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SCOMBROS

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Fri, 02 Aug 2013 23:26:10 +0000

2 de Agosto de 2013, 17:26, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
 

Ao despedir-se de BRAVO!, redator-chefe discute a mídia

Mercado editorial

Armando Antenore, que editou a revista BRAVO! entre 2005 e a última quinta-feira, autorizou a publicação de sua carta de despedida, que é uma reflexão sobre o jornalismo impresso
por Lino Bocchini — publicado 02/08/2013 13:06, última modificação 02/08/2013 14:25

 

 

 
capa Bravo!.jpg

Capa da última edição, a de agosto, que chegará ás bancas nos próximos dias

Nesta quinta-feira, 1º de agosto, a editora Abril anunciou o fechamento de quatro revistas, três sites e a demissão de dezenas de profissionais, dentro de uma reestruturação oficializada em um comunicado interno que este blog divulgou em primeira mão. Armando Antenore, redator-chefe da revista BRAVO!, uma das publicações “descontinuadas” pela empresa dos Civita, escreveu uma interessante carta de despedida e a postou no Facebook –es posteriormente em seu blog. Mais do que meramente despedir-se da publicação, o jornalista faz uma reflexão sobre os motivos que poderiam ter levado a revista ao fechamento, e acaba contribuindo para o debate sobre o momento atual do jornalismo. Consultado, Armando gentilmente liberou este blog para reproduzir o texto abaixo.

————————————————

Por que a revista BRAVO! acabou?

Por Armando Antenore

A Abril S.A. divulgou hoje o fim da revista BRAVO! em todas as plataformas. A publicação – uma das únicas no país dedicada exclusivamente às artes, onde trabalhei entre agosto de 2005 e julho de 2013, como editor-sênior e redator-chefe – nasceu em outubro de 1997. Estava, portanto, à beira de completar 16 anos. Foi criada numa pequena editora de São Paulo, a D’Ávila, já extinta, e migrou para o grupo Abril em janeiro de 2004. Quando chegou à seara dos Civita, desfrutava de prestígio, mas padecia de má saúde financeira. Não sei dizer quanto dava de prejuízo à época. Só sei que, na Abril, o quadro não se alterou substancialmente, mesmo quando o título adotou linha editorial um pouco mais pop, um pouco menos “cabeça” que a de origem.

Com todos os defeitos que pudesse ter – e que realmente tinha, à semelhança de qualquer publicação –, BRAVO! não perdeu o respeito do meio cultural. Havia divergências de vários artistas e intelectuais em relação à revista. Os próprios jornalistas que passaram pela redação nem sempre concordavam 100% com a filosofia do título, ditada obviamente pelos donos. Uns o acusavam de conservador, outros de elitista, superficial ou condescendente demais. Mas havia também muita gente boa que gostava de nossas edições. O fato é que mesmo os opositores jamais recusaram sair nas páginas de BRAVO!. Quem trabalhava para a publicação raramente ouvia um “não” quando fazia pedidos de entrevista. Até Chico Buarque, famoso por se expor pouquíssimo na mídia, topou protagonizar uma capa junto de Caetano Veloso (deixou-se fotografar, mas não abriu a boca, convém lembrar). Todos, de um modo geral, reconheciam que a publicação buscava primar pela seriedade.

Mesmo assim, em termos comerciais, BRAVO! nunca gerou lucro – ao menos, não na Abril (como disse, desconheço os números da D’Ávila). A revista, embora contasse com o apoio da Lei Rouanet, operava no vermelho. Em bom português, dava prejuízo – ora de mihões, ora de milhares de reais. Por quê? Vejamos:

1) BRAVO! dispunha de poucos leitores? Sim e não. A revista contava com cerca de 20 mil assinantes e 8 mil compradores em bancas e supermercados. Vinte e oito mil pessoas, portanto, adquiriam a publicação mensalmente. Se levarmos em conta os parâmetros do mercado publicitário, cada exemplar tinha, em média, quatro leitores. Ou seja: uma edição atingia algo como 112 mil pessoas. No Facebook, a publicação contava com 53.600 seguidores e, no Google +, com 30.900. Eram índices desprezíveis? Depende. Em comparação com revistas de massa, a maioria editada pela própria Abril, os números de BRAVO! nem chegavam a fazer cócegas. Mas, considerando que o título se voltava para um nicho relativamente restrito, o da cultura mais sofisticada, as cifras não parecem tão ruins. Em geral, BRAVO! falava sobre manifestações artísticas que, embora se destacassem pela qualidade, não atraíam público quantitativamente significativo. A revista dedicava quatro, seis, oito páginas para filmes como Tabu, do português Miguel Gomes, exposições como a retrospectiva de Waldemar Cordeiro no Itaú Cultural, livros como O Erotismo, de Georges Bataille, peças como A Dama do Mar, de Bob Wilson, e espetáculos de dança como Claraboia, de Morena Nascimento. Procure saber quantas pessoas viram tais filmes, mostras e espetáculos ou leram tais livros. Cinco mil, 10 mil, 20 mil? Como BRAVO! poderia ter zilhões de leitores se o universo que retratava não tem zilhões de consumidores? A publicação, por sua natureza, enfrentava o mesmo problema que amargam todos os artistas do país dispostos a correr na contramão dos blockbusters.

2) BRAVO! perdeu leitores em papel com o avanço das mídias digitais? Perdeu, seguindo uma tendência internacional. A perda, no entanto, não se revelou tão expressiva e ocorreu num ritmo menor que o de muitos títulos.

3) Era mais caro imprimir a BRAVO! do que outras revistas? Sim,bem mais caro, por causa de seu formato e de seu papel, ambos incomuns no mercado.

4) BRAVO! tinha poucos anúncios? Sim. Raramente, a publicação cumpria as metas da Abril nesse quesito. O motivo? Falhas internas à parte, os grandes anunciantes costumam demonstrar pequeno interesse por títulos dedicados à “alta cultura”. “O leitor de revistas do gênero, sendo mais crítico, tende a frear os impulsos consumistas”, explicam os publicitários, nem sempre com essas palavras. Pela mesma razão, tantos cantores, artistas visuais, produtores de teatro e bailarinos encontram sérias dificuldades para captar patrocínio.

A soma de tais fatores tornava BRAVO! deficitária. Ao longo dos anos, tentaram-se diversas medidas para estancar o sangramento. O número de páginas da revista diminuiu de 114 para 98; as datas em que a publicação rodava na gráfica da Abril se alteraram algumas vezes com o intuito de reduzir os custos de impressão (é mais barato imprimir em certos dias do mês que em outros); a redação encolheu; os projetos gráfico e editorial sofreram ajustes; criaram-se ações de marketing pontuais na esperança de aumentar a receita publicitária. Cogitou-se, inclusive, mudar o papel e o formato de BRAVO!. O publisher Roberto Civita (1936-2013), porém, sempre vetou a alteração. Acreditava que fazê-la descaracterizaria em excesso a revista.

A Abril poderia ter insistido um pouco mais? Pecou por não descobrir jeitos inovadores de sustentar a publicação? É difícil responder – em especial, a segunda pergunta. A crise está instalada na imprensa de todo o mundo. Gregos e troianos dizem que a mídia tradicional precisa se reinventar. Eu também digo. Mas qual o caminho das pedras? Não sei. No máximo, posso arriscar uns palpites. E seguir investigando, e seguir apostando. O mesmo vale para os empresários da comunicação.

Gostaria que a edição de agosto não fosse a última de BRAVO!. Entristeço-me com o fim da publicação porque aprecio muitíssimo a arte. Filmes, livros, peças, músicas, instalações, pinturas, balés e quadrinhos me ensinaram mais sobre viver do que a própria vivência. No entanto, não bancarei o viúvo rancoroso. Não lamentarei a baixa escolaridade do brasileiro, o pragmatismo dos publicitários e dos patrões, o advento da revolução digital. Tampouco abdicarei de minhas responsabilidades frente aos erros e acertos da revista. Fiz e ainda faço parte do complexo jogo em que a mídia se insere. Procuro encará-lo com amor, senso crítico e serenidade. Nem sempre consigo, mas…

De resto, queria agradecer tanto à Abril quanto a todos os leitores e profissionais (artistas, editores, repórteres, críticos, ensaístas, revisores, designers, ilustradores, fotógrafos, assessores de imprensa, executivos, vendedores, secretárias, motoristas e motoboys) que tornaram possível tão longa e  inesquecível jornada.


