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Argentina começa a desmontar espionagem política de grupos de segurança

1 de Julho de 2020, 11:07 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Um deles chegou a encomendar a um traficante um atentado a bomba contra um ex-funcionário do Ministério da Justiça.

Por Luis Nassif no GGN

Villena ordenou uma megaoperação de prisões nesta manhã no caso de suposta espionagem ilegal

Reportagem do La Nacional, diário argentino, informa sobre uma operação que levou à cadeia 22 pessoas ligadas a órgãos de segurança, que, durante o governo Macri, praticavam espionagem contra lideranças políticas de oposição.

Um deles chegou a encomendar a um traficante um atentado a bomba contra um ex-funcionário do Ministério da Justiça.

É um alerta relevante sobre as organizações clandestinas que se formam, sob o abrigo de instituições federais, para a prática de espionagem e terrorismo político. E um alerta sobre o que pode se esconder nas redes bolsonaristas, já que o fenômeno da infiltração de grupos de segurança em atividades políticas se disseminou pelo mundo.

O juiz federal de Lomas de Zamora, Federico Villena, ordenou a prisão de 22 pessoas.  O comando dessas operações era de funcionários ligados à Agência Federal de Inteligência, correspondente ao nosso Gabinete de Segurança Institucional, durante o governo Macri.

A perícia efetuada nos celulares de um advogado e dois agentes identificou a existência de vários grupos de WhatsApp, o principal deles de nem “Super Mario Bross”, a partir do qual se articulavam as operações de espionagem.

Uma das detidas é Susana Martinengo, que foi Secretária de Documentação Presidencial no governo Macri. Era incumbida de receber os relatórios de inteligência na Casa Rosada, o palácio do governo.

Alan Ruiz, outro detido, foi Diretor de Operações da AFI nos dois últimos anos do governo Macri. Era incumbido de monitorar o Instituto Pátria, ligado a Cristina Kirchner. O acompanhamento era feito por equipes que trabalhavam 24 horas por dia, revezendo-se a cada 6 horas.

Diego Dalmau Pereyra foi outro detido. Ex-diretor de Contra-Inteligência da AFI e diretor da Escola Nacional de Inteligência, foi quem recrutou os agentes do grupo Super Mário Bross.

Jorge Horácio, o “Turco”, também é da AFI a integrou a Diretoria de Análise da Informação do Serviço Penitenciário Federal.

Leandro César Araque, especialista em inteligência criminal e trabalhando desde 2016 na AFI.

O advogado Facundo Melo, trabalhou para a AFI como agente e foi advogado de membros de torcidas organizadas. Um criminoso, detido por tráfico de drogas, declarou que Facundo o levou a colocar um dispositivo explosivo na casa de um ex-funcionário do Ministério da Justiça.


Fonte: https://luizmuller.com/2020/07/01/argentina-comeca-a-desmontar-espionagem-politica-de-grupos-de-seguranca/

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