Entre 500 e 840 trabalhadores serão demitidos nesta semana.
A Revista Veja, assim como s demais semanários, se jogou de corpo e alma no golpe. Desde a adesão aos Black Blocs de 2013, passando pela tal “capa bomba” as vésperas da eleição de 2014 e nos ataques diuturnos contra Lula e o PT, tudo serviu para quebrar uma Editora que já foi referência no Brasil. De mentira em mentira foram enchendo o saco do povo que já não acredita mais nas suas papagaiadas (ou seriam tucanadas?). Mas os novos proprietários fazem a bomba explodir no colo dos funcionários da empresa. É o que acabará acontecendo com suas coirmãs, cedo ou tarde. Por isto fico impressionado como ainda há gente disposta a trabalhar por pouco mais que o piso de jornalista para empresas que vão acabar por afundar diante do corolário de mentiras que contam diuturnamente em suas páginas, telinhas e ondas de rádio. Globo,RBS, Band, Record e estas catrefas todas serão engolidas por suas mentiras. Os proprietários se forram de dinheiro em suas contas de paraísos fiscais (Já leu sobre Panamá Papers e a Globo?) e as empresas serão engolidas. Quem pagará o pato (literalmente) serão os jornalistas e radialistas que se dispõe a trabalhar nestas empresas por causa do status que isto dá, se lixando pras mentiras que passam o tempo todo contando nos seus meios. Se escondem atrás do argumento de que “é o trabalho” e ainda tentam passar a ideia de que não tem nada com isto. Vi vários funcionários da Abril dizendo isto por muito tempo. Agora pagam por sua subserviência boçal. Aguardando o dia em que os olhos dos trabalhadores dos demais grandes grupos tiverem a compreensão de que são só isto, trabalhadores mal pagos sobre os quais recairá a crise que fatalmente virá para os outros bunkers mafio midiáticos de fake news. Se houver um pouco de visão classista nos Sindicatos de Jornalistas, Radialistas e outros comunicadores no Brasil, com certeza chamarão atos e paralisações em solidariedade a estes que agora são sacrificados para mostrar como será o amanhã de quem não tolerar se escravizar para as famílias mafio midiáticas. A ver. Enquanto isto leia o artigo do Desacato que reproduzo a seguir:
via Agonia em praça pública: demissões em massa na Abril — Desacato
Por Miguel Enriquez.
Menos de três semanas depois de ter assumido a gestão do grupo Abril, a consultoria estadunidense Alvarez & Marsal mostra a que veio: na manhã desta segunda, dia 6, os funcionários da família Civita estão sendo comunicados de um corte gigantesco no quadro de pessoal.
Ele é estimado entre 500 e 840 cabeças, abrangendo, além da editora, outros negócios, como a área de logística e distribuição de revistas. As demissões começarão oficialmente, na próxima quarta-feira, 8.
Na mesma segunda pela manhã, no entanto, uma fila de mais de 50 funcionários aguardavam o exame médico demissional.
Como antecipou o DCM no dia 19 de julho, o portifólio de publicações sofrerá uma razia.
Concluídas as dispensas, só sobrarão sete títulos: Veja, Exame, as femininas Claudia e Saúde, além de Quatro Rodas, Vip e Placar, algumas delas apenas na versão digital.
Paralelamente, estão cada vez mais fortes os indícios de que os herdeiros de Roberto Civita estão decididos a entrar com um pedido de recuperação judicial do grupo.
Giancarlo, o primogênito, que entregou a presidência executiva da Abril para o consultor Marcos Haaland, da Alvarez & Marsal, vem mantendo reuniões com as diretorias dos principais bancos credores comunicando sua disposição de recorrer a essa alternativa diante da situação financeira calamitosa da companhia fundada pelo avô Victor Civita.
A Abril deve na praça mais de R$ 1 bilhão em compromissos que devem ser honrados até 2022, acumulou prejuízos de R$ 768,1 milhões nos últimos três anos e registrou um patrimônio negativo de R$ 715,9 milhões, no balanço de 2017.