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Os generais argentinos afundaram nas Malvinas e os brasileiros queimam na Amazônia com Bolsonaro

August 23, 2019 17:39 , by Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Por  Kiko Nogueira  no Diário do Centro do Mundo

Bolsonaro em seu elemento

O general Villas Bôas, em sua diatribe contra Macron no Twitter, sugeriu que a França poderia usar a força.

Considerou que aquele país não tem “autoridade moral” para tratar da Amazônia, mencionando testes nucleares realizados na Polinésia Francesa a despeito de protestos internacionais.

Alertou para “ameaças de emprego de poder militar”. Tudo feito com “com uma clareza dificilmente vista”.

De quebra, citou Ho Chi Minh, o líder comunista que venceu os americanos no Vietnã.

Seu substituto no comado do Exército, Edson Leal Pujol, foi mais longe.

“Aos incautos que insistem em tutelar os desígnios da brasileira Amazônia, não se enganem: os soldados de Caxias estarão sempre atentos e vigilantes, prontos para defender e repelir qualquer tipo de ameaça”, disse o comandante em cerimônia com a presença de Jair Bolsonaro.

A corporação repete como farsa a aventura da ditadura argentina nas Malvinas.

Em 1982, a Junta Militar tentou ganhar uma sobrevida reclamando os arquipélagos austrais dominados pelo Reino Unido desde 1933.

A Inglaterra foi chamada de “potência invasora” e um conflito durou entre abril e junho.

O saldo foi a vitória do Reino Unido, a morte de 649 argentinos, 255 britânicos e da derrocada do regime.

Leopoldo Galtieri teve que renunciar à presidência, sendo trocado por Reynaldo Bignone. Um ano e meio depois, o poder era entregue a Raúl Alfonsín.

Do outro lado do Atlântico, Margaret Thatcher saía do pântano neoliberal com a mais ampla maioria de um candidato desde 1935.

Permaneceu como primeira ministra até 1990.

Numa hipótese remota, nossas forças armadas resistiriam a duas semanas de batalha.

Melhor ficar no gogó.

O apoio a Bolsonaro não tem nada a ver com defesa da soberania — fosse isso, não estariam no Titanic ultraliberal do capitão.

Trata-se de manter a mamata.

Sem trocar um tiro, os generais já afundaram, abraçados a Bolsonaro. 


Source: https://luizmuller.com/2019/08/23/os-generais-argentinos-afundaram-nas-malvinas-e-os-brasileiros-queimam-na-amazonia-com-bolsonaro/

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