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Fri, 02 Aug 2013 15:59:56 +0000

2 de Agosto de 2013, 9:59, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Cristiano Pavini: Governo do Estado de São Paulo sucateia a Polícia Civil

agosto 2nd, 2013 by mariafro

Excelente matéria do blog do jornalista Cristiano Pavini que nos mostra que quando o repórter se debruça sobre as fontes (neste caso fornecidas pelo próprio Estado) é possível ir Além do Fato, como bem nomeou seu blog.

Pavini analisou os dados do Portal Transparência e mostra-nos o sucateamento da polícia civil por parte do governo tucano no estado de São Paulo a longo de uma década (governos Alckmin/Serra/Alckmin). Enquanto de 2003 a 2013 a população aumentou 10%, o efetivo da polícia civil, responsável por investigar roubos, furtos, latrocínios, homicídios, estupros etc., diminuiu consideravelmente.

Não é à toa que a percepção que temos da polícia é de total inutilidade. Fazemos um BO quando somos assaltados ou furtados para constar um registro oficial e poder refazer nossa vida burocrática: documentos pessoais, cartões etc. Mas sabemos que não teremos nossos bens de volta, a menos que um efetivo de menos de 30 mil policiais civis para o maior estado do país conseguisse fazer mágica: resolver ao longo de um mês quase 100 mil casos de roubos, furtos, homicídios, latrocínios, estupros e outros crimes graves.

Os gráficos elaborados de modo bem didático por Pavini possibilitam ver as escolhas deste governo que certamente não investe na inteligência policial para que a corporação civil possa investigar e desmantelar quadrilhas, por exemplo.

Aos sucatear a Polícia Civil, diminuindo drasticamente seu efetivo o governo tucano segue na contramão do apelo crescente da população brasileira de desmilitarização da polícia. Aliás, fiquei curiosa em saber se movimento semelhante ocorreu com o quadro da PM ao longo da última década. Isso pode nos informar mais sobre as opções dos governantes tucanos para o nosso estado quando se trata de Segurança Pública.

Investigação em queda livre

Por Cristiano Pavini, em seu blog

A Polícia Civil caminha para a extinção no Estado de São Paulo. Ao menos é isso que apontam os dados do efetivo da corporação na última década, obtidos por este blog por meio da Lei de Acesso à Informação.

De 2003 até 31 de março de 2013, a Polícia Civil teve redução de 10% em seu quadro de pessoal, o que representa a perda exata de 3.193 funcionários sem reposição.

Em contrapartida, neste mesmo período a população do Estado cresceu em 10%, segundo dados da Fundação Seade.

Abaixo, alguns infográficos que escancaram a decadência da corporação nos últimos anos (clicar nos subtítulos para mudar o gráfico)

QUEDA SEM FREIO | Create infographics

Essa redução do efetivo atingiu praticamente todas as 645 cidades paulistas. Algumas delas, proporcionalmente, mais do que outras. Em Ribeirão Preto, por exemplo, a Polícia Civil encolheu 23% nos últimos sete anos (mais informações no final desta postagem).

Para quem não conhece a estrutura da Secretaria de Segurança Pública, o estado de São Paulo foi dividido em 9 regiões, e em cada uma dela há um Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior).  Cada Deinter é responsável por Seccionais, que por sua vez coordenam as delegacias dos municípios.

No infográfico abaixo, percebe-se que a queda foi generalizada:

Percebe-se também que todas as categorias, do delegado ao escrivão, sofreram baixas. Abaixo está a divisão pelas principais categorias. Mesmo quando o efetivo não sofreu queda em uma década, a decadência fica evidente ao menos nos últimos cinco anos.
Hoje há mais delegados, por exemplo, do que em 2003. Entretanto, são 70 a menos do que em 2008:


Clique em cima para ampliar

Chama atenção especial a redução de investigadores: um encolhimento de 1,2 mil homens em dez anos. Cabe justamente ao investigador colher provas que subsidie o inquérito policial. Resumindo: é um dos principais responsáveis por solucionar os crimes.

“Chegamos ao fundo do poço”, afirma Eumauri Lucio da Mata, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) da região de Ribeirão Preto. Por conta da falta de investigadores, ele diz que apenas 5% dos crimes de menor potencial ofensivo da cidade, como pequenos furtos, são esclarecidos (a entrevista foi concedida a mim para o Jornal A Cidade em abril).

