Fri, 02 Aug 2013 23:45:16 +0000
2 de Agosto de 2013, 17:45 - sem comentários aindaSociedade
Direitos humanos
“O Brasil é um país estruturalmente racista”
“Você não pode enfiar uma faca 9 polegadas nas costas de um homem e depois tirar 6 polegadas e dizer que você está fazendo progresso”. A frase de Malcolm X, que foi um dos grandes defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos, é repetida por Douglas Belchior, 34, expoente do movimento negro brasileiro e novo blogueiro da Carta Capital, para ilustrar a situação racial no Brasil. “Menos de ¼ da história do Brasil aconteceu livre da escravidão. Até agora nós tivemos avanços pontuais, mas nenhuma grande mudança, especialmente de mentalidade.”
A primeira mudança de mentalidade que Belchior tenta promover é o combate à noção de que não existe racismo no Brasil. “O Brasil é um país estruturalmente racista, construído sobre a escravidão, e que nos anos 30 desenvolveu um discurso sui generis para substituir o discurso da supremacia racial, a grande criação política e ideológica de Gilberto Freyre, o Casa-Grande & Senzala, a ideia de uma miscigenação tranquila, que na verdade, serviu para que a população aceitasse contratar a mão de obra negra com o fim da imigração”, diz ele, professor de história formado pela PUC e membro do conselho da UneAfro Brasil.
No Brasil, não aconteceu a segregação violenta que tomou conta dos Estados Unidos, país de Malcom X, mas isso não significa que a vida dos negros tenha se desenvolvido de maneira muito melhor. “Pelo menos com a política de lá, o conflito racial apareceu mais marcado”, diz.
Por aqui, ele ressalta, o racismo está inserido no modo geral de ver o mundo e até em programas de televisão que aparentemente parecem grandes progressos como o Esquenta! de Regina Casé, na Globo. “Você vê e pensa que ele é ótimo, não é? Pensa que é um avanço, tá cheio de preto dando entrevista”, diz. “Mas depois você vê que é o mesmo estereótipo de sempre, a mesma representação do negro, do lugar do negro, as mesmas ideias”.
O racismo também aparece quando um policial “acha que todo preto que encontra é suspeito”, está estampado no número de mortes de negros anualmente. “Acho incrível que a Comissão da Verdade, o movimento pelos direitos humanos no Brasil esteja preocupado apenas com a ditadura. Por que a ditadura e não o conflito racial?”, questiona Belchior. “Todo ano morrem 600 pessoas assassinadas pela polícia, a maioria negros. Todo ano, morre um número superior ao de mortes na ditadura. Eu não desmereço o que aconteceu na ditadura, mas vamos olhar para a realidade?”
O caminho da educação
“Talvez se o policial que hoje tem 22 anos tivesse tido uma educação melhor, se tivesse aprendido mais sobre a história da cultura afro-brasileira, como determina a lei de 2003 que está sendo muito pouco cumprida, talvez ele não olhasse para os negros sempre como suspeitos”, diz Belchior, chegando ao ponto alto do que ele crê que é necessário para essa mudança de mentalidades: educação.
Belchior é defensor da política racial de cotas em universidades e atuante na UneAfro Brasil, uma das redes de cursinho que dá chance aos estudantes de baixa renda se prepararem para o vestibular. Ele mesmo só conseguiu entrar na PUC, na segunda tentativa, por causa de um desses cursinhos, e pôde se manter lá até se formar por causa de uma bolsa oferecida pela faculdade.
Nos cursinhos, os alunos aprendem para passar nas provas, mas também são convidados a repensar seu engajamento político, a “combater a descrença, a despolitização e o uso da política em benefício próprio que hoje está em vigor”. “Nunca a sociedade foi tão tomada pelos sentimentos conservadores da elite”, diz. “Os negros recebem educação racista, assim como as mulheres recebem educação machista. Tenho três filhos e uma filha, e sinto que a se gente não disputar cada palmo da educação deles, a sociedade vai educá-los para você, porque já o papel da família não é o mesmo, o papel da escola não é o mesmo. Vai ser pelos meios de comunicação, que estão na mãos de reacionários, pelo Facebook, pela televisão.”
