No contexto atual, a retomada das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos representa não apenas uma oportunidade de crescimento mútuo, mas uma estratégia essencial para fortalecer a posição do Brasil no cenário global.
Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, essa reaproximação ganha contornos de maestria política, ecoando as palavras do ex-presidente Barack Obama em 2009, durante a cúpula do G20 em Londres: “Este é o cara” – uma referência ao carisma e à habilidade de Lula em negociar e unir interesses internacionais.
Lula, em seu terceiro mandato (2023-2026), tem cumprido o papel de grande estadista, impulsionando a economia mundial e a política externa com visão estratégica, combatendo desigualdades e promovendo parcerias sustentáveis.
As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, as duas maiores economias das Américas, têm histórico de altos e baixos, influenciados por tarifas, acordos bilaterais e contextos políticos. Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA alcançaram US$ 40,4 bilhões, destacando a importância desse mercado para setores como agricultura, manufatura e tecnologia.
No entanto, barreiras como o “tarifaço” imposto pelos EUA sobre produtos brasileiros – incluindo aço, alumínio e outros itens industriais – geraram um déficit comercial de US$ 1,77 bilhão para o Brasil em períodos recentes, impactando indústrias têxteis, de máquinas e agropecuárias.
A retomada dessas relações ganhou ímpeto com contatos diretos entre Lula e o presidente norte-americano Donald Trump.
Depois do encontro rápido na ONU, agora esta vídeo conferência e a certeza de um encontro presencial entre os dois ainda este ano, sinaliza para a rápida revogação das sobretaxas.
Lula descreveu o diálogo durante a vídeo conferância como uma “oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do hemisfério ocidental”.
Setores afetados, como têxtil e máquinas, expressaram otimismo com a possibilidade de acordos que eliminem essas barreiras e até abram novas frentes de cooperação.
Além disso, Trump anunciou a retomada de negociações bilaterais, com equipes técnicas iniciando tratativas ainda neste mês para revisar tarifas e reativar acordos suspensos.
Estrategicamente, essa reaproximação vai além do comércio bilateral. Ela fortalece a posição do Brasil em fóruns multilaterais, como o G20, e contribui para a estabilidade econômica regional.
Com o Brasil emergindo como líder em energia renovável e commodities sustentáveis, parcerias com os EUA podem impulsionar investimentos em infraestrutura, inovação tecnológica e transição energética.
O governo Lula, inclusive, autorizou consultas para aplicar a Lei da Reciprocidade Econômica contra medidas unilaterais dos EUA, demonstrando uma postura assertiva e equilibrada.
Essa abordagem não só protege interesses nacionais, mas posiciona o Brasil como ator proativo na economia global, mitigando riscos de protecionismo e fomentando um comércio mais justo.
Desde sua posse em 2023, Lula tem reconstruído a imagem do Brasil no exterior, priorizando uma política externa “ativa e altiva” que enfatiza a cooperação Sul-Sul e o multilateralismo. Seu terceiro mandato foca na reconstrução econômica pós-pandemia, com ênfase em crescimento inclusivo, criação de empregos e promoção da igualdade de gênero.
Em 2024, Lula elevou a segurança alimentar na agenda do G20, lançando a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que conta com mais de 88 signatários e reflete sua visão de um mundo multipolar onde o Brasil lidera entre as economias emergentes.
Na economia global, Lula tem impulsionado reformas que visam crescimento de cerca de 2% ao ano até 2028, apesar de desafios como inflação e descontentamento econômico.
Sua diplomacia não alinhada permite diálogos com potências diversas, de China e Rússia a EUA e União Europeia, posicionando o Brasil como mediador em conflitos globais e defensor de reformas em instituições como a ONU e o FMI.
Em governança climática e desenvolvimento sustentável, o Brasil retomou liderança sob Lula, combatendo o desmatamento e promovendo agendas contra fome e pobreza.
Essa atuação faz jus à admiração de Obama, que viu em Lula um líder carismático capaz de unir nações. Hoje, aos 79 anos, Lula enfrenta críticas internas, mas sua habilidade em navegar complexidades políticas – como a reaproximação com Trump após tensões – reforça seu legado como estadista. Aliados destacam sua experiência em superar crises, transformando desafios em oportunidades para o Brasil e o mundo.
A retomada das relações comerciais com os EUA não é mero episódio econômico; é um capítulo na narrativa de um Brasil soberano e influente, guiado por Lula.
Como grande estadista, ele tem feito jus ao “Este é o cara” de Obama, provando que liderança verdadeira combina visão global com ações concretas.