Abaixo está uma simulação de qual deveria ser o trabalho dos investigadores para que todos os principais crimes praticados no Estado de São Paulo, de janeiro a junho deste ano, fosse resolvidos (dados obtidos no site da SSP e levando em consideração um período de 179 dias):


Infográfico feito através da plataforma http://www.easel.ly/

As centenas de inquéritos em aberto acumulados nos Distritos Policiais escancaram qual é o efeito da distorção dos números acima.

OUTRO LADO:

A Secretaria de Segurança Pública publicou no Diário Oficial do Estado no dia 23/05/2013 a autorização dada pelo governador Geraldo Alckmin para que a pasta tome as “providências cabíveis” para preencher as vagas de 129 de Delegado de Polícia, 1.075 de Escrivão de Polícia, 1.384 de Investigador de Polícia e 217 de Agente Policial.

OPINIÃO DO BLOG:

O aparato de segurança  pode ser assim resumido: cabe à Polícia Militar o patrulhamento ostensivo, evitando que o crime aconteça, e à Polícia Civil a investigação para identificar os autores dos delitos que ocorreram.

Com a Polícia Civil desestruturada os criminosos não são pegos e continuam nas ruas praticando crimes, que resultam em mais inquéritos acumulados nas mesas dos políciais, que não conseguem investigar tudo devido à falta de recursos humanos… e assim segue o círculo vicioso.

Ao que parece, o governo estadual preferiu, nesse mesmo período, priorizar a Polícia Militar: em 2003 a corporação possuía 93.059 membros, e em 2012 conta com 93.987. O aumento não é muito, tendo em vista que o efetivo não cresce desde 2007. Mas, ao menos, não é uma queda (os dados também foram obtidos pela Lei de Acesso).

Não à toa, os sindicatos de policiais civis (já de olho nas eleições do próximo ano) começaram a intensificar as mobilizações. A pauta contém não apenas questões salariais (os subsídios pagos pelo Estado de SP são os menores do país), mas principalmente melhorias de estrutura. Nesta semana, a “operação Blecaute” já parou algumas delegacias (ler mais AQUI).

A categoria policial (ao lado da dos professores) é, aliás, uma das meninas dos olhos do PT para ganhar força na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Após dez anos de descaso, e sabendo que o tema de Segurança Pública era o principal calcanhar de Aquiles do governo estadual junto à opinião pública (ao menos antes da onda de manifestações), o governador Geraldo Alckmin enfim resolveu se mexer com a abertura de concurso público.

Mas isso não é suficiente para ocultar que a Polícia Civil foi abandonada nos últimos dez anos (todos sob gestão de Alckmin ou Serra, com alguns períodos dos vices Cláudio Lembo e Alberto Goldman entre os mandatos).  Alguns sindicalistas provocam: foi algo planejado ou “somente” uma falha de gestão?

ARQUIVOS:

Este blog tem por princípio disponibilizar toda a informação pública obtida por meio da Lei de Acesso a Informação.

Baixe AQUI os arquivos com o quadro de pessoal da Polícia Civil dos últimos dez anos. Cabe ressaltar, novamente, que os dados foram informados com transparência e dentro do prazo legal pela corporação por meio de solicitação feita por mim no E-SIC do Governo do Estado.

AQUI AQUI as duas reportagens de minha autoria publicadas no Jornal A Cidade (Ribeirão Preto) sobre o tema


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Fri, 02 Aug 2013 15:58:43 +0000

2 de Agosto de 2013, 9:58, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Diga não à Terceirização e à precarização do trabalho: conheça os deputados que votarão o PL4330 e pressione-os!

agosto 2nd, 2013 by mariafro

Sem reforma política muitos deputados, incluindo os do nosso campo viram refém das empresas que financiam suas campanhas. Elas estão loucas pra retirar direitos garantidos na CLT e repassar contratos de trabalho para empresas terceirizadas que não respeitam direitos básicos dos trabalhadores.

No entanto os deputados também sabem que cada vez mais os brasileiros tomaram gosto pelas ruas, estão de olho no Congresso e acompanhando com atenção alguns projetos importantes. Vamos mostrar aos deputados que eles têm de servir ao povo e não aos interesses dos grandes empresários. Escreva para eles mostrando que você é contra a precarização do trabalho, contra a retirada de direitos dos trabalhadores. Veremos que eles vão ter a cara de pau de votar contra nós, ano que vem tem eleição, olhem com carinho a cara de cada um. 