Belchior mantém um blog, o Negro Belchior, desde 2009. Nele, discute temas do cotidiano, analisa coberturas da imprensa sobre questões raciais, divulga eventos e incita discussões. E é ele que migra nesta sexta-feira, 2 de agosto, para o site de CaraCapital. “O movimento negro tem um olhar sobre o mundo, uma maneira de interpretar a cidade, é sobre isso que eu escrevo”, diz. O blog tem seus seguidores, mais seu alcance, até hoje, é local. “Agora, na Carta Capital, imagino atingir mais gente, e já estou até preparado para apanhar mais, já que o que eu digo não agrada todo mundo”, ri.
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Fri, 02 Aug 2013 23:44:20 +0000
2 de Agosto de 2013, 17:44 - sem comentários aindaSociedade
Pesquisa
Expectativa de vida no Brasil aumenta 11,24 anos entre 1980 e 2010
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A expectativa de vida dos brasileiros aumentou 11,24 anos entre 1980 e 2010. O crescimento entre as mulheres ficou em 11,69 anos, enquanto entre os homens a elevação atingiu 10,59 anos. Os dados são da pesquisa Tábuas de Mortalidade 2010 – Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, divulgada nesta sexta-feira 2 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado de 2010, o Brasil ocupa o 91º lugar no rankingda Organização das Nações Unidas (ONU) sobre expectativa de vida. O Chile está na 34ª posição e a Argentina, na 59ª. No grupo Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o país fica atrás apenas da China (70º). Depois do Brasil, estão Rússia (134º), Índia (149º) e África do Sul (179º).
No período analisado, a Região Nordeste foi a que apresentou maior aumento na expectativa de vida. Em 1980, o nordestino tinha a taxa mais baixa do país (58,25 anos). Três décadas depois, essa média subiu 12,95 anos e chegou a 71,20 em 2010.
De acordo com o IBGE, esse crescimento ocorreu devido ao aumento de 14,14 anos na expectativa de vida das mulheres da região, que passou de 61,27 anos para 75,41.
Segundo o gerente de Componentes de Dinâmica Demográfica do IBGE, Fernando Albuquerque, a aplicação mais eficaz de programas sociais e de projetos de distribuição de renda favoreceram as melhorias na região. “Houve aumento na qualidade de atendimento de pré-natal, transferência de renda pelo Bolsa Família e melhor instrução. O programa Saúde da Família não [previne a mortalidade apenas na infância], mas em todas as faixas de idade. São programas importantes.”
A elevação da expectativa de vida entre as mulheres foi o fator que favoreceu também o resultado do Rio Grande do Norte, que apontou a maior elevação entre os estados da região (15,85 anos). Lá, a taxa das mulheres ficou em 17,03 anos.
O pior resultado de crescimento entre as regiões foi no Sul (9,83 anos). Apesar disso, a área ainda registra as mais altas taxas de expectativa de vida do País. Em 1980, era de 66,01 anos, a mais elevada daquele ano. Em 2010 atingiu 75,84 anos, também a maior. “Os níveis de mortalidade já eram mais baixos. Os aumentos ocorreram, mas com menor intensidade. Essas expectativas de vida já eram elevadas”, diz o gerente.
A segunda região a apresentar maior crescimento nos 30 anos compreendidos entre 1980 e 2010 foi a Centro-Oeste com elevação de 10,79 anos (de 62,85 para 73,64 anos). Em terceiro ficou o Sudeste que teve elevação de 10,58 anos (de 64,82 para 75,40 anos). A quarta foi a região Norte, que passou de 60,75 para 70,76 anos, representando um aumento de 10,01 anos na taxa.
Na avaliação de Albuquerque, no Norte, a dificuldade de acesso aos programas sociais impediu um desempenho melhor. “Os programas sociais existem, mas há uma maior dificuldade em função da extensão da região e dificuldade de acesso. São populações ribeirinhas, onde o indivíduo tem de viajar vários dias para chegar a um posto de saúde.”
A pesquisa analisa resultados sobre a esperança de vida por sexo e compara informações sobre as regiões do país e dos estados. O trabalho utiliza dados do Censo Demográfico 2010, das estatísticas de óbitos obtidos no Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do ministério da Saúde para o mesmo ano.
