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February 13, 2017 17:35 , by Blogoosfero - | No one following this article yet.

Sem extrema direita no poder, Brasil sobe 47 posições em ranking de liberdade de imprensa

May 5, 2025 14:47, by Carta Campinas(imagem reprodução)

O Brasil deu um salto de 47 posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), organização não governamental e sem fins lucrativos. A comparação é entre a posição de 2025, quando país ficou na 63º posição, e a de 2022. Segundo os pesquisadores, há um clima menos hostil ao jornalismo depois da “era Bolsonaro”.

O estudo define liberdade de imprensa como “a possibilidade efetiva de jornalistas, como indivíduos e como coletivos, selecionarem, produzirem e divulgarem informações de interesse público, independentemente de ingerências políticas, econômicas, legais e sociais, e sem ameaça à sua segurança física e mental”.

Os números brasileiros, porém, estão entre as poucas melhoras nesse indicador de 2025. Seis em cada dez países caíram no ranking. Pela primeira vez na história do levantamento, as condições para o jornalismo são consideradas “ruins” em metade dos países do mundo e “satisfatórias” em menos de um em cada quatro.

A pontuação média de todos os países avaliados ficou abaixo de 55 pontos, o que qualifica a situação da liberdade de imprensa no mundo como “difícil”. Segundo a RSF, o ranking é um índice que mede as condições para o livre exercício do jornalismo em 180 países do mundo.

O índice tem cinco indicadores: político, social, econômico, marco legal e segurança. Com base na pontuação de cada um, é definida a pontuação geral por país. O indicador econômico foi o que mais pesou em 2025. O que significa falar em concentração da propriedade dos meios de comunicação, pressão de anunciantes ou financiadores, ausência, restrição ou atribuição opaca de auxílios públicos.

Segundo a RSF, os meios de comunicação estão divididos entre a garantia da própria independência e a luta pela sobrevivência econômica.

“Garantir um espaço de meios de comunicação pluralistas, livres e independentes exige condições financeiras estáveis e transparentes. Sem independência econômica, não há imprensa livre. Quando um meio de comunicação está economicamente enfraquecido, ele é arrastado pela corrida por audiência, em detrimento da qualidade, e pode se tornar presa fácil de oligarcas ou de tomadores de decisão pública que o exploram”, diz Anne Bocandé, diretora editorial do RSF.

“A independência financeira é uma condição vital para assegurar uma informação livre, confiável e voltada para o interesse público”.

Outros dados
Alguns países merecem destaque na pesquisa. Caso da Argentina, que ocupa a 87ª posição entre os 180 países. Segundo a pesquisa, há retrocessos pelas tendências autoritárias do governo do presidente Javier Milei, que estigmatizou jornalistas, desmantelou a mídia pública e utilizou a publicidade estatal como instrumento de pressão política. O país perdeu 47 posições em dois anos.

O Peru (130º) também foi um lugar em que pesquisadores identificaram que a liberdade de imprensa entrou em colapso, 53 posições a menos desde 2022. Os motivos apontados são assédio judicial, campanhas de desinformação e crescente pressão sobre a mídia independente.

Os Estados Unidos (57º) são marcados pelo segundo mandato de Donald Trump, que, segundo o levantamento, politizou instituições, reduziu o apoio à mídia independente e marginalizou jornalistas. No país, a confiança na mídia está em queda, os repórteres têm enfrentado hostilidade e muitos jornais locais estão desaparecendo. Trump também encerrou o financiamento federal da Agência dos Estados Unidos para a Mídia Global (USAGM).

As regiões do Oriente Médio e Norte da África são consideradas as mais perigosas para os jornalistas no mundo. Destaque, segundo a RSF, para o massacre do jornalismo em Gaza pelo exército israelense. A situação de todos os países nessas regiões é considerada “difícil” ou “muito grave”, com exceção do Catar (79º).

Big Techs
A RSF pontua o papel das big techs nos problemas atuais. Diz que a economia de mídia é minada pelo domínio do GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft) na distribuição de informações. O que significa falar em plataformas não regulamentadas, que capturam receitas de publicidade que sustentavam o jornalismo.

