PRIMEIRA APROXIMAÇÃO COM OS MORADORES DO MARACUJÁ
15 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAs atividades no povoado do Maracujá foram iniciadas com a apresentação das pessoas que integram a equipe executora do projeto e o Grupo de Pesquisa FEL para conhecimento da comunidade maracujaense . No sábado, 1 de setembro, foi apresentado também o projeto que proporcionou o encontro. Confira alguns dos comentários dos membros do Grupo:
“Narradores de Javé é um ótimo exemplo para entender a importância do registro da história de um povo, para legitimar a identidade desse povo, o seu lugar no mundo. É o que todos queremos através desse projeto, fazer com que os moradores do Maracujá possam se sentir integradas e cientes do valor de sua história...” – Morena Liss
“...não tive dúvidas em afirmar que não seria capaz de fazer uma descrição tão somente pela denotação do cenário vivenciado, primeiro porque me reconheço nos traços negro e social, de uma forma mais abrangente, e depois, por ter um olhar que intenta interpretar. Um laço empático (implicativo), sobre o qual não me aparecem meios de expressar, acontece. Não mensurei/julguei o quão possa ser ele positivo ou negativo. O que se tem de certo é que não é possível negar a si nesse processo (re)formativo.” – Everlan Araujo
“O primeiro encontro no povoado Maracujá, foi marcado por surpresas e encantamentos, um lugar diferente de tudo que pude imaginar, que faz lembrar cenários de filmes que mostram o grande sertão nordestino com seca e pobreza, mas ao mesmo tempo passa uma tranqüilidade enorme. Comunidade em que se encontram pessoas alegres, receptíveis, que carregam em suas faces, expressões esperançosas de lutar por melhorias de vidas.” - Robervania Cunha
“Demonstraram também que são muito acanhados, portanto estão ali apenas para ouvir,para descobrir do que se tratava aquela reunião, a apresentação do Grupo me pareceu muito esclarecedora e no mais atingiu seu objetivo.” – Robélio Júnior
“À medida que os habitantes do Maracujá foram chegando, uma série de experiências foi acontecendo. Devido à equipe numerosa, nenhum dos moradores ficou sem ao menos um ‘boa tarde’ de algum membro do grupo. Fiz um pequeno recorte das situações vividas naquela tarde, descrevendo-as para que pensemos em seu significado e também ponhamos em risco o que se sucedeu. Selecionei esses momentos particulares como em blocos com subtítulos, buscando com forma textual engendra-los como num enquadramento, conduzindo ao leitor visualizar uma cena.” - Leonardo Victor
“Mesmo sem ensaios das nossas apresentações, todos estavam em harmonia. Parecia com o ritmo tranquilo, uniforme e carente que o local aparentava existir. O mesmo ritmo que me deixou com muita vontade de continuar na pesquisa e aumentar a pulsação e o movimento daquele espaço, num tempo marcado pelo próprio pulso local, sem interferência e sem impulso, mas com a vontade de despertar a consciência do auto reconhecimento.” - Cid Fiuza
“NÓS, que éramos mais que pessoas; naquele instante, representamos a universidade, outras pesquisas, outras pessoas, o outro,o estrangeiro do povoado. O QUE ESTAVA DIANTE também era mais que Maracujá ou menos; via qualquer povoado pouco assistido pelo Estado, com todas as dificuldades que lhe são instituídas e possibilidades de resistência/sobrevivência que os moradores vão instituindo.
Agora que passou penso: houve diálogo ou uma vontade de ambas as partes por um agir comunicacional?
Aproprio-me de Everlan e termino, como ele: “Mas vamos com calma. Afinal, não passam de impressões. E eu ainda tenho o frio na barriga”.” – Rosane Vieira