Poderemos inclusive deixar claro ao Sandro Mabel que ele terá um grande trabalho em 2014 para convencer a sua base de eleitores (que pelo visto não tem nenhum trabalhador) a votar nele, porque se depender do blog Maria Frô ele não terá um único voto.


clique aqui para ampliar

Conheça os deputados que votarão o PL 4330 da Terceirização

 

PL4330 da Terceirização retira direitos do trabalhador/a!

Modelo de contratação que deveria servir para suprir necessidades específicas e complementares das empresas, jamais o negócio principal, a terceirização é utilizada por muitos patrões como forma de aumentar o lucro e arrancar direitos da classe trabalhadora.

Em 2004, sob a justificativa de regulamentar a contratação de terceirizados, o deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO) apresentou o Projeto de Lei número 4.330, que precariza ainda mais as relações trabalhistas.

O texto já recebeu aval do relator e também deputado Arthur Maia (PMDB-BA), e está para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC).

O PL permite a contratação de terceirizados em todas as atividades, inclusive na  fim, a principal da empresa, que poderá funcionar sem nenhum contratado direto e fragilizará a organização e a representação sindical.

O projeto também permite a substituição de todos os trabalhadores por terceirizadoscomo forma de diminuir custos das empresas.

O texto praticamente extingue a responsabilidade solidária, aquela em que a tomadora de serviços não precisará quitar obrigações trabalhistas caso não sejam cumpridas pela terceirizada.

Sem pressão, o projeto pode ser aprovado e trazer graves prejuízos à classe trabalhadora.

Para que isso não aconteça, convocamos todos os trabalhadores a enviarem e-mails pressionando os deputados a votarem contra o PL 4300.

No quadro acima, você pode selecionar o parlamentar por partido ou estado, além de buscar seu nome por ordem alfabética. Sua participação é fundamental para reverter mais essa tentativa dos patrões de flexibilizar os direitos trabalhistas.

Saiba mais:

Clique aqui para conhecer a história da luta da CUT contra a terceirização e acesse www.combateaprecarizacao.org.br para saber mais sobre o tema.


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Fri, 02 Aug 2013 15:52:50 +0000

2 de Agosto de 2013, 9:52, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Berlusconi foi condenado por fazer o mesmo que para a Globo não deu em nada

PAULO NOGUEIRA 2 DE AGOSTO DE 2013

 

A Justiça brasileira não é, infelizmente, igual à italiana.

Berlusconi foi acusado de pagar sexo com esta garota quando ela era menor, mas foi condenado por sonegação

Berlusconi foi acusado de pagar sexo com esta garota quando ela era menor, mas foi condenado por sonegação

O réu era considerado “intocável”.

Mas foi pego numa sonegação que envolvia a compra de direitos de transmissão para seu império de tevê e o uso de paraíso fiscal.

E na última instância, o Supremo, a condenação foi mantida.

Não há mais recurso.

Num Brasil mais avançado, esta poderia e deveria ser a história da Globo e sua espetacular trapaça fiscal por conta da Copa de 2002.

Mas isso fica, talvez, para o futuro.

Por ora, é o que a Itália fez punir exemplarmente o ex-premiê Silvio Berlusconi.

Cavalieri, como ele é conhecido, foi sentenciado a quatro anos de prisão. Por causa da idade, 76 anos, ele provavelmente receberá atenuantes. Na Itália, há restrições legais a cadeia a partir dos 70 anos.

Berlusconi provavelmente ficará em prisão domiciliar, e fará trabalhos comunitários.

Por trás de tudo, está o combate que a Itália está dando à sonegação, ou, como alguns preferem, “planejamento tributário”.

A evasão vem sangrando os cofres públicos, e a sociedade italiana está indignada. Não quer mais cortes no orçamento do governo que castiguem os 99% e preservem o 1% que pratica predação fiscal.

Nestes mesmos dias, a prisão parece ser o destino dos dois donos da grife Dolce & Gabbana, também ele condenados por ter fraudado a Receita italiana por meio de uma empresa de fachada montada num paraíso fiscal.

Poucos meses atrás, na Alemanha, onde se trava a mesma luta por impedir sonegação, o presidente do Bayern foi denunciado por ter uma conta secreta na Suíça.

Ele só não foi preso imediatamente porque pagou uma fiança de 5 milhões de euros para responder ao processo em liberdade.