Os números de 2024 mostram que o gasto total com publicidade nas redes sociais alcançou US$ 247,3 bilhões, aumento de 14% em relação a 2023. A RSF aponta que elas também contribuem para a proliferação de conteúdos manipulados ou enganosos, tornando piores os fenômenos de desinformação.

Outro ponto de preocupação é a concentração de propriedade, que ameaça diretamente o pluralismo de imprensa. Em 46 países, a propriedade dos meios de comunicação está altamente concentrada — ou mesmo totalmente nas mãos do Estado —, segundo a análise dos dados do ranking. (Da Agência Brasil)



Período marcado pelo governo Bolsonaro aumentou o número de jovens analfabetos

May 5, 2025 13:11, by Carta Campinas(foto rovena rosa – ag brasil)

Três em cada dez brasileiros com idade entre 15 e 64 anos ou não sabem ler e escrever ou sabem muito pouco a ponto de não conseguir compreender pequenas frases ou identificar números de telefones ou preços. São os chamados analfabetos funcionais. Esse grupo corresponde a 29% da população, o mesmo percentual de 2018.

Os dados são do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado nesta segunda-feira (5), e acendem um alerta sobre a necessidade e importância de políticas públicas voltadas para reduzir essa desigualdade entre a população.

O Inaf traz ainda outro dado preocupante da pesquisa que compreendeu basicamente o período do governo Bolsonaro (PL). Entre os jovens, o analfabetismo funcional aumentou. Enquanto em 2018, 14% dos jovens de 15 a 29 anos estavam na condição de analfabetos funcionais, em 2024, esse índice subiu para 16%. Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, o aumento pode ter ocorrido por causa da pandemia, período em que as escolas fecharam e muitos jovens ficaram sem aulas. É também preciso lembrar a falta de ação e de projetos do governo de extrema direita de Bolsonaro diante da pandemia e no pós-pandemia.

O indicador classifica as pessoas conforme o nível de alfabetismo com base em um teste aplicado a uma amostra representativa da população. Os níveis mais baixos, analfabeto e rudimentar, correspondem juntos ao analfabetismo funcional. O nível elementar é, sozinho, o alfabetismo elementar e, os níveis mais elevados, que são o intermediário e o proficiente correspondem ao alfabetismo consolidado.

Seguindo a classificação, a maior parcela da população, 36%, está no nível elementar, o que significa que compreende textos de extensão média, realizando pequenas interferências e resolve problemas envolvendo operações matemáticas básicas como soma, subtração, divisão e multiplicação.

Outras 35% estão no patamar do alfabetismo consolidado, mas apenas 10% de toda a população brasileira estão no topo, no nível proficiente.

Limitação grave
Segundo o coordenador da área de educação de jovens e adultos da Ação Educativa, uma das organizações responsáveis pelo indicador, Roberto Catelli, não ter domínio da leitura e escrita gera uma série de dificuldades e é “uma limitação muito grave”. Ele defende que são necessárias políticas públicas para garantir maior igualdade entre a população.

“Um resultado melhor só pode ser alcançado com políticas públicas significativas no campo da educação e não só da educação, também na redução das desigualdades e nas condições de vida da população. Porque a gente vê que quando essa população continua nesse lugar, ela permanece numa exclusão que vai se mantendo e se reproduzindo ao longo dos anos”.

A pesquisa mostra ainda que mesmo entre as pessoas que estão trabalhando, a alfabetização é um problema: 27% dos trabalhadores do país são analfabetos funcionais, 34% atingem o nível elementar de alfabetismo e 40% têm níveis consolidados de alfabetismo.

Até mesmo entre aqueles com alto nível de escolaridade, com ensino superior ou mais, 12% são analfabetos funcionais. Outros 61% estão na outra ponta, no nível consolidado de alfabetização.

