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3.875 municipios vão quebrar se a Reforma da Previdência for aprovada

April 9, 2019 15:39 , by Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Em artigo didático, especialista explica por que e como a redução de direitos e aposentadorias, vai tirar bilhões de reais dos municípios. Prefeitos de pequenos e médios municípios que caírem no golpe de Bolsonaro e Guedes, estarão não só traindo o povo e os idosos de seus muncípios, mas dando atestado de burríce, pois de acordo com o próprio Guedes, nada menos que R$ 1 trilhão de Reais deixará de girar na economia e irá para os banqueiros a titulo de pagamento dos Juros Da Dívida Pública. Ou algum Prefeito acha que os bilionários irão no armazem do interior ou no boteco da cidade para comprar alguma coisa? É assim que o dinheiro gira. E o Governo, ao invés de tirar dinheiro da Previdência, deveria por mais dinheiro nas mãos dos trabalhadores e dos aposentados, para que possam comprar e assim fazer o mercado interno funcionar. Lê a seguir o artigo do GGN:

A reforma da “capitalização” e a quebra de estados e municípios

“Reduzir ou extinguir as aposentadorias públicas traz sérios prejuízos também a própria circulação do dinheiro na economia”, disse Sara Ganeman

No Jornal GGN

Por Almeida

A Prof. Sara Graneman acredita na derrota, fundamenta sua crença e aponta caminhos para a luta:

“A OIT acabou de divulgar um longo estudo… que ela demonstra como dezoito países, daqueles que fizeram a reforma nessa direção da capitalização, ainda que não tenha sido tão dura como esta apresentada no Brasil e que foi apresentada no Chile, na época da ditadura. Fizeram na direção da capitalização e voltaram atrás.

Por que voltaram atrás? É que os estados e governos perceberam que essa reforma chamada de capitalização, essa contra-reforma que é na verdade tirar direitos, ela trouxe tanta fome, tanto desalento, tanta miséria entre os idosos, os aposentados e os pensionistas, que isso começava a ter impactos importantes, inclusive sobre a estrutura de consumo desses países. Reduzir ou extinguir as aposentadorias públicas traz sérios prejuízos também a própria circulação do dinheiro na economia”.

Quem conhece as pequenas cidades do interior sabe, o dia de pagamento das aposentadorias rurais é dia de efervescência no comércio local desses pequenos municípios. O dinheiro injetado nos municípios irriga a economia dos estados. O economista Eduardo Moreira, em recente palestra na TV Senado, expõe os números, comenta e mostra as consequências que a reforma trará para o Pacto Federativo:

“Em quase quatro mil municípios, a receita da Previdência, só do RGPS, são maiores do que o Fundo de Participação dos Municípios… Se eles pararem de ter isto, estes municípios quebram. E aí, esse tal pacto federativo vai ter que ser um pacto federativo muito maior do que se imagina, porque isso mantém esses municípios… E a Previdência Social promove a economia regional, é o número que eu falei, são três mil oitocentos e setenta e cinco municípios que têm isto”.

São 3875 Prefeitos e 3875 Câmaras de Vereadores, praticamente 70% dos municípios brasileiros. Se somarmos a estes, os municípios em que a receita da Previdência alcança valores significativos, acima da metade do Fundo de Participação dos Municípios, o número de prefeituras pode chegar talvez até próximo de 90%. Eles formam a base dos partidos representados no Congresso. Deputados, senadores e governadores dependem deles para seus projetos de reeleição e fazerem seu sucessores. Esta aí uma base suficientemente politizada, com poder efetivo de pressão sobre o Congresso, que a oposição à reforma tem de imediatamente procurar e envolver na discussão para rejeitar o projeto.

Outro grupo que precisa ser cobrado são as igrejas e a bancada evangélica em particular. Houve pressão das igrejas para barrar a reforma do governo anterior, católicos e protestantes chegaram a emitir documento de desaprovação. Os evangélicos, se não forem banqueiros, não ganham nada com a reforma, ao contrário, perdem. Em tese, dez por cento da recuperação do poder de compra do Salário Mínimo, promovido desde que Lula chegou ao poder, que foi a principal causa de sua imensa popularidade, e que foi paga aos fiéis evangélicos, foi parar nas mãos dos pastores. Com a reforma, o dinheiro dos aposentados vai para o “dízimo” dos bancos

Sara Granemann é Graduada em Serviço Social pela Fundação Universitária do Alto Vale do Rio do Peixe/SC (1985); especialista em Antropologia Social pela Universidade Federal do Paraná/PR (1988); mestre (1996) e doutora (2006) em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ. Docente na Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense de 1991/1994. Docente na Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1994. Estágio Pós-doutoral no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (2014)


Source: https://luizmuller.com/2019/04/09/3-875-municipios-vao-quebrar-se-a-reforma-da-previdencia-for-aprovada/

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