Um amigo produziu um vídeo em parceria com um estrangeiro, que ficou responsável pela finalização e montagem do mesmo.

Hoje, o estrangeiro enviou o vídeo finalizado e montado para meu amigo usando o GoogleDocs.

Como faz habitualmente o amigo sobe os vídeos para seu canal no Youtube. Hoje tentou fazer o mesmo, claro. Para sua surpresa, seu canal do Youtube está bloqueado com uma mensagem de advertência, dizendo que a comunidade recebeu uma queixa de que o vídeo é inapropriado e foi retirado do ar.

O amigo pode aceitar a decisão do Youtube ou, teoricamente, recorrer da mesma.

Ao tentar recorrer da decisão, seguindo as instruções do Youtube, o amigo era devolvido para a página da mensagem de advertência e assim por diante, até desisitr de recorrer da decisão e deixar do serviço de vídeo dos gringos para me contar a história.

O cara queria recorrer porque o Youtube datou a mensagem de advertência em 03/04/2013. Porém, o vídeo que mereceu a advertência não foi enviado ao Youtube nem naquela data, nem posteriormente, pois ficou pronto apenas em 17/05/2013!!!

Logo, presume-se que, os serviços do Google andaram bisbilhotando o GoogleDocs do estrangeiro e preventivamente bloquearam o acesso de meu amigo... Ou seja, a cooperação entre os dois parceiros está sendo vigiada há algum tempo. E se antes os serviços de controle comeram bola, desta vez resolveram mostrar as garras. Um aviso para os dois companheiros de trabalho.

Então, fica o recado. Se você quer Liberdade de Expressão, quer privacidade na Internet, não use os serviços comerciais, principalmente os norteamericanos, para isso. Use plataformas livres não comerciais.

Pelo jeito a bisbilhotagem na rede perdeu as rédeas e está comendo solta seja por iniciativa de empresas privadas, seja por iniciativa dos Estados Nacionais.

Se a arapongagem estatal é condenável em qualquer circunstância, a privada é pior. Mas a desgraça total é quando a arapongagem privada se junta à estatal. Aí, meu caro, você não tem para onde correr.

Se faz urgente pensar no desenvolvimento da internet paralela e de alternativas para que a comunicação digital proveniente da América Latina não precise passar obrigatoriamente pelos EUA como acontece hoje em dia.