Desigualdades
Há também diferenças e desigualdades entre diferentes grupos da população. Entre os brancos, 28% são analfabetos funcionais e 41% estão no grupo de alfabetismo consolidado. Já entre a população negra, essas porcentagens são, respectivamente, 30% e 31%. Entre os amarelos e indígenas, 47% são analfabetos funcionais e a menor porcentagem, 19%, tem uma alfabetização consolidada.

Segundo a coordenadora do Observatório Fundação Itaú, Esmeralda Macana, entidade parceira na pesquisa, é preciso garantir educação de qualidade a toda a população para reverter esse quadro que considera preocupante. Ela defende ainda o aumento do ritmo e da abrangência das políticas públicas e ações:

“A gente vai precisar melhorar o ritmo de como estão acontecendo as coisas porque estamos já em um ambiente muito mais acelerado, em meio a tecnologias, à inteligência artificial”, diz. “E aumentar a qualidade. Precisamos garantir que as crianças, os jovens, os adolescentes que estão ainda, inclusive, no ensino fundamental, possam ter o aprendizado adequado para a sua idade e tudo aquilo que é esperado dentro da educação básica”, acrescenta.

Indicador
O Inaf voltou a ser realizado depois de seis anos de interrupção. Esta edição contou com a participação de 2.554 pessoas de 15 a 64 anos, que realizaram os testes entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, em todas as regiões do país, para mapear as habilidades de leitura, escrita e matemática dos brasileiros. A margem de erro estimada varia entre dois e três pontos percentuais, a depender da faixa etária analisada, considerando um intervalo de confiança estimado de 95%.

Este ano, pela primeira vez, o Inaf traz dados sobre o alfabetismo no contexto digital para compreender como as transformações tecnológicas interferem no cotidiano.

O estudo foi coordenado pela Ação Educativa e pela consultoria Conhecimento Social. A edição de 2024 é correalizada pela Fundação Itaú em parceria com a ⁠Fundação Roberto Marinho, ⁠Instituto Unibanco, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). (Com informações da Agência Brasil)



Sala dos Toninhos abre inscrições gratuitas para curso ‘Vivências em Artes Visuais’

May 5, 2025 11:14, by Carta Campinas

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Sala dos Toninhos abre inscrições gratuitas para curso “Vivências em Artes Visuais”

Ministrado pelo arte-educador João Bosco em parceria com a Rede Usina Geradora, experiência faz parte de projeto continuado em aprendizados criativos

A Sala dos Toninhos abre inscrições para o curso Vivências em Artes Visuais, em continuidade ao projeto iniciado em 2024. Como no ano passado, serão 96 horas (até Novembro) de vivências criativas e aprendizados que acontecem às sextas-feiras, das 14h às 17h, na Sala dos Toninhos. As atividades terão início no dia 9/05, e serão realizadas pelo arte-educador João Bosco, em parceria com a Rede Usina Geradora. A atividade é fomentada pelo Programa FUNARTE de Apoio a Ações Contínuas – Espaços Artísticos, e conta com apoio institucional da Secretaria de Cultura de Campinas. A inscrição é gratuita e feita pelo link.

O curso conta com 30 vagas destinadas a pessoas maiores de 16 anos que tenham interesse em experimentar e criar no universo das artes visuais e plásticas. As inscrições estarão abertas até 8/05 ou até acabarem as vagas disponíveis, que serão preenchidas de acordo com a ordem de inscrição.

O curso é dividido em três módulos:

– Pintura Ampliada – Projeções  com retro projetor com  transparência e recortes de papel

– Livro de Artista – experimentações gráficas usando mimeógrafo e técnicas de estêncil.

– Arte Postal – criações visuais que se transformam em correspondências artísticas.

Sobre João Bosco
João Bosco é artista plástico, arte-educador, e atua com uma rede de artistas da cidade e região de Campinas. Seu trabalho inclui, também, a participação de artistas vinculados ao campo da saúde mental, como os CAPS e o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira.