Com informações Agência Brasil
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Fri, 02 Aug 2013 23:40:32 +0000
2 de Agosto de 2013, 17:40 - sem comentários aindasexta-feira, 2 de agosto de 2013
Os coxinhas e o mundo luxuoso e milionário do Lulinha
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Fri, 02 Aug 2013 23:36:57 +0000
2 de Agosto de 2013, 17:36 - sem comentários aindaPublicado em 02/08/2013
PIG EMPACA O PIB
Quando tudo sobe, o “produto industrial” do PiG desaba …
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Amigo navegante, estatístico emérito, observou no IBGE que trata do vigoroso crescimento industrial – especialmente da produção de bens de capital, que indicam futura produção também vigorosa – o papel desastroso do PiG (*).
No que se refere à produção de jornais e revistas piguescas (*), o desempenho é um fracasso.
Não é a toa que eles choram tanto.
Ou, como diz aquele amigo navegante, ou a Globo quebra a Dilma, ou a Receita quebra a Globo.
Clique aqui para ler “Assa a batata da Veja”.
E veja se o amigo navegante não tem razão:
Ansioso blogueiro,
Envio o IBGE (com o PiG em destaque).
Produção industrial avança 1,9% em junho
http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2435
Em junho de 2013, a produção industrial nacional avançou 1,9% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar expansão de 1,8% em abril e queda de 1,8% em maio. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou crescimento de 3,1% em junho de 2013, terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, os índices do setor industrial para o fechamento do segundo trimestre de 2013 foram positivos tanto no confronto com igual período do ano anterior (4,3%), como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1,1%) – série com ajuste sazonal. No índice acumulado nos seis primeiros meses de 2013, a atividade industrial avançou 1,9% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao mostrar variação de 0,2% em junho de 2013, manteve a trajetória ascendente iniciada em dezembro do ano passado (-2,6%) e assinalou o primeiro resultado positivo desde dezembro de 2011 (0,4%).
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfbr/.
(…)
Na comparação com junho de 2012, produção industrial cresce 3,1%
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial cresceu 3,1% em junho de 2013, com apenas 13 das 27 atividades investigadas apontando expansão na produção. O ramo de veículos automotores, que avançou 15,4%, exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (10,0%), refino de petróleo e produção de álcool (5,9%), borracha e plástico (9,7%) e de outros produtos químicos (4,4%). Por outro lado, ainda na comparação com junho de 2012, entre as 14 atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (-6,7%), bebidas (-5,4%), indústrias extrativas (-2,7%) e produtos de metal (-4,2%).
(…)
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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Fri, 02 Aug 2013 23:36:26 +0000
2 de Agosto de 2013, 17:36 - sem comentários aindaPublicado em 02/08/2013
COVAS, CERRA E ALCKMIN:
ENFORCADOS NO PROPINODUTO
Siemens apresentou documentos nos quais afirma que o governo tucano de SP soube e deu aval à formação de um cartel.
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Saiu na Folha (*):
SIEMENS DIZ QUE GOVERNO DE SÃO PAULO DEU AVAL A CARTEL NO METRÔ
CATIA SEABRA
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO
A multinacional alemã Siemens apresentou às autoridades brasileiras documentos nos quais afirma que o governo de São Paulo soube e deu aval à formação de um cartel para licitações de obras do metrô no Estado.
A negociação com representantes do Estado, segundo a Siemens, está registrada em “diários” apresentados pela empresa ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
No mês passado, a gigante da engenharia delatou ao órgão a existência de um cartel –do qual fazia parte– para compra de equipamento ferroviário, além de construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal.
Em troca, a empresa assinou um acordo de leniência que pode lhe garantir imunidade caso o cartel seja confirmado e punido.
A formação do cartel para a linha 5 do metrô de São Paulo, de acordo com a Siemens, se deu no ano de 2000, quando o Estado era governado pelo tucano Mário Covas, morto no ano seguinte.
Segundo o Cade, o conluio se estendeu ao governo de seu sucessor, Geraldo Alckmin (2001-2006), e ao primeiro ano de José Serra, em 2007.
Secretário de transportes no governo Covas, entre 1995 e 2001, Cláudio de Senna Frederico afirmou que não teve conhecimento da formação de cartel, mas não o descartou. “Não me lembro de ter acontecido uma licitação, de fato, competitiva”, disse.
(…)
Clique aqui para ler “IstoÉ: tucanos de SP construíram um propinoduto”.
Aqui para ler “Propinoduto Tucano sumiu com R$ 425 milhões”.
E aqui para ler “Dilma vai pra cima do propinoduto tucano”.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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