TV digital no Brasil se faz com Ginga !
20 de Janeiro de 2016, 13:52Carta aberta à Presidenta Dilma
O middleware Ginga, que garante a interatividade plena na TV digital, é resultado de investimento público da ordem de 60 milhões que envolveu 1500 pesquisadores de todo o país em instituições de pesquisa, universidades e indústria, para desenvolvimento de um modelo que atendesse às necessidades brasileiras. Adotado por 17 países da América Latina e da África, o Ginga diferencia o padrão brasileiro de TV digital (ISDB-Tb) dos demais padrões existentes.
Estabelecido pelo Decreto 5820/2006, o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) determinou, dentre seus objetivos, que a TV digital brasileira deve: promover a inclusão social e a diversidade cultural do País de acordo com a política do Ministério da Cultura e com o MEC, nas políticas de ampliação do EAD por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da informação; estimular a pesquisa e o desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras, da indústria nacional e da economia criativa, possibilitando o desenvolvimento de inúmeros serviços decorrentes da tecnologia digital; incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços digitais.
¬O modelo brasileiro é inovador, convergente, inclusivo e promove o desenvolvimento da indústria nacional. Todavia, desde sua criação, tem sofrido sucessivos boicotes contrários à sua efetiva implantação no país.
Tanto a radiodifusão comercial como as operadoras de telefonia móvel não tem demonstrado interesse na oferta da interatividade gratuita pela TV. Uma porque ainda não encontrou um modelo de negócio no qual obtenha novas receitas; outra porque não quer concorrência no streaming ou VOD que a TVDi pode oferecer de graça.
A iniciativa da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com o projeto Brasil 4D, que ofereceu informações e serviços públicos pela TV digital para comunidades carentes de João Pessoa/PB (2012) e Samambaia/DF (2014), comprovou a eficácia do modelo brasileiro para a inclusão sociodigital. Como conseqüência, o governo determinou, por meio da Portaria 481/2014, a distribuição gratuita de conversores digitais interativos para todos os beneficiários do Bolsa Família; decisão especificada pelo GIRED, grupo responsável pelas diretrizes operacionais da migração digital, coordenado pela Anatel, em 15 de maio de 2015.
Entretanto, a recente indicação do GIRED de autorizar a distribuição de 12 milhões de conversores digitais sem interatividade para os cidadãos de baixa renda, inscritos no Cadastro Único, residentes em cidades com mais de 100 mil habitantes, tenta colocar de lado os rumos da política pública de interatividade para a TV digital aberta, decidida pelo governo brasileiro.
Querem oferecer um conversor apenas com zapper, com capacidade de recepção do sinal digital, porém sem a capacidade de rodar os aplicativos interativos com informações e serviços públicos, como a busca de emprego em tempo real, o acesso a filmes nacionais sob demanda, dentre inúmeros conteúdos que podem ser acessados pela TV digital interativa.
Isso significa que mais da metade da população brasileira que não têm acesso à banda larga fixa nem móvel permanecerá excluída, sem acesso às tecnologias de comunicação e informação. O beneficiário do Bolsa Família poderá acessar uma série de conteúdos e serviços públicos interativos gratuitos, mas o seu vizinho do Cadastro Único encontrará apenas a programação normal das emissoras abertas, sem nenhuma interatividade, sem nenhum valor agregado. Para entrar no mundo digital e convergente, ele terá de pagar internet ou TV a cabo.
Ao invés de alavancar o modelo brasileiro de TV digital, vamos retroceder e ampliar as divisões sociais que tentamos combater?
Este modelo de receptor com zapper não permite a atualização pelo ar, tornando sem efeito todo o investimento e trabalho realizados até o momento. Nenhuma herança será deixada à população, apenas um equipamento que se tornará obsoleto em curtíssimo prazo.
Serão dois Brasis? Um que usufrui dos benefícios da inclusão digital e o outro, interiorano, pobre, desconectado, carente de acesso às políticas e serviços públicos?.
Manter a decisão original (distribuir o receptor com Ginga para 14 milhões de famílias do Bolsa Família), significará dar condições para um mercado industrial que levará para o varejo conversores similares para um público consumidor potencial que ainda possui TVs de tubo ou planas, mas com recepção analógica, os quais poderão adquirir um conversor digital com Ginga C, sem precisar comprar um novo aparelho de TV para acessar o sinal digital.
É possível garantir a interatividade dos conversores digitais a um custo menor do que os R$ 160,00 que a EAD (entidade privada executora do processo de migração da TV digital) pagou por cada um dos 1,2 milhões de receptores com Ginga C adquiridos até o momento. Existe boa vontade da indústria em desenvolver um conversor com Ginga C mais barato.
Presidenta, a senhora, que participou de todo o processo de definição do modelo de TV digital brasileiro, e que agora tem a oportunidade de colocá-lo em prática, sabe que a efetiva implantação da interatividade na TV digital brasileira, aberta e gratuita, poderá impulsionar enormemente a inclusão social e digital no país.
TV digital no Brasil se faz com Ginga !
As entidades abaixo se manifestam e apoiam esta carta em defesa da Cidadania Digital.
Fonte: olaicd
Mini-DebConf Curitiba 2016: chamada de atividades
20 de Janeiro de 2016, 13:50 - sem comentários ainda
Olá a todos,
Nos dias 05 e 06 de março acontecerá a Mini-DebConf Curitiba 2016 na sede de Aldeia Coworking em Curitiba - Paraná.
Estamos recebendo propostas de palestras e workshops para os dois dias do evento, obviamente com temas relacionados ao Debian :-)
As palestras podem ser de todos os níveis, mas tenha em mente que o público alvo principal são os participantes que estão começando o seu contato com o Debian e querem aprender mais.
Já os workshops são atividades do tipo mão-na-massa voltado para os participantes mais experientes que poderão contribuir em alguma área como empacotamento, tradução, solução de bugs, etc.
Nos próximos dias vamos lançar o site oficial da Mini-DebConf, mas as propostas de atividades podem ser enviadas pela página wiki da organização:
https://wiki.debian.org/DebianEvents/br/2016/MiniDebconfCuritiba/Atividades
Esperamos propostas de todos, desde usuários até Desenvolvedores oficiais Debian.
Qualquer dúvida, pode me enviar pelo email:
phls@sofwtarelivre.org
Abraços,
--
Paulo Henrique de Lima Santana
Curador de Software Livre da Campus Party Brasil
Membro da Comunidade Curitiba Livre
A farsa da inflação, controle inflacionário e competência administrativa
8 de Agosto de 2014, 14:20 - sem comentários aindaChamada de Trabalhos para o FLISOL 2014 em Curitiba vai até 15/03
16 de Fevereiro de 2014, 15:24 - sem comentários aindaA 10a. edição do FLISOL - Festival Latino-americano de Instalação de Software Livre, acontecerá no dia 26 de abril de 2014 em várias cidades, incluindo Curitiba.
A Comunidade Curitiba Livre está iniciando a chamada de trabalhos para os interessados em palestrar. O envio de proposta de palestra ou oficina deve ser feito até o dia 15 de março de 2014.
O FLISOL 2014 acontecerá no Campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR.
Endereço: Rua Imaculada Conceição, 1.155, Prado Velho - Curitiba PR
Para conhecer mais sobre o evento, enviar proposta de palestra/oficina ou se inscrever, acesse: http://www.curitibalivre.org.br/flisol
Obs: voluntários para ajudar na organização e durante o FLISOL também são muito bem-vindos :-)
Abraços,
Paulo Henrique de Lima Santana
Tim (41) 9638-1897
GNU/Linux user: 228719 GPG ID: 0443C450