SERVIÇO:

Curso Vivência em Artes Visuais – Com João Bosco
Sextas-feiras, das 14h às 17h (início no dia 9/05)

Inscrições gratuitas:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScP8JJgD8dY-rC86RgiWgx2swfg1d5nbqoNoBSD6X3I7ZbaSw/viewform

Local: Sala dos Toninhos
R. Francisco Teodoro – Vila Industrial (Campinas), Campinas – SP



Uma única funcionária da Funcamp teria desviado recursos da Fapesp em pesquisas na Unicamp

May 5, 2025 11:01, by Carta Campinas

A denúncia da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) com 34 ações contra pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) por desvios de verbas em projetos de pesquisa envolve desvios realizados por uma única ex-funcionária da Funcamp (Fundação de Desenvolvimento da Unicamp). Os pesquisadores foram envolvidos nas ações por não terem sido rigorosos no controle das contas bancárias dos projetos.

A investigação foi feita pelo 7º Distrito Policial de Campinas e revelou que os desvios teriam sido realizados por Ligiane Marinho de Ávila, ex-funcionária da Funcamp (Fundação de Desenvolvimento da Unicamp), que foi indiciada por peculato, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. A ex-funcionaria teria deixado o Brasil em fevereiro de 2024 e a Justiça ainda não decidiu sobre a denúncia. Ela é acusada pela Fapesp de emitir notas fiscais fraudulentas e transferir recursos para sua conta pessoal. Os desvios somaram R$ 5,3 milhões, segundo a Fapesp. As irregularidades teriam ocorrido ao longo de 11 anos e foram identificadas durante a análise de prestação de contas de um projeto específico.

Uma investigação da direção do Instituto de Biologia da Unicamp levou à demissão da ex-funcionária da Funcamp por justa causa em janeiro de 2024. O inquérito policial foi relatado à Justiça em agosto de 2024. A defesa de Ligiane confirmou a denúncia, mas afirmou que ela ainda não foi intimada para apresentar sua defesa. A ex-funcionária tinha acesso a todas as informações bancárias dos projetos.

Os pesquisadores foram envolvidos por não terem sido cuidadosos no controle e permitido acesso indevido às contas bancárias dos projetos. A Fapesp já obteve decisões favoráveis em três ações, resultando na condenação de pesquisadores a devolverem R$ 317.962,93. Outros dois optaram por ressarcir a fundação administrativamente, totalizando R$ 38.229,20.

A Procuradoria-Geral da Unicamp informou que a Comissão de Sindicância finalizou seus trabalhos em dezembro de 2023, focando na apuração dos fatos e não no levantamento dos valores desviados. A universidade está implementando normas para os Escritórios de Apoio ao Pesquisador, seguindo diretrizes da Fapesp. A Unicamp afirmou que está acompanhando e colaborando com o Ministério Público nas investigações.(Com informações da Folha de S.Paulo, g1)



Esplendor, de Naomi Kawase, explora empatias e diferenças nas relações

May 4, 2025 9:36, by Carta Campinas(imagem reprodução – esplendor)

O filme Esplendor, de Naomi Kawase, será exibido nesta quarta-feira, 07, com entrada gratuita na ADunicamp. A diretora é conhecida por filmes sensíveis. Em Esplendor, ela trabalha o tema da empatia e na relação das diferenças.

No longa, a personagem Misako é uma dubladora apaixonada por versões cinematográficas para deficientes visuais. Em uma exibição, ela conhece Masaya, um fotógrafo mais velho que está perdendo lentamente sua visão. Misako logo descobre as fotografias de Masaya, que estranhamente trará de volta o seu passado. Juntos, eles aprenderão a ver o mundo radiante que era invisível para seus olhos. Os personagens inicialmente entram em embate, mas acabam tendo uma admiração mútua.

SERVIÇO
Esplendor | Naomi Kawase | 2017 | drama | França/Japão | 103 min | 10 anos
Data: 07/05 | 19 horas
Local: ADunicamp (Av. Érico Veríssimo, 1479, Cidade Universitária)
Horários: 19h
Entrada gratuita, aberto a todos



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