisas que nunca tínhamos sentido falta antes. E muitas vezes essas coisas vão se transformando, se atualizando e nos vemos "precisando" do seu último modelo. Ou passamos a desejar certos estilos de roupa e a usar as coisas de um determinado jeito, como se aquilo que a gente consumisse dissesse ao mundo o que a gente é, falasse da nossa própria identidade e nos convencesse até de que pode nos ajudar a nos aproximar das pessoas ou a entrar para certos grupos. Assim, a publicidade, a mídia e a pressão social têm uma grande influência nas pessoas, e contribui para determinar nossas escolhas de consumo.
Algumas movimentações recentes trazem questionamentos importantes sobre o consumo. Os tímidos "Isoporzinhos" (em que jovens se encontram num espaço público levando, em isoporzinhos, bebidas compradas anteriormente e não precisam comprá-las a preços exorbitantes nos bares), realizados no Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais, no início do ano, apontaram alternativas aos preços altos e à falta de opções acessíveis de lazer. Os "Rolezinhos"(4), quando centenas de jovens da periferia se encontram para dar um passeio nos shopping centers (local em geral frequentado pelas classes mais altas), de um lado, revelam o consumismo como afirmação social e, de outro, denunciam a falta de equipamentos públicos de lazer e de possibilidades culturais na periferia. Essas movimentações escancaram também os preconceitos das classes mais altas sobre o consumo dos mais pobres, que, com o aumento da renda, conseguem usar os mesmos produtos. E por que não poderiam desejar e consumir esses produtos?
O aumento do consumo nas periferias tem um importante papel de afirmação social, mas precisa vir junto com o acesso a direitos básicos, como educação, saúde, cultura, lazer e transporte. De que adianta ter roupas chiques, tênis importados e aparelhos de último tipo e viver numa casa sem tratamento de esgoto? E ter que pegar três conduções feito sardinha em lata pra trabalhar do outro lado da cidade? Que transformação social estamos construindo?
No "Funk Ostentação", aparecem muitas contradições do consumo nas periferias. Sem entrar na discussão estética, vemos que trazem a produção cultural feita pela periferia e para a periferia e mostram a recusa por uma posição subalterna, mas carregam valores e referências que surgiram no consumismo das classes mais altas e nos cantos sedutores da publicidade. Há também iniciativas de jovens da periferia que questionam esses padrões de consumo e apostam na cultura como dispositivo de desenvolvimento da economia local e fortalecimento da organização popular. Nessas quebradas, consumir a produção cultural local significa participar de um circuito de ações que buscam a transformação social por meio da cultura(5).
Voltamos aqui ao que alimenta nossa sociedade baseada no modo de produção capitalista. Nela, não interessa que as pessoas reflitam antes de comprar e tenham uma postura crítica no ato do consumo, fazendo algumas perguntas. Por exemplo, quem, antes de comprar algo, se pergunta se realmente precisa daquele produto? De onde ele vem? E para onde ele vai depois de consumido?
Em geral, o que vemos são pessoas escolhendo quais produtos vão comprar a partir do desejo e da necessidade, sem pensar no que esse ato provoca para além do que seus olhos veem, no mundo à sua volta. Ao comprar alimentos, por exemplo, a maioria das pessoas se preocupa mais com a aparência, o sabor e o preço. Outras acrescentam também a qualidade do produto, pois estão preocupadas com a própria saúde. Mas o ato de consumo tem consequências também para os outros, para o meio ambiente, a sociedade, a cultura e a economia.
Nem sempre temos todas as informações que gostaríamos. Mesmo assim, é importante refletir sobre as escolhas de consumo e buscar saber o que acontece antes do produto chegar em nossas mãos, como foi produzido, com quais matérias-primas, se gerou algum impacto ao meio ambiente, se os trabalhadores foram explorados no processo de produção, ou se são os trabalhadores que decidem como produzir e gerir o empreendimento, como está sendo comercializado, se o comerciante está recebendo uma remuneração maior que os produtores, se esta remuneração é justa etc. Assim, com essas questões, podemos saber o que estamos apoiando (quais formas de produção e comercialização, se são sustentáveis ou prejudiciais para o meio ambiente e para as relações sociais, p. ex.) ao escolher comprar e consumir um determinado produto.
