Toda a guerra é por território, riqueza e poder. Inclusive as fabricadas midiaticamente para forçar guerras de fato.
É bem possível que o dono dessa birosca por onde escrevo venha a limitar essa postagem.
Mas depois de muito falar sobre a linda campanha da qual vimos participando, pelo respeito ao direito originário e às leis internacionais, vou tentar explicar brevemente o que se passa. Mas acho que as imagens que eu selecionei explicam melhor que minhas palavras.
Não, a Venezuela não quer invadir a Guiana, simplesmente porque Esequibo não é da Guiana, é territorio em Zona de Reclamação, protegido por um acordo internacional, assim chamado, “Acordo de Genebra” que reconhece a controvérsia e impõe que as partes dialoguem para chegar a uma decisão compartilhada.
A história é longa e precisaria outro texto para explicar.
Ocorre que a ExxonMobil foi autorizada ilegalmente a explorar Petróleo nessa região e sua sanha por ele vem invadindo espaço geográfico para além de Esequibo, como mostra um dos mapas aí de baixo.
Ou seja, há exploração ilegal em território e mar em Zona de Reclamação e exploração ilegal em águas evidentemente venezuelanas. O imperialismo não respeita fronteiras.
Venezuela nunca desistiu, bem ao contrário, de seu território “subtraído” pela Inglaterra que, por ocasião da independência de Guiana, reconheceu a controvérsia e por isso segue sendo um território em Reclamação.
Sendo assim, é legítima a posição de Venezuela, ao se ver desrespeitada e invadida, dizer que aquele território lhe pertence históricamente e reivindicar o Acordo de Genebra que segue vigente.
Antes de sair reproduzindo o discurso e o medo imposto pelo “exército midiático”, lembre que essa expropriação ilegal fica na mesma região das descobertas de petróleo brasileiras e que para o imperialismo questionar limites e soberanias tem sido muito ‘facinho’.
Por Soraya Franke no Facebook dela