“A Alemanha não pode funcionar se as pessoas acharem que podem sonegar e sair impunes”, disse uma autoridade alemã.

O Brasil também.

Mas, mesmo com evidências escandalosas, a Globo segue absolutamente impune em sua trapaça.

A Globo noticia a punição de Berlusconi por algo parecido com o que ela mesma fez

A Globo noticia a punição de Berlusconi por algo parecido com o que ela mesma fez

É “intocável”, como parecia Berlusconi. Seus donos e jornalistas confraternizam com os juízes que poderiam fazer com ela o que os italianos fizeram com Berlusconi na Itália. O presidente do Supremo cava um emprego nela para seu filho.

A mensagem para os brasileiros não poderia ser pior: justiça para quem?

No dia em que a empresa for exemplarmente punida, o Brasil dará um passo gigantesco no combate à sonegação e na consolidação de um verdadeira democracia em que todos são iguais perante a lei em vez de uns serem mais iguais que outros, como escreveu Orwell.

 
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Sobre o autor: Paulo NogueiraVeja todos os posts do autor Paulo Nogueira
O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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Fri, 02 Aug 2013 15:52:50 +0000

2 de Agosto de 2013, 9:52, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Berlusconi foi condenado por fazer o mesmo que para a Globo não deu em nada

PAULO NOGUEIRA 2 DE AGOSTO DE 2013

 

A Justiça brasileira não é, infelizmente, igual à italiana.

Berlusconi foi acusado de pagar sexo com esta garota quando ela era menor, mas foi condenado por sonegação

Berlusconi foi acusado de pagar sexo com esta garota quando ela era menor, mas foi condenado por sonegação

O réu era considerado “intocável”.

Mas foi pego numa sonegação que envolvia a compra de direitos de transmissão para seu império de tevê e o uso de paraíso fiscal.

E na última instância, o Supremo, a condenação foi mantida.

Não há mais recurso.

Num Brasil mais avançado, esta poderia e deveria ser a história da Globo e sua espetacular trapaça fiscal por conta da Copa de 2002.

Mas isso fica, talvez, para o futuro.

Por ora, é o que a Itália fez punir exemplarmente o ex-premiê Silvio Berlusconi.

Cavalieri, como ele é conhecido, foi sentenciado a quatro anos de prisão. Por causa da idade, 76 anos, ele provavelmente receberá atenuantes. Na Itália, há restrições legais a cadeia a partir dos 70 anos.

Berlusconi provavelmente ficará em prisão domiciliar, e fará trabalhos comunitários.

Por trás de tudo, está o combate que a Itália está dando à sonegação, ou, como alguns preferem, “planejamento tributário”.

A evasão vem sangrando os cofres públicos, e a sociedade italiana está indignada. Não quer mais cortes no orçamento do governo que castiguem os 99% e preservem o 1% que pratica predação fiscal.

Nestes mesmos dias, a prisão parece ser o destino dos dois donos da grife Dolce & Gabbana, também ele condenados por ter fraudado a Receita italiana por meio de uma empresa de fachada montada num paraíso fiscal.

Poucos meses atrás, na Alemanha, onde se trava a mesma luta por impedir sonegação, o presidente do Bayern foi denunciado por ter uma conta secreta na Suíça.

Ele só não foi preso imediatamente porque pagou uma fiança de 5 milhões de euros para responder ao processo em liberdade.

“A Alemanha não pode funcionar se as pessoas acharem que podem sonegar e sair impunes”, disse uma autoridade alemã.

O Brasil também.

Mas, mesmo com evidências escandalosas, a Globo segue absolutamente impune em sua trapaça.

A Globo noticia a punição de Berlusconi por algo parecido com o que ela mesma fez

A Globo noticia a punição de Berlusconi por algo parecido com o que ela mesma fez

É “intocável”, como parecia Berlusconi. Seus donos e jornalistas confraternizam com os juízes que poderiam fazer com ela o que os italianos fizeram com Berlusconi na Itália. O presidente do Supremo cava um emprego nela para seu filho.

A mensagem para os brasileiros não poderia ser pior: justiça para quem?

No dia em que a empresa for exemplarmente punida, o Brasil dará um passo gigantesco no combate à sonegação e na consolidação de um verdadeira democracia em que todos são iguais perante a lei em vez de uns serem mais iguais que outros, como escreveu Orwell.

 
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