Ou seja, o consumo pressupõe escolhas e, dessa forma, é um ato político. O consumo pode contribuir para a transformação social ou favorecer a manutenção das dinâmicas de dependência e exploração. Refletir sobre o nosso consumo e buscar alternativas mais sustentáveis e responsáveis é um grande desafio que encontramos hoje para efetivamente contribuir na construção de uma melhor qualidade de vida para nós mesmos e para todos.
Assim, é importante buscarmos um consumo que seja responsável, ou seja, cultivar um conjunto de hábitos e práticas que fomentam um modelo de desenvolvimento comprometido com a redução da desigualdade social. O consumo responsável tem como objetivo melhorar as relações de produção, distribuição e comercialização, o uso e o descarte de produtos e serviços, de acordo com os princípios da economia solidária, soberania alimentar, agroecologia e o comércio justo e solidário(6).
Essas escolhas ocorrem a todo momento no nosso dia a dia. E quais são suas consequências?O que estamos apoiando e construindo com elas? Se tomamos Moet Chandon em Nova York? Se tomamos cachaça em Madureira? Se ouvimos música gringa? Funk? Se vamos no sarau do bairro? Se comemos salsicha produzida numa grande indústria? Se comemos um vatapá produzido pelo vizinho? Se comemos biscoitos comprados no supermercado? Se bebemos limonada feita com limão colhido direto do pé no quintal? Se comemos pão com geleia produzida por uma cooperativa de agricultores familiares? Se cozinhamos com óleo de soja produzida por latifundiários? Se lanchamos num restaurante que é um empreendimento de economia solidária? A busca e a construção de um mundo mais justo, com menos desigualdade, também passa por essas escolhas.
NOTAS
1. Filme "Funk Ostentação": www.youtube.com/watch?v=Z5jqujaN5as
2. Como a experiência da alemã Greta Taubert, relatada no livro "Apocalipse Now": http://www.hypeness.com.br/2014/07/alema-passa-um-ano-sem-comprar-e-relata-experiencia-em-livro/
3. Buscando denunciar esse comportamento das empresas, o espanhol Benito Muros, do Movimento Sem Obsolescência Programada, foi ameaçado de morte por ter desenvolvido uma lâmpada com longa durabilidade: http://decrescimentobrasil.blogspot.com.br/2013/07/movimento-sem-obsolescencia-programada.html
4. Sobre isso, tem um ótimo texto da Rosana Pinheiro-Machado chamado "Etnografia dos rolezinhos": http://rosanapinheiromachado.wordpress.com/2013/12/30/etngrafia-do-rolezinho/
5. Como a experiência da Agência Solano Trindade, na zona sul da cidade de São Paulo: http://agenciasolanotrindade.wordpress.com
6. Ver página virtual do Instituto Kairós: www.institutokairos.net / www.facebook.com/IKairos
Anvisa lança resolução 49/2013 comentada
16 de Setembro de 2014, 4:04 - sem comentários aindaFonte: Anvisa
A Resolução da Anvisa que trata sobre inclusão produtiva com segurança sanitária a RDC 49/13 racionaliza, simplifica e padroniza procedimentos e requisitos de regularização para a agricultura familiar, empreendimentos da economia solidária e o microempreendedor individual (MEI) junto ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Além disso, essa norma é importante para fomentar políticas públicas e programas de capacitação voltados para este público específico.
Acesse a norma completa e comentada da RDC 49/13: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=1905&Itemid=99999999
Feira de economia solidária na Av. Paulista
16 de Setembro de 2014, 3:33 - sem comentários aindaFonte: http://saudeecosol.org
Unilasalle lança livro sistematizando experiências de incubação
15 de Setembro de 2014, 11:10 - sem comentários aindaDivulgado por robinson.scholz@unilasalle.edu.br
Está disponível livro "Economia solidária e incubação: uma construção coletiva de saberes" lançado pela Unisalle Canoas a partir de pesquisas, práticas e atividades desempenhadas pela comunidade acadêmica junto à Incubadora de Empreendimentos Solidários e aos empreendimentos incubados.
Acesse o livro em: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=1904&Itemid=99999999
Mujica fala a catadores e defende economia solidária em visita ao RS
12 de Setembro de 2014, 4:07 - sem comentários aindaFonte: G1
O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica desembarcou em Porto Alegre por volta das 9h30 desta quarta-feira (10). Pela manhã, ele visitou as instalações de uma cooperativa de reciclagem em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana. O projeto envolve outras cinco cidades gaúchas, uma cooperativa do Uruguai e outra de Minas Gerais.
No local, ele foi recebido sob aplausos e falou a catadores e classificadores. Defendeu a economia solidária e disse que é preciso lutar contra as grandes economias e a dependência patronal. Segundo ele, é preciso mostrar que os pobres e os trabalhadores podem ser "patrões deles mesmos".
Na cooperativa, vai funcionar um dos eixos da cadeia binacional do PET, que vai transformar plástico em produtos como bolsas e roupas. José Pepe Mujica foi recepcionado em Porto Alegre pelo governador Tarso Genro (Foto: Caroline Bicocchi/Palácio Piratini)José Pepe Mujica foi recepcionado em Porto Alegre pelo governador Tarso Genro (Foto: Caroline Bicocchi/Palácio Piratini)
Ao desembarcar em Porto Alegre, Mujica foi recepcionado no terminal aéreo pelo governador do estado, Tarso Genro, que acompanha a visita do uruguaio. A passagem envolverá uma série de encontros relativos às ações de cooperação entre o Rio Grande do Sul.
Às 14h, no Palácio Piratini, será realizado um ato solene de celebração das relações, junto a uma apresentação das ações de cooperação desenvolvidas entre gaúchos e uruguaios. Em seguida, será concedida entrevista coletiva no Salão Alberto Pasqualini.
Às 18h, no salão de atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mujica será painelista da 5a. edição do Seminário Internacional Universidade, Sociedade, Estado, que traz o tema "Desenvolvimento Sustentável para a Integração Regional do Cone Sul". Embora aberto ao público em geral e com entrada franca, o evento não tem mais ingressos disponíveis.
Barbalha-CE Feira da Economia Solidária movimenta comunidades do Distrito de Arajara
10 de Setembro de 2014, 10:08 - sem comentários aindaFonte: http://www.diariodocariri.com
Mais uma vez o Grupo de Economia Solidaria e Turismo Rural da Agricultura Familiar do município de Barbalha, realizou o encontro com feira que já marca o seu 20o. evento deste gênero desde quando iniciou no ano de 2011. Desta vez a Feira do Grupo de Economia Solidaria e Turismo Rural movimentou a comunidade do Sitio farias no Distrito de Arajara em Barbalha.
No sitio Farias, região pé de serra no distrito de Arajara, a comunidade, recebeu com festa nesta ultima sexta feira cinco de Setembro de 2014 o grupo de Economia Solidaria, que a cada encontro, realiza com alegria, a feira dos produtos da agricultura familiar, com vendas e trocas, dos excedentes de suas produções, uma diversidade de produtos, vindo com carinho das mãos de quem produz, com qualidade. A feira vem atraindo, alunos, universitários e professores de escolas técnicas e empreendimentos econômicos da região do cariri, como por exemplo: UFCARIRI e Centro Vocacional Técnico (CVTEC) de Barbalha que já tem propostas de incentivos para o grupo.
Nos encontros são discutidos os pontos positivos e negativos diante as opiniões dos participantes, observando os avanços do grupo, a interatividade e a solidariedade entre os agricultores, que tem o objetivo de fortalecer a idéia, e avançar rumo a um processo de uma economia justa e igualitária para o homem do campo.
O grupo da Economia Solidária e Turismo Rural tem o apoio das entidades parceiras como, EMATERCE, Sindicato dos Trabalhadores e trabalhadoras rurais de Barbalha, e Associações de varias comunidades rurais do município, que fazem os encaminhamentos junto aos agricultores participantes do evento, com isso uma nova agenda é marcada, desta vez, a nova data para a realização da próxima feira, ficou marcada para o dia 24 de outubro na comunidade do Assentamento São Judas Tadeu no Sitio Boa Vista no Distrito do Caldas, onde a comunidade estará festejando seu padroeiro.
A comunidade do citado assentamento receberá o grupo de Economia Solidaria pela 2a. vez. A boa musica, também faz parte dos encontros, a dupla sertaneja barbalhense, Edson e Bruno, abrilhantaram o momento naquela região serrana de clima agradável, com a nobre arte de cantar, deixando o ambiente mais harmonioso, esses garotos já foram adotados pelos feirantes, que não veem a feira do grupo sem o show da dupla. Mais uma vez o sucesso foi garantido, agora é só esperar a próxima feira, na certeza de um novo êxito, mostrando que juntos pode-se construir alternativas ao capitalismo.
Oficina aberta do Cirandas.net na Bahia
8 de Setembro de 2014, 3:53 - sem comentários aindaDivulgado por danielpinheiro@colivre.coop.br