O grupo negocial RBS, outrora uma empresa midiática, está divulgando de forma festiva e ao mesmo tempo vazia de sentido, o centenário de vida de Maurício Sirotsky Sobrinho – um antigo animador de auditório, base sonora para programas popularescos de rádio.
Eu confesso que não tenho ânimo em perder tempo com passagens da vida do centenário e discutível personagem.
Para tanto, sugiro a leitura do livro do saudoso jornalista Jefferson Barros, ilustração da capa no Print de abertura do Artigo.
Jefferson conta a história do bravo jornalismo de Última Hora, criado e dirigido pelo talentoso Samuel Wainer. Mas também conta o imbroglio da transação nebulosa que envolveu o fim de Ultima Hora e o começo de “Zero Hora” – tudo nos primeiros dias da ditadura civil-militar de 1964.
Histórias cabeludas que repugnam e chocam.
UH chegou a ter uma edição em São Paulo, além de uma edição nacional que era complementada localmente em Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Niterói, Curitiba, Campinas, Santos, Bauru e no ABC Paulista.
Foi um diário que – solitariamente apoiava o governo Vargas – e combatia a vigarice da imprensa conservadora e golpista, sobretudo o principal ativista de golpes que foi o “corvo” Carlos Lacerda.
Recomendo também o livro de memórias de Samuel Wainer, “Minha razão de viver – Memórias de um repórter”.
Excelente texto. Esclarece o submundo da política antivarguista, entreguista e golpista, quer dizer, os ovos das serpentes que hoje conhecemos sob o nome de bolsonarismo de extrema direita.
Por Cristovão Feil